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CAPÍTULO 21

DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

FUNÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS

Até agora, estudamos funções que envolvem duas variáveis que se apresentam de
forma explícita: y = f(x), isto é, uma das variáveis é fornecida de forma direta
(explícita) em termos da outra.
y = 4x - 5
Por exemplo : s = -25t² - 18t
u = 9w – 35w²
Nelas dizemos que y, s, e u são funções de x, t e w, EXPLICITAMENTE. Muitas
funções, porém, apresentam-se na forma implícta, veja o exemplo abaixo:

● Ache a derivada da função xy = 1.

: Derivada de y em

relação à x.

RESOLUÇÃO: Nesta equação, y esta definida IMPLICITAMENTE como uma função de


x. Podemos obter, portanto, a equação em relação à y e daí diferenciá-la.

● xy = 1 (Forma implícita)

●y= (Escrever a relação y em função de x)

● y = x –1 (Escrever sob nova forma)

● = - x – 2 (Derivar em relação a x )

● =- (Simplificar)

Este processo só é possível quando podemos explicitar facilmente a função dada, oque não
ocorre, por exemplo, com y4 + 3xy + 2lny = 0.
Para tanto, podemos utilizar um método chamado DERIVAÇÃO (OU
DIFERENCIAÇÃO) IMPLÍCITA, que nos permite derivar uma função sem a necessidade
de explicitá-la.
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DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

Esta derivação é feita em relação a x. Resolvendo normalmente as derivadas que envolvam


apenas x. Quando derivamos termos que envolvem y, aplicaremos a Regra da Cadeia, uma
vez que y é uma função de x.

Exemplos:

1) 2x + y³

Resolução:

Sendo y uma função de x, devemos aplicara regra da cadeia para diferenciar em relação a
x, daí:

2) x + 3y

Resolução :

3) xy² Regra da cadeia

Resolução :

4) 4x² + 9y² = 36

Resolução:

5) x4 + y4 + x² + y² + x + y = 1

6) x²y5 = y + 3

7) x² + y² = 1

8) x² + 5y³ - x = 5

9) x³ - y³ - 4xy = 0

10) x²y + 3xy³ - 3 = x

11) x² + 4y² = 4

12) y³ + y² - 5y – x² = -4
92

13) x - =2

14) x³y³ - y = x

15)

16) tgy = xy

17) ey = x + y

18) acos²( x + y ) = b

19) xy – lny = 2

EXTRA :

===================================================================
=========================================================

CAPÍTULO 22
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DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA PARAMÉTRICA

Função na forma paramétrica

x = x(t)
Sejam ( I ) duas funções da mesma variável t, com t [ a, b ]; a
y = y(t)

cada valor de t, temos x e y definidos.

Caso as funções x = x(t) e y = y(t) sejam contínuas, quando t varia de a, b; o ponto P


( x(t), y(t) ) decreve uma curva no plano, onde t é o parâmetro.
y
Exemplo :
y(t) P

▒▒▒▒▒▒▒▒
a b
t 0 x
x(t)

Suponhamos a função x = x(t) inversível, temos t = t(x) a inversa de x = x(t) e podemos


escrever y = y[t(x)] e y define-se como função de x na FORMA PARAMÉTRICA.
Eliminamos t de ( I ) e obtemos y =y(x) na FORMA ANALÍTICA usual.

Exemplos :
t em função de x
x = 2t + 1 t=1.(x–1)
a) 2
y = 4t + 3

Aplicando t em y, temos : y = 4. 1.(x–1) +3 y = 2x – 2 + 3 y = 2x + 1


2

x = a.cost Equação da Circunferência


b) ; t [ 0; 2 ] com centro ( 0, 0 )
y = a.sent e raio a
94

Elevando-se ambas as as equações ao quadrado e somando, temos :

x² + y² = a² cos²t + a²sen²t x² + y² = a²( cos²t + sen²t ) x² + y² = a² . 1 x² + y² = a²

► Nota-se que a equação acima NÃO É UMA FUNÇÃO y(x) na forma paramétrica ( x
= a.cost não é inversível em [ 0, 2 ] ). Daí vamos obter uma ou mais funções do tipo y =
y(x) na forma paramétrica ao restringirmos o domínio.

Logo, temos :

x = a.cost x = a.cost
; t [ 0; ] OU ; t [ ;2 ]
y = a.sent y = a.sent

y
y

0
x x
0

Derivada de uma função na forma paramétrica

Seja y uma função de x definida pelas equações paramétricas :

x = x(t) ♦ A fórmula que permite calcular a derivada


95
; t [ a; b ] temos dy = y’(t) dy sem conhecer explicitamente y como
y = y(t) dx x’(t) dx
função de x.

Exemplos :

1 ) Calcule da função y(x) definida na, forma paramétrica, pelas equações :

a) b)

Resolução :

a) = = 2

b) = = = 6t – 2 ♣

OBS : Note,no item b, que a resposta está em função de t, caso quisermos a derivada
em função de x, devemos determinar t = t(x) e substituir em ♣, daí temos :

x = 3t – 1 x + 1 = 3t t= ; substituindo t em ♣ , obtemos a seguinte expressão

6. - 2 = 2 ( x + 1 ) – 2 = 2x + 2 – 2 , portanto = 2x .

2 ) Idem para ;

Resolução :

= = - tg(t)
96
OBS : Temos que tomar muita atenção quanto aos intervalos de validade das respostas
obtidas. Note que x’(t) deve ser diferente de zero, pois está operando como denominador da
expressão acima, portanto concluímos que para fazermos as simplificações indicadas, temos
que considerar t 0et pois sen 0 = 0 e cos = 0, note que apesar de t pertencer ao

intervalo , efetivamente estão excluídos os valores de t já mencionados.

EXERCÍCIOS :

◙ Calcular a derivada y’ = das seguintes funções definidas na forma paramétrica.


◙ Para quais valores de t a derivada y’ está definida ?

x = t² x = cos³t
1) ; t ] 0; + [ 4) ; t ]- ;0[
y = t³ y = sen³t

x = 3cost x = cos2t
2) ; t [ ;2 ] 5) ; t [ 0; ]
y = 4sent y = sen2t

x = 2t – 1 x = 8cos³t
3) ; - <t<+ 6) ; t [0; ]
y = t³ + 5 y = 8sen³t

CAPÍTULO 23

FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS

Introdução :

Consideremos os seguintes enunciados :


97
1 ) O volume V de um cilindro é dado por V = rh
2
, onde r : raio e h : altura.

2 ) A equação de estado de um gás é dada por , onde temos :


P : Pressão
V : Volume
n : Massa gasosa em moles
r : Constante molar do gás
T : Temperatura

Numa breve análise destes enunciados, verificamos que as funções envolvidas requerem
o uso de duas ou mais variáveis independentes.

1 ) Temos V : V(r, h) = r2h


Em
2 ) Temos P : P(n, T, V) = ( Lembrar que r é constante )

Graficamente :

R R

V V
h R P R
T
n
◙ Par ordenado ( r, h ) no plano
r
R2 = R x R. R

◙ Terna ordenada ( n, T, V ) em
R3 = R x R x R

OBS. : O estudo das funções de três, ou mais, variáveis difere pouco do estudo de funções
de duas variáveis, logo, vamos trabalhar mais com estas, salientando as diferenças.

Função de várias variáveis

Definição : Seja A um conjunto do espaço n-dimensional ( A Rn ), isto é, os elementos


de A são n-uplas ordenadas ( x1, x2, x3, ..., xn ) de números reais, se a cada ponto P do
conjunto A associamos um único elemento z R, temos a função a qual está definida como
f:A R n
R.
Essa função é chamada de Função de n variáveis reais e denotamos : z = f(P) ou
z = f ( x1, x2, x3, ..., xn ).
O conjunto A é denominado Domínio da função z = f(P). As notações são, em geral, do
tipo :

● f ( x, y ) = x² + xy
Duas variáveis
● f ( x, y ) = e x+y
98
● f ( x, y, z ) = x + 2y – 3z ( Três variáveis )

Para efetuar cálculos temos, por exemplo :

● f ( 2, 3 ) para f ( x, y ) = 2x² - y² 2.( 2 )² - ( 3 )² = -1

● f ( 0,-1, 4 ) para f ( x, y, z ) = ex.( y + z ) e0.( -1 + 4 ) = 3

GRÁFICOS

Uma função de duas variáveis pode ser representada graficamente como uma superfície
no espaço, fazendo-se z = f ( x, y ). Ao fazer o gráfico de uma função de x e y, tenha em
mente que, embora o gráfico seja tridimensional, o domínio da função é bidimensional –
consiste nos pontos do plano xy para os quias a função é definida.

Exemplos :

1 ) Determine o domínio e a imagem da função f ( x,y ) = .


Resolução:

Temos pois : x² + y² 8² ( círculo ) logo, ou Imf = [ 0; 8 ].


Centro (0,0)
e raio 8

y
Gráfico z
da Gráfico do
função. 8 Domínio da 8
HEMISFÉRIO SUPERIOR função.

-8 8 x
y -8 8
8
x -8

2 ) Determine o Domínio para g( x, y, z ) = , e esboce o gráfico do domínio.


Resolução:

Gráfico do Domínio :

4
99

y ◙ Nota-se que o gráfico da função


4 seria quadridimensional, não
4
podendo, portanto, ser esboçado.
x

3 ) Idem para
Resolução : x + y > 0 e x – y > 0 (A)
x² - y² > 0 ( x + y ).(x – y ) > 0 OU
x + y < 0 e x – y < 0 (B)

Logo : D(w) =

Gráfico do Domínio : y=-x x y=x

(B) (A)
x+y<0 x+y>0

x-y<0 x-y>0

4 ) Ache o domínio da função w = R.

Resolução :

Para w pertencente a R temos x1 + x2 + x3 + x4 + x5 0, logo :

Dw = { (x1 , x2 , x3 , x4 , x5) R5 | x1 + x2 + x3 + x4 + x5 0 }.

Exercícios :

1 ) Determine o domínio das seguintes funções :

a ) z = xy

b) w =
100

c) z =

d) z =

e) z =

f ) z = ln ( )

g) z = e

h) y =

i) w =

j ) z = ln

CAPÍTULO 24

DERIVADAS PARCIAIS

As aplicações das funções de várias variáveis procuram determinar como variações de


uma das variáveis afetam os valores das funções. Por exemplo, um economista que deseja
determinar o efeito de um aumento de impostos na economia pode fazer seus cálculos
utilizando diferentes taxas de imposto, mantendo constantes outras variáveis, como
desemprego, etc.
Analogamente, determinamos a taxa de variação de uma função f em relação a uma de
suas variáveis independentes, que nada mais é que achar a derivada de f em relação a uma
de suas variáveis independentes.
Este processo chama-se DERIVADA PARCIAL.
Uma função de várias variáveis tem tantas “ parciais “ quantas são suas variáveis
independentes.

FUNÇõES DE VÁRIAS VARIÁVEIS


101
Derivadas parciais

Se z = f(x,y), então derivadas parciais de primeira ordem de f em relação a x e y


são funções e , definidas como segue :

y constante

x constante

Efetivamente, ao derivarmos
parcialmente uma função, deriva-se em
relação a uma variável, considerando-
se as demais, constantes !!!

Exemplos :

1 ) Calcule e para a função z = 4xy – 2x²y² + 3x³y².

Resolução :

◙ = 4y - 4xy² + 9x² y²

◙ = 4x - 4x²y + 6x³y

2 ) Idem para h(x,y) =

Resolução :

◙ =
102

◙ =

3 ) Idem para z = cos ( 5x - 3y )

Resolução :

◙ = -sen ( 5x - 3y ) . 5 = -5. sen ( 5x - 3y )

◙ = -sen ( 5x - 3y ) . ( -3 ) = 3. sen ( 5x - 3y )

4 ) Idem para f(x,y) = 6x²y - 5x3y2 – 6y

Resolução :

◙ = 12xy - 15x2y2

◙ = 6x² - 10x3y – 6

5 ) Idem para f(x,y) =

Resolução :

PARA ( x, y ) ( 0, 0 )
================

◙ =

◙ =

PARA ( x, y ) = ( 0, 0 )
================
0
103

◙ ( 0,0 ) =

◙ ( 0,0 ) =

Resumindo :

NOTAÇÕES :

◙ Derivadas parciais de primeira ordem :

Seja z = f (x,y) :

◙ Os valores das derivadas parciais de primeira ordem no ponto ( a, b )


104

CAPÍTULO 25

DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM

Derivada parcial de 2ª ordem em relação à x

Derivada parcial de 2ª ordem em relação à y


105

Derivadas parciais de 2ª ordem mistas

OBS. : Quando a função z = f(x,y) é contínua, então

Exemplo :

Determine as derivadas parciais de 2ª ordem de z = ln (x² + y² ).

Resolução :

Exercícios :

Calcule as derivadas parciais de 2ª ordem das funções abaixo :

1 ) z = ex.cos y
106
2) z=

3 ) z = arctg ( x² + y² )

4) z=

CAPÍTULO 26

APLICAÇÕES DAS DERIVADAS PARCIAIS

1 ) Equação de Laplace

Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis e , suas “parciais” de


segunda ordem, chamamos de EQUAÇÃO DE LAPLACE, a seguinte expressão :

Analogamente, para w = f(x,y,z) temos a EQUAÇÃO DE LAPLACE :


107

Nestes casos, dizemos que z e w ( Respectivamente ) satisfazem a Equação de


Laplace.

Obs. : Chamamos de LAPLACIANO a expressão devido a


sua
similaridade com a Equação de Laplace .

Exemplos :

● Verifique se as funções dadas satisfazem a Equação de Laplace.

a ) w = x² -2y² +z²

Resolução :

☺ Logo w satisfaz à “Laplace”.

b ) Idem para z = ex.seny

Resolução :
108

; logo z satisfaz à “Laplace”.

Exercício :

● Idem para w =

2 ) Diferencial Total ( ou Derivada Total )

Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis e , as “ parciais “ de z =


f(x,y), chamamos de Diferencial ( ou Derivada ) Total a seguinte expressão :

OU

Analogamente, para w = f(x,y,z) temos :

OU

Exemplos :

● Calcule a expressão do Diferencial Total de :


109
1 ) z = 3x²y + ln ( x²y³ )

Resolução :

◙ = 6xy + = 6xy + =

◙ = 3x² + = 3x² + ==

= .

2 ) Idem para z =

Resolução :

◙ =

◙ =

Exercícios :

1 ) Idem para z = x³.e3x + 4y²

2 ) Idem para z = 3x²y.sen ( 2x + 3y )

3 ) Idem para z = sec ( x² + 2xy³ )


110

3 ) Vetor Gradiente

Seja z = f(x, y) uma função de duas variáveis e , as “ parciais “ de z =


z
f(x, y).
Seja P0 (x0, y0), um ponto do plano xy; a projeção de “z” no plano dada por
curvas de nível e , as derivadas calculadas no
z =ponto
f(x, y)Po, plano R2
chamamos de Vetor Gradiente ao seguinte vetor :

O Vetor Gradiente é ortogonal à reta tangente a uma curva de nível pelo ponto P0
y0
(x0, y0). y
z
P0

20
x0 40 
70
Po
100

x
120 Reta
150
Tangente

Curvas
de
Nível

O Vetor Gradiente aponta para onde


z = f(x,y) tem maior velocidade.

Obs : Em Geometria Analítica, o Vetor Gradiente recebe o nome de Vetor Normal.


111

Analogamente, quando temos w = f(x, y, z), o Vetor Gradiente será ortogonal ao


plano tangente à uma superfície de nível por um ponto P (x0, y0, z0) do espaço R3, daí
:

Exemplos :

● Determine o vetor gradiente das funções abaixo no ponto Po plano R2.

1 ) z = ln ( x² + y² ) em Po ( 0, 1 ).

Resolução :

◙ =

= ( 0, 2 )

◙ =

2 ) z = x.sen y em Po ( 1, ).
112
Resolução :

◙ =

= ( 1,

0)

◙ =

Exercícios :

1 ) Idem para z = 3.x²y³.e2xy em Po ( 1, -1 ) .

2 ) Idem para z = em Po ( -1, 1 ) .


113

CAPÍTULO 27

DERIVADA DIRECIONAL ( Inclinação )

Se z = f(x,y) é uma função diferenciável de x e y com u = u1i + u2j um vetor unitário,


então a derivada direcional de z na direção de u é denotada por :

Duz = .u1 + .u2 (I)

Seja o vetor gradiente temos que a derivada direcional é a direção assumida


pelo vetor gradiente quando “aplicado” no vetor unitário u, logo, para calcularmos a derivada
direcional temos o vetor decomposto em e combinado com a
equação ( I ) chegamos em :
114
Duz = .u Produto
Escalar

Exemplos :

1 ) Ache a derivada direcional de f(x,y) = 3x²y no ponto P0 ( 1, 2 ) na direção a = 3i + 4j.

Resolução :

Como a não é vetor unitário, temos que normaliza-lo, daí :

u=

Logo :

Portanto : Duz = .u = Duz =

2 ) Ache a derivada direcional de f(x,y) = x³y² no ponto P0 ( -1, 2 ) na direção a = 4i - 3j.

Resolução :

Como a não é vetor unitário, temos que normaliza-lo, daí :

u=

Logo :
115
Portanto : Duz = .u = Duz = 12

Exercícios :

1 ) Ache a derivada direcional de f(x,y) = e2xy , P0 ( 4, 0 ) e u = .

2 ) Idem para z = x² - 5xy + 3y² , P0 ( 3, -1 ) e u = .

3 ) Idem para f(x,y) = , P0 ( 3, -2 ) e a = i + 5j .

4 ) Idem para f(x,y) = xcos²y , P0 ( 2, ) , a = < 5, 1 > .

5 ) Idem para f(x,y) = arctg , P0 ( 4, -4 ) , a = 2i – 3j .

6 ) Idem para f(x,y) = 4x3y2, P0 ( 2, 1 ) , a = 3i – 4j .


116

JACOBIANO

Estudando futuramente, no Cálculo IV, as integrais múltiplas, verificaremos que um dos


tópicos abordados é a chamada mudança de variáveis, onde,numa integral dupla, dada pela
fórmula , é tratado um conceito
muito importante denominado JACOBIANO. Não faremos sua demonstração agora, porém,
mostraremos o JACOBIANO como sendo mais uma aplicação das derivadas parciais
estudadas em Cálculo III .

Sendo a mudança de variável, mencionada anteriormente, dada pela transformação T do


plano uv no plano xy : T(u,v) = (x,y).

Resultamos, sem maiores demonstrações, no produto vetorial :

ru x rv =

Onde ru e rv são vetores tangentes à uma superfície S pertencente ao plano uv.

Chamamos pois de JACOBIANO da transformação T com x = f(u,v) e y = g(u,v) à


equação :
117
OBS.: Se T for uma transformação de espaços, temos o JACOBIANO
análogo ...

Exemplos :

◙ Calcule os jacobianos para os casos abaixo :

a) x = u + 4v
y = 3u – 5v

Resolução :

♦ .

b) x = u + 2v²
y = 2u² – v

Resolução :

♠ .

c) x = senu + cosv
y = -cosu + senv Cosseno
da
Resolução : diferença

d) x = v.e-2u
y = u².e-v
Resolução :
118

Exercícios :

◙ Calcule os jacobianos para os casos abaixo :

a) x=

y=

b) x = u² - v²
y = 2uv

c) x=

y=
119

CAPÍTULO 28

MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS

TEOREMA DO VALOR EXTREMO

Da mesma forma estudada no Cálculo II, vamos citar o Teorema do Valor Extremo para funções de duas
variáveis.

Seja f(x,y) uma função contínua em um conjunto fechado e limitado R, então f possui tanto
máximo quanto mínimo absolutos em R .

EXTREMOS

No curso de Cálculo II aprendemos a determinar MÁXIMOS e mínimos de funções de uma variável. Hoje vamos,
utilizando técnicas análogas, começar a aprender a determina-los a partir de funções de DUAS variáveis.
Analisando um gráfico de uma função f de duas variáveis, podemos notar pontos altos e baixos em suas vizinhanças
imediatas. Tais pontos são chamados de máximos e mínimos relativos de f, respectivamente.
O mais alto máximo dentro do domínio de f é chamado de máximo absoluto.
O mais profundo mínimo dentro do domínio de f é chamado de mínimo absoluto.

Vamos defini-los, portanto, da seguinte maneira :

Seja a função f(x,y), dizemos que ela possui máximo relativo em um ponto P0 ( x0, y0 ) se existe um círculo centrado
em P0 de modo que f(x0,y0) f(x,y) para todo ponto ( x, y ) do domínio de f no interior do círculo, analogamente,
ela possui um máximo absoluto em P0 se f(x0,y0) f(x,y) para todos os pontos ( x, y ) do domínio de f.

Seja a função f(x,y), dizemos que ela possui mínimo relativo em um ponto P0 ( x0, y0 ) se existe um círculo centrado
em P0 de modo que f(x0,y0) f(x,y) para todo ponto ( x, y ) do domínio de f no interior do círculo, analogamente,
ela possui um mínimo absoluto em P0 se f(x0,y0) f(x,y) para todos os pontos ( x, y ) do domínio de f.
120
Obs. : Complementando o que já foi definido, se a função possui máximo ou mínimo relativo, dizemos que ela
possui extremo relativo no ponto, e se ela possui máximo ou mínimo absoluto, diz-se que ela possui extremo
absoluto no ponto.

DETERMINAÇÃO DOS EXTREMOS RELATIVOS

Para determinarmos os extremos relativos, verificamos que a função f tem derivadas parciais de primeira
ordem contínuas em ( x0, y0 ) e que f( x0, y0 ) é extremo relativo de f, daí tem-se o plano tangente ao gráfico de
z = f ( x, y ) em ( x0, y0, z0 ) paralelo ao plano xy com equação z = z0.
Os pontos críticos de f são aqueles onde as “parciais” de primeira ordem são zero ou f não é diferenciável,
daí temos a definição :

 Seja f uma função de duas variáveis, o ponto ( x0, y0 ) é chamado de crítico se


e ou se uma ou ambas derivadas parciais de primeira
ordem não existirem em ( x0, y0 ).

Exemplo :

 Seja f (x,y) = 1 + x² + y², com x² + y² 4. Ache os extremos de f .

Resolução :

Temos x² + y² 4 o disco fechado R de raio 2 e centro ( 0, 0 ) no plano xy.


Daí, pela última definição :

Único
2x = 0

z ( x, y ) = ( 0, 0 ) , logo f(x,y) = f (0,0) = 1

2y = 0
z = 1 + x2 + y 2
Extremo
Relativo

Veja o gráfico :

-2
y
-2 2
2
R
x
121

PONTO DE SELA

Um ponto P ( x0, y0, f(x0,yo) ) é chamado de Ponto de Sela se , mas


porém, a função não possui nem mínimo nem máximo relativo no ponto, pois numa direção ele se comporta
como máximo e noutra como mínimo.
Veja o gráfico abaixo da função z = y² - x² no ponto P0 ( 0, 0 ) temos f ( 0, 0 ) = 0 comportando-se como
máximo na direção de x e como mínimo na direção de y e note o formato do gráfico que lembra uma sela.

z = y² - x²
P
 y

TESTE DA SEGUNDA DERIVADA ( Para extremos relativos ou locais )

◙ Seja f uma função de duas variáveis dotada de derivadas parciais de segunda


ordem contínuas em um círculo centrado em um ponto crítico ( x0,y0 ) , temos o
discriminante D ...

D=

Se ...

♦D>0 e > 0 então, f tem mínimo relativo em ( x0, y0 ) .


122
♠D>0 e < 0 então, f tem máximo relativo em ( x0, y0 ) .

♥ D < 0 então, f tem ponto de sela em ( x0, y0 ) .

♣ D = 0 então, nada podemos concluir .

Exemplos :

1 ) Determine todos os pontos extremos e pontos de sela da função f(x,y) = 3x² -2xy + y² - 8y.

Resolução :

● .

● .

● Substituindo x da primeira derivada na segunda ...

● Substituindo y em x da primeira derivada ...


, portanto temos P0 ( x0, y0 ) = P0 ( 2, 6 ) Único Ponto Crítico no plano .

● .

● .

● .

D= D=8.

D=8>0
● Temos portanto Mínimo Relativo .

=6>0

● Logo f ( 2, 6 ) = -24 então o ponto P ( 2, 6, -24 ) é Ponto de Mínimo Relativo de f.


123

2 ) Idem para z = 4xy – x4 – y4 .

Resolução :

● .

● .

● Substituindo y da primeira derivada na segunda ...

● Logo, temos, para ...

x = -1 x =0 x =1

y = x3 y = x3 y = x3
y = (-1)3 y = (0)3 y = (1)3
y = -1 y=0 y=1

P0 ( -1, -1 )
Por tanto, temos os pontos críticos : Q0 ( 0, 0 )
S 0 ( 1, 1 )

● .

● .

● .
124

● Como temos mais do que um ponto crítico, vamos montar uma tabela ...

D= Conclusão
Ponto Crítico no
plano
( x0, y0 )

P0 ( -1, -1 ) -12 < 0 -12 4 -12 . (-12) - 4² = 128 > 0 Máximo


Relativo
Ponto
Q0 ( 0, 0 ) 0 0 4 0 . 0 . – 4² = -16 < 0 de
Sela

S0 ( 1, 1 ) -12 < 0 -12 4 -12 . (-12) - 4² = 128 > 0 Máximo


Relativo

P ( -1, -1, 2 ) Ponto de Máximo Relativo .

● Aplicando os pontos críticos na função f (x,y) temos : Q ( 0, 0, 0 ) Ponto de Sela .

S ( 1, 1, 2 ) Ponto de Máximo Relativo .

NOTA :

Vimos nos Exemplos 1 e 2 que ao determinarmos os pontos de máximo e mínimo relativos


encontrávamos um ponto P0 R² ( Plano Cartesiano ). Na verdade o que ocorre é que para este P0 ( x0, y0 )
vamos associar um ponto P ( x0, y0, f ( x0, y0 ) ) onde f ( x0, y0 ) é o verdadeiro extremo máximo ou mínimo.

Daí :

f (x, y ) = 3x² - 2xy + y² - 8y


◙ No exemplo 1, temos :
MÍNIMO RELATIVO = z0 = f ( x0, y0 ) = f ( 2, 6 ) = -24 em P0 ( 2, 6 ) .

PONTO DE MÍNIMO RELATIVO de f : P ( x0, y0, f ( x0, y0 ) ) = P ( 2, 6, -24 ).

z = 4xy - x4 – y4
◙ No exemplo 2, temos : Máximo Relativo em P0 ( -1, -1 )
Sela em Q0 ( 0, 0 )
Máximo Relativo em S0 ( 1, 1 )
125

Logo :

◙ Para P0 ( -1, -1 ) temos z0 = 4. (-1).(-1) – (-1)4 – (-1)4 = 4 – 1 – 1 z0 = 2 .


P ( -1, -1, 2 ) é PONTO DE MÀXIMO RELATIVO de f .

◙ Para Q0 ( 0, 0 ) temos z0 = 4. (0).(0) – (0)4 – (0)4 = 0 – 0 – 0 z0 = 0 .


Q ( 0, 0, 0 ) é PONTO DE SELA .

◙ Para S0 ( 1, 1 ) temos z0 = 4. (1).(1) – (1)4 – (1)4 = 4 – 1 – 1 z0 = 2 .


S ( 1, 1, 2 ) é PONTO DE MÀXIMO RELATIVO de f .

EXERCÍCIOS :

Baseando-se nestas adaptações, vamos fazer os exercícios seguintes . . .

1) Localize todos os pontos máximos e mínimos relativos de sela das funções :

a ) f ( x, y ) = ( x – 2 )2 + ( y + 1 )2.

b ) f ( x, y ) = - x2 – y2 – 1.

c ) f ( x, y ) = x + 2y – 5.

2 ) Idem para f ( x, y ) = x2 + y2 – 6x + 4y + 13.

3 ) Idem para f ( x, y ) = x2 + 2y2 – x2y.

EXERCÍCIOS EXTRAS : RESPOSTAS :

1 ) Idem para f ( x, y ) = 3x2 + 2xy + y2 . P ( 0, 0, 0 ) Pto. Mín. Rel.

2 ) Idem para f ( x, y ) = y2 + xy + 3y + 2x + 3 . P ( 1, -2, 1 ) Pto. De Sela

3 ) Idem para f ( x, y ) = x2 + xy + y2 - 3x . P ( 2, -1, -3 ) Pto. Mín. Rel.

4 ) Idem para f ( x, y ) = x2 + y2 + 2.x-1.y-1. P ( -1, -1, 4 ) e Q ( 1, 1, 4 ) Ptos. Mín. Rel.

5 ) Idem para f ( x, y ) = x2 + y - ey . P ( 0, 0, -1 ) Pto. Sela

6 ) Idem para f ( x, y ) = ex.seny . Não existe Máx. ou Mín. Rel.

7 ) Idem para f ( x, y ) = e-(x²+y²+2x) . P ( -1, 0, e ) Pto. Máx. Rel.


126

CAPÍTULO 29

DETERMINAÇÃO DOS EXTREMOS ABSOLUTOS EM CONJUNTOS FECHADOS E LIMITADOS

● Seja f uma função contínua de duas variáveis em um conjunto fechado e limitado R,


então f possuí extremo máximo absoluto e mínimo absoluto para algum ponto de R .

Teorema do Valor Extremo para funções de duas variáveis

Os pontos extremos absolutos de uma função, como mencionada no teorema acima, ocorrem em pontos
críticos da função que se localizam no interior do conjunto ( Região ) R, ou em pontos na fronteira de R .

Vamos indicar, a seguir, um método para determinar os máximos e mínimos absolutos em conjuntos
fechados e limitados R . . .

I ) Determine os valores de f nos pontos críticos de f em R.


II ) Determine todos os valores extremos de fronteira de R.
III ) O maior valor encontrado resultante de I e II é o valor máximo absoluto;
o menor valor encontrado resultante de I e II é o valor mínimo absoluto.

Exemplos :

1 ) Determine os valores de máximo e mínimo absoluto de f ( x, y ) = 3xy – 6x – 3y + 7 sobre a região triangular


R R2 ( Plano Cartesiano ) com vértices A0 ( 0, 0 ) , B0 ( 3, 0 ) e C0 ( 0, 5 ).

Veja a figura :
y

5
R
P

0 3 x
127

Resolução :

● 3y –6 = 0 y0 = 2

D0 (x0, y0 ) = D0 ( 1, 2 ) é Único Ponto Crítico no interior de R.

● 3x – 3 = 0 x0 = 1

● Vamos determinar os pontos de fronteira de R onde poderá ocorrer valores extremos :

Analisando cada segmento de reta limitado pelos vértices ...

◙ Para o segmento ( 0, 0 ) até ( 3, 0 ) temos y0 = 0 para .

u ( x ) = f ( x, 0 ) = 3.x.0 – 6x – 3.0 + 7 = -6x + 7.

u’ ( x ) = -6 0

portanto não há ponto crítico em u ( x ) , além dos vértices A0 ( 0, 0 ) e B0 ( 3, 0 ).

◙ Para o segmento ( 0, 0 ) até ( 0, 5 ) temos x0 = 0 para .

v ( y ) = f ( 0, y ) = 3.0.y – 6.0 – 3.y + 7 = -3y + 7.

v’ ( y ) = -3 0

portanto não há ponto crítico em v ( y ) , além dos vértices A0 ( 0, 0 ) e C0 ( 0, 5 ).

◙ Para o segmento ( 3, 0 ) até ( 0, 5 ) no plano xy uma das equações é


** ; .

w(x)= .

w’ ( x ) = -10x + 14 =0 x0 = , substituindo em temos y0 = , logo temos o

ponto crítico E0 , além dos vértices B0 ( 3, 0 ) e C0 ( 0, 5 ).

**
128

◘ O último procedimento agora é montar uma tabela para indicarmos os Extremos Absolutos ...

Aplicando, na função f ( x, y ) = 3xy – 6x – 3y + 7, os pontos críticos encontrados no plano, obtemos . . .

Ponto Crítico no Plano A0 B0 C0 D0 E0


( x0, y0 ) ( 0, 0 ) ( 3, 0 ) ( 0, 5 ) ( 1, 2 )

z0 = f ( x0, y0 ) 7 -11 -8 1

Conclusão Máx. Abs. Mín. Abs. --o-- --o-- --o--

z0 = 7 : Valor ( ou Extremo ) Máximo Absoluto .


☺ Daí temos ...
z0 = -11 : Valor ( ou Extremo ) Mínimo Absoluto .

Ponto de Máximo Absoluto A ( 0, 0, 7 )


☺☺ Finalmente temos os pontos no espaço como resposta...
Ponto de Mínimo Absoluto B ( 3, 0, -11 )

EXERCÍCIOS :

1 ) Idem para f (x,y) = xy – x – 3y sobre a região R triangular com vértices ( 0, 0 ) , ( 5, 0 ) e ( 0, 4 ) .

2 ) Idem para f(x,y) = x2 – 3y2 - 2x + 6y sobre a região R quadrada com vértices ( 0, 0 ) , ( 2, 0 ) , ( 0, 2 )


e ( 2, 2 ) .

3 ) Idem para f (x,y) = -3x + 4y + 5 sobre a região R triangular com vértices ( 0, 0 ) , ( 4, 0 ) e ( 4, 5 ) .

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES :

1 ) Determine as dimensões de uma caixa retangular aberta no topo, cuja área total é de 12 m² para que ela
possua um volume máximo.

2 ) Determine as dimensões de uma caixa retangular aberta no topo, com um volume de 32 cm3 e que
sabendo-se que será utilizada a mínima quantidade de material para sua construção.

3 ) Qual a área máxima que um retângulo pode ter se seu perímetro é de 20 cm ?


129

CAPÍTULO 30

REGRA DA CADEIA

Derivada total

Sejam a Derivada Total de z é dada por :

Exemplos :

1) determine

Resolução :

● ●●

● ●●
Com as condições
iniciais :

x (t) = t + 1

y (t) = t + 4

Portanto ...
130

2) determine

Resolução :

● ●●

● ●●

Portanto ...

Exercícios :

● Dê a expressão da Derivada Total das funções :

a) d)

b) e)

c)
131
PLANO TANGENTE e RETA NORMAL

Dada a a função z = f(x,y), o Plano Tangente ao gráfico desta função passando pelo ponto P ( x0, y0, z0 )
com z diferenciável em ( x0, y0 ) é dado pela equação :

onde z0 = f( x0, y0 ).

Tal plano é perpendicular ao vetor e considerando a reta r que passa

pelo ponto P e é paralela ao vetor temos que r é denominada Reta Normal ao gráfico de z = f(x,y) e tem

como equação :

r : ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R

Graficamente ...

z Reta Normal

Plano
Tangente

z = f (x,y)
z0

P
●●

y0
y

x0

Exemplos :
132
1 ) Dê a equação do plano tangente e da reta normal à superfície no ponto P ( 2, -1, z0 ) .

Resolução :

● z0 = f (x0, y0 ) = z0 = 1.

●● .

●●● .

Portanto ...

●●●●

( Eq. do plano tangente )

●●●●● r : ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R

r : ( x, y, z ) = ( 2, -1, 1 ) + . ; R

r : ( x, y, z ) = ( 2, -1, 1 ) + .( 2, 2, -1 ); R ( Eq. da reta normal )

2 ) Dê a equação do plano tangente e da reta normal à superfície z = 2x2 – 3y2 no ponto P ( 1, 1, z0 ) .

Resolução :

● z0 = f (x0, y0 ) = 2.(1)2 – 3.(1)2 z0 = -1.


133

●● .

●●● .

Portanto ...

●●●●

( Eq. do plano tangente )

●●●●● r : ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R

r : ( x, y, z ) = ( 1, 1, -1 ) + . ; R

r : ( x, y, z ) = ( 1, 1, -1 ) + .( 4, -6, -1 ); R ( Eq. da reta normal )

Exercícios :

1 ) Idem para z = xy em P ( 1, 1, z0 ) .

2 ) Idem para z = 4x2 + 9y2 em P ( -2, -1, z0 ) .

3 ) Idem para z = ln(xy) em P ( , 2, z0 ) .

CAPÍTULO 31
134
INTEGRAÇÃO

Sabemos que , dada uma função f(x) = 3x2, ao derivarmos f(x) obtemos f’(x) = 6x.
Digamos que temos f’(x) =6x, podemos afirmar que f(x) = 3x2 pois (3x2) = 6x;
a este processo damos o nome de ANTIDERIVAÇÃO, ou seja, o processo que determina a
função original ( Primitiva ) a partir de sua derivada.
“ Vamos utilizar a notação F(x) como antiderivada de f(x) “.

OBS : Seja F(x) uma antiderivada de f(x), então F(x) + C também o é, onde C é uma Cons-
tante de Integração, por exemplo :

F(x) = x 4, G(x) = x4 + 3, H(x) = x4 – 5 são antiderivadas de 4x3 pois a derivada de


cada uma delas é 4x3.Logo, todas as antiderivadas de 4x3 são da forma x4 + C.Daí o processo
de antiderivação nos dar uma família de funções que se diferenciam pela constante.

NOTAÇÕES :

O processo de antiderivação é a operação inversa da derivação e é também chamada de


INTEGRAÇÃO e indicamos pelo símbolo ( Integral Indefinida ), como tal
indica
uma família de antiderivadas de f(x), temos :

● Lembrando que F(x) é uma função tal que F’(x) = f(x) e C uma constante arbitrária,
sim-
bolo de integral, dx diferencial, f(x) integrando.

Exemplos :

Cálculo de Antiderivadas ( Integrais )


135
● A diferenciação é o inverso da integração.

● A integração é o inverso da diferenciação.

Fórmulas fundamentais de Integração

a) com k : cte. ( Regra da Constante )

b) ( Regra do Múltiplo constante )

c) ( Regra da Soma )

d) ( Regra da Diferença )

e) com n -1 ( Regra Simples da Potência )

Obs. : com x > 0.

Exemplos :

Acompanhe os passos básicos para uma “ boa “ integração :

1) .

(b) x = x1 (e) Simplificando

2) .

3) .

OBS. : Para verificarmos se o resultado está correto, basta deriva-lo e “tentar “ obter o “Integrando“.

Exercícios :

Resolva as Integrais :

1) =
136

2) =

3) =

4) =

5) =

6) =

7) =

8 ) O custo marginal da fabricação de x unidades de um produto tem como modelo a seguinte


equção ( Custo Marginal ). A produção da primeira unidade custa $
50. Ache o Custo Total da produção de 200 unidades.

9 ) Ache a Função Custo correspondente ao custo marginal com custo


de $ 750 para x = 0.

10 ) Ache a equação da função f(x) cujo gráfico passa pelo ponto P ( 4, 2 ) e possui derivada
f’(x) = .

===================================================================
===================================================================

CAPÍTULO 32

Regra Geral da Potência

Sabemos que a Regra Simples da Potência é dada por com n -1


usada quando a função é expressa como potência de x somente.

Vejamos outros tipos de funções :


Para calcular temos que encontra f(x) tal que f’(x) = 2x.( x2 + 1 )3, daí :
137

◙ ( Regra da Cadeia ).

◙ ( Dividir ambos os membros por 4 ).

◙ ( Integrando ).

Note 2x no integrando ele é exatamente ( x2 + 1 )’ .

Fazendo x2 + 1 = u, temos du = 2x dx, logo :

.
u du

◙ Daí a Regra Geral da Potência para u função diferenciável de x ser ...

, com n -1 .

Exemplos :

◙ Calcule as seguintes integrais indefinidas :

a)
138
b)

c)

d)

e)

Exercícios :

◙ Calcule as seguintes integrais indefinidas :

1)

2)

3)
139

4)

5)

Integração por Partes

Tomando como ponto de partida a Derivação pela Regra do Produto temos ...

● ( Regra do Produto )

● ( Integrando ambos os lados )

● ( Reescrevendo a expressão )

● ( Escrevendo na forma diferencial )

Daí temos ...


140

Integração por Partes com u e v funções diferenciáveis de x.

Ao aplicarmos esta técnica devemos separar o integrando em duas partes, u e dv, levando em conta duas
diretrizes :

1 ) A parte escolhida como dv deve ser facilmente integrável.

2) deve ser mais simples do que .

Exemplos / Exercícios :

1 ) Determine .

Resolução: a ) u = senx ; dv = xdx

Temos basicamente três “ saídas “ : b ) u = x.senx ; dv = dx

c ) u = x ; dv = senx dx

● Na saída a obtemos du = cosx dx e v = = dv = xdx , logo temos :

, a nova integral que é mais complicada do que a


original.

du = senx + x.cosxdx
● Em b temos : logo,
.
v= dv = dx = x

Tentemos pois a “ saída “ c ...


141

du = 1dx
● Em c : ,
.
v= dv = senx dx = -cosx ,

Lembrando ... .

2 ) Idem para .

u = x2 du = 2xdx
Resolução:
dv = exdx v = ex

Portanto: *

..

u=x du = dx
* Daí ...

dv = exdx v = ex
142

3 ) Idem para .

u = ex du = ex dx
Resolução:
dv = sen x dx v = -cos x

Portanto:

*
u = ex du = exdx

dv = cos x dx v = sen x

Daí ... .
143

Obs.: Quando utilizamos a integração por partes sucessivamente, aconselha-se, sempre que
possível manter as escolhas de u e v, pois isso pode anular o trabalho anterior executado, é o
caso do nosso exercício se tivéssemos escolhido na segunda parte u = cos x e dv = ex tal
procedimento a resultaria em , que é exatamente o problema a ser resolvido.
Vamos agora apresentar uma técnica de integração muito interessante conhecida como
Integração Tabular, que facilita a resolução de algumas integrais repetitivas, e que não gera
situações como a descrita anteriormente.

Integração Tabular

A resolução de integrais ,como as apresentadas nos exemplos (2) e (3), pode apresentar
muitas repetições e, portanto se tornar cansativa e muito sujeita a erros. Para estes casos
podemos aplicar a técnica de Integração Tabular que consiste em decompor a função que
está sendo integrada em f(x) que pode ser derivada até se tornar zero e g(x) que será
integrada repetidamente, e associar estas derivadas e integrais, respectivamente.
Vamos refazer o exemplo (2) utilizando a Integração Tabular :

2 ) Calcule .

Resolução :

Consideremos f(x) = x2 e g(x) = ex


(+) ou (-) f(x) e suas derivadas g(x) e suas integrais
(+) x2 ex
(-) 2x ex
(+) 2 ex
0 ex
Associamos os produtos das funções ligadas por setas de acordo com os sinais (+) ou (-)
correspondentes, temos, pois, confirmando o resultado já obtido pela integração por partes :

.
◙ Idem para .

Resolução :

Consideremos f(x) = x4 e g(x) = cos x


(+) ou (-) f(x) e suas derivadas g(x) e suas integrais
(+) x4 cos x
(-) 4x3 sen x
(+) 12x2 -cos x
(-) 24x - sen x
(+) 24 cos x
0 sen x
Associamos os produtos das funções ligadas por setas de acordo com os sinais (+) ou (-)
correspondentes, temos :
144
.

Exercícios :

1 ) Idem para .

2 ) Idem para .

3 ) Idem para . ( Resolva “por partes” e depois confirme com ”tabular” )


145

CAPÍTULO 33

Integrais Trigonométricas

■ Comecemos com uma pequena tabela de Integrais Trigonométricas ...

● ●

● ●

● ●

● ●

● ●

■ Recordando algumas das principais Identidades Trigonométricas ...

● ●

● ●

● ●

● ●

● ●

● ●

Exemplos / Exercícios :
146
◙ Achar as integrais indefinidas :

1) = .

2) = .

3)

4)

5) 8)

6) 9)

7) 10 )

CAPÍTULO 34
147

Substituições Trigonométricas

Vamos estudar agora integrais que apresentem as formas , e


.
Podemos expressá-las sem o s radicais, utilizando a chamada Substituição
Trigonométrica
conforme a tabela :

Caso Radical Substit. Transformada Trigonometria no


Triângulo
Trigonométrica Retângulo
I

II

III

Demonstraremos o desenvolvimento do radical , os demais casos são


análogos ...

Obs. : Repare que a variável final é . A expressão correspondente, na variável original, é


obtida usando-se um triângulo retângulo.

Exemplos :
148

II
1 ) Achar a integral

...

...

● Devemos agora voltar à variável original “ x “ ...

Como logo x
.

Daí , ,

Portanto , .

2)
149
Achar a integral

● Voltando para a variável original “ x “ ...

4
Como logo x
.

Daí , ,

Portanto , .

3)
150

III
Achar a integral

* Por Partes ...

...

Portanto ,

*
Voltando para
151

● Voltando para a variável original “ x “ ...

Como ,

Logo temos ...


x

Ver início do exercício :


Daí ,

Portanto , .

Exercícios :

◙ Achar as integrais :
152

1)

2)

3)

CAPÍTULO 35
153
Áreas e Integral Definida

Podemos determinar a área de regiões simples como polígonos e círculos usando fórmulas geométricas
conhecidas.
E para as demais regiões, como podemos calcular ???
A saída é utilizarmos o conceito de Integral Definida, que associa o resultado da
integral a área da região delimitada pelo gráfico de f, pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b
onde a notação é :

a = Limite inferior de integração.


, com
b = Limite
superior de integração.

Veja o gráfico . . .

y = f(x)

A
A

0 x
a b

Exemplo :

Calcule a área da figura formada sob a curva da função f(x) = 3x no intervalo x [ 0, 3 ]


.

Resolução :
y

A = 13,5 u.a

.
A
0 x
3

No exemplo anterior não utilizamos o conceito de integral, pois a área era um triângulo,
portanto .
154
Veja o desenvolvimento a seguir . . .

y = f(x)
y

Região sob o gráfico de f .


A

0 a b x

Vamos tentar preencher esta área com retângulos ...

y = f(x)

* Apesar do gráfico não demonstrar,


A (devido a problemas técnicos ) todos os
retângulos tocam a curva f(x) em um
ou dois pontos. E nunca a ultrapassam.

0 x0 x1 x2 ............... ................................. xn x

a b

Temos um polígono não regular, que “quase” preenche a área A, formado por
retângulos de base e altura f(xi), portanto Aretângulo = f(xi). .
Note que quanto menor , maior o número de retângulos ( n ) e mais próximo da
área sob a curva vai estar a área do polígono, logo quando , temos n e Apolig.
A.

Daí, vamos expandir o conceito de Integral Definida para ...


155

Ou seja, a área sob a curva é a somatória das áreas dos retângulos de área f(xi). ,
quando e n ( nº de retângulos ) .

Teorema Fundamental do Cálculo

Seja f uma função contínua em [ a, b ] e A(x) a área compreendida entre a e x, temos :

y = f(x)

A(x)
A
0 x
a x b

(x+ )

Temos : A(x) = F(x) + C ( Def. de Integral ) .


A(a) = 0 , portanto 0 = F(a) + C C = -F(a) .

Daí , A(x) = F(x) + C A(x) = F(x) – F(a) .

Logo A(b) = F(b) – F(a) , portanto temos ...

Teorema Fundamental do Cálculo

Notação mais comum ...

Com F a integral de f(x) .


156

Propriedades das Integrais Definidas

1) ; k : cte. .

2) .

3) ; a<c<b.

4) .

5)

Cálculo de área usando o Teorema Fundamental do Cálculo

Exemplos / Exercícios :

1 ) Calcule a área sob a curva y = x2, no intervalo [ 2, 3 ] .

Resolução :

y
y = x2

A A= A=
x
0 2 3
157

2 ) Idem para f(x) = 2x, no intervalo [ 0, 1 ] .

Resolução :

A= A = 1 u.a .

3) .

4)

45 .

5)

6)

7)
158

8)

9) onde f(x) = .

10 ) onde f(x) = .

CAPÍTULO 36

Aplicações da Integral Definida


159
Já vimos que a integral definida pode ser considerada como a aérea sob a curva de f(x)
num intervalo [ a , b ].

Vamos ver agora outras aplicações . . .

● Áreas entre curvas (ou área de uma região delimitada por dois gráficos )

Tomemos duas curvas y = f(x) e y = g(x) onde A é a área delimitada pelas curvas entre
as retas x = a e x = b, com f e g contínuas em [ a , b ] e f(x) g(x), veja a figura ...

y g(x)
f(x)

0 a x
b

Analogamente ao que já estudamos, temos A = , quando n

Logo temos ...

A=

Exemplos :

1 ) Ache a área delimitada pelos gráficos de f(x) = x2 + 2 e g(x) = x para 0 x 1.

Resolução :

f(x)
y
160
g(x)
A
0
x
1

A= =

A u.a

2 ) Idem para f(x) = ex e g(x) = e-x em [ 0, 1 ] .

Resolução :

y f(x)

A
g(x)

x
0 1

A=

= e – 1 + e-1 –1 = e + -2 A u.a .

● Comprimento de Arco

Seja um arco AB, definimos o seu comprimento como o limite da soma dos
comprimentos das cordas consecutivas . Quando o número
de cordas ( n ) tende ao infinito, seu comprimento tende a zero, daí a somatória tende ao
comprimento do arco .

Veja o gráfico ... ● ● B ( b, d )

y
● Pn-1
● ●

A ( a, c )
161
d
P1
P2
P3
c
x
0 a b

Se A ( a, c ) e B ( b, d ) são dois pontos da curva F(x,y) = 0, o comprimento do arco


AB é dado por :

S= ou

Variação em x ou Variação em y

Se A, dado por u = u1 e B, dado por u = u2 , são pontos de uma curva definida pelas
equações paramétricas x = f(u ) e y = g(u), o comprimento do arco AB é dado por :

S=

Exemplos :

1 ) Ache o comprimento do arco da curva y = de x = 0 a x = 5 .

Resolução :

Como temos a variação em x . . .


162

Daí ,

S=

S= u.c S= u.c

S 12,4074 u.c .

2 ) Idem para x = de y = 0 a y = 4.

Resolução :

Como temos a variação em y . . .

Daí ,
163

S=

S= u.c S 24,4129 u.c .

3 ) Idem para a curva x = t2 , y = t3 de t = 0 a t = 4 .

Resolução :

● Como temos a curva definida parametricamente . . .

Daí . . .
164

S=

temos ...

S 66,3888 u.c .

●Área de uma superfície de Sólido de Revolução

- Sólido de Revolução : Obtem-se fazendo uma região plana revolver em torno de uma
reta ou eixo de revolução. ( Veja figura abaixo ).

Eixo de Revolução

Região
Plana

Eixo
de
165
Revolução

- A Área de uma superfície gerada pela rotação em torno do eixo Ox de uma curva regular
y = f(x) , entre os pontos x = a e x = b é expressa pela fórmula :

SX = ou

A Área de uma superfície gerada pela rotação em torno do eixo Oy de uma curva regular
y = f(x) , entre os pontos x = a e x = b é expressa pela fórmula :

SY = ou

x = f(u)
Obs. : Para as equações Paramétricas temos . . .
y = g(u)

SX =

SY =
166

Exemplos :

1 ) Ache a área da superfície gerada pela revolução, em torno do eixo Ox, do arco da
parábola
y2 = 12x, de x = 0 a x = 3.

Resolução :

x
0 3

1º Modo :

● y2 = 12x y=

SX =

Daí . . .
167

SX =

SX =

SX 43,8822 u. a .

2º Modo :

● y2 = 12x x=

SX =

● .

Daí . . .

SX =
168

SX =

SX 43,8822 u. a .

x = 2cos - cos 2
2 ) Idem para a cardióide para [ 0, ].
y = 2sen - sen2

CAPÍTULO 37

VOLUME DO SÓLIDO DE REVOLUÇÃO ( Método do Disco )

Abaixo temos o esquema de como calcularemos o volume de um sólido de revolução.

1 ) Seja a função f(x) geratriz, usamos o conceito, já visto, de integral definida , ou seja,
aproximação por n retângulos .

f(xi)
169

f(x)

0 a b x

2 ) Ao rotacionarmos cada retângulo em torno eixo 0x , temos vários discos ( cilindros


circulares ) com volume V = área da base x Altura = { .[ f(xi) ]2}. onde
f(xi) = raio.

y f(xi)

0 x

a b

Somando-se o volume de cada disco temos o valor aproximado do volume do sólido


de revolução, ou seja, aproximação por n discos.

3 ) Usando a lógica dos infinitésimos ( com ) temos o volume do


sólido estudado.

0 x

a b
170

Logo, temos, o Volume do sólido de revolução, em torno do eixo 0x, da região entre o
gráfico de f e os eixos x [ a, b ] como sendo :

Analogamente, ao rotacionarmos em torno do eixo 0y, temos o Volume do sólido de


revolução,da região entre o gráfico de g e os eixos y [ c, d ] como sendo :

Obs. : Se a rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados, temos :

y = f(x)

y=L

0 a b x
171

x=M

x x = g(y)

0 x

MÉTODO DA ARRUELA [ ou entre duas funções f(x) e g(x) ]

Usado quando possui um “ buraco “. A demonstração é análoga ao método do disco


onde f(x) e g(x) são os raios que delimitam o sólido externa e internamente, daí :

Rotação em torno do eixo 0x

Rotação em torno do eixo 0y


172

Exemplos :

1 ) Determine volume do sólido formado pela revolução em torno do eixo x, da região


delimitada pelo gráfico de f(x) = -x2 + x e pelo eixo x.

Resolução :

y = -x2 + x

a b
0 x

{ -x2 + x x.( -x + 1 ) = 0

2 ) Idem para y =x3 limitada por y = 8 e x = 0, rotação em torno do eixo 0y .

Resolução : y = f(x) = x3

y portanto ...
y = x3

8●

=
173
0 x

3 ) Calcule o volume do sólido gerado pela revolução, em torno do eixo 0x , da região


limitada pelos gráficos das funções f(x) = e g(x) = 3. ( Método da arruela )

Resolução :
x

y
f(x) =
● ●

a b x

g(x) = 3

● Cálculo de a e b

f(x) = g(x) = 3 =3 25 – x2 = 9 x2 = 25 – 9 x2 = 16 .

Portanto …
174

CAPÍTULO 38

Exercícios :

1 ) Calcule a área da região A.

x’’ = y3-
y y

● 1

● x’ = 1 – y4
-1

Use

2 ) Idem para :
175
y

f(x) = 3x3 –x2 – 10x

a
● ●c x

● g(x) = -x2 + 2x

Dica : Encontre a, b e c pertencentes ao “eixo x”.


b

3 ) Idem para :

y = x2 + 2x + 1
y=x+1
A
1

-1 0 x

4 ) Encontre o comprimento da curva y = 5x –2 ; -2 x 2.

5 ) Idem para x = de P ( 0, 0 ) até Q ( 8, 4 ) .

x = 4sen3t
6 ) Idem para a hipociclóide ; t [ 0, 2 ].
y = 4cos3t

7 ) Calcular a área obtida com a revolução, em torno do eixo Ox do arco da parábola y2 = 8x ;


1 x 12 .

8 ) Idem para x = ; 1 y 4 ; rotação em Oy .

9 ) Idem para y = ; 1 y 2 ; rotação em Oy .

10 ) Calcule o volume do corpo criado ao girarmos, ao redor do eixo Ox , a superfície com-


preendida entre as parábolas f(x) = x2 e g(x) = .

11 ) Calcule o volume do sólido gerado pela revolução, em trono da reta y = 2, da região li-
176
mitada por y = 1 – x , x = -2, x = 2 e y = 2 .
2

y=2 -1 1
-2 2 x

12 ) Encontrar o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo Ox , da região


limitada por [f(x)]2 = 16x e g(x) = 4x .

13 ) Um tanque, na asa de um jato, tem como modelo, o sólido gerado pela revolução, em
torno do eixo Ox , da região delimitada pelo gráfico y = e pelo eixo x,
x e y são dados em metros. Qual o volume do tanque ?

Obs. : Considere 0 x 2.

Respostas :

1 ) A = 1,6 u.a

2 ) A = 24 u.a

3)A= u.a

4)S 20,40 u.c

5)S 9,073 u.c

6 ) S = 0 u.c

7 ) Sx 177,96 u.a

8 ) Sy 9,819 u.a

9 ) Sy 63,497 u.a

10 ) Vx = u.v
177
11 ) Vx = u.v

12 ) Vx = u.v

13 ) V = 0,033 m3 0,1047 m3 104,71 litros

CAPÍTULO 39

INTEGRAIS DUPLAS

Podemos estender a noção de integral definida para funções de duas, ou mais, variáveis.
Analogamente, a integral para uma variável definia a área sob uma curva, as integrais
de funções de duas variáveis determinam volumes sob “ curvas “, mas podemos também
calcular áreas usando a integral dupla.

Definição : Seja f uma função de duas variáveis, contínua e não-negativa numa região
plano xy, então o volume do sólido compreendido entre a superfície
z = f(x,y) e a região é definido por :

V=
Retângulo z
que contém  z = f(x, y)
Região  n : Quantidade de sub-retângulos

Veja a figura : y
 
   Logo
  
  y
x  
  
  
Área Ak de cada (xk*, yk*)  
sub-retângulo que Ponto arbitrário em
cada sub-retângulo. x
não ultrapassa
.
178

Altura
f(xk*, yk*)

Obs. : Caso f apresente tanto valores positivos quanto valores negativos em , o limite
apresentado NÃO REPRESENTA o volume entre e a superfície acima do plano xy, mas
sim a diferença de volumes entre elas, podemos então generalizar . . .

● Se f possui valores positivos e negativos em R,


então um valor positivo para a integral dupla
de f
em R significa que há mais volume
acima do
V=
que abaixo de R. Um valor negativo
indica o
contrário e zero indica volumes iguais
acima e
abaixo de R.

Propriedades :

I ) .

II ) .

III ) Se é a união de duas regiões não-superpostas 1 e 2

2 .
179

IV ) Se f(x,y) 0 em toda , então 0.

Calculando as integrais duplas para Região retangular

Adotando como Integrais Parciais e em relação a x e y

respectivamente, integramos a primeira com y fixo e a segunda com x fixo, vejamos os

exemplos . . .

1)

O processo acima é chamado Integração Iterada ( ou repetida ), usaremos tal processo


para calcular as integrais duplas, daí . . .

Integrais Iteradas
180

2)

= ( 6.32 + 3 ) = 54 + 3 = 57 .

3)

Coincidência ? Veja o teorema abaixo :

◙ Seja o Retângulo definido pelas desigualdades


a x b, c y d; se f(x,y) for contínua nesse
retângulo, então :

◙ Aplicação do teorema :

Calcule no retângulo = { ( x,y ) : -3 x 2, 0 y 1}.


181
Resolução :

4 ) Use a integral dupla para achar o volume do sólido limitado acima pelo plano
z = 4 – x – y e abaixo pelo retângulo = [ 0,1 ] X [ 0, 2 ] .

Resolução :

z z=4–x-y

2 y
1
(1,2)

V=

V = 5 u.v .
182

Exercícios :

1 ) Calcule as integrais iteradas :

a) b) c)

2 ) Calcule as integrais duplas na região retangular .

a) ; = { ( x, y ) : -1 x 1, -2 y 2}.

b) ; = { ( x, y ) : 0 x 1, 2 y 3}.

3 ) O volume sob o plano z = 2x + y e acima do retângulo = { ( x, y ) : 3 x 5, 1 y 2 }.


183

CAPÍTULO 40

Calculando as integrais duplas para Região não – retangular

Sejam as regiões 1 e 2 no plano xy onde é não – retangular .

y x = h2(y)
y
y = g2(x) d

1 x = h1(y) 2
y = g1(x)
c
0 a b x x
Região 1
0 Região 2

z = f(x,y)
184

Temos :

Teorema

1 ) Se é uma região do tipo 1 na qual f(x,y ) é contínua, então :

2 ) Se é uma região do tipo 2 na qual f(x,y ) é contínua, então :

Exemplos :

1 ) Calcule

= -3,987 .
185

**

u = y2

du = 2y dy

2 ) Calcule na região entre y = ,y= ,x=2ex=4.

Resolução :

y y=

Obs. : Este desenho refere-se


y= somente ao plano xy .

0 2 4 x

◙ Considerando do tipo 1 temos . . . .

◙ Portanto . . .

= 1,83 .
186

3 ) Calcule na região entre y = -x + 1 , y = x + 1 e y = 3 .

Resolução :

◙ Considerando do tipo 2 temos . . . .

y = -x + 1 x = -y + 1 h1(y)
Daí :
y=x+1 x=y-1 h2(y)

Como y = y -x + 1 = x + 1 -x – x = 1 – 1 -2x = 0 x=0 e y=1.

◙ Portanto . . .

= -22,67 .
187

4 ) Calcule o volume do sólido limitado pelo cilindro x2 + y2 = 4 e os planos y + z = 4 e


z=0.

Resolução :

z z=4-y
y

2 y=

-2  2
x

x x2 + y2 = 4 -2
y =-

Temos :

◙ x 2 + y2 = 4 y= x = -2 e x = 2
◙ y+z=4 z = 4 – y ( plano superior )
◙ z=0 Plano xy ( plano inferior )

Portanto . . .

V=

=
188

●Voltando para a aula nº 5 temos , pelo caso I . . .

● Voltando para a variável original “ x “ ...

2
Como logo x
.

Daí ,

Portanto , V =16 u.v .

**
Mudança de diferencial
189
Exercícios :

1 ) Use a integral dupla para calcular o volume do sólido limitado pelo cilindro x2 + y2 = 9
e os planos z = 0 e z = 3 – x .
2 ) Calcule o volume do sólido ( Tetraedro ) abaixo :

**
y=
z 3x+2y+4z=12 z= y

3 6

y
6 x
0
4 4
x

** Basta fazer z = 0 em 3x + 2y + 4z =12, portanto y = .

3 ) Faça o exercício 1 sem efetuar a mudança de diferencial .

4 ) Faça o exemplo 4 sem efetuar a mudança de diferencial .


190

CAPÍTULO 41

Integral Tripla

Podemos relacionar as integrais simples com funções de uma variável, as duplas com
funções de duas variáveis, portanto, quando temos uma Integral Tripla, esta está relacionada
a uma função de três variáveis [ f(x,y,z) ].
A definição segue a linha das anteriores e a figura será uma caixa dividida em
“subcaixas” por meio de planos paralelos tomando-se as caixas que estejam totalmente em
G ( sólido estudado ) e novamente , quando o número de subcaixas tende ao infinito com o
ponto arbitrário ( ), e o volume Vk de cada caixa tendendo a zero.

Daí, pela soma de Riemann , temos :

Veja a figura :

z Volume Vk

(
)
Região G
y

x
191

Propriedades das Integrais triplas

I ) , k : constante.

II )

III ) Ao dividirmos G em sub-regiões G1 e G2

G1
G2

Calculando Integrais Triplas em Caixas Retangulares

Analogamente às integrais duplas, usaremos Integrações Sucessivas.

Pelo teorema :

◙ Seja G a caixa retangular definida pelas desigualdades a x b; c y d; m z


n.
Se f for contínua na região G, temos :
192

Exemplos :

1 ) Calcule a integral tripla , na caixa retangular .

Resolução :

648 .

2 ) Calcule a integral tripla , onde G =


.

Resolução :

=
193

Calculando Integrais Triplas em Caixas Não – Retangulares

Analisando a figura . . .

z = g2(x, y)

G
z = g1(x, y)


x

Temos o seguinte teorema :

Seja G o sólido xy simples com superfície superior z = g2(x,y) e superfície inferior


z = g1(x,y) e seja a projeção de G no plano xy. Se f(x,y) for contínua em G então :
194
Para plano xy

Obs. :

plano xz temos

Para

plano yz temos

Exemplos :

1 ) Seja G a cunha do primeiro octante secionada do sólido cilíndrico y2 + z2 1 pelos


planos y = x e x = 0. Calcule .
Resolução :

Temos y2 + z2 = 1 z2 = 1 - y2 z= z =
Porção acima do plano xy

z
z =

y=x
x=0
G
R 1 y
x ●

● ( 1, 1 )

R y=x x =y
x
0

Portanto . . .

=
195

= .

Calculando volumes usando Integral Tripla

Quando f(x,y,z) = 1 temos a garantia de uma figura tridimensional , logo

representa o volume de G e indicamos V = .

Exemplos :

1 ) Use a integral tripla para calcular o volume do sólido contido no cilindro x2 + y2 = 9


entre os planos z = 1 e x + z = 5.

Resolução :
z

x+z=5 z=5-x

x=-
y
x=
3
G
z=1

y x
0

x : x2 + y2 = 9 -3

Portanto, com plano xy . . .


196

= = 36 u.v .
Subst. Trigon.

2 ) Idem para o cálculo do tetraedro T limitado pelos planos x + 2y + z = 2, x = 2y, x = 0 e


z=0.

Resolução :

x = 2y T z= -x – 2y + 2

y
1 Para z = 0, temos :
y
x + 2y =2 y=- +

( 1, ,0) 1

0,5

x
0 1

x = 2y y=

Portanto, com plano xy . . .


197

VT =

= u.v .

CAPÍTULO 42
198

Exercícios de Integração Tripla :

1 ) Calcule .

2 ) Calcule , onde G é o sólido do primeiro octante limitado pelo cilindro parabólico z = 2 – x2 e os

planos z = 0, y = x e y = 0.

G
y

3) Calcule o volume do tetraedro limitado pelos planos coordenados e pelo plano 2x + 3y + 6z = 12 .

y
x

4 ) Calcule o volume do sólido compreendido entre os parabolóides z = 5x2 + 5y2


e
199
z = 6 – 7x – y . [ Dica : Faça z = z , ache a variação em y (função) e iguale a zero e ache a
2 2

variação em x ( valores ) ]

Obs. : O desenho já apresenta resultados que você deve obter quando usar a “Dica” de
resolução.

z = 5x2 +
5y2

z = -7x2 –y2 +
G 6
1 2 x 2

   x

2 2
y 2 2
 1 2x 2
y2 = 1 - 2x2
x

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