CAP.

I
Elementos Introdutórios
para Termodinâmica
Prof. Ricardo Cruz
CEM/EST/UEA – rcruz@uea.edu.br
 Escopo da
Termodinâmica Técnica

2
Fonte: figuras adaptadas de Fundamentals of Engineering Thermodynamics, 5th.
MORAN, Michael J., SHAPIRO, Howard N. John Wiley & Sons, Inc. USA, 2006.

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 Ementa do Curso,
Bibliografia,
Cronograma, Citério
das Avaliações Parciais
e Depositório de Dados
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 EMENTA

• Conceitos fundamentais e unidades;

• Trabalho e calor;
• Balanço de energia de sistemas fechados;
• Propriedades de substâncias tabeladas;
• Balanço de energia em volumes de controle;
• Segunda lei da termodinâmica e balanços de entropia;
• Noções de ciclos motores. Noções de ciclos frigoríficos.

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 BIBLIOGRAFIA MÍNIMA

• MORAN, M. J., SHAPIRO, H. N. “Princípios de

Termodinâmica para Engenharia”. Editora LTC. (qualquer
ed.). RJ

• SONNTAG, R., BORGNAKKE, K., VAN WYLEN, G. J.

“Fundamentos da Termodinâmica”. Editora Edgard Blücher
(qualquer ed.). SP

• No acervo UTAM há disponíveis outros títulos, no que pese

antigos, muito bons.
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CRONOGRAMA DAS PROVAS
 Primeira prova – 30/MARÇO/16

 Segunda prova – 29/ABRIL/16

 Terceira prova – 30/MAIO/16

 PROVA FINAL – 28/JUNHO/16

CÁLCULO DAS MÉDIAS PARCIAIS

𝑨𝑽𝑨𝑳𝑰𝑨ÇÕ𝑬𝑺
 𝑴𝑷 𝒊 =
𝑵° 𝑨𝑽𝑨𝑳𝑰𝑨ÇÕ𝑬𝑺

 Onde: 𝑴𝑷(𝟏) = 𝑴𝑷(𝟐)

DEPOSITÓRIO DE DADOS

engemec.am@gmail.com

(senha: alfarrabios)
Unidades Metrológicas
Adotadas

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SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
 Foi instituido no Brasil em 1967, derivado do Sistema Métri-
co (SM), que aqui chegou no início do séc. XIX;
 As unidades mais importantes do SI são:
Massa (m): [quilograma] ou [kg]
Matéria (n): [mol]
Comprimento (L): [metro] ou [m]
Força (F ): [newton] ou [N] (  [kg] ∙ 9,81 [m/s²] )
Tempo (t ): [segundo] ou [s]
Temperatura (T ): [kelvin] ou [K]
Energia (E): [joule] ou [J] = [N]∙[m]
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SISTEMAS INGLÊS (SING) E ESTADUNIDENSE (SESTA)
 São formados por unidades que remontam aos romanos. É o caso
da milha (mil passos de uma legião); ou do pé (comprimento do pé
de um rei, sabe-se lá qual…);
As unidades mais importantes do SING e do SESTA são:
Massa (m): [libra-massa], [lbm] ( 0,454 [kg]) (SING)
[slug]  [lbm] / 32,17 (SESTA)
Comprimento (L): [pé], [ft] ( 0,304 8 [m]) (SING/SESTA)
Força (F ): [libra-força], [lbf] ( 4,448 2 [N]) (SING/SESTA)
Tempo (t ): [segundo], [s] (SING/SESTA)
Temperatura (T ): [rankine], [R]  0,555 6 [K] (SING/SESTA)
Energia (E ): [British thermal unit], [Btu] ( 1 [kJ]) (SING)
[lbf.ft]  778,2 [Btu] (SESTA)
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TEMPERATURAS RELATIVAS E ABSOLUTAS (SI E SING/SESTA)
 Temperaturas relativas: dependem de uma substância termométrica
(água, álcool, mercúrio…);
• Escala Celcius: [celcius], [C] – referência no ponto triplo da água
(onde coexistem L, S e VP), cujo valor é 0,01 C;
No SI, é uma unidade tolerada;
• Escala Fahrenheit: [fahrenheit] (relação com [C]: [F] = 1,8[C] + 57,6)
No SING e no SESTA, é uma unidade associada;
 Escalas absolutas: não dependem de substância termométrica.
• Escalas Kelvin (SI): [K] = [C] + 273,15 ( 273)
• Escala Rankine (SING/SESTA): [R] = [F] + 459,7 ( 460)
12
Software de Apoio

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Engineering Equation Solver - EES
 Este programa, de fácil implementação, é mostrado à parte;
 Permite implementar cálculos numéricos de mais de 500 equações
e 500 incógnitas com um toque de tecla (F2);
 Possui vastas bibliotecas de dados de propriedades termofísicas,
em várias bases de dados internacionais, cujos valores são
retornados por funções simples;
 Possui vasta biblioteca de funções matemáticas, desde as mais
simples às mais avançadas, inclusive matrizes;
 Permite implementar tópicos de programação, via estruturas
particulares, tais como, FUNCTION, PROCEDURE, MODULE e
SUBPROGRAM;
 Permite conversões de várias unidades entre si;
14
15
Alguns Exercícios
(não se restrinja a eles…)

16
 1
Um recipiente contém uma massa de água de 10 lb na
temperatura de 100 F. Converta estas unidades para o SI.
2
Um recipiente tem o volume de 10 ft³. Converta esta unidade
para o SI.
3
Um recipiente tem um peso de 180 lbf, e um conteúdo de ener-
gia de 12 000 Btu. Converta estas unidades para o SI.
4
Um recipiente contém um líquido na temperatura de 320 K.
Converta esta unidade para o SESTA.
17
Conceitos Básicos

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SISTEMA FECHADO
Massa confinada (fluido de trabalho). A
região que a confina não permite entra
da nem saída de massa, mas pode va-
riar de volume.
SISTEMA ABERTO ou VOLUME
DE CONTROLE (VC)
Região que admite entradas e saídas de
massa. Em geral, o volume não varia.
VIZINHANÇA
Toda a região fora do sistema ou do VC,
onde reside a massa confinada.
FRONTEIRA
Linha que separa o sistema ou o VC da
vizinhança.
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PROPRIEDADE DE ESTADO
É uma característica macroscópica da matéria, tal como
temperatura (T ), pressão ( p), volume (V ), massa (m), etc. Toda
matéria tem propriedades que definem seu estado.

PROCESSO
Forma pela qual as propriedades variam. Há vários tipos de
processos, mas neste curso só são considerados: isotérmico,
isobárico, isométrico, isentálpico e isentrópico.

FASE
Quando as propiedades físicas e químicas da matéria se man-
tem constantes em todo o volume que ela ocupa, se diz que ela
está em uma só fase. Neste curso, só se consideram as fases
sólida, líquida e gasosa.
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PROPRIEDADES EXTENSIVAS (PE)
Dependem da quantidade de massa da substância.
Por exemplo:
50 kg de água + 30 kg de álcool = 80 kg de solução alcoólica
10 litro água + 10 litro de óleo = 20 litro de água com óleo
Ou seja, massa e volume dependem da massa. Logo, são PE.

PROPRIEDADES INTENSIVAS (PI)

Não dependem da massa da substância.
Por exemplo:
1 litro de água a 30 C + 3 litro de álcool a 10 C não produz
4 litro de solução alcoólica a 40 C (fica com  18 C)
Ou seja, temperatura não depende da massa. Logo, é PI.
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 Algumas
Propriedades Básicas

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VOLUME ESPECÍFICO E MASSA ESPECÍFICA
• O volume específico (usado com gases), ou volume por
unidade de massa de um fluido, é definida como:

𝑽
𝒗= [kg/m³] [1]
𝒎

• A massa específica (usada com líquidos), é o inverso do

volume específico:

𝟏
𝝆= [m³/kg] [2]
𝒗
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PRESSÃO
É a relação entre a força que um fluido exerce perpendicu-
larmente a uma superfície, assim:
𝑭
𝒑= [N/m²] ou [pascal], [Pa] [3]
𝑨
Obs: 1 000 Pa = 1 kPa ; 1000 000 Pa = 1 MPa
1 bar = 100 kPa = 1,013 atm ( 1 atm)

PRESSÃO ABSOLUTA E PRESSÃO RELATIVA

• Absoluta: pressão medida desde o zero;
• Relativa: absoluta menos a atmosférica.

prel. = pabs. – patm [4]

24
Alguns Exercícios
(não se restrinja a eles…)

25
 5
Calcule o volume específico e a massa específica das substâncias:
A) 1 t de água a 4 C, quando ocupa exatos 1 000 litro;
B) 1 kg de ar em Itacoatiara, a 30 C, quando ocupa 859 litro.

6
Uma piscina olímpica tem as dimensões 50m25m4m. Calcule
a pressão que a água dessa piscina aplica no fundo, em [kPa] e
[bar], assumindo que a massa específica da água vale 1 t/m³.

7
Salas de teatro exigem insuflamento de ar para segurança contra
incêndio, porque isso faz a pressão do ar interior maior que a do
ar exterior (e o fogo não entra). Você conseguiria fechar uma por-
ta de 8’  8’ de uma sala de teatro em Itacoatiara (pressão atmos-
férica de 101,3 kPa), se a pressão interna da sala é 26 pol.H2O?
26
 8
Suponha que a leitura de pressão absoluta dentro de um tan-
que é 0,4 bar e que a atmosférica local é 98 kPa. Qual seria a
leitura em [kPa] de um manômetro Bourdon instalado nesse
tanque, uma vez que esse instrumento só lê pressão relativa?

9
A figura mostra um tanque den-
tro de outro, em que ambos
contém ar. O “Gage A” do tan-
que A lê 1,4 bar; e o manôme-
tro “U” contém mercúrio. De-
termine as pressões absolutas
dos tanques, em [bar].
Adote g = 9,81 m/s².
27
 10
Explique o porquê da precisão dos
manômetros de tubo inclinado da
figura ao lado.

11
A figura ao lado mostra uma parede
que separa dois ambientes a diferen-
tes temperaturas. Assumindo que a
temperatura varia linearmente den-
tro da parede, verifique se o tubo
transportando água irá congelar.
28