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O Brasil recebe relativamente poucos imigrantes. Segundo a publicação International Migration 2013, havia
600 mil imigrantes em nosso país naquele ano, o que equivalia a apenas 0,3% de nossa população. Em 2012,
segundo o Ministério das Relações Exteriores, havia entre 2,5 e 3 milhões de brasileiros vivendo no exterior, a
maioria nos Estados Unidos e em países europeus. Entretanto, com o agravamento da crise nesses países,
muitos brasileiros têm voltado, assim como muitos estrangeiros têm vindo buscar trabalho no Brasil.
GEOGRAFIA | PROF. WAGNER OLIVEIRA | COLÉGIO DOM FELICIANO
Infográfico: Indo e Vindo. In: MOREIRA e SENE. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização 3 - 2. ed. reform. - São Paulo:
Scipione, 2013. p. 128-129.
GEOGRAFIA | PROF. WAGNER OLIVEIRA | COLÉGIO DOM FELICIANO
Migrações Econômicas
Além de cuidar de sua própria subsistência, muitos imigrantes enviam parte de sua renda aos familiares que
permaneceram no país natal. Em 2012, segundo o Banco Mundial, as remessas internacionais por imigrantes
alcançaram o valor de 478 bilhões de dólares, constituindo-se uma importante fonte de moeda estrangeira para
diversos países.
Nos países que dispõem de PIB elevado, as remessas recebidas não têm peso significativo, mas naqueles
com economias pequenas o dinheiro enviado por seus emigrantes representa uma contribuição importante para o
PIB. As migrações de países em desenvolvimento para os desenvolvidos são as que mais atraem atenção, mas,
segundo o Internation Migration Report 2013 a maioria dos deslocamentos populacionais – 59% do total – se dá
entre países que apresentam níveis de desenvolvimento semelhantes.
De acordo com a publicação da ONU, a migração internacional apresentou em 2013 a seguinte distribuição:
35,6% dos migrantes se deslocaram de países em desenvolvimento para outros países em desenvolvimento;
35,3% dos migrantes se deslocaram de países em desenvolvimento para países desenvolvidos;
23,2% migraram de países desenvolvidos para outros países desenvolvidos;
Os 5,9% restantes são pessoas que saíram de países desenvolvidos para países em desenvolvimento.
Embora as migrações internacionais sejam muito importantes, pela visibilidade que têm e pelas
oportunidades de contato intercultural e de progresso econômico que oferecem, a maioria das pessoas migra no
interior de seu próprio país. A ONU estima que existam cerca de 750 milhões de migrantes internos no mundo, um
número quase quatro vezes superior ao dos que se deslocaram entre países diferentes.
Os refugiados
Ainda que o fator socioeconômico seja muito importante para explicar as migrações, ele não é o único. É
comum que muitos habitantes deixem um país em guerra ou um território no qual sofrem perseguição política,
étnica ou religiosa. Por isso, há um tipo de migrante que deve receber atenção especial o refugiado.
De acordo com o Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR ou UNHCR, da sigla em
inglês), agência da ONU que dá apoio a esses migrantes, no final de 2012 havia 15,4 milhões de refugiados no
mundo, sendo 10,5 milhões sob a responsabilidade da ACNUR e 4,9 milhões sob a responsabilidade da Agência
das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Em sua maioria, fugiam de conflitos
armados. Em geral, os refugiados são acolhidos por países vizinhos.
Os imigrantes e refugiados que vão para os países desenvolvidos sofrem com a xenofobia e o racismo.
Sobretudo após a eclosão da crise econômica, que atingiu especialmente os países desenvolvidos e elevou o
desemprego, houve um aumento da hostilidade a estrangeiros ou minorias étnicas.