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SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA.

PAULO FREIRE, A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.


Minibiografia.
Paulo Reglus Neves Freire, foi um educador, escritor, filósofo brasileiro e Bacharel em
Direito (sendo que nunca exerceu).
Nascimento: 19 de setembro de 1921, Recife, Pernambuco
Falecimento: 2 de maio de 1997, São Paulo, São Paulo
Formação: Faculdade de Direito do Recife
 Foi um educador brasileiro, criador do método inovador no ensino da
alfabetização para adultos, um método que ficou mundialmente conhecido.
 Defendia como objetivo a escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder
transforma-lo.
 É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia
mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também
o Patrono da Educação Brasileira.

A EDUCAÇÃO COMO PILAR DA SOCIEDADE. (slide 4 Vinicius ler os tópicos


em negrito)

 O desenvolvimento humano atual é alicerçado nos diversos meios de


educação;
quer seja do mais alto padrão intelectual, ou do mais básico, como o de bons
costumes e maneiras comportamentais padronizadas pela cultura.

 O conhecimento que se multiplica e se aprimora; molda-se de maneira


indistinta todas as camadas sociais, no entanto se faz necessário o estudo
histórico da educação, pois ao analisar práticas, métodos e fatos, certamente
têm-se reflexos na condução da disponibilização de conhecimento educacional
na atualidade.

 O processo de transmissão de conhecimento era a princípio por meio oral;


esse processo de transmissão de conhecimento era a princípio, passado
diretamente de um indivíduo para outro.

 O surgimento da escrita, foi um grande impulso para as futuras gerações;


com o surgimento da escrita, houve um grande impulso na sua divulgação e
manutenção para as futuras gerações, tornando-se impessoal e cumulativo.

 A Educação Primordial, que se destacou na Grécia Antiga:


Nas cidades de: Atenas, Tebas e Esparta, por mérito e foram modelos de
organização de sociedade e educação, sendo fonte de inspiração para diversas
civilizações ao longo do tempo;
A educação propósito de defesa, uma vez que estas cidades eram independentes
e as guerras constantes;
 Ensino como cunho militar, não visava a princípio o desenvolvimento do
homem por completo;
 A Educação Aristocrática, tendo como objetivo enaltecer no jovem cidadão a
astúcia, prudência e coragem.
 A valorização pedagógica, no conceito da estética e ética no ensino, através da
obra de Homero (seus poemas épicos), que se analisava a conexão subjetiva nas
pessoas. A astúcia, prudência e coragem, são características que trouxeram
influencia para a educação.

NOMES ETERNIZADOS NA BUSCA PELO CONHECIMENTO: (slide 5


vinicius )

Heráclito;
Homero;
Alexandre;
Orfeu;
Sócrates;
Platão;
Aristóteles, entre outros.

São nomes de personagens de notória sabedoria, sendo componentes ativos numa


sociedade que deixou um legado de valor inestimável em diversas áreas do saber,
ficando claro que a sociedade da Grécia Antiga foi o berço da civilização ocidental,
tendo sido parâmetro para diversos estudos por parte de mentores que disseminam tais
ideias, influenciando métodos e práticas educacionais contemporaneamente.

O PILAR EDUCACIONAL NO BRASIL.

Ao longo dos tempos a educação no Brasil serviu a diferentes propósitos. Propósitos na


maioria sendo:

Opressores;
Doutrinadores;
Sem Alcance social;

Pois país tinha a maior parte da população residindo na zona rural, estes camponeses, na
sua imensa maioria não tinham acesso à educação, assim como não eram assegurados
seus direitos de cidadão.

O APRENDIZADO NO ADULTO

No início do século XXI temos um quadro preocupante, onde é evidente os resultados


negativos, decorrentes da ineficácia das políticas aplicada à educação.
[...]quase 20 milhões de analfabetos considerados absolutos e passam de
30 milhões os considerados analfabetos funcionais, que chegaram a
frequentar uma escola, mas por falta de uso de leitura e da escrita,
tornaram à posição anterior. Chega, ainda, à casa dos 70 milhões os
brasileiros acima dos 15 anos que não atingiram o nível mínimo de
escolarização obrigatório pela constituição, ou seja, o ensino
fundamental. Somam-se a esses os neo analfabetos que, mesmo
frequentando a escola, não conseguem atingir o domínio da leitura e da
escrita (STEPHANOU; BASTOS, 2005, p. 273).
O QUE DIZ A TEORIA DE PAULO FREIRE?

Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o


educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende
na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o
conhecimento do outro”.

COMO PAULO FREIRE CONTRIBUIU PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA?

Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e


reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização
de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico
assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o
aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a
entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal
livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele
contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

O MÉTODO DE PAULO FREIRE:

A proposição pedagógica de Paulo Freire está baseada numa visão crítica e


transformadora, nasce como uma forma de se contrapor à concepção alienadora e
alienante de homem e de educação, propondo uma pedagogia dos homens,
empenhando-se na luta por sua libertação. Freire pensou num método de educação
construído em cima de ideia de um diálogo entre educador e educando, onde há sempre
partes de cada um no outro.

O método de Freire para alfabetizar adultos está embutido numa teoria de educação e de
alfabetização, o qual compreende cinco etapas rigorosamente planejadas e
desenvolvidas:

1. A primeira etapa de desenvolvimento do método constitui-se na preparação dos


educadores para a investigação de campo; ou seja, os pesquisadores fazem a
delimitação da área e iniciam a codificação ao vivo.

2. Na segunda fase, os investigadores selecionam algumas contradições,


identificadas nos dados recolhidos; a partir das quais serão elaboradas as
codificações que vão servir às investigações temáticas, que serão apresentadas
aos educandos.

3. A terceira fase da investigação constitui-se na volta dos investigadores para a


área de trabalho, para inaugurar os diálogos decodificadores, nos círculos de
investigação temática, oferecem os elementos fundamentais para a
sistematização dos conteúdos programáticos.

4. A quarta fase, ela tem início quando, terminadas as decodificações nos


círculos, os investigadores começam o estudo sistemático e interdisciplinar dos
seus achados; porém, esta fase é concluída com a devolução, ao povo, de forma
sistematizada e ampliada, das temáticas que com eles serão decifradas, ampliadas
e estudadas nos círculos de cultura, representadas por codificações que, pelo
processo dialógico, serão decodificadas.

5. A quinta fase, que consiste no trabalho de aquisição da leitura e escrita; é o


momento em que Paulo Freire começa o trabalho efetivo de alfabetização.

Embora o trabalho de alfabetização de adultos desenvolvido por Paulo Freire tenha


passado para a história como um "método", a palavra não é a mais adequada para definir
o trabalho do educador, cuja obra se caracteriza mais por uma reflexão sobre o
significado da educação. Mesmo assim, distinguem-se na teoria do educador
pernambucano três momentos claros de aprendizagem.

1. O primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que o aluno conhece,


não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos, mas principalmente para
trazer a cultura do educando para dentro da sala de aula.

2. O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas em


discussão - o que permite que o aluno construa o caminho do senso comum para
uma visão crítica da realidade.

3. Finalmente, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada etapa de


problematização: o conteúdo em questão apresenta-se "dissecado", o que deve
sugerir ações para superar impasses. Para Paulo Freire, esse procedimento serve
ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do aluno.

E se tratando de método de ensino aprendizagem, pode se dizer que a prática dialógica


permite a efetiva participação autônoma, onde a troca de conhecimento se fixa de forma
mais profunda, gerando a capacidade de ser crítico e investigativo ao mesmo tempo.
Essas etapas propiciadas pelo método representam, de forma articulada, uma prática de
pesquisa e de ensino em que acontecem todos os passos pedagógicos: o planejamento, o
acompanhamento e a avaliação, que sempre é autoavaliação.

APRENDIZADO CONJUNTO:

Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do
professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não
comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as
condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e
informativo - portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador
pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos,
mas não como verdade absoluta. 

No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a idéia de que tudo está em


permanente transformação e interação. Por isso, não há futuro a priori, como ele gostava
de repetir no fim da vida, como crítica aos intelectuais de esquerda que consideravam a
emancipação das classes desfavorecidas como uma inevitabilidade histórica. Esse ponto
de vista implica a concepção do ser humano como "histórico e inacabado" e
conseqüentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se
reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase
famosa, que "o mundo não é, o mundo está sendo".

O QUE PAULO FREIRE PRETENDIA?

Paulo Freire pretendia era que, pela educação e pela alfabetização, os educadores,
mediados por uma relação dialógica e ajudados pelos recursos político-pedagógicos de
codificação e decodificação, possibilitassem aos sujeitos um aprendizado. Um
aprendizado que contribuísse de forma consciente no seu processo de desvelamento da
realidade, para que pudesse organizar-se na luta pelas transformações da sociedade.

NO QUE PAULO FREIRE ACREDITAVA?

Paulo Freire acredita, assim como Vygotsky, que, pela transformação do pensamento,
da formação de conceitos e de outras formas de comportamento, resultados das relações
culturais propiciadas pela escola, seriam possíveis formas de intervenções na sociedade,
através de ações planejadas e deliberadas que possibilitassem mudanças neles mesmos e
nas condições histórico-culturais.

CONCEITO DE ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA.

Mais recentemente, percebeu-se que as pessoas, com o aumento da maturidade e


consequente acúmulo de experiências e desenvolvimento de uma postura crítica, têm
necessidade de participar de modo mais ativo do processo de aprendizagem, o que
acabou criando motivação para o estudo do aprendizado de adultos e para o surgimento
de novas abordagens para aprendizagem, como a andragogia e a heutagogia.

Segundo Deaquino (2007), o modelo andragógico estaria fundamentado em quatro


suposições básicas para os aprendizes, todas ligadas à capacidade, necessidade e desejo
de eles mesmos assumirem a responsabilidade pela aprendizagem:

1 Seu posicionamento muda da dependência para a independência ou


autodirecionamento.

2 As pessoas acumulam um reservatório de experiências que pode ser usado


como base sobre a qual será construída a aprendizagem.

3 Sua prontidão para aprender torna-se cada vez mais associada com as tarefas
de desenvolvimento de papéis sociais.

4 Suas perspectivas de tempo e de currículo mudam do adiamento para o


imediatismo da aplicação do que é aprendido, e de uma aprendizagem centrada em
assuntos para outra, focada no desempenho.
Um novo termo foi criado recentemente para representar uma abordagem de
aprendizagem, a Heutagogia, na qual o aprendiz está sozinho no processo, ou seja, não
existe a figura do professor ou do facilitador. Esta abordagem ideal para as necessidades
de aprendizagem das pessoas do século XXI, pois estaria plenamente alinhada com as
novas tecnologias de educação, como a internet, as aplicações multimídia e os
ambientes virtuais, que estimulam um desenvolvimento autônomo de competências.

AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DOS ADULTOS

Paulo Freire descreve que alfabetizador e alfabetizandos, mesmo sendo diferentes


quanto indivíduos, devem ser postos numa situação de igualdade nas relações
pedagógicas, entendendo-se que a diferença existente entre eles se encontra na maior
experiência que o alfabetizador possui no que se refere à leitura e sistematização do
saber.
No entanto, as relações entre alfabetizador e alfabetizando são complexas, fundamentais
e difíceis, necessitando de uma constante avaliação e decisão em torno das origens
dessas dificuldades e das modificações radicais nas formas de planejamento e
desenvolvimento da prática pedagógica.
Como a escola, para a maioria dos adultos, não corresponde ao que estes esperam dela,
os alunos acabam tendo dificuldades de aprendizagem.
Muitos educadores acabam tratando os adultos da mesma forma do sistema direcionado
para a criança, quando se sabe que essa modalidade de ensino requer um currículo
diferenciado, aulas mais diversificadas e eficazes, de acordo com a real conjuntura dos
educandos. Só desta forma será possível vencer o desinteresse e o desestímulo
ocasionados pelo dia de trabalho, pela autoestima baixa.

Algumas situações que possa criar dificuldades para a aprendizagem das pessoas, dentre
as quais podem ser citadas:

1) Falta de gerenciamento adequado de seu tempo disponível; de tal forma a


permitir uma dedicação suficiente às atividades de aprendizagem.
2) Falta de uma metodologia de aprendizagem; que esteja alinhada ao seu
estágio de desenvolvimento cognitivo e com o contexto no qual as pessoas
têm de conviver e para o qual necessitam ganhar novos aprendizados.

3) Sensação de desconforto em ter de continuar e/ou voltar a aprender; por


associar o processo de ensino-aprendizagem a fases menos maduras de sua
vida.

4) Falta de motivação pessoal para o aprendizado; pois, embora a maioria


das pessoas perceba as estreitas ligações entre aprendizagem e crescimento,
muitas veem o processo simplesmente como um mal necessário, ou seja,
como algo que deve ser feito porque tem de ser feito, e não porque será
proveitoso e estimulante.

COMO PODEMOS LIDAR COM ESSA SITUAÇÃO?


Para Deaquino (2007), ao analisarmos essas quatro dificuldades citadas acima, as
seguintes sugestões podem ser apresentadas, como alternativas para a sua superação:
1) Para a gestão do tempo disponível devemos desenvolver a
habilidade/capacidade de nos organizarmos de modo mais eficiente.
2) Com relação a uma metodologia de aprendizagem temos as vantagens e
desvantagens da andragogia e da heutagogia.
3) A sensação de desconforto e a falta de motivação pessoal podem estar
relacionadas a uma escolha inadequada da metodologia de aprendizagem em
função do desconhecimento do estilo de aprendizagem do aprendiz, para que
ocorra aprendizagem é fundamental que o professor entenda quem são as
pessoas que estão do outro lado querendo receber conhecimentos e
desenvolver habilidades

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

O Programa foi criado, por um Decreto nº 6093 de 24 de abril de 2007, e seu objetivo
era a universalização da alfabetização de jovens e adultos, a partir de 15 anos ou mais, e
foi realmente uma conquista porque ela passou a financiar a Educação de Jovens e
Adultos, que a vinha sempre precária.
Atualmente, a educação no Brasil, apesar de um quadro deficiente, deve-se destacar
alguns projetos que primam pela excelência no ensino, como por exemplo, os Institutos
Federais, e outros projetos devem ser citados por sua importância como é o caso da
Educação de Jovens e Adultos (EJA), que resgatam os alunos para a sequência do
aprendizado.

A Educação de Jovens e Adultos não pode ser considerada como apenas um resumo de
conteúdo e sim uma ferramenta capaz de mudar o homem, influenciando o educando a
descobrir suas potencialidades reivindicatórias capazes de superar as desigualdades e
promover uma sociedade mais justa, utilizando-se um complexo metodológico para
desgarrar da letargia e pleitear seus direitos e lugares no contexto comunitário.
Como Surgiu o EJA?

Devemos ressaltar que a Educação de Jovens e Adultos surgiu com a composição da


necessidade de disponibilizar instrução ao indivíduo e a educação popular, que deveria
ser abrangente, pela necessidade da época em que o analfabetismo era alarmante.

Este programa deveria ter a eficácia de abranger o maior número possível da população,
não ficando retido apenas ao campo do conhecimento didático, mas trazer a esperança
aos discentes de poderem construir uma vida mais digna e renovada.

É correto afirmar que o desafio de se utilizar uma práxis pedagógica distinta da


educação bancária, requer a preparação e cooperação do docente, onde uma formação
continuada capacitará este profissional para atuar na Educação de Jovens e Adultos
(EJA), como sujeito promotor do diálogo, do pensamento emancipador, quebrando
paradigmas que oprimem e mantêm a submissão do discente.

A utilização do saber como fonte de emancipação poderá ser potencializado com


discussões críticas, problematizando e esclarecendo o meio social em que vivem. Os
educadores precisam estar atentos para as demandas e potencialidades dos sujeitos da
EJA, considerando-os sujeitos em todas as propostas e projetos pedagógicos

Neste sentido se faz necessário adotar o método de Paulo Freire e seus ensinamentos,
para que seja viável a conclusão de um projeto de ensino com sucesso, formando um
cidadão consciente, é possível, mas, no entanto, é revolucionário e tudo que resulta em
mudanças drásticas, certamente enfrentará opositores, tutelam a continuidade do
conformismo geral.
A educação de Jovens e adultos apresenta singularidades inerentes a este modelo
educacional, principalmente em relação à experiência vivida na trajetória de seus
discentes, sendo necessário, um entendimento diferenciado no processo de ensino e
aprendizado, sendo este mais profundo, indo além da simples transferência de
conhecimentos.
No Artigo 37, assim se expressa: “A educação de jovens e adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e
Médio na idade própria” (MEC, 1999, p. 14).

Metodologia

Foram realizados estudos bibliográficos que proporcionaram a investigação e análise


integrativa entre os tópicos: educação, a Educação de Jovens e Adultos e o método
desenvolvido por Paulo Freire. Os dados foram abordados de maneira qualitativa,
formando insumos para a construção objetiva e crítica deste trabalho, cujo tema é
importante e permanente, sendo objeto de estudos, enquanto houver sociedade
civilizada. Os dados selecionados e coletados receberam tratamento ético, informativo e
formativo, expondo-os às possibilidades possíveis de interpretação no contexto deste
trabalho acadêmico.

Resultados e análises
Foram abordados temas sensíveis relacionados à educação, que foram forjados ao longo
de centenas de anos e delineados por forças e interesses poderosos, ideologias
capitalistas que se interessam apenas pela mão de obra de baixo custo, não querem que
o educando saia do círculo vicioso de submissão e alcance sua emancipação, por este
motivo é notório o pouco investimento na educação e na formação continuada dos
educadores, sendo estes relegados a segundo plano, sendo assim tem-se a nítida
importância do método de ensino de Paulo Freire na Educação de Jovens e Adultos.
Após estudos verifica-se que é viável a implantação do método Paulo Freire, não sendo
uma utopia, no projeto pedagógico da Educação de Jovens e Adultos e que a
continuidade de ensino na vida do educando deve ser priorizada, através de políticas
públicas para o aumento do índice de desenvolvimento humano (IDH).
Considerações
Com fundamento na importância da educação para o desenvolvimento pessoal e social,
vale ressaltar que a escola deve fazer sentido na vida do discente, sendo democrática,
dialógica e participativa, tendo amparo de recursos materiais e humanos, sendo
inclusiva, tendo sua valorização assegurada nos projetos políticos, sendo estes meios
aliados a metodologias libertárias o elo coerente com o verdadeiro objetivo, que é
formar o cidadão consciente, o homem por completo, capaz de interagir e alavancar o
progresso social, cultural, científico e econômico, transformador no meio em que vive,
servindo de exemplo de ética e obtendo-se o progresso duradouro em várias áreas do
conhecimento. A EJA deve ter uma efetiva estruturação com investimentos capazes de
alavancar as efetivas necessidades de formação do educando, deixando de ser apenas
um atalho para a conclusão escolar, transformando, através de métodos como o de Paulo
Freire, todo o conceito retrógrado, que atualmente permeiam e estagnam a maioria dos
sistemas educacionais. Fica patente ser as orientações metodológicas do educador Paulo
Freire a rota segura, que melhor se adapta ao contexto de uma Educação de Jovens e
Adultos pautada pelo propósito de educação continuada, libertadora, transformadora,
conscientizadora e dialógica, formando o sujeito em sua integralidade.

REFERÊNCIAS:
BRANDÃO, C. R. O que é Método Paulo Freire. 18ª ed. São Paulo, Brasiliense. 1981.
BRASIL. Constituição Federal (1988). Disponível em: . Acesso em: 14 de outubro de
2020.

FREIRE, A. M. Notas. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro


com a pedagogia do oprimido. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completem. 49. Ed.
São Paulo: Cortez, 1989.

XAVIER, M. E.; RIBEIRO, M. L.; NORONHA; O. M. História da educação: a escola no Brasil. São
Paulo: FTD, 1994.
JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
OLIVEIRA, Fernanda Germani de. PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM. UNIASSELVI,
2014.
PIOVESAN, J. et al. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM. 1ª Edição.
Santa Maria-RS: UAB/NTE/UFSM, 2018

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