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ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE

SARGENTOS – EFAS

Pablo Vinicius Carvalho Gomes

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Coordenador de curso: Jakson dos Santos Pimenta, Cap


PM

BELO HORIZONTE
2020
Sumário
Introdução:..................................................................................................................................3
Desenvolvimento:......................................................................................................................4
Processo demissionário:......................................................................................................4
Conclusão:..................................................................................................................................7
Bibliografia:.................................................................................................................................8

BELO HORIZONTE
2020
Introdução:
O Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais – CEDM –
tem por finalidade definir, especificar e classificar as transgressões
disciplinares e estabelecer normas relativas a sanções disciplinares, conceitos,
recursos, recompensas, bem como regulamentar o Processo Administrativo-
Disciplinar e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares da
Unidade – CEDMU.
No artigo 2° CEDM, este código se aplica aos militares da ativa, aos
militares da reserva remunerada, e nos casos expressamente mencionados
neste Código. Não estão sujeitos ao disposto neste Código: os Coronéis Juízes
do Tribunal de Justiça Militar Estadual, regidos por legislação específica.
Com base no código de ética disciplinar dos militares, este trabalho vem
tratar dos procedimentos decorrentes de providencias a serem tomadas na
sanção administrativa demissionária, bem como o recolhimento da carteira
especial de identidade (CEI).
Este trabalho irá abordar assuntos referentes à carteira especial de
identidade (CEI) de militares submetidos a processo administrativo pelo
(PAD/PADS), neste contexto iremos relatar os procedimentos realizados nos
processos administrativos na ativação da sanção demissionária.
O decreto 47.457 de 24 de julho de 2018 através das atribuições
conferidas ao governo do estado de minas gerais no inciso VII do art. 90 da
constituição estadual bem como no disposto na Lei Federal nº 7.116, de 29 de
agosto de 1983, na Lei Federal nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, e no
inciso XVIII do art. 37 do Decreto nº 11.636, de 29 de janeiro de 1969, dispõe
sobre os documentos de identificação dos militares de minas gerais.
O art. 2° inciso I deste decreto dispõe sobre a (CIM) e a (CEI) que são
fornecidas a oficiais e praças da ativa, da reserva remunerada e os reformados
da corporação.

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Desenvolvimento:
Segundo o Art. 33 a demissão consiste no desligamento de militar da
ativa dos quadros da IME, nos termos do EMEMG e do Código de Ética militar.
Neste caso a demissão pune determinada transgressão ou decorre da
incorrigibilidade do transgressor contumaz, cujo histórico e somatório de
sanções indiquem sua inadaptabilidade ou incompatibilidade ao regime
disciplinar da Instituição.
É, portanto considerada transgressão disciplinar toda ofensa aos
princípios da ética e ou aos deveres sumários ás atividades das IMES na sua
forma elementar e simples, distinguindo-se da infração penal, considerada
violação dos bens juridicamente tutelados pelo Código Penal Militar ou comum.
(Art.11CEDM).
No Art.12 e 13 ficam definidas as transgressões disciplinares que serão
caracterizadas como leve, media, e grave conforme classificação atribuída nos
artigos seguintes, podendo ser atenuada ou agravada, consoante a pontuação
recebida da autoridade sancionadora e a decorrente de atenuantes e
agravantes.

Processo demissionário:

O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) tem o objetivo de examinar e dar


parecer sobre a impossibilidade do militar para permanecer na ativa ou não,
isso obedecendo aos princípios da ampla defesa.
Segundo o Art. 64 do código de ética militar serão submetidos ao PAD,
o militar que:

I – cometer nova falta disciplinar de natureza grave, se classificado no conceito


“C” (a falta grave pode ser originária, não se exigindo a reincidência, mas tão
somente o cometimento de falta disciplinar grave);

II – praticar ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe,


independentemente do conceito em que estiver classificado.

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Art. 16 – O julgamento da transgressão será precedido de análise que
considere:
I – os antecedentes do transgressor;
II – as causas que a determinaram;
III – a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
IV – as consequências que dela possam advir.
O militar alvo de processo disciplinar de acordo com o Art.43 – deverá
ser formalmente informado sobre sua classificação no conceito C para inserção
da sua submissão ao PAD, nos termos de falta grave, a notificação portanto
ativa a sanção disciplinar no sistema.
A instauração do processo se dará através de autoridades competentes
para a convocação da comissão do processo administrativo (CPAD), que
poderá ser instaurado pelo:
I – o Comandante Regional ou a autoridade com atribuição equivalente, assim
entendidos os Diretores;
II – o Corregedor da PMMG/CBMMG;
III – o Chefe do Estado-Maior, ou por sua determinação.
A CPAD será nomeada e convocada, por meio de portaria, na qual
deverão constar os seguintes aspectos:
I – a convocação da Comissão, a acusação e será acompanhada, sempre que
possível, do ERF do acusado e dos documentos que fundamentam a
acusação;
II – o nome ou o número do militar acusado;
III – procurar relatar o fato de maneira clara, objetiva e precisa, adequando a
redação da falta o mais próximo possível ao texto específico da transgressão
disciplinar contida no CEDM, tipificando a transgressão que será apurada no
processo em um dos incisos do art. 13, do CEDM, necessariamente, podendo
ser conjugado com os incisos dos art. 14 e/ou 15, também do CEDM, além de
fundamentar no inciso I ou II do art. 64 do CEDM.
A CPAD será composta por 03 (três) militares possuidores de
precedência hierárquica em relação ao acusado, sendo que a Presidência
recairá, obrigatoriamente, em oficial do QOPM/BM, de maior grau hierárquico
ou mais antigo.

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Em caso excepcional com motivo justificado, poderá ser designado um
escrevente, de posto ou graduação inferior ao escrivão, para auxiliar nos
trabalhos de digitação da Comissão.
Impedimentos
I – tiver comunicado o fato motivador da convocação ou tiver sido encarregado
do IPM, do APF, da sindicância, do RIP ou de qualquer outro procedimento
investigatório referente ao motivo e seja solicitação de demissão /baixa do
serviço ativo por policial pmmg submetido a PAD.
II – tenha emitido parecer sobre a acusação;
III – estiver submetido a PAD/PADS/PAE;
IV – tenha parentesco consanguíneo ou afim, em linha ascendente,
descendente ou colateral, até o 4° grau, com quem fez a comunicação ou
realizou a apuração, com a vítima ou com o acusado e seu defensor;
V – tenha entre si parentesco em linha ascendente, descendente ou colateral
até o 4° grau, ou seja, cônjuge ou companheiro.
O prazo para elaboração regular do PAD é de 40 (quarenta) dias corridos,
podendo ser prorrogado por até 20 (vinte) dias corridos em casos de
necessidade.
De acordo com o Art. 36 do CEDM– A demissão de militar da ativa com no
mínimo três anos de efetivo serviço ocorrerá por proposta da Comissão de Processo
Administrativo-Disciplinar – CPAD –, ressalvado o disposto no § 1° do art. 42 da
Constituição da República. Art. 37 – A perda da graduação consiste no desligamento
dos quadros das IMEs. De acordo com o Art. 38 CEDM – Será aplicado o
cancelamento de matrícula, (recolhimento de CEI) com desligamento de curso, estágio
ou exame, conforme dispuser a norma escolar própria, a discente de cursos das

Art. 74 – Encerrados os trabalhos, o presidente remeterá os autos do processo


ao CEDMU, que emitirá o seu parecer, no prazo de dez dias úteis, decisão
fundamentada, que será publicada em boletim, concordando ou não com os pareceres
da CPAD e do CEDMU, nos termos do inciso VI – opinando pela demissão. § 1° –
Os autos que concluírem pela demissão ou reforma disciplinar compulsória de
militar da ativa serão encaminhados ao Comandante-Geral para decisão. § 2° –
O Comandante-Geral poderá conceder o benefício da suspensão da demissão
pelo período de um ano, caso o militar tenha sido submetido a processo com
base no inciso I do art. 64. § 3° – Quando for o caso de cumprimento do

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disposto no § 1° do art. 42 combinado com o inciso VI do § 3° do art. 142 da
Constituição da República, o Comandante-Geral remeterá o processo, no prazo
de três dias, à Justiça Militar, para decisão.

Conclusão:
Após a conclusão do processo e o encaminhamento para o comandante
geral conforme o paragrafo 2º do artigo 74, o comandante geral poderá ainda
em prazo de um ano conceder o beneficio de suspensão de demissão ao
militar isto caso o militar tenha sido submetido a processo com base no inciso I
do art. 64.

Conclui-se, portanto que o processo demissionário do militar se dará


seguindo os princípios éticos e do direito de plena defesa, observando os
prazos estabelecidos pelo CEDM, e, portanto a demissão só ocorrerá com
base em provas contundentes examinados pelo PAD.

Após a conclusão dos autos do processo disciplinar a demissão do


militar ocorrerá bem como o cancelamento da carteira de identificação especial
sendo feito o cancelamento do numero de matricula do militar no sistema.

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Bibliografia:
Código de ética militar: disponível em
http://aspra.org.br/site/images/pdf/CODIGO_ETICA_2016.pdf
Acesso: 20 DE JANEIRO DE 2020

Lei 14.310 comentada: disponível em:


https://www.alferesbook.com.br/pmmg/document/12/lei-14-310-cedm-
comentado/
Acesso em 21 de janeiro de 2020

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