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1- Os principais objetivos da Política Agrícola Comum eram melhorar o nível de vida dos
agricultores, garantir a segurança dos abastecimentos, assegurar preços acessíveis aos cidadãos,
estabilizar os mercados e desenvolver a agricultura melhorando a produtividade.
1.2- Para a concretização dos objetivos foram usados 3 pilares: A unicidade de mercado, isto é,
estabeleceram um mercado agrícola único, eliminando as barreiras alfandegárias entre os
Estados-membros e harmonizaram as regras sanitárias e as normas técnicas; A preferência
comunitária, ou seja, evitar a concorrência dos produtos estrangeiros, estabelecendo preços
mínimos para as importações e subsídios para as exportações , e, por fim, a solidariedade
financeira que consiste na criação de um fundo comunitário, o FEOGA- Fundo Europeu de
Orientação e Garantia Agrícola-, para financiamento das medidas da PAC, o que permitia um
apoio financeiro à agricultura.
2.1- As primeiras reformas da PAC destinadas a reduzir os excedentes agrícolas foram, em 1984,
a criação de um sistema de quotas, inicialmente aplicado ao setor do leite, que estabeleceu um
limite de produção para cada país com penalizações em caso de superação. Em 1988 também
houveram várias reformas: houve uma fixação de quantidades máximas garantidas e de
condições de descida automática dos preços na proporção da quantidade excedida; criou-se
incentivos à cessação da atividade agrícola e à reforma antecipada dos agricultores; houve uma
retirada, inicialmente voluntária e, mais tarde, obrigatória de terras da produção, que afetou
sobretudo os cereais e as explorações com maior produção, ao qual foi chamado set-aside;
houve uma limitação da superfície de cultivo/número de animais para os quais o agricultor tinha
direito a subsídios, e, por fim, ocorreu uma reconversão dos produtos excedentários, baseada na
concessão de prémios aos produtores que se comprometessem a reduzir a produção.
2.2- As medidas tomadas para a redução da produção e a preservação do ambiente na reforma
de 1992 foram: diminuição dos preços agrícolas garantidos; ajudas diretas aos produtores,
desligadas da produção; reformas antecipadas para os agricultores mais idosos; orientação da
produção para novas produções industriais ou energéticas; incentivos à pluriatividade da
população agrícola; promoção do pousio temporário; incentivo à prática da agricultura biológica
e, por fim, estímulo ao desenvolvimento da silvicultura.
2.3- As alterações à PAC introduzidas pela reforma de 2003 foram: orientação para a procura, ou
seja, a PAC passa a ter em conta os interesses dos consumidores e dos contribuintes e,
simultaneamente, confere aos agricultores da União Europeia a liberdade de produzirem o que o
mercado pretende; o pagamento único por exploração onde se mantém alguns apoios diretos,
por opção de cada Estado-membro, mas os agricultores recebem um pagamento por exploração,
desligado da produção; e o princípio da condicionalidade, onde as ajudas ficam condicionadas
ao respeito pelas normas ambientais, segurança alimentar, fitossanidade e bem-estar animal e à
manutenção das superfícies agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais.
2.4- Em 2013, em termos económicos havia vários desafios: segurança alimentar, instabilidade
dos preços e crise económica.
Em termos ambientais: emissão de gases de efeito de estufa, degradação dos solos, qualidade da
água e do ar e habitats e biodiversidade.
Por fim, em termos territoriais: vitalidade das áreas rurais e diversidade da agricultura.
3.1- Agricultura biológica é um método de produção agrícola que exclui totalmente a utilização
de fertilizantes químicos e pesticidas e se apoia em descobertas científicas recentes,
principalmente em matéria de nutrição, de biologia dos solos e de luta antiparasitária.
3.2- Os três principais objetivos da agricultura biológica são: Produzir alimentos de elevada
qualidade nutritiva, com teores nulos ou mais fracos de resíduos de pesticidas e nitratos e melhor
conservação, sabor e digestibilidade; promover o melhoramento e conservação da fertilidade dos
solos, através do aumento do seu teor em húmus, da correção das suas carências minerais e do
relançamento da sua atividade biológica, sendo importante as aplicações de matérias orgânicas
(especialmente estrume) e a prática de rotações variadas que incluem culturas de leguminosas
(adubos verdes) e, por fim, eliminar todas as formas de poluição agrícola (dos alimentos, água e
ambiente em geral).
4.1- As condições especiais de que Portugal beneficiou até 1990 no âmbito da PAC foram: não
estar sujeito às regras de preços e mercados da PAC, e os incentivos financeiros do PEDAP
(Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa) para corrigir as deficiências
estruturais da agricultura e melhorar as condições de produção e comercialização dos produtos.
4.2-Nos primeiros anos da integração de Portugal, o setor agrícola português teve de passar por
inúmeras dificuldades acrescidas: sofreu limitações à produção, pelo sistema de quotas, na
sequência de um excesso de produção para o qual não havia contribuído; foi desfavorecido pelo
sistema de financiamento e de repartição dos apoios, feito com base nos preços elevados para o
consumidor e em função da produtividade agrícola, do rendimento médio e da área de
exploração, que beneficiava os países que mais produziam e produtos que não tinham expressão
em Portugal, e, por fim, os investimentos nos projetos cofinanciados por fundos comunitários
levaram ao endividamento de muitos agricultores, agravado pelas taxas de juro bancário que,
durante muito tempo, foram as mais elevadas da União Europeia.
4.3- Verificaram-se vários progressos na agricultura portuguesa, esses progressos foram: uma
diminuição do número de explorações agrícolas para quase 40% e aumento da sua dimensão
média de 6,3 para 9,3 hectares); redução da mão de obra agrícola; aumento da produção e da
produtividade e um crescimento do investimento de infraestruturas fundiárias, tecnologias e
formação profissional.
4.4- As seis prioridades da Política de Desenvolvimento Rural para o período entre 2014 e 2020
são: promover a transferência de conhecimentos e a inovação nos setores agrícolas e florestal e
nas zonas rurais; melhorar a competitividade de todos os tipos de agricultura e reforçar a
viabilidade das explorações agrícolas; promover as cadeias alimentares e a gestão do risco na
agricultura; promover a utilização eficiente dos recursos e apoiar a passagem para uma economia
de baixo teor de carbono e resistente às alterações climáticas nos setores agrícolas, alimentar e
florestal; inclusão social, redução da pobreza e desenvolvimento económico das zonas rurais e
restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas que dependem da agricultura e das florestas.
6.2- As formas de implantação industrial nas áreas rurais são: a produção agropecuária
(conservas de frutas e vegetais, transformação de tomate, laticínios, carne, lanifícios, vestuário,
couro, calçado, etc); a exploração florestal (serrações, carpintarias, corticeiras, mobiliário); a
exploração e transformação de rochas minerais.
6.3- As vantagens da localização das indústrias nas áreas rurais são: criar emprego e contribuir
para fixar e atrair população; promove, a montante, o desenvolvimento das produtoras da
matéria-prima, nomeadamente a agricultura, a pecuária e a silvicultura; desenvolve, a jusante,
outras indústrias complementares e diferentes serviços; aumenta a riqueza produzida, pois o
valor acrescentado as matérias-primas reverte pelo menos em parte, a favor das regiões onde se
instala.
6.4- Algumas fontes de energias renováveis disponíveis nas áreas rurais são: a biomassa-
bioenergia; os biocombustíveis; os biocombustíveis líquidos; a energia eólica e a energia hídrica.
7.1- As atividades turísticas existentes no espaço rural são: turismo ambiental, turismo fluvial,
turismo cultural, turismo gastronómico e o enoturismo, turismo cinegético e turismo termal.
7.4- As vantagens da localização das indústrias nas áreas rurais são: promover o aproveitamento
dos recursos endógenos de cada região; atenuar o êxodo rural e a desertificação do interior do
país; criar emprego e produzir riqueza e, por fim, fornecer ás populações do litoral uma
alternativa ao turismo balnear.