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NORMAS DE HIGIENE DO TRABALHO \Oo= Funoac MINISTERIO DO TRABALHO ENTRO INDICE - NHT - 01 - C/E 1985 - Norma para avaliagdo da Exposigao Ocupacional ao Calor. - NHT - 02 - AJE 1985 - Norma para avaliacdo da Exposi¢ao Ocupacional a Aerodispersdides. - NHT - 03 - A/E 1984 - Determinagao de vazao de Amostragem pelo método da Bolha de Sabao. - NHT - 04 - A/E 1985 - Norma para manutencdo de baterias recarregaveis de niquel-cadmio - Ni - Cd. - NHT - 05 - AQ/E 1985 - Avaliagdo da Exposigao Ocupacional a Agentes Quimicos Método Colorimétrico. - NHT - 06 R/E - 1985 - Norma para avaliagdo da Exposigao Ocupacional ao Ruido. Continuo ou Intermitente em fase experimental. + NHT - 07 RIE - 1985 - Norma para avaliacéo da Exposicao Ocupacional ao Ruido. Ruido de Impacto. - NHT - 08 - GV/E - Norma para avaliacéo da Exposi¢ao Ocupacional a Solventes Organicos. - SLA/01 1990 - Andlise qualitativa da fragao volatil de colas. - NHT - 09 - R/E 1986 - Norma para avaliacéo da Exposigao Ocupacional ao Ruido. Intermitente ou Continuo (Dosimetros). - NHT - 10 - WE - Norma para avaliacao ocupacional do nivel de iluminamento. - NHT - 13 - MA - Determinagao gravimétrica de aerodispersdides. - NHT - 14 - MA - Determinacao quantitativa de silica livre cristalizada por difracdo de Raios X Sirocco Série Técnica de Avaliagao de Riscos Ambientais NHT-O1 C/E 1985 DIVISAO DE HIGIENE DO TRABALHO Equipe de Elaboraséo: Superviséo: José Manvel Osvaldo Gana Soto Eduardo Giampooli Colaboragéo: Mario Luiz Fantazzini Irene Ferreira de Souza Duarte Sad ‘Maria Margarida Teixeira ‘Marcos Domingos da 1 OBJETIVO Estabelecer metodologia de avaliagdo da exposi- ‘go ocupacional ao calor. 2 APLICAGAO Esta norma se aplica 4 avaliagéo de calor em ‘ombientes internos e externos, com ou sem carga solar, visando & caracterizacéo do risco potencial & saude. 3 DEFINIGOES Ciclo de Trabalho — Conjunto das atividades desenvolvidas pelo trabalhador em uma sequéncia definida e que se repete de forma continua no decorrer da jornada de trabalho. Ponto de Trabalho — Todo e qualquer local onde 0 trabalhador permanece durante o desenvol- vimento de seu ciclo de trabalho. Situagéo Térmica — Cada parte do ciclo de trabalho, onde as condigées ambientais so manti- dos constantes, de forma que os pardmetros a serem estabelecidos 2ermanecam inalterados. Limite de Toleréncia — Representa as condigées sob os quais se acredita que o grande maioria dos trobalhadores possa ficar continuamente exposta, diariomente, sem sofrer efeitos adversos 4 sud saude. 4 CRITERIO ADOTADO ério adotado nesta norma para avaliagéo Nerma para avaliacao da exposicdo ocupacional ao calor NORMA PARA AVALIACAO DA EXPOSICAO OCUPACIONAL ‘AO CALOR EM FASE EXPERIMENTAL indice de sobrecarga térmica — Indice de Bulbo Umido Termémetro de Globo — IBUTG, utilizando equipamento convencional, conforme definido nes- ta norma. 5 INSTRUMENTAL NECESSARIO 1. Termémetro de Globo (tg) composto de: @) um globo constituido por uma esfera oca de cobre de aproximadamente | mm de espessura e com 152,4 mm de diémetro, pintada externamente de preto fosco e com abertura, na direcao radial, através de duto cilindrico de aproximadamente 25 mm de comprimento e 18 mm de diémetro, para insercdo e fixagao de termémetro; b) um termémetro de mercuirio com escala minima de + 10:C.a-+ 150°C e precise minima de leitura de + 0,1°C; ¢) uma rolha cénica de borracha, preferencialmente preta, com diémetro superior de aproximadamente 20 mm, diémetro inferior em torno de 15 mm e altura na faixa de 20 o 25 mm, vazoda na diregao de seu eixo por orificio que permita uma fixagao firme do termémetro. 2. Termémetro de Bulbo Umido Natural (tbn) com- posto de: a) um termémetro de merci com escala minima 10 minima de leitura b) Um erlenmeyer de 125 mi; ¢) pavio em forma tubular de cor branca de tecido de algodéo com alto poder de absorgao de dgua, com comprimento minimo de 100 mm Normas de Procedimento em Higiene do Trabalho Esta é a quarta norma de procedimento de Higiene do Trabalho que publicamos com a finalidade de divulgar o esforgo da Diviséo de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, na padroniza¢ao de métodos de trabalho e esclarecer os profissionais da area A presente norma, intitulada “Manutengdo de Baterias Recarregaveis de Niquel-Cddmio ~ NiCd" visa esclarecer os procedimentos utilizados para a manutencéo dos componentes elétricos. das bombas de amostragem tipo individual fabricados pela Bendix (BDX 44) @ pela MSA (Modelo G). Como 6 sabido, estas bombas séo utllizadas nas amostragens de aerodispersdides e gases e vapores. Tatando-se de equipamentos importados e de alto custo no nosso meio, 6 de fundamental importéncia esticar ao maximo a vida util das baterias que acionam os mecanismos dessas bombas. O presente trabalho é fruto da experiéncia acumulada pela Diviséo de Higiene do Trabalho ao longo de varios anos de utilizagdo desses equipamentos, assim como, . de estudo da literatura disponivel. Qualquer sugestdo dos profissionais que usarem rotineiramente estas bombas ser bem-vinda. JOSE MANUEL OSVALDO GANA SOTO Gerente da Divisdo de Higiene do Trabalho feta Brantors 60 Saie Ccuoscionat BE NEE ITTSuntre, Novemare:berambro. 1805 3. Termémetro de Bulbo Seco (tbs) composto de: Um termémetro de merciirio com escala minima de + 10°C a+ 100C e precisdo minima de leitura de 4 - 0,1°C. 4, Equipamentos complementores @) cronémetro de qualquer naturezo com preciso minima de | (um) segundo; b) tripé do tipo telescépico que atinja uma altura minima de 1700 mm, pintado em preto fosco; <) garras com mufa do tipo pinga para fixagao do termémetro do tbs; d) gorras com muta para fixagéo do globo; ) gorras sem mufa com haste longa para fixagéo do erlenmeyer; ) garras sem muta do tipo pinga com haste longa para fixagdo do termametro do tbn; 9) mufas universais para fixagéo des garras com haste; h) agua destilada. NOTA: Os equipamentos descritos nos subitens be.d,e,f eg sd0 apenas sugeridos, sendo aceitdveis, outras formas de fixago, desde que nao compro- metom a aplicagéo desta norma, 6 PROCEDIMENTO 1, Montagem do equipamento Uma série de cuidados deverd ser tomada no FIGURA 1 — TERMOMETRO DE GLOBO TERMOMETRO montagem do equipamento, a fim de permitir uma ‘avaliagdo correta e precisa. a) Termémetro de globo (tg): O termémetro de merctirio deve ser fixado no interior do orificio da rolha e ambos inseridos no globo. A rolha deve ser fixada no globo com certa, Pressdo, a fim de néo soltar durante o uso. A Posigdo relativa entre termémetro e rolha deve ser tal que, apés montado no globo, o bulbo do termé- metro fique posicionado no centro da esfera (ver, Figura 1). b) Termémetro de bulbo imide natural (tbn) termémetro de merctirio deve ser montado na posigdo vertical acima do erlenmeyer, de forma que suo extremidade inferior fique a 25 mm da borda do gargalo do erlenmeyer. Uma das extremidades do Pavio deverd ser sobreposta ao bulbo do terméme- tro, de modo que o envolva totalmente, e neste fixada através de amarracéo com fio fino de cor branca. A outra extremidade deve ser inserida no interior do erlenmeyer.No momento do uso, 0 er- lenmeyer deverd ser enchido com dgua destilada e © pavio do termémetro ser totalmente umedecido) (ver Figura 2) BULBO DO. TERMOMETRO Anite toae de Side Opera) Q Y FIGURA 2 — TERMOMETRO DE BULBO UMIDO NATURAL c) Termémetro de bulbo seco (tbs) Constituido apenas por um termémetro de mer- curio com as caracteristicas descritas no tépico 5 desta norma. 2. Posicionamento do equipamento Os equipamentos deverdo sempre ser posiciona- dos no local da medicdo, de forma que os bulbos dos termémetros fiquem todos alinhados segundo um plano horizontal (ver Figura 3). Quando houver uma fonte principal de calor, os termémetros deverdo estar contidos num mesmo plano vertical e colocados préximos uns dos outros sem, no entanto, se tocarem. A posicdo do conjun- to no ponto de medicdo deve ser de fal modo que a normal ao referido piano vertical esteja na direcao da fonte supracitada. Caso ndo haja uma fonte principal de calor, esse cuidado torna-se desneces- sério (ver Figura 3) A altura de montagem dos equipamentos deve coincidir com a regiéo mais atingida do corpo. ‘Quando esta néo for definida, o conjunto deve ser montado a altura do térax do trabalhador exposto. 3. Medigbes A avaliagéo da exposicio 00 calor é feita através do ondlise da exposigéo de cada trabalhador, co- brindo-se todo 0 seu ciclo de trabalho. Portanto, devem ser feitas medigdes em cada situagéo térmica a que fica submetido o trabalho- Dette tet de ede Open FIGURA 3 — CONJUNTO IBUTG dor. Ressaltamos que o nimero de situagées térmi- cas poderé ser superior ao numero de pontos de trabalho, j6 que no mesmo ponto poderéo ocorrer duas ou mois situagdes térmicas distintas. As leituras das temperaturas devem ser iniciadas ‘apés 25 minutos de estabilizagdo do conjunto, na situagdo térmica que esta sendo avaliada, e repeti- da a cada minuto. Deverdo ser feitas no minimo 3 leituras, ou tantas quantas forem necessdrias, para se observar uma oscilagéo ndo superior a 0,1°C entre as trés titimas leituras, sendo considerada leitura final o média destas. Quando a situagéo térmica avaliada ndo envoiver carga solar, a medi do de temperatura de bulbo seco ndo seré neces- Soria, Outro parémetro a ser medido é 0 tempo de Permanéncia do trabalhador na situagGo térmica ‘analisada em cada ciclo de trabalho. Este paréme- tro € determinado através da média aritmética de, no minimo, trés cronometragens, feitas durante a ‘observagéo do trabalhador na execucéo do seu trabalho. Andlogo & determinag3o das diversas situagées térmicas, devemos, igualmente, identificar os dis- tintas atividades fisicas exercidas pelo trabalhador em estudo e estimar 0 calor produzido pelo meta- bolismo em cada uma delas, através do Quadro |. © tempo de duracéio de’ cada atividade fisica identificada também deverd ser determinado atra- vés de, no minimo, 3 cronometragens, feitas atra- vés da observacao do trabalhador durante a execu- so de seu trabalho. ‘As medigées deverdo ser anotadas em tabela padronizada, conforme modelo anexo C.1. 4 Célculos Uma vez determinados os parémetros relaciona- dos no item “Medig6es”” desta norma, jé se reinem condigées para proceder ao cdlculo dos indices que caracterizem a exposigdo ao calor do trabalhador ‘em estudo. Primeiramente deve ser determinado 0 IBUTG de cada situagao térmica. As férmulas a serem utilizo- das sdo: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Para ambientes externos ou interos sem carga solar IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 1g + 0,1 ths Para ambientes externos com carga solar Os dados o serem utilizados nestes cdlculos séo as leituras médias, obtidas segundo os critérics estabelecidos nesta norma. Calculades os “IBUTG"s de todas as situagdes térmicas que envolvem o trabalhador analisado conhecidos os valores de “M” (calor produzido pelo metabolismo) de todas as atividades fisicas executadas pelo trabalhador em seu ciclo de trabo- tho, devemos determinar um “IBUTG” e um “Mi representativos da exposicao ao calor do referido trabalhador. Estes pardmetros devem ser estabele- cidos no periodo, de 60 minutos corridos, mais destayarayel da jornada de trabalho, ‘© IBUTG € a média ponderada dos valores de “IBUTG” das situagdes térmicas identificadas no ciclo de trabalho. O M é a média ponderada dos valores de “M" das atividades fisicas exercidas pelo trabalhador no seu ciclo de trabalho. Para o Cdlculo destes pordmetros, sdo usadas as seguintes formulas: QUADRO 1 TAKA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE SENTADO, em repouso... = trabalho leve com as maos (ex. escrever, datilografar). + trabalho moderado de maos e bragos (ex.: desenhar, trabalho leve de montagem) . TIPO DE ATIVIDADE Keal/h - trabalho leve de brasos e pernas (ex.+ drigir em auto-estrada, trabalho em maquina de costura nao motorizoda)...... 170 + trabalho pesado de maos e bracos (e) DE PE ‘em repouro = trabaihe leve em méquina ou bancada, principalmente com os bragos = trabalho leve em méquina ou bancada,, com alguma movimentagéo _ abel madera de bros eon ema, pase fre, bate prego) = trabalho pesado de brasos e tronco (ex.: corte manual com serrate ov serra)... EM MOVIMENTO - andando normalmente, em plano .. - descer rompa a 5: + trabalho moderado de bracos (e = trabalho moderade de levantar ou empurrar + trabalho de empurrar carrinhos de mao, em nivel, com carg = trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorotos com os bragos (e + trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastor pesos (ex.: remogo com pa, abertura de valas) . + bir rampa de 5° - subir excadas com carga moderada.... ater pregos, limar) a = trabalho moderado de brasos e pernas (ex. dirigir nibus ou cominhdo em transito urbane). vorrer, trabalho em almoxorifade) .... rabalho com foice)... neu9 VATS" sono Trerere eee ies 8S. IBUTG:t) + IBUTG2t2 +... + IBUTG).t; + TBUTG 60 onde: IBUTG) - valor do IBUTG da situacdo térmica “i” ti - tempo de ocorréncia da situagde térmica i" no periodo, de 60 minutos corridos, rnais desfavorével te 12 ttt + tm = 60 minutos Mi the Matz + ot Mi tht + Mn tr 60 Onde: Mj = valor de M do atividade fisica “i” ti = tempo de ocorréncia do atividade fisica “i” no Periodo, de 60 minutos corridos, mais desfavoravel tit toe 4 tie + tn = 60 minutos 2 5 Interpretacéo dos resultados Uma vez determinados oMeo IBUTG, o limite de tolerdncia para exposicdo a calor seré considerado ultrapassado, quando o IBUTG exceder 0 valor méximo definido no quadro 2, correspondente ao M obtido. Para os valores encontrados de taxa de metabo- lismo ponderada M intermediérios, sera considera- do o MAXIMO IBUTG relativo & taxa de metabolis- mo ponderada M imediatamente mais elevada. - +1BUTGm.tm ANEXO €.1 TABELA DE CAMPO PARA AVALIACAO DE CALOR NHT-01- CE T T jot ~ 4 = T i a | t Lt i r | iw [ | it 1 i 1 RA. trite Hosters de Sone Sepa! Normas de Procedimento em Higiene do Trabalho A norma de procedimento para avaliagdo da exposi¢ao ocupacional a aerodispersdides que se apresenta neste numero da “Revista Brasileira de Saude Ocupacional” é a terceira de uma série de normas que visa orientar procedimentos a serem seguidos para uma correta avaliagao dos agentes ambientais presentes em locais de trabalho. Nos procedimentos a seguir descritos, sera encontrada a citagdo de outra norma, a NHT03 AVE, que se refere a determinagao de vazdo de amostragem pelo método da bolha de sabdo © que sera publicada nos proximos numeros desta revista. Esclarecemos que as normas que estao sendo publicadas possuem carater experimental, sendo benvin: das as criticas sugestoes que visem sua melhoria. Estas devem ser encaminhadas por escrito a Divisdo de Higiene do Trabalho do Centro Técnico Nacional, a qual, ao revisar periodicamente as normas, considera 1 0 Seu aproveitamento nos novos textos. DIVISAO DE HIGIENE DO TRABALHO CENTRO TECNICO NACIONAL FUNDACENTRO Norma para avaliacdo da exposicéo | ocupacional a aerodispersdides DIVISAO DE HIGIENE 00 TRABALHO. Notma Técnica Experimental Equipe de Elaboragao: Supervisoo: José Manuel Osvaldo Gana Soto Texto-base: Maria Margarida Teixeira Colaboracao: Eduardo Giampaoli Irene Ferreira de Souza Duarte Saad Mario \uiz Fantazzini Marcos Domingos da Silva 1 OBJETIVO Estabelecer metodologia de avaliagao da exposi- do ocupacional a aerodispersdides sdlidos. 2 APLICAGAO Esta norma aplica-se avaliagao de posiras que possam conter silica livre cristalizada, particulas in Cémodas e poeiras e fumos metalicos, em ambien tes de trabalho, através da coleta de amostras am- bientais individuais com equipamentos de amostra- gem do tipo BDX 44 da Bendix, modelo G da MSA, ou similar. 3 DEFINIGOES Para os fins desta norma, considera-se: Ciclone — dispositivo usado no equipamento de amostragem para a separacao de particulas solidas Contidas no fluxo de ar, em tamanhos predefinidos. Filtro-membrana — filtro de maiha rigida, de ma terial polimero, na forma de uma pelicula, com po- ros de tamanho uniforme determinados com preci 80. Porta-filtro padrao — cgnjunto para retengdo da amostra composto por um suporte de poliestireno de 3 pecas, contendo um suporte de papelao para 0 filtro € um filtro de 37 mm. Porta-filtro branco — portafiltro contendo um fil tro que sofre o mesmo preparo e manuselo que os porta-filtros a serem utilizados para a coleta das Smostras, exceto que nao passa at através dele (fil tro-branco) Particulas respiraveis — particulas que apresen. tam diametro aerodinamico equivalente inferior a 10 um (dez micrometres). Particulado total — total de particulas contidas em uma amostra gasosa, Série Técnica de Avaliacéo | NHT-02 A/E | | NZABIUNDACENTRO. de Riscos Ambientais | 1985 L NORMA PARA AVALIACAO DA EXPOSIGAO OCUPACIONAL ‘A AERODISPERSOIDES fomostiagens Individuais Particulas incémodas — todas as particulas que nao causam alteragdes pulmonares, Zona respiratoria — regiao do espago que com. preende uma distancia de aproximadamente 150 + 0 mm a partir das narinas, sob a influéncia da res piragao. 4 CRITERIO ADOTADO Determinagao das concentragoes ambientais de aerodispersdides solidos atraves de amostragem in. dividual 5 INSTRUMENTAL NECESSARIO Bomba de amostragem que fornega uma vazao de ar de 1,0 (um) a 3,0 (trés) litros pa: minuto, provida de um Sistema de controle de vazao e fonte de ali: mentagao elétrica independente. Ciclone padrao de 10 mm que separe as particu las com a Seguinte caracteristica de separagao: [Tamanho da particula ] | (didmetro aerodinamico | _ % de passagem equivalente) através do fluxo de ar | Hm, | = 20 i 90 25 75 35 i 50 | | 50 | 25 I 10.0 0 } Portactiltro padrao provido de suporte e filtro ade quado para a coleta do material particulado a ser avaliado. Cronémetro de qualquer natureza com precisdo minima de 1 minuto. Barometro portatil Termémetro de precisao minima de 1°C. Figura 1 — Instrumental necessdrio para a avaliagdo ambiental de aerodispersdides através de amostra. gens individuais. 6 PROCEDIMENTO Preparacao do equipamento Oequipamento de amostragem deve ser prepara do de acordo com as instrug6es dos manuais dos fabricantes e em fungdo do material particulado a ser avaliado, ou seja’ a, Poeiras que possam conter silica livre cristalizada. = Preparar 0 porta-filtro padréo com um filtro membrana de PVC, pré-pesado, com 37 mm de dia metro e S4m (cinco micrometros) de por, para de terminagdes analiticas por gravimetria e por difra- ao de raio X, As Doencas dos Trabalhadores (180p) Em 1700, a obra de Bernardino Ramazzini, "De Morbis Artificum Diatriba' era publicada natalia introduaindo os fundarnentos da atuagao em Medicina do Trabalho, direcionada a preservayso da Saude dos trabalhadores, AFUNDACENTRO ianca, agora, a 2+ edi¢o da tradugao desse clés Sico da literatura meuica, que descrevs quadios clinics de mais {d¢80doencas ocupacionalse apresenta grandeinteresse aos pro fissionais de Higiene e Seguranga do Trabalho, e, particularnien te, aos académicos de medicing @ medicos do Wabalho POSTOS DE VENDA Sho Paulo: A. Bento Fretias, 46, CEP: 01220- Sao PaulolSR, Fone: (011) 222.861 Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 187 - Centra, CEP: 20061, Rlo de JaneiroiPs, Fone: (02%) 26.7325, Rio Grande do Sul: RuaCoi. Vicente, 414-2° 63° and., CEP. 90000, Porto Alogrells, Fone: (0512) 3341021 8259041 ‘Minas Gerais: Av. Afonso Pura, 726-23" andar, CEP: 20000, Belo Horizontoitc, Fone: (031) 201-7830 e 20V 7588, Pernambuco: Rua Djaima Fatias, 126 -Torredo, CEP: 50000, Rock feiPE, Fone (Oar24t-3643 @ 241-2802 Balxada Santista: Av. Gonseineico Nebias, 442, CEP: 11100, Sain tosiSe Fone: (012) 85204 7 Espirito Santo: Av. Paulino Muller, 1111/5, CEP: 29000, VitoriaES, Fone: (027) 222.0717 Santa Caterina: Rua Tenente Silveita, 105, CEP: 88000, Floriané, polisiSC, Fone: (0482) 22.0524, SCAN 716/711: Bloco A. 62-1" andar, CEP: 70750, BrasiiaiDF, Fone: 081) 274 7650, — Montar 0 porta-tiltro em um cicione e liga-lo através da mangueira a bomba de amostragem, pa. aa coleta de posira respiravel —_Alustar a vazao da bomba de amostragem pa. fa 4,7 limin., conforme a NHT-03 A/E. b. Particulas incomodas: — Preparar o porta-filtro padréo com um suporte de papelao e um filtro.membrana de PVC, pré-pesa- do, com 37 mm de didmetro, para determinagoes gravimétricas. NOTA O poro do filtro é detinido contorme o material par: ticulado a ser coletado, atendendo ao disposto nas normas da NIOSH, quando houver. = Ligar o porta-filtro padrao, através da manguei: ra, diretamente 4 bomba de amostragem, para a co. leta de particulado total —Ajustar a vazao da Bomba de amostragem pa- fa 1,5 Imin., conforme a NHT.O3 A/E, a menos que haja recomendacao especifica de vazao em funcao. das particulas a serem coletadas. ©. Fumos e poeiras metdlicas, — Preparar o porta-filtro padrao com um suporte de papeldo e um filtro de membrana de éster de e. lulose de 37 mm de didmetro e 0,8 um (oito décimos de micrémetro) de poro, para determinagdes anali ticas por absoreao atomica. = Ligar o porta-filtro padrao, através da manguei ta, diretamente a bomba de amostragem, para aco. lela de particulado total — Alustar a vazao da bomba de amostragem pa- fa 1,5 limin., conforme a NHT-03 AI Bahia: CEM - Rua A- Quadra A- Lote 2, CEP: 40000, Salvador/BA, Fone: 071) 230 112 CAMPINAS: Fiua Delfino Cintra, 1050 Botatogo, CEP. 13100, pinasiSP, Fone. 0192) 32.5260. Campos: Rus Lacerda Sobrinho, 127, CEP: 28100. CamposiRy, Fo. ne. (0247) 22-4064 Parané: Av. Brig, Franco, 1633. Centro, CEP: 80000, CuritibalPR, Fo no: (08%) 222.948). NOTA Para cada 10 porta-filtros padrao preparados, sepa rar um porta-filiro branco com um filtro do mesmo jote dos que serao utilizados na amostragem. ‘A — Pega superior do portacfiltro B — Anel central — Filtro D — Suporte do filtro E — Pega interiar do portatiltro F — Plugue _ _ | Figura 2 —- Componentes do porta-filtro padrao Figura 3 — Componentes do elemento de gem para particulas respiraveis (ciclone de 10mme porta-filtro padrao) ‘Abordagem do Ambiente de Trabalho Deve ser feito um reconhecimento pretiminar do local a ser avaliado, definindo-se os trabalhadores que deverdo portar 6 equipamento de amostragem, Conforme o estabelecido a seguir, e desenhando-se um croqui com todos os pontos ou ciclos de traba- Iho a serem avaliados. ‘A caracterizagdo da exposigao deve ser teita ba sicamente de maneira individual, ou seja, os dados devem ser coletados de forma a'se poder definir a situago de exposi¢ao de cada um dos trabalhado- res do ambiente. Havendo a possibilidade de se agruparem traba- Inadores que apresentem iguais caracteristicas de exposigao, a avaliacéo pode considerar um nume- fo menor de amostragens, desde que estas sejam suficientes para a caracterizagao da situagao de ex posi¢do do grupo considerado. Dessa forma, podem ser estabelecidos “grupos de representatividade”, 08 quais seriam representados por um ou mais tra- balhadores que definissem a exposicao “tipica” do relerido grupo. Usualmente, isto podera ser conse: guido para uma mesma fungao operacional dentro do ambiente. O importante 6 que o conjunto de amostras deve representar a totalidade das situa: ‘goes de exposicao existentes no ambiente, ou se- ja, de todos os seus trabalhadores. Havendo divi das quanto & possibilidade de redugao do numero de amostras através de individuos “representativos” de grupo de exposigao, a amostragem devera con- siderar a totalidade dos expostos 66 tune: NOTA O periodo de amostragem e 0 numero de amostras coletadas devein representar estatisticamente a ex posigdo dos trabalhadores em jornadas de 48 horas semanais. Figura 4 — Equipamento de amostragem pies para coleta de particulas respiraveis, Figura 5 — Equipamento de amostragem preparado para coleta de particulado total. Operagao do equipamento de amostragem ‘As bombas de amostragem devem ser presas na cintura do trabalhador, através de um cinto, em po- sigdo que ndo atrapalhe a operacao que ele estiver realizando e que permita o acompanhamento do fun: cionamento das bombas pelo técnico. 0 elemento de amostragem deve ser posiciona: do na zona respiratéria do trabalhador. Deve-se observar que a mangueira de amostragem no sofra estrangulamento, que o elemento de amostragem tique em posigao oposta a da bomba. © equipamento deve ser ligado e durante o tem- po de operacao devem ser feilas observagdes com relagdo a seu funcionamento e com relagao ao am- biente de trabalho. — — | | NOTA Observar que o porta-filtro esteja sem o plugue de protecdo na amostragem de particulado tolal. Devem ser anotados no Anexo A3: = 0 numero da bomba de amostragem; 0 codigo do filtro: — 0 horario em que foi ligada e desligada a bom Re Figura 6 — Colocagao do equipamento de amostra gem. — 0 nome do trabalhador @ sua tungao: — 0 cédigo do posto de trabalho de acordo com © croqui elaborado; — a pressdo atmosférica e a temperatura do ar dos locais de avaliagao; — outras informagées constantes do anexo. Validagéo das Amostras ‘As amostras consideradas validas, que podem ser enviadas para 0 laboratorio, sao aquelas que — nao apresentam excesso de material, 0 que ocasiona 0 seu desprendimento do filtro: —- nao tenham sofrido contaminagao de qualquer tipo; — lenham sido coletadas através de bombas de amostragem que apresentaram boas condigées de funcionamento; — cujo porta-filtro nao apresenta prejuizo a sua integridade; — para as quais se tenha todos os dados de amostragem anotados com precisao. Ocorrendo invalidagao de uma amostra, amesma deve ser refeita. A mostra invalida obtida pode ser guardada para outros efeitos que ndo os de avalia- a0, cuidando-se que sejam feitas as devidas ano. tagdes nas folhas de dados e no porta-filtro. Envio dos porta-filtros amostrados para o laboraté- tio ‘As amostras coleladas deverao ser enviadas ao laboratorio acompanhadas dos dados necessarios para o processamento analitico. Os porta-filtros de: vom ser transportados com a face amostrada para cima e com 08 orificios de entrada saida do ar ve- dados. Utilizar um plugue vermelho na face amos. trada ¢ um plugue azul na outra face. Transporta-los de modo que nao sofram choques. Calculos Com 0 tempo e a vazéo de amostragem (obtida de acordo com a norma NHT-03 A/E), determina:se 0 vo- lume da amostra, Volume(m’) = vazdo (Wimin.) x tempo (min) x 109 Aconcentracao ¢ obtida dividindo-se a massa da amostra (mg), fornecida pelo laboratério, pelo volu- me de ar da amostra (m'): Concentragéo mg massa da amostra (mg) m* = “Volume dé ar da amostra (m3) Apresentacdo dos dados (Os resultados da avaliagao devem ser registrados no Anexo A-4 Interpretacao dos resultados A caracterizagao das situagoes de exposigao ava. liadas deve ser efetuada comparando-se os valores de concentracao obtidos com os limites de toleran- cia estabelecidos pela American Conference of Go: vernmental industrial Hygienists — ACGIH, com a devida adequagao para a jornada de trabalho em vi gor no Brasil. A adequacao deve ser feita através de Um fator de redugdo calculado segundo a formula: 40 168-h FR= Dx Onde: FR = fator de redugao h total de horas de exposigao por semana 67

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