LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO

E PROJETO (PE:OP)

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE TRABALHO-
APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE
UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR

GEYSIMEL SOARES ATAIDE

RA: 2166200

POLO BC
2021
PROJETO DE TRABALHO-
APROVEITAMENTO PEDAGÓGIGO DE UM
AMBIENTE NÃO ESCOLAR

Trabalho apresentado á
Universidade Paulista-
UNIP EaD, referente ao
curso de graduação em
Matemática, como um
dos requisitos para a
avaliação na disciplina
Prática de Ensino:
Observação e Projeto.

UNIP BC
2021
 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2.1 Ambientes e público-alvo
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma
4. AVALIAÇÃO
4.1 RESULTADOS ESPERADOS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Hoje em dia, existem muitas crianças que não aprendem a desenvolver seus
talentos, por não terem incentivo de nenhuma pessoa que as cercam, e assim
torna-se cada vez mais incômodo querer mostrar algo que não parece ser
interessante aos olhos de ninguém.
Na escola, os alunos só tem mesmo a opção de entrar dentro da sala de aula,
escrever no caderno, ler algum texto ou frase e se adepta somente à isso. E essa é
a rotina de todo estudante, permanecer nessa mesma rotina e não ter um espaço
onde possa desenvolver outros tipos de habilidades, o que torna tudo muito
cansativo. Principalmente no município de Atalaia, um lugar tão pequeno e sem
muitas opções de convívio e interatividade interdisciplinar.
Pensando nas questões citadas anteriormente, seria bom montar um projeto, no
qual as crianças tenham mais oportunidades de se expressar e mostrar ao mundo
do que é capaz. Ter aulas de português através de música, desenvolvendo seu
canto, sua leitura, na arte de atuar, aprender matemática sem precisar estar com
caderno e lápis na mão, contando números, dividindo, multiplicando talentos,
somando conhecimentos com a sociedade e demais alunos, dentre tantas outras
fontes, pois matemática está em todos os lugares.
De acordo com esse projeto, todos saem ganhando, os pais, por terem a
oportunidade de presenciar seu filho fazendo algo novo e que ele goste, os
professores, por ampliarem suas técnicas de ensino e os alunos, por aprenderem a
ser mais sociáveis, tolerantes e principalmente multitalentosos e multidisciplinados.
Os alunos da Escola Municipal Raimunda Galate farão parte desse projeto, que será
trabalhado na Praça de Alimentação, local bem acessível à todos.

2. OBJETIVOS

2.1 OJETIVO GERAL

Promover um encontro dos alunos com outras atividades extracurrilares, não
focadas apenas no esporte, mas também em outras aulas, alcançando um
interesse maior da população em presenciar eventos como estes, enaltecendo o
desenvolver das crianças, e ao mesmo tempo a aprendizagem como um todo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Mostrar aos alunos que existe algo maior que a sala de aula.
• Desenvolver a capacidade de aprender sem o uso de caderno e lápis.
• Exercitar o corpo e a mente da criança, em um espaço livre, socializando.
• Apresentar a capacidade que cada um tem, aprendendo de forma diferente e
mostrando o que é capaz de fazer.
• Fazer a interação entre as disciplinas obrigatórias de se aprender com a
capacidade artística e física que o aluno apresenta.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), na pedagogia renovada, o
centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas
sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o
processo de aprendizagem.
A educação não formal é aquela que se aprende no mundo da vida, via processos
de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletiva
cotidianas, afirma Gonh (2006).
De acordo com Gadotti (2005), as escolas precisam conhecer o meio em que vivem
seus alunos para construir uma nova cultura escolar que leve em conta a identidade
cultural do aluno.
A literatura infantil é um instrumento motivador e desafiador, capaz de transformar o
indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe
compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com sua necessidade
(Bakhtin, 1992).
Na visão de Ausubel (apud, Santomé, 1998, pág. 42) a aprendizagem significativa
implica que:
[...] Os alunos devem
possuir previamente
algumas ideias
inclusoras, ou o que é
a mesma coisa,
 teorias, tarefas nas
quais estão
envolvidos. Deste
modo, existem mais
possibilidades de
promover a motivação
pela aprendizagem e é
mais fácil
comprometer
efetivamente as
pessoas que
aprendem, assim
como gerar
autoconfiança em si
mesmas.
Hoffmann e Silva (1995) destacam como fundamental para o desenvolvimento da
criança que o educador dê liberdade para a criança explorar os materiais, que
respeite o ritmo de cada um e que assuma uma postura de atenção as suas
descobertas, de estímulo e de desafio.

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.2.1 Ambientes e público-alvo

O ambiente não escolar escolhido para a realização do projeto foi a Praça de
Alimentação, localizada na Rua Pedro Teixeira, município de Atalaia do Norte-
Amazonas, sendo um local propício para qualquer tipo de atividades
multidisciplinares e culturais.
Os estudantes da escola Municipal Raimunda Galate, do 4° e 5° ano, foram à quem
o projeto foi destinado, situada na Rua Augusto Luzeiro, município de Atalaia do
Norte-Amazonas, com o intuito de apresentar à eles formas de aprendizagem
diferenciadas.

3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos

- Matemática: Aprendizagem envolvendo as quatro operações.
- Língua Portuguesa: Hábito da leitura e conhecimentos literários de diferentes
formas.
- Artes: Desenvolver habilidades no canto, teatro, e dança.

3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas

Para o desenvolvimento desse projeto, os alunos precisam ter uma noção básica de
estudos matemáticos, linguísticos e artísticos.

1ª Etapa- Os professores deverão orientar os alunos a fim de descobrirem o talento

de cada um, apresentar as diversas maneiras de expressar seus talentos e
motivá-los à isso. Dentro da sala de aula o deve-se dividir as turmas em grupos de
acordo com o que querem apresentar.

Grupo de canto: Devem se organizar e montar um coral para apresentar no dia da

Oficina de Artes.
Peça Teatral: Escolher uma história que deseja apresentar, uma fábula, um conto,
romances. (Nesse trabalho os alunos já estarão aprendendo e um pouco o hábito da
leitura e conhecer mais sobre literatura.)
Dança: Montar ou ensaiar uma coreografia já pronta com passos bem dinâmicos.
Exposição de Artes: Deverá conter um espaço para expor os trabalhos artísticos dos
estudantes.
Instrumentos musicais: Quem se disponibilizar e se sentir confiante à apresentar ao
público o que sabe tocar, o professor deverá apoiar e ceder um tempo para este
aluno. (Podem também montar uma banda ou dupla.)
Espaço liberado para apresentações livres: Deve-se conceber um tempo para quem
quiser recitar um poema, um jogral, fazer leitura de algum texto que gostou, uma
história criada e etc., o palco deve estar em aberto para todos os alunos e público
presente.
Na questão da Matemática, os alunos estarão aprendendo de acordo com que vão
desenvolvendo, pois vão dividir partes nas falas, no canto, fazer contagens de
números(multiplicar, somar, dividir, subtrair) com pessoas e todos os acessórios
necessários para a realização do projeto.

2ª Etapa- Desenvolvimento na Praça de Alimentação

Após terem ensaiado e se programado junto com os professores para o evento, os
alunos deverão expor e apresentar seus trabalhos:
• Cantar a música que escolheram;
• Encenar a peça escolhida, com figurinos bem elaborados e falas bem colocadas;
• Dançar a coreografia que criaram ou apenas pegaram já elaborada de alguma
fonte;
• Apresentação da banda ou solista que queira tocar algum instrumento musical;
• Ao intervalo de cada apresentação deverá ter um tempo e espaço para quem
estiver disposto à mostrar algo para o público;
• A exposição de artes deverá ficar visível para apreciação de todos.

3ª Etapa- Fechamento do projeto

Após todo o período de realização do projeto, em sala de aula, os professores
chamarão todos os alunos envolvidos nas atividades e montar um debate para
falarem sobre o que cada um aprendeu. Questionar se faltou algo, o que deveria
melhorar, para que no próximo seja muito melhor. Pedir também um resumo em
escrito como trabalho avaliativo, para assim descobrir realmente se valeu a pena
todo o esforço.

3.24 Tempo de duração do projeto e cronograma

O projeto terá duração de 5 semanas

Semana Desenvolvimento

1ª(01/11 á Dentro da sala de aula, mostrar como, quando e onde serà realizado
(05/11) o projeto e organizar as equipes para começar a elaborar as artes
artesanais e literárias.

2ª(08/11 á Ensaios das apresentações que serão feitas no dia.

(12/11)

3ª(15/11 á Começar a preparação para divulgação do projeto. Montar uma

(19/11) equipe que ficará responsável por confeccionar convites e divulgar
na rádio do município ou porta voz da própria praça.

4ª(22/11 á Verificar o local para ter noção de como serão expostos os trabalhos
(26/11) confeccionados e lugar mais apropriado para as apresentações. Não
esquecendo de fazer a divulgação oficial.
 5ª(29/11 á Apresentações e exposições. No dia 03 ocorrerá o grande evento
(03/12) para mostrar os talentos dos alunos.

4. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de acordo com o desempenho de cada um. Primeiramente o
professor deverá observar como cada um se comprometeu para que tudo ocorresse
dentro dos padrões, depois fará uma avaliação geral por grupo, como foi cada
apresentação e desempenho de todos. Por último será a avaliação escrita, com
texto elaborado individualmente relatando o que aprendeu e o que faltou com a
realização do projeto.

4.1 RESULTADOS ESPERADOS

Após todo trabalho feito, espera-se que o objetivo seja alcançado, que os
estudantes tenham aprendido a socializar, se expressar, não ter medo de falar o que
sentem e principalmente entender que são capazes de fazer tudo que desejarem,
basta ter força e determinação.
Sendo assim, a principal fonte para realizar algo é a coragem, tendo cumplicidade,
dividindo conhecimentos, multiplicando sabedorias, diminuindo a tristeza e somando
diversidade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto focou na socialização e diversidade de aprendizagem, mostrando que
para estudar matemática, não precisa estar com lápis e caderno mão, matemática
faz parte da vida, ela está em todos os lugares. Para aprender literatura ou fazer
textos, pode-se fazer isso movimentando o corpo, compartilhando opiniões com os
outros colegas, aprimorando seu processo de crescimento da mente. A arte está no
modo como você combina uma roupa, pinta um desenho, canta uma música, dança
uma coreografia que não sai da mente, tudo isso mostra que aprender é o processo
de viver a vida.
Então, professores, inovem no modo como ensinam, façam seus alunos se sentirem
especiais, se esforcem para que tudo não seja algo monótono, mostrem para eles
que aprender também pode ser algo divertido e todo talento merece ser
reconhecido.
 REFERÊNCIAS
- Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) 1ª a 5ª séries (EF I):
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf
ABRAMOVICH, Fanny Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. São Paulo:
Scipione, 1992.
DUCOURNEAU, Gerald. Introdução à musicoterapia. São Paulo: Manole, 1984
FARIA, Vitória Líbia Barreto d, DIAS, Fátima Regina Texeira de Salles. Currículo na
educação infantil: diálogo com os demais elementos da Proposta Pedagógica. São
Paulo: Scipione, 2007.
GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não formal 2005. Disponível
em:
http://www.paulofreire.org/twiki/pub//nstitu/sub/nstitucional/203023491]t003Ps002/Ed
ucacaoformalnaoformal20. Acesso em : 17/07/2012.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e
estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. Rio de Janeiro, V.
14, n. 50, p.27-39, jan/mar. 2006.
HOFFMANN, Jussara; SILVA, Maria Beatriz G. da. Ação educativa na creche.
Porto Alegre: Mediação, 1995.