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Estilos típicos de comportamento assertivo

A palavra assertividade vem de “assero”, afirmar.

Diferente de acertar, afirmar não tem relação com o certo ou errado e sim com
a exposição positiva do que se deseja transmitir.

Uma pessoa assertiva é capaz de expressar o mais diretamente possível o


que pensa, o que deseja, escolhendo um conjunto de atitudes adequadas
para cada situação, de acordo com o local e o momento.

A assertividade permite uma comunicação direta por meio de um


comportamento que habilita o indivíduo a agir no seu interesse, defender-se
sem ansiedade excessiva, expressar os seus sentimentos de forma honesta e
adequada, fazendo valer os seus direitos sem negar os dos outros.

Portanto, a assertividade pode ser entendida como uma forma comportamental


de comunicar que significa afirmar o que eu quero, sinto e penso, dando
simultaneamente espaço de afirmação ao outro.

A assertividade é um treino sistemático, em que o indivíduo tem de reaprender


a autenticidade através de uma prática gradual e regular.
Ser verdadeiro não consiste em "dizer tudo o que me vem à cabeça", mas sim
em exprimir-me eficazmente, tendo como objetivo a evolução satisfatória e
realista da situação.

É necessário, então, saber que tipo de comportamento provoca esta reação;


evitar a mímica e a entoação contrária às palavras; tentar descrever as próprias
reações, em vez de avaliar as ações dos outros; exprimir-me de forma positiva
em vez de desvalorizar, julgar, criticar, ridicularizar ou fazer interpretações,
facilitando a expressão dos sentimentos dos outros.

Comportamentos assertivos

 Está à vontade na relação face a face;


 É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, não dissimulando os seus
sentimentos;
 Coloca as coisas de forma clara e objetiva aos outros, negociando na
base de objetivos precisos e claramente determinados;
 Procura compromissos realistas, em caso de desacordo;
 Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante ameaças;
 Não deixa que o pisem;
 Estabelece com os outros uma relação fundada na confiança e não na
dominação nem no calculismo.

Em suma, podemos afirmar que o comportamento assertivo resulta na fusão de


quatro fatores:
• Bom contacto visual
• Tom de voz neutro
• Atenção à linguagem e
• Postura aberta.

Frequentemente adotamos diferentes formas de comunicação que variam de


acordo com o local, a situação e os interlocutores, porém uma forma
relativamente constante e característica se torna o nosso estilo predominante
de comportamento comunicacional.

Ninguém é 100% assertivo com todas as pessoas e em todas as situações.

Para cada pessoa, a facilidade que tem em comportar-se de forma assertiva


depende muito da pessoa a quem esse comportamento se dirige (pais,
professores, amigos, familiares, etc.) e da situação em que se encontra
(autoafirmação, expressão de sentimentos positivos, etc.).

Estilos de comportamento assertivo

APOIO / INTERESSE

 Este estilo comunica calor, cuidado e interesse pelos outros.


 O conteúdo é apresentado de um modo direto, honesto e respeitoso.
 Mantém uma consciência dos sentimentos dos outros.
 São os “SENSÍVEIS“.

DIRECTO / GUIA

 É um estilo impessoal que comunica uma abordagem não absurda e


autoritária e uma preocupação com os resultados.
 É um estilo firme, mas respeitoso que usa diretivas em vez de pedidos.
Não tem nada a ver com ser “mandão” ou “ditador”.
 Comunica crenças e opiniões apropriadamente, bem como ordens.
 Os que usam este estilo são “FAZEDORES” e/ou “PENSADORES”.

ANALÍTICO

 Também é impessoal e realista.


 Comunica factos, informação, pensamentos e probabilidades.
 Usa pedidos em vez de diretivas para obter resultados.
 O estilo ”Direto / Guia” assenta no “diz-lhes”, enquanto este é um estilo
“pede-lhes”.
 É calmo e sem emoção.
 E é utilizado pelo grupo dos “PENSADORES”.

EXPRESSIVO

 Este estilo é animado, enérgico, espontâneo e emocional.


 Neste estilo, os sentimentos, os gostos e as aversões, os desejos e as
necessidades são comunicados de forma aberta e expressiva.
 Aqueles que usam este estilo são normalmente intuitivos, criativos,
espontâneos e vivos.
 São “FAZEDORES” ou “SENTIMENTAIS”.
2.2.Dimensões do comportamento assertivo

A atitude assertiva tende a reduzir as tensões inter-individuais.

O sujeito apresenta uma postura que se adequa à sua mensagem; não fala
demais nem exagera nos gestos e olha o seu interlocutor nos olhos.

Quando é que se deve usar uma atitude assertiva?


 Quando é necessário comunicar qualquer coisa de desagradável a
alguém.
 Quando se pretende pedir qualquer coisa de invulgar.
 Quando é necessário dizer NÃO àquilo que alguém pede.
 Quando se é alvo de uma crítica.
 Quando se pretende desmascarar uma manipulação.

A autenticidade implica sempre ...


 Abster-se de julgar e fazer juízos de valor sobre os outros.
 Não utilizar mímica e entonação opostas ao que se diz por palavras (não
pode haver dissonância entre a linguagem verbal e a linguagem
corporal).
 Descrever as suas reações mais do que as reações dos outros.
 Facilitar a expressão dos sentimentos dos outros e não os bloqueia.

COMPORTAMENTOS Não-verbais ASSERTIVOS

Contacto visual

O olhar deve estar direcionado para o interlocutor enquanto este fala.


Recomenda-se que mantenha o contacto visual pelo menos durante 50% da
conversação. Mas atenção, um olhar demasiado fixo pode ser interpretado
como hostil.

Afeto

O tom deve ser firme e convincente, mas nunca hostil. Deve ser adaptado à
situação do momento.

Voz

O volume deve ser audível, nem demasiado elevado nem baixo. A articulação
das palavras deve ser clara, sem hesitações. O ritmo deve ser tranquilo.

Pausas

Deve fazer-se uma pausa maior para dar entender ao interlocutor que é a sua
vez de falar.

Gestos
Podem fazer-se gestos com a cabeça, a cara, os braços e as mãos que
enfatizem o discurso.

Deve ter em atenção que estes gestos devem ser naturais, sem forçar a
mensagem.

Devem evitar-se gestos como apontar o dedo indicador que pode ser entendido
como uma ameaça, e em geral qualquer outro que possa transmitir hostilidade.

Postura corporal

O corpo deve estar direito mas relaxado. A cabeça erguida, olhando para o
interlocutor.

COMPORTAMENTOS VERBAIS ASSERTIVOS

Expressão que indique compreensão pelo outro

Compreender o outro não significa estar de acordo.

Neste ponto temos que fazer um esforço para entender os motivos e ponto de
vista do interlocutor.

Se necessário, devem-se pedir informações mais claras para depois poder


formular uma frase síntese que seja objetiva e sem formular juízos de valor.

Expressão do problema

De seguida deve expor o problema de forma clara e concisa.

Desacordo verbal

Aconselha-se a utilizar uma fórmula breve com "não estou de acordo com...",
ou "não estou disposto a fazê-lo...".
Pedido de mudança de conduta

Este ponto é essencial em termos de comunicação assertiva. Deve oferecer ao


recetor uma informação de como espera que ele se comporte no futuro.

Proposta de Solução

Neste ponto seria importante oferecer uma solução alternativa que o fizesse
mudar essa opinião.

Atitudes de base à comunicação assertiva

Auto Estima

Tendo em conta que a assertividade pressupõe a nossa autoafirmação, é


importante aprender a aceitar as nossas características, deforma a desenvolver
a nossa autoestima, sem pessimismos, condescendências ou suposições.

Determinação

Surge como o resultado da energia associada à nossa força de vontade para


prosseguir com os nossos objetivos até ao fim.

Empatia

Consiste na capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procurando


compreendê-lo, escutá-lo não fazendo juízos de valor.

Adaptabilidade

É a capacidade de nos adaptarmos ao tipo de comunicação do outro. Ex: se


estamos a falar com adultos falamos de uma forma diferente de quando
estamos a falar com crianças; falar com um familiar é diferente de falar com
desconhecido.

Autocontrolo

É a nossa capacidade de controlar os nossos sentimentos e emoções


negativas de modo a não interferirem na relação com o outro.

Tolerância à frustração

Tem a ver com a nossa resistência aos aspetos mais negativos da nossa vida.
Caracteriza-se pela capacidade de gerir as tensões e conflitos nas nossas
relações com os outros.

Sociabilidade

Um comunicador assertivo deve ter prazer em comunicar e relacionar-se com


os outros.

Comportamento assertivo em diversas situações

SER ASSERTIVO a expressar afeto e prazer

 Ser breve e direto.


 Elogiar atividades e resultados concretos.
 Utilizar com frequência o EU.
 Evitar comparações com os outros ou com o passado.
 Elogiar de forma imediata.
 Variar a forma de elogiar consoante o grau de agrado.

SER ASSERTIVO a receber elogios

 Aceitar o elogio, quando se considera o elogio merecido.


 No caso de se considerar o elogio não merecido, agradecer e exprimir a
nossa opinião.
 Não pensar que é presunção concordar com os elogios.

SER ASSERTIVO a fazer pedidos

 Não se desculpar nem se autojustificar enquanto se faz um pedido.


 Ser discreto e breve.
 Não explorar a boa vontade do outro.
 Dar razões para o pedido (poucas mas autênticas).

SER ASSERTIVO a recusar pedidos

 Esclarecer o pedido.
 Reconhecer o pedido.
 Dar razões que justifiquem a recusa.
 Não “almofadar a recusa” com pedidos de desculpa e com razões
suplementares.

SER ASSERTIVO na defesa de opinião e de direitos

 Alegar que se compreende a opinião do outro;


 Falar na primeira pessoa do singular;
 Utilizar uma linguagem correta, objetiva e clara;
 Exemplificar e argumentar.

SER ASSERTIVO em casos de tentativa de manipulação

 Alegar claramente que aquilo que o interlocutor está a tentar parafrasear


não corresponde aquilo que disse.
 Se o interlocutor se repetir, repita-se também;
 Afirmar diretamente que não está a perceber onde é que o interlocutor
quer chegar;
 Pedir sempre informação objetiva, real e verdadeira e que se possa
provar;
 Colocar questões ao interlocutor.

SER ASSERTIVO na expressão de sentimentos

 Identificar a situação ou comportamento que desencadeou o sentimento;


 Descrever o sentimento, falando na primeira pessoa do singular.
2.3.A componente emocional da assertividade

A assertividade é um estilo de relacionamento interpessoal que poderá ser


extremamente recompensante, uma vez que proporciona maior proximidade
entre as pessoas e maior satisfação na comunicação das nossas emoções.

Ou, dito simplesmente, é possível que se goste mais de uma pessoa quando
ela age assertivamente.

A Empatia tem sido normalmente definida como a capacidade psicológica


que permite, de uma forma aprofundada e íntima, a compreensão de
ideias, sentimentos e motivações de outras pessoas.

Muitas vezes, é caracterizada como a capacidade de “se colocar no lugar do


outro”.

Como a maior parte das características pessoais, a empatia tem tanto de


natural como de aprendizagem.

Na realidade, nem todos possuímos esta característica e, mesmo entre quem a


tem, poucos a sabem utilizar a seu favor.
No entanto, qualquer um a pode desenvolver.

E para uma empatia de qualidade, que conduz a resultados concretos e ao


sucesso, requer-se sempre treino.

Assim, com alguma prática e persistência, poderemos desenvolver esta


capacidade de modo a que depois possa funcionar de forma automática.

A empatia é uma ferramenta poderosa que permite com que duas ou mais
pessoas interajam de forma proveitosa.

No fundo, é através da empatia que se criam as pontes de comunicação entre


duas pessoas.

Nem sempre a forma que escolhemos para transmitir uma ideia é suficiente
para que ela seja perfeitamente entendida pelo nosso destinatário.

Assim, a empatia tem tudo a ver com as palavras que escolhemos e a forma
como as organizamos para comunicar as nossas ideias.

Se temos algo a dizer, é essencial sabermos escolher a forma de, não só


transmitir a ideia, mas faze-la ser bem compreendida por quem nos ouve.

A empatia é um "ingrediente" fundamental para estabelecermos relações de


proximidade e intimidade com alguém.

Vejamos as vantagens da empatia:


1- A comunicação torna-se mais clara, pois diminuem as interpretações
incorretas dos comportamentos e os conflitos são menos frequentes e
melhor resolvidos.
2- Ao compreendermos o outro e "vermos o seu interior", também nos
descobrimos muitas vezes a nós próprios (percebemos que muitos dos
nossos medos e inseguranças são partilhados pelos outros).
3- Ajuda o outro a sentir-se compreendido e motivado para colaborar
connosco; sobretudo, é útil em situações como acalmar alguém à beira
de uma situação de descontrolo ou numa situação de elevada
desmotivação.

Na realidade, a arte da empatia, mais do que a simpatia é o grande segredo de


uma boa comunicação e permite o estabelecimento de uma relação de
confiança interpessoal.

O ato de confiar é bem mais complexo do que parece.

Quando confiamos, estamos a correr pequenos riscos, aumentando assim a


nossa vulnerabilidade face ao outro.

De facto, confiar numa pessoa, é deixarmo-nos afetar pelo comportamento


dessa pessoa.

Para confiar é necessário acreditar que o outro quer e é capaz de se comportar


de modo a não nos magoar, ou seja, confiamos numa pessoa quando cremos
que ela nos respeita profundamente.

A confiança não é um ato de magia nem se obtém mecanicamente. Ela é


conquistada na reciprocidade relacional. É na dupla cedência e no aumento da
vulnerabilidade de cada um que se constrói.

O líder deve confiar nos seus colaboradores e esperar que confiem nele. Deve
construir uma atmosfera propiciadora de confiabilidade.

Numa relação, a confiança pode ser fortalecida a partir de pequenas cedências


e riscos calculados.

Quando acreditamos que essas pessoas nos possam afetar e se os outros


aceitam o nosso envolvimento inicial sem nos ferirmos, tornando-se igualmente
vulneráveis face a nós, pode estabelecer-se uma confiança recíproca.
Para que uma relação de confiança se estabeleça é necessário:
 Que confiemos nos outros, mesmo que não tenhamos a certeza de que
essa confiança seja recíproca;
 Que todos os elementos estejam disponíveis para confiar;
 Que todos estejam disponíveis ao estabelecimento de um nível de
confiança progressivamente maior;
 Temos que ser os primeiros a tomar a iniciativa em confiar;
 O primeiro gesto é nosso o que implica sempre algum risco.

Escuta ativa/escuta dinâmica

A escuta ativa encoraja o interlocutor a explicitar as suas necessidades, ao


mesmo tempo que dá ao emissor a certeza de estar a compreender o que ele
está a dizer.

De facto, temos a tendência para ouvir o que queremos ouvir e ver o que
queremos ver.

Devido a este facto, a mensagem recebida por nós é muitas vezes


completamente diferente daquela que o emissor desejava transmitir.
As melhores ocasiões para recorrer à escuta ativa são quando não estamos
certos de ter compreendido o emissor ou quando é transmitida uma mensagem
fortemente emocional (uma reclamação, por exemplo).

Quando usamos a escuta ativa, estamos a enviar um sinal ao interlocutor de


que confiamos nele, de que damos importância às suas palavras e de que o
estamos a ouvir. Isto faz com que este se sinta mais confiante.

No que consiste então a escuta ativa? Quais as atitudes e ações a tomar para
escutar ativamente?
1. Gostar de escutar quando alguém está a falar.
2. Incentivar os outros para que falem.
3. Ouvir mesmo que não simpatize com a pessoa.
4. Escutar com a mesma atenção quer seja homem, mulher, criança ou
velho.
5. Escutar com a mesma atenção quer seja amigo, conhecido ou
desconhecido.
6. Deixar tudo o que se está a fazer enquanto alguém fala.
7. Olhar para a pessoa que fala.
8. Concentra-se no que ouve, ignorando todas as distrações em seu
redor.
9. Sorrir ou mostrar que está a compreender o que ouve.
10. Refletir sobre o que a outra pessoa está a dizer.
11. Tratar de compreender o que dizem.
12. Tentar descortinar porque o dizem.
13. Não interromper quem fala.
14. Quando alguém que está a falar hesita em dizer algo, encorajá-lo
para que prossiga.
15. Abster-se de julgar as ideias até que o interlocutor as termine de
expor.
16. Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso que o
interlocutor pretendeu comunicar.
17. Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado pela sua
maneira de falar, voz, vocabulário, gestos e aparência física.
18. Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito.
19. Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir-se melhor.
20. Pedir, se necessário, que o interlocutor explique em que contexto
está a utilizar determinada (s) palavra (s).

Devemos:
 Estabelecer contacto ocular
 Fazer regularmente perguntas
 Mostrar interesse
 Ser compreensivo
 Identificar os problemas e as causas
 Encorajar
 Estar calado quando necessário
 Procurar o objetivo e o comprimento de onda do interlocutor

Não devemos:
 Desviar o olhar do interlocutor
 Discutir
 Interromper ou falar ao mesmo tempo
 Tirar conclusões prematuras
 Dar conselhos sem nos pedirem
 Deixar-nos influenciar demasiado pelas emoções
 Utilizar gestos de distração
 Falar com colegas ao mesmo tempo
 Fazer promessas que não se possam cumprir.
2.4.Desenvolvimento da assertividade – jogos pedagógicos

Técnicas para o desenvolvimento da assertividade

A TÉCNICA DE AUTO-AFIRMAÇÃO DESC

Ser assertivo pressupõe ser-se afirmativo e um comunicador eficaz.

Para fazer corresponder estas duas características, utiliza-se a técnica de


Autoafirmação DESC, que tem como finalidade exercitar a capacidade de
autoafirmação de forma construtiva, permitindo a antecipação das situações e
dos comportamentos.

Trata-se de um método pragmático que permite o treino e desenvolvimento da


atitude assertiva.

Este método permite reduzir as tensões entre as pessoas em qualquer domínio


da vida particular, familiar ou profissional. Trata-se de um método que
pressupõe a negociação, como base de todo o entendimento.

Esta técnica consiste em quatro etapas:


D – Descreve

Descrever ao outro o seu comportamento de uma forma precisa e objetiva.


Ex: Ontem, quando foi procurar uns papéis na minha pasta…

E – Expressa

Transmitir ao outro o que sentimos e pensamos em relação ao seu


comportamento (sentimentos, preocupações, desacordos ou criticas).
Ex: …fiquei muito aborrecido porque me desorganizou o meu trabalho.

S – Especifica (do Ingles specify)

Propor ao outro uma forma clara e realista de modificar o seu comportamento.


Ex:…gostaria que daqui para a frente me pedisse o que precisar em vez de
remexer as minhas coisas…

C – Consequências

Realçar as possíveis consequências positivas e benéfica que a sua nova


atitude lhe traria.
Ex:…Assim, perde menos tempo e garante que recebe o que precisa.

A TÉCNICA DO DISCO RISCADO

O “Disco Riscado” consiste simplesmente em repetir a nossa resposta tantas


vezes quantas forem necessárias para vencer a pressão exercida pelos outros.
{e importante resistirmos à tentação de nos justificarmos ou de contra-
atacarmos as “acusações” dos outros.

É geralmente eficaz quando lidamos com pessoas manipuladoras.

Exemplo:
- Porque é que não pode sair mais tarde às 6ªfeiras?
- Porque tenho um compromisso inadiável.
- Mas é mesmo preciso...
- Acredito, mas é mesmo inadiável o meu compromisso.
- Acho que não quer colaborar com a empresa!
- Tem o direito de pensar assim, mas o meu compromisso é mesmo
inadiável.
- Mas…que compromisso é esse…que é assim tão importante?
- Como já disse, é mesmo inadiável.

A TÉCNICA DO “EDREDÂO”

A ideia de “edredão” consiste em responder a cada frase com “É verdade”,


sempre que se trata de um facto indiscutível, ou com “É possível” sempre que é
emitida uma simples opinião.

Esta técnica é eficaz perante críticas mal-intencionadas e não justificadas e


pode ajudar as pessoas mais sensíveis a adquirir um mínimo de segurança
face às críticas de má fé.

Exemplo:
-O seu local de trabalho está cheio de papéis!
-É verdade
-Está uma grande confusão!
-É possível, é uma questão de opinião
-Não podia arrumá-lo de vez em quando?
-Sim é verdade, podia se quisesse.

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