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DOENÇA DE ALZHEIMER

O QUE É

A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que acomete


pessoas com mais idade. Funções cerebrais como memória, linguagem,
cálculo, comportamento são comprometidos de forma lentamente progressiva
levando o paciente a uma dependência para executar suas atividades de vida
diária. 

É um processo diferente do envelhecimento cerebral, pois ocorrem alterações


patológicas no tecido cerebral como deposição de proteínas anormais e morte
celular.

No Brasil estima-se que cerca de um milhão de pessoas sofram de Alzheimer.


A doença acomete principalmente pessoas entre 60 e 90 anos, podendo
aparecer antes e também depois desta faixa de idade, porém com menor
frequência. 

Desde o início dos sintomas, como o esquecimento, até um comprometimento


mais grave, com limitação de marcha e da capacidade de engolir, podem se
passar de 10 a 15 anos. A doença em si não leva à morte, mas sim a
complicações decorrentes do comprometimento de diversas funções.

O QUE OCORRE

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema


nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas
mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre
eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de
neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a
memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio,
memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

SINAIS E SINTOMAS
– falta de memória para acontecimentos recentes;
– repetição da mesma pergunta várias vezes;
– dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
– incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
– dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
– dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos
pessoais;
– irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade,
interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao
isolamento.

A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta. A partir do diagnóstico,


a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser
dividido em quatro estágios:
– Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas
habilidades visuais e espaciais;
– Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e
coordenar movimentos. Agitação e insônia;
– Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias.
Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora
progressiva;
– Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor ao engolir. Infecções
intercorrentes.

CAUSAS
A medicina ainda não sabe a causa do Alzheimer, embora seja conhecido o
processo de perda de células cerebrais. O que se sabe é que existe uma forte
relação com a idade, ou seja, quanto mais idoso, maior a chance de
desenvolver a doença. O Alzheimer não tem um caráter nitidamente genético,
com transmissão direta de geração a geração. O que se estima é que haja a
transmissão da predisposição para desenvolvê-la, o que, junto a fatores
ambientais, poderá ou não a desencadear.

DIAGNOSTICO
O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de
outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou
ressonância magnética) e avaliação neuropsicológica (expandida ou
computadorizada). Não existe ainda um marcador biológico da doença, ou seja,
um exame único que o médico possa pedir e ter a segurança total do
diagnóstico, mas recentes avanços laboratoriais têm melhorado a acurácia
diagnóstica.
TRATAMENTO
Existem medicações atualmente que estabilizam a doença ou diminuem a
velocidade de perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, podendo
oferecer mais tempo com qualidade de vida ao paciente e aos familiares.
Apesar do Alzheimer não ter cura, estas medicações, desde que bem
otimizadas, podem oferecer conforto, alívio e qualidade de vida.
Donepezila, Rivastigmina ou Memantina- Aumenta a produção de Aceticolina,
neurotransmissor relacionado diretamente com a regulação da memória, do
aprendizado e do sono. Esse hormônio atua no organismo como um
mecanismo mensageiro entre os neurônios (células nervosas).

PREVENÇÃO
 Atividade física apropriada para idade (de preferência atividade
aeróbica);
 Alimentação balanceada e voltada para alimentos naturais – dieta do
mediterrâneo, alimentos ricos em ômega 3;
 Prevenção de fatores de risco vascular como controlar diabetes,
hipertensão. Evitar tabagismo, álcool em excesso;
 Atividade intelectual: testes, exercícios mentais, manutenção atividade
profissional, programa de reabilitação cognitiva;
 Preservação das relações sociais e familiares (convivência interpessoal,
manutenção e reforço de vínculos afetivos).

TESTES
O Paciente com DA pode ser submetido a vários tipos de testes de áreas
específicas para identificar comprometimentos focais. Por exemplo, a utilização
do Mini-Mental, do Teste do Desenho do Relógio e a utilização da Escala de
Classificação de Demências é amplamente feita, tendo em vista que cada teste
avalia uma área e auxilia no direcionamento das áreas mais afetadas. Porém,
estes testes são mais úteis para avaliações iniciais.
O Miniexame do Estado Mental (MEEM) é um exame em que os aspectos de
Orientação, Registro, Atenção e Cálculo, Evocação e Linguagem são avaliados
por meio de 11 perguntas ou comandos. O teste consiste em um total de 30
pontos, o valor de 27 ou mais pontos indica que o indivíduo está normal, e o de
24 ou menos indica demência, exceto se a pessoa possui menos de 4 anos de
escolaridade, nesse caso o valor passa a ser 17. Com a Doença de Alzheimer,
espera-se que a pontuação do paciente reduza entre 2 e 3,5 pontos por nao.

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