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ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL Newsletter
Publicado por Marcus Braga | 1 ago, 2020 | Edição 10, Saúde Ocupacional | 2 | EMAIL
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Há cerca de 60 anos, a instrumentação para medição das concentrações de gases e vapores no ambiente de
trabalho era inexistente, imprecisa ou desconfortável para portar. A estimativa das concentrações de gases e Edição 10
vapores no local de trabalho foi extremamente dependente da detecção olfativa dos odores. Em 1958, Frank
Edição 11
Patty, um higienista pioneiro, foi além ao recomendar que os higienistas pudessem detectar os odores dos
principais gases e vapores industriais e até mesmo estimar suas concentrações pelo odor (Perkins, 2008).
Edição 12
A evolução tecnológica dos instrumentos permitiu que a medição da exposição se incorporasse à avaliação da Edição 13
exposição ocupacional, uma das etapas do processo paradigmático da higiene ocupacional-industrial:
antecipar, reconhecer, avaliar e controlar (Laszcz-Davis; Maier; Perkins, 2014). No entanto, o senso comum Edição 14
atual dos profissionais de saúde e segurança do trabalho se equivoca crassamente ao reduzir a avaliação da
exposição ocupacional à coleta de uma amostra da exposição por meio de instrumentos de medição. Edição 15
Em 1977, com o objetivo de possibilitar uma interpretação inequívoca das medições de agentes químicos entre Edição 16
empregador e inspetor, o National Institute for Occupational Safety and Health – NIOSH publicou o seu manual
de estratégia de amostragem. Tal publicação foi um marco, pois originou novos conceitos na área de higiene
PESQUISAR …
ocupacional-industrial, similares aos do controle estatístico de qualidade, que transcenderam o tempo e são
utilizados até os dias de hoje. A Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais – ABHO recebeu a doação da
tradução para o português desse manual que está disponível ao público gratuitamente no site da associação SEÇÕES
(Leidel; Busch; Lynch, 1977; Saliba Filho; Fantazzini, 2010).
Alimentação & Saúde
A American Industrial Hygiene Association – AIHA publicou a 1ª edição do “A Strategy for Occupational
Exposure Assessment” em 1991, a 4ª e última edição até o momento foi publicada em 2015 e há uma versão Boas Práticas
traduzida para o espanhol da 2ª edição, publicada em 2010, a versão original desta foi publicada em 1998. A
partir da 2ª edição, o título da obra foi alterado – A Strategy for Assessing and Managing Occupational Boas Práticas Governamentais
Exposures – para integrar o gerenciamento da exposição (controle) e já na 3ª edição, de 2006, foi acrescentado
uma seção com capítulos específicos para abordagem de outros agentes, além de agentes químicos. Desde a Coluna do Trabalhador
primeira edição, recomendava-se refinar a classificação das exposições com dados anteriores de
Direito Previdenciário
monitoramento, modelagem matemática e julgamento profissional a partir de analogia de outras situações de
exposição (Hawkins; Norwood; Rock, 1991; Mulhausen; Damiano, 1998; Ignacio; Bullock, 2006; Aiha, 2010; Jahn;
Entrevistas
Bullock; Ignacio, 2015).
Ergonomia
Outras obras e regulamentos foram publicados ao longo do tempo com adaptações ou referências diretas às
duas principais estratégias supracitadas (Drolet et al, 2010; BOHS, 2011). No Brasil, a Fundação Jorge Duprat Saúde e Meio Ambiente
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO publicou, em 2018, o “Guia técnico sobre
estratégia de amostragem e interpretação de resultados de avaliações quantitativas de agentes químicos em Normas e EPIs
ambientes de trabalho” (De Carvalho, 2018).
Proteção ao Trabalhador
Na avaliação de risco, a avaliação da exposição ocupacional é um dos seus elementos. A avaliação de risco é
Risco Ocupacional
entendida como um par indissociável entre a probabilidade de ocorrer uma consequência e a sua respectiva
severidade. Mais precisamente, a avaliação da exposição ocupacional está compreendida na avaliação da
Saúde Mental
probabilidade de um determinado efeito (De Eston, 2018; AIHA, 2020).
Saúde Ocupacional
A estratégia de avaliação da exposição ocupacional consiste, inicialmente, em estabelecer parâmetros do perfil
de exposição (geralmente um parâmetro estatístico) e confrontá-los com um critério de tolerabilidade (LEO – Tecnologia em EPI’s e EPC’s
Limite de Exposição Ocupacional – suas frações e seus múltiplos).
Trabalho e Renda
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COMENTÁRIO
O parâmetro de exposição é obtido a partir da distribuição de probabilidade, frequentemente lognormal, que vania nazare da costa 1 June, 2021
on Saúde do Caminhoneiro e da
pode ser de tendência central, como a média (aritmética, ponderada pelo tempo, geométrica ou um estimador Caminhoneira
mais sofisticado, não-enviesado de mínima variância – MVUE – Minimum-Variance Unbiased Estimator) e o seu
limite de confiança superior. Preferencialmente, foca-se na cauda superior do perfil de exposição, isto é, Cinthya Loredana Pumar 31 May, 2021
on O profissional resolutivo, promovido
basear a exposição no percentil 95 e no seu limite de confiança superior, este último também denominado por pela pandemia
limite de tolerância superior. Um terceiro parâmetro é a fração de excedência do LEO, conhecido também
como probabilidade de inconformidade, e o seu limite de confiança superior (Milz; Mulhausen, 2006; Perkins,
2008).
Por outro lado, o critério de tolerabilidade normalmente é baseado nos LEOs regulatórios, embora não estão
limitados. Na ausência de LEOs tradicionais (regulatórios ou definidos por organizações e comitês específicos
para derivação de LEOs, como American Conference of Governmental Industrial Hygienists – ACGIH,
Occupational Alliance for Risk Science – OARS, Scientific Committee on Occupational Exposure Limits – SCOEL e
NIOSH), deve-se recorrer à hierarquia de LEOs para adotar outras abordagens: LEOs provisórios definidos por
fabricantes, fornecedores ou associações comerciais; valores de referências e guias da exposição ocupacional
definidos por processo descritivo; e, em último caso, banda de perigo ou banda farmacêutica (Laszcz-Davis;
Maier; Perkins, 2014).
Ademais, o critério de tolerabilidade pode considerar as frações e múltiplos dos LEOs – por exemplo: nível de
ação, 10% e 1% do LEO – para comportar uma classificação das exposições.
Atenção, o leitor não deve confundir o limite de tolerância superior (um parâmetro estatístico do perfil de
exposição) com o limite de tolerância (um possível critério de tolerabilidade da exposição) definido na Norma
Regulamentadora 15.
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SOBRE O AUTOR
Marcus Braga
Higienista Ocupacional Certificado (HOC 0103 pela ABHO). Engenheiro de Segurança do Trabalho
(Escola Politécnica da USP). Membro da ACGIH, AIHA, BOHS e ASSP.
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