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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de TERNI ENGENHARIA LTDA, Pessoa Jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
67.632.133/0001-51, com sede na Rua Cerro Cora nº 1254, Vila Romana, São Paulo, SP, CEP: 05061-200,
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I) PRELIMINARMENTE
Conforme Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho anexo, o Reclamante fora demitido sem
justa causa no dia 27/07/2017, sendo que até a presente data, a Reclamada não lhe realizada a quitação
do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), nem tampouco liberadas as guias para
levantamento do Seguro Desemprego. Anexos (Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho e
Demonstrativo do Trabalhador de Recolhimento FGTS Rescisório).
No presente caso, os requisitos para concessão da antecipação dos efeitos da tutela estão
presentes, uma vez que os documentos que instruem a inicial demonstram que o rompimento do vínculo
empregatício se dera por iniciativa do empregador, inclusive sem justa causa, evidenciando assim a
probabilidade de direito do Reclamante.
Quanto ao perigo de dano, insta salientar que o Reclamante precisa garantir sua subsistência no
que tange as necessidades básicas alimentares, tendo em vista que o rompimento do pacto laboral se
deu por iniciativa da Reclamada, assim sendo, até que o Reclamante seja recolocado no mercado de
trabalho, precisa receber o que lhe é de direito, para garantir sua subsistência e de sua família, realizando
assim o levantamento do seu Seguro Desemprego.
Dessa forma, por se tratar de pedido incontroverso, a Reclamante faz jus a expedição de alvará
judicial, para que possa realizar o levantamento do seu Seguro Desemprego, nos termos do art. 300 e
seguintes, do CPC, aplicado subsidiariamente por força do art. 769 da CLT, sob pena de incidência da
indenização substituta prevista na Súmula 389 TST.
Preliminarmente, o Reclamante requer que sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, nos
moldes do art. 98 e 102 do CPC e art. 790, § 3º, CLT, tendo em vista que é pobre na acepção legal, não
tendo condições de pagar as custas e despesas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
do sustento próprio, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.
Ademir Sena Santos, ora Reclamante, foi admitido pela empresa Terni Engenharia Ltda, ora
Reclamada, tendo iniciado suas atividades laborativas em 23/02/2016. Anexo CTPS.
Seu contrato previa atividade laborativa de segunda a quinta-feira das 7h00 às 17h00, de sexta-feira e
sábados das 7h00 as 16h00, com intervalo de 1h para refeição e descanso.
Durante a vigência de seu contrato de trabalho laborou em dois endereços (obras), cito: Rua
Araçatuba, 191, Santo André, São Paulo, CEP: 09071-310 e Av. Dom Jaime de Barros Câmera – Empresa
Conso, São Bernardo do Campo, CEP: 09895-400.
Foi demitido sem justa causa em 27/07/2017, sendo dispensado do cumprimento de aviso prévio, não
tendo até a presente data, recebido suas verbas rescisórias e não tendo sido liberada sua guia de Seguro
Desemprego. Anexo Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho.
Teve como último salário a quantia de R$ 1.694,00 (hum mil seiscentos e noventa e quatro reais).Anexos
(Recibos de pagamentos).
III) DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – DA APLICAÇÃO DAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477
DA CLT
O Reclamante foi demitido sem justa causa em 27/07/2017, tendo sido dispensado do cumprimento de
aviso prévio.
Descumprindo expressa previsão legal no que tange a quitação do Termo de quitação do contrato de
trabalho, conforme art. 477 da CLT.
Até a presente data não recebeu suas verbas rescisórias, conforme Termo de Rescisão (Anexo). O
Reclamante realizou diversos contatos com a Reclamada para de “forma amigável” pudesse receber suas
verbas, uma vez que tem passado por necessidade alimentar em razão do desemprego, porém em último
contato, pasme Excelência, a Reclamada pediu que o Reclamante pleiteasse o recebimento de tais
verbas no judiciário.
Além disso, por se tratar de um contrato de trabalho com prazo superior a 1 (um) ano, passados mais
de 60 dias, a Reclamada não efetuou a homologação da rescisão contratual.
Deste modo, faz jus o Reclamante ao recebimento da multa do art. 477 da CLT, no valor
correspondente ao último salário, acrescido de juros e multa, conforme reza o artigo.
§ 9º (vetado).
Grifos nossos.
E ainda, deve-se aplicar o disposto do art. 467 da CLT, na eventualidade do não pagamento das
verbas incontroversas em primeira audiência, sob pena de não o fazendo, pagá-las com acréscimo de
50% (cinquenta por cento).
Grifos nossos.
Como já se cumpriu demonstrar na presente exordial, o Reclamante laborou para a Reclamada por
mais de 1 ano e desde sua admissão, sempre prestou serviços com profissionalismo, empenho e
dedicação.
Em decorrência de sua demissão sem justa causa, a Reclamada não efetuou até a presente data, o
pagamento do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho e nem tampouco liberou as guias de seguro
desemprego do Reclamante, por essa razão, o Reclamante tem passado por grande dificuldade
financeira o que afeta diretamente o seu direito da personalidade, uma vez que através da
impossibilidade financeira em arcar com suas necessidades alimentares própria e de sua família, tem que
se submeter a receber doações e empréstimos com amigos e familiares para poder se alimentar, além do
consequente atraso no pagamento de suas contas mensais de aluguel, água e luz, tem gerado uma
sensação de impotência, sofrimento e grande frustração além do mero dissabor cotidiano, de forma que
deva ser devidamente combatida por Vossa Excelência.
Ementa: RECURSO
ORDINÁRIO. FALTA DE PAGAMENTO DAS VERBASRESCISÓRIAS.
DANOS MORAIS. O empregador que dispensa imotivadamente
o empregado sem pagar as verbas rescisórias deixa o
trabalhador subitamente desemparado, sem ter meios para
arcar com suas obrigações financeiras e para prover o sustento
próprio e o de sua família. Tal conduta gera dano moral a ser
indenizado.
Ademais, não resta dúvida que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
envolvendo pedido de dano moral decorrente de relação de trabalho, especialmente em face do
disposto nos art’.s 5°, inc X e 114, inc. VI, ambos da CF/88 e a súmula 392 do TST.
Deste modo, diante de toda exposição fática, de dano moral sofrido pelo Reclamante, aplicando-se o
princípio da proporcionalidade, requer seja a Reclamada condenada ao pagamento, a título de dano
V) DOS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, a Reclamante requer a procedência dos pedidos abaixo consignados, com:
1) A concessão do pedido de tutela de urgência para a liberação das guias do Seguro Desemprego da
Reclamante, sob pena de incidência da indenização substituta prevista na Súmula 389 TST;
11) FGTS (8%) sobre as verbas rescisórias (saldo de salário + aviso prévio + 13º salário)..................... R$ 350,90
12) Multa de 40% sobre o FGTS das verbas rescisórias ............................................................................ R$ 676,44
13) Multa de 40% sobre FGTS já depositado – Saldo R$ 2.438,28 (17 meses) .................................... R$ 1.505,25
15) Indenização a título de dano moral arbitrado por Vossa Excelência de montante não inferior a 5
(cinco) vezes o último salário do Reclamante ............................................................................... R$ 8.470,00
16) Emissão das Guias de Seguro Desemprego, sob pena de incidência de indenização substituta.
17) Requer, ainda, o pagamento das parcelas incontroversas em audiência sob pena da incidência de
multa do art. 467 da CLT, no importe de ........................................................................................ R$ 4.227,74
18) Requer, outrossim, seja notificada a Reclamada para, querendo, comparecer à audiência que for
designada esta ação, sob pena de revelia e confissão ficta.
Informa o Reclamante que os valores apurados não estão computados com a incidência de juros e
correção, que deverão ser aplicados em fase de liquidação/execução.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, em especial pelos
depoimentos pessoais, testemunhais e juntada de documentos.
Requer que as publicações sejam realizadas exclusivamente em nome dos advogados DR. WILSON
MAGNANI JUNIOR, OAB/SP 216.120 e DRA. PRISCILA REGINA DE OLIVEIRA MAGNANI, OAB/SP 388.561, sob
pena de nulidade.
Dá à causa o valor de R$ 25.379,81 (Vinte cinco mil trezentos e setenta e nove reais e oitenta e um
centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
OAB/SP 216.120
OAB/SP 388.561