Você está na página 1de 7

 CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO

Particularidades do circuito de alimentação


Existem diferenças entre os circuitos de alimentação, circuitos de distribuição e
circuitos terminais.
CIRCUITOS TERMINAIS – Tem o propósito de alimentar as cargas. Saem diretamente do
quadro de distribuição e vão diretamente para as cargas.
CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO – Saem do centro de medição para o quadro ou de um
quadro para outro, quando se tem quadros intermediários.
CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO – É o que chega no circuito de medição, do primeiro
quadro da instalação do ponto de entrega da instalação, até o medidor.
Tudo o que não é circuito de alimentação e circuito terminal é tratado como circuito de
distribuição.

 DIMENSIONAMENTO PARA O CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO


- Circuitos que conectam o Centro de Proteção Geral (CPG) aos Centros de Medição
(CM)
O CPG foi mencionado, pensando em uma realidade de um prédio de múltiplas
unidades consumidoras (PMUC). O CPG é o primeiro quadro assim que sai da subestação.
Saindo da subestação, o circuito vai passar pelo CPG, que é o centro de proteção geral, onde só
se tem disjuntores, vários dispositivos de proteção (DPS) e dai que sai os alimentadores para um
centro de medição.
Em uma unidade consumidora única, só terá um alimentador que na verdade vai ser do
ponto de entrega até a medição. Mas deve se pensar que o alimentador que está chegando na
medição.
- Dimensionamento em função da Potência Demandada
Os alimentadores tem que ser, assim como o circuito de distribuição, alimentados com
base na potência demandada. Tanto o circuito de distribuição como os alimentadores, ou seja,
tem que se calcular a demanda, só que esse modo de calcular a demanda entre circuitos de
distribuição e circuitos de alimentação, tem diferença.
Uma das diferenças é o próprio método.
- Um único critério para UC única (critério da carga instalada)
Um único critério, que é o critério da carga instalada, que foi estudado para circuitos de
distribuição, pode-se aplicar também o circuito de alimentação se for uma UC Unidade
Consumidora Única
A diferença é que a carga instalada, para o circuito de alimentação leva em consideração
toda a carga instalada, a carga do Centro de Medição.
Supondo que se tenha 10 aptos, cada apto tem o seu circuito de distribuição, que chega,
alimenta o quadro de distribuição de cada apto. Logo se tem 10 apto. em um Centro de Medição
(CM), quando for calcular o alimentador do Centro de Medição (CM), tem que se levar em
consideração a carga instalada em todos os apto. que estão conectados nesse Centro de Medição
(CM). Logo isso vai dar uma diferença na demanda.
Quanto maior o universo mostrar, quanto maior a quantidade de cargas, a probabilidade
de você usar tudo simultaneamente é menor, então o fator de demanda acaba sendo menor,
quanto maior o universo mostrar, quanto mais carga, menor vai ser o fator de demanda.
Caso tiver 10 circuitos de distribuições iguais, 10 aptos iguais e um centro de medição
CM (lembrar que são vários medidores que tem dentro do Centro de Medição), um medidor
para cada apto se estiver tratando de uma PMUC, e se tiver 10 iguais, se terá 10 circuitos de
distribuição iguais, mas não se pode pegar as bitolas, seção transversal, do circuito de
distribuição dos aptos, e multiplicar por 10. Também não se pode pegar a demanda de um apto e
multiplicar por 10 e falar que é a demanda do circuito de alimentação.
A demanda de 10 circuitos de distribuição não vai ser 10 vezes a demanda de um
circuito de distribuição. Pois quando aumenta a quantidade de cargas os fatores de demanda
diminuem.
A demanda do circuito de alimentação que alimenta o centro de medição que tem 10
circuitos de distribuição, não vai ser menor que 10 vezes a demanda de um circuito de
distribuição. Não dá para dizer que é igual, mas com certeza vai ser menor que.
Não basta calcular a demanda de um apto e depois multiplicar por 10 e utilizar como a
demanda do circuito de alimentação, se não vai sobre dimensionar o circuito de alimentação.
- Dois critérios possíveis para PMUC (carga instalada ou área útil)
E se for um Prédio de Múltiplas Unidades Consumidoras (PMUC) pode-se utilizar o critério da
carga instalada que é o mesmo utilizado para circuitos de distribuição, ou pode-se utilizar o
critério da área útil, que muitas vezes vai ser também o critério útil, muitas vezes vai ser um
critério importante, que vai facilitar os cálculos.
Quando se está falando de prédio de múltiplas unidades consumidoras (PMUC), tem que ser
lembrado de calcular a demanda das cargas, a demanda das unidades consumidoras, no caso os
aptos., calcular a demanda das áreas de uso comum, pois deve-se pensar as áreas de uso comum
também como uma unidade consumidora. Tanto que as áreas de uso comum têm medição
própria.
Logo se terá 10 aptos iguais e pelo menos mais um circuito de distribuição diferente que é das
áreas comuns
- Dimensionado com base na carga total do CM alimentado pelo mesmo.
Para o circuito de alimentação tem que levar em consideração a carga não é a do quadro de
transmissão, mas do centro de medição completa.
Obs: Metodologia válida para instalações equilibradas e com baixa distorção harmônica.
Se a instalação for desequilibrada, teria que ser utilizado outro método, com base na fase mais
carregada e se houver distorção harmônica, tem que se levar em consideração uma queda de
tensão extra, é como se fosse aumentar as perdas a queda de tensão, e até dependendo do tipo de
distorção harmônica até aumentar e surgir um desequilíbrio por conta da distorção harmônica e
aumento da sessão de neutro também.

 Critério da Carga Instalada


- Soma escalar das demandas de cada tipo de carga, em (W);
Cada demanda de cada tipo de carga ou iluminação, tomadas de uso geral (TUG), aquecimento,
eletrodoméstico ou refrigeração. Cada tipo de carga que está se classificando nessas categorias,
se calcula a Potência Instalada depois calcula a demanda de cada tipo e depois soma essas
demandas de forma escalar mesmo, já que está se tratando em (W).
Vai ser do mesmo modo para o circuito de alimentação, só que, não se vai considerar
separadamente cada unidade consumidora, se vai juntar tudo.
Tudo que for de iluminação, no caso dos 10 aptos, se pega a carga de iluminação e tomadas,
potência instalada, de todos os aptos, então soma-se a potencia instalada de uso comum, após
juntar toda a potência instalada existente no prédio, toda a potência instalada de iluminação e
tomadas de uso geral, aí se aplica o fator de demanda, que é encontrado na tabela da mesma
forma que é feito no circuito de distribuição.
Após isso deve-se calcular a potencia instalada de todas as cargas de refrigeração,
eletrodomésticos e aquecimento, separadamente as categorias, mas de tudo e não só de um apto,
de todos os aptos e também juntando com a carga instalada de todas as áreas de uso comum.
Depois de ter a potência instalada, para cada uma das categorias, é que se deve procurar o fator
de demanda também para cada uma das categorias nas tabelas NT004 e NT001, após isso se
deve somar as demandas tendo assim a demanda total em (W).

- Considerar todas as cargas do Centro de Medição (CM) (ou QDs, se UC única);


- Para o alimentador geral, considerar toda a carga do empreendimento;
Para o alimentador geral, tem que ser toda a carga do empreendimento.
O Porque alimentador geral? Pode-se ter vários alimentadores, pois o alimentador alimenta um
centro de medição, mas pode-se ter mais de um centro de medição, pode-se ter vários centros de
medição, 03, 04... isso vai depender do limite e a concessionária quem vai dizer também o
limite de medidores que pode ter em cada centro de medição (CM).
Usualmente se adota 20 medidores, mas podem se adotar 25. Na disciplina vai ser utilizado 20
medidores como limite de medição.
Suponhamos que se tenha um prédio com 60 unidades consumidoras, logo vai se precisar de 03
centros de medição (CM), na verdade vai ser necessário mais que 03 centros de medição, pois
são 03 centros de medição já daria os 60 apartamentos, mas ainda faltaria os medidores das
áreas comuns, com isso se faz necessário 04 centro de medição. Se dividiria da forma mais
uniforme possível esses medidores no centro de medição (CM).
Para cada centro de medição (CM) seria um alimentador, mas tem o alimentador geral, que
alimenta o CTG, que chega no CTG na Unidade de Proteção Geral, do centro de proteção geral,
chega o alimentador geral, passa por um disjuntor geral, e lá ele vai para um barramento e desse
barramento vai sair um disjuntor para cada centro de medição e de cada disjuntor desse vai sair
um alimentador.
Então tem os alimentadores do centro de medição (CM) e tem o alimentador geral.
Caso tenha apenas um centro de medição, então terá só um alimentador que já é o alimentador
geral.
- Para encontrar a Demanda em kVA, calcular primeiramente a demanda em kvar,
utilizando os mesmos fatores de Demanda usados no cálculo da Demanda em (W);
A metodologia para o alimentador geral e para os demais alimentadores é a mesma, a diferença
é só o montante de carga instalada que vai utilizar. Enquanto nos demais alimentadores, vai se
utilizar carga instalada naquele centro de medição, ou seja, todas as unidades que estão naquele
centro de medição.
Para o alimentador geral vai se utilizar a carga completa do empreendimento, isso vai nos dar a
potência demandada em (W), para encontrar a demanda em (kVA – potência aparente) é preciso
primeiro calcular a demanda (kvar) utilizando os mesmos fatores de demanda que foi utilizado
para calcular a demanda em (W) os mesmos fatores de demanda serão utilizados para calcular a
demanda em (kvar) só que agora respeitando os fatores de potência de cada tipo de carga.
Com a demanda em (W) e a demanda em (kvar) se encontra a demanda em (kVA).

 FÓRMULA

Dal=∑ ( Di x cm)

Dal – Demanda do alimentador do CM, em (W)


Di x cm – Demanda total de cada tipo de equipamento conectado ao CM, em (W).

Obs: A demanda total do alimentador não é a soma das demandas das UCs. É preciso
calcular aplicando novos fatores de demanda ao montante da carga instalada total de cada
tipo de carga.
O Critério da Carga Instalada deve ser utilizado para calcular:
O método da Carga instalada é bastante complexo, um caminho alternativo, é o método da área
útil. Mesmo aplicando o método da área útil, se faz necessário a utilização do método da carga
instalada.
Para o critério da área útil, não se faz necessário calcular a demanda total de UCs individuais,
que é o caso de se estiver fazendo um projeto só de alimentadores.
Pode se utilizar o método da área útil, para definir as demandas das unidades consumidoras
individuais e aplicar o método da carga instalada só nas áreas de uso comum.
- Demanda total Unidades Consumidoras (UCs) individuais;
Especificamente em cada unidade consumidora.
- Demanda dos CM em PMUCs;
Pode ser usado para calcular a demanda do Centro de Medição (CM), seria um grupo de
unidades consumidoras que estariam em cada centro de medição.
- Demanda Total de PMUCs;
Pode ser usado também para calcular a demanda total das PMUCs.
Demanda Total para o alimentador geral.

 CRITÉRIO DA ÁREA ÚTIL


- Critério alternativo para estimar a Demanda das UCS (Unidades Consumidoras) individuais,
no dimensionamento de alimentadores do CMS de PMUCs.
Não é um critério alternativo para calcular a demanda para dimensionar o circuito de
distribuição das unidades consumidoras.
O proposito não é dimensionar circuito de distribuição, o critério da área útil só deve ser
utilizado para circuito de alimentação, isso nos prédios de múltiplas unidades consumidoras
(PMUCs).
- O dimensionamento dos alimentadores das UCs individuais, obrigatoriamente deve utilizar o
Critério da Carga Instalada.
Se for uma unidade consumidora individual (UCs), se deve usar realmente o critério da carga
instalada. Que foi estudado para circuitos de distribuição, pode-se assim aplicar o mesmo para o
circuito de alimentação.
Se estiver falando de uma PMUC, pode-se estimar a demanda das unidades consumidoras pelo
critério da área útil, mas não vai dimensionar os circuitos de distribuição dessa unidade
consumidoras com base nesse critério. É apenas para estimar e realizar o cálculo do
dimensionamento dos alimentadores.
Exemplo: Utilizando o critério da área útil para uma PMUC, vai se calcular a dimensão dos
circuitos terminais e depois vai dimensionar o circuito de distribuição. Quando se for
dimensionar o circuito de distribuição de cada unidade consumidora, deve-se usar o critério da
carga instalada.
Quando se for dimensionar os alimentadores de cada centro de medição, pode-se calcular
estimar as demandas das unidades consumidoras pelo critério da área útil.
- Demanda das áreas de condomínio devem ser calculadas pelo Critério da Carga Instalada.
As áreas de condomínio, as áreas de uso comum, que são chamadas de áreas de condomínios,
por exemplo, circulações, escadas, área de lazer, salão de festas, essas áreas de uso comum,
nelas necessariamente devem calculados pelo critério da carga instalada, que foi esse critério
anteriormente apresentado.

 DIMENSIONAMENTO DOS ALIMENTADORES DOS CMs DAS PMUCs PELO


CRITÉRIO DA ÁREA ÚTIL

PMUCs com um único tipo de AP:

Dal=( D1+ D 2 ) x 1,4


Dal – demanda do alimentador do CM da PMUC;
D1 – demanda dos APs tipo conectados ao (CM) Centro de Medição (Ter atenção, pois não são
todos os APs tipos, são só os APs tipo conectados ao centro de medição (CM)), calculada pelo
método da área útil;
OBs: Se tiver um Centro de medição (CM) só, então todos os APs estão nesse Centro de
Medição (CM), mas caso tenha vários Centros de Medição (CM), tem que olhar quais são os
APs conectados a aquele Centro de Medição (CM) e vai se calcular a demanda para incluir na
formula acima, apenas a demanda desses APs conectados.
D2 – demanda das áreas de uso comum, calculada pelo método da carga instalada;
D 1=S x f
S – Demanda diversificada do APs Tipo, em kVA (Tabela 22 da NT004);
O S é o que se chama de demanda diversificada, que é dada em tabela e vai depender da área,
por isso se chama método da área útil, é a demanda que vai depender da área dos APs, só tem
um tipo de AP, qual é a área de AP, vai ser apresentado na Tabela 22 da NT004.
F – Fator de Diversificação (Tabela 23 da NT004);
Na Tabela 23 da NT004. Vai trazer o fator de diversificação.
O produto dos dois fatores vai dar a demanda estimada daquele conjunto de unidades
consumidoras, o conjunto de apartamentos daquele tipo, que estão naquele centro de medição
(CM) da qual vai se estar calculando o alimentador.
Analisando a tabela 22
Vai ser dada a demanda por apartamento, ou seja, para cada apartamento, depois vai se
multiplicar essa demanda que vai ser encontrada, essa demanda estimada para uma unidade pelo
fator de diversificação, o fator de diversificação, é que vai levar em consideração a quantidade
de unidades consumidoras semelhantes.
Quando multiplicar, esse fato que vai se encontrar, que na verdade é a demanda em kVA, por
unidade consumidora, quando se multiplicar pelo fator de diversificação, já se estará incluindo a
quantidade de unidades semelhantes.
Analisando a Tabela 23
O fator de diversificação, depende da quantidade de apartamentos, quanto maior a quantidade
de apartamentos, maior o fator de diversificação.

A Nt004 coloca caso se tenha 02 tipos de APs tipo, vai ser preciso considerar algumas
diferenças, vai ter que calcular a demanda de cada um desses grupos separadamente também,
então dependendo da quantidade que se tem de um tipo e de outro tipo, separados em Centro de
Medições (CM) pode ser que se tenha todo mundo dentro de 1 único centro de medição.
Se for uma PMUC que não é puramente residencial, vai ter que calcular a potência das lojas
comerciais pelo método da carga instalada e acrescentar também nesse somatório e com outro
fator de ponderação.
Dar uma olhada no Cap 9 da NT004 – olhar o que tem de mudança em algum fator.
O fator que é 1.4 para prédios puramente residenciais, muda quando vai para prédios
comerciais.
Para prédios comerciais tem que estimar pela carga instalada, se forem prédios comerciais, mas
tem unidades diferentes, tipo de unidades diferentes, modifica também as equações.
Observações:
Em PMUCs com mais de um tipo de Ap, deve ser incluída a demanda dos outros tipos,
calculada de semelhante modo.
Em caso de PMUCs com setor comercial, deve-se acrescentar a demanda das lojas comerciais,
com peso unitário. (O 1,4 não vai incluir dentro da multiplicação a parte comercial).
Nos dois casos citados acima, a metodologia é semelhante, mas recomenda-se consultar NT004
(Cap. 9)
O cálculo de demanda de condomínios de casas deve ser realizado em sua totalidade pelo
Método da Carga Instalada.

Você também pode gostar