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Geometria Descritiva Aplicada à Arquitetura I

Isometria de planos ortogonais e planificação

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Nesta webaula, abordaremos a representação de vistas isométricas. 

As vistas de planos ortogonais e auxiliares são a base das vistas que utilizamos nos desenhos técnicos dos
projetos que desenvolvemos: planta baixa, elevações e cortes. Mas, em alguns casos, o que pretendemos, muito
mais do que a informação correta da descrição projetual, é passar para o leitor a impressão visual de que a
tridimensionalidade do projeto vai ter quando executado. Queremos dar a compreensão da tridimensionalidade
do objeto do nosso estudo, e para isso podemos utilizar um tipo de projeção cilíndrica conhecida como
perspectiva isométrica.

Esse tipo de perspectiva surge a partir de uma projeção cilíndrica ortogonal, em que o objeto de estudo sofre uma
rotação de 45° no eixo horizontal e 45° no eixo vertical.

Rotações do objeto para a obtenção da perspectiva isométrica

Fonte: elaborada pelo autor.

Após os dois giros de 45°, a imagem passa a ter o aspecto de tridimensionalidade e permite que os leitores
tenham a sensação da volumetria do objeto de estudo. Mas, para além dos giros nos eixos horizontal e vertical,
qual a técnica utilizada para gerar esse tipo de perspectiva? Vamos utilizar um exemplo a seguir para aprender o
passo a passo de como desenhamos uma perspectiva isométrica.

Perspectiva isométrica

Passo 1

O primeiro passo para desenhar uma perspectiva isométrica é analisar todas as vistas ortográficas do objeto para
ter certeza de que temos todas as medidas e informações necessárias para sua execução e para que possamos
entendê-lo totalmente. 

Passo 2

Com essa análise, podemos criar uma imagem mental de como o objeto é tridimensionalmente e escolher o
ângulo de visão que vamos adotar no desenho. Veja na figura que o objeto utilizado como exemplo possui uma
vista superior, uma vista frontal e uma vista lateral com todas as medidas e informações necessárias. Já definimos
também qual será o ângulo de visão adotado no desenho.

Vistas ortográficas do objeto a ser representado em perspectiva isométrica

Fonte: elaborada pelo autor.

Passo 3

O terceiro passo é desenhar as linhas isométricas auxiliares que servirão de base para a reprodução da figura.
Essas linhas são formadas por uma linha horizontal de base, uma linha perpendicular a ela e duas linhas oblíquas
a ela e que formam ângulos de 30° nos dois sentidos. 

Veja na figura como são as linhas auxiliares isométricas:

Linhas isométricas auxiliares

Fonte: elaborada pelo autor.

Passo 4

O quarto passo é iniciar a representação de uma das vistas em perspectiva. Podemos iniciar representando a vista
frontal. Nesse caso, as medidas de largura da vista frontal serão representadas seguindo a angulação da linha
auxiliar a 30° à direita, e as medidas de altura serão coincidentes e paralelas à linha auxiliar vertical, conforme
indicado na figura:

Vista frontal em perspectiva isométrica

Fonte: elaborada pelo autor.

Passo 5

Após representar a vista frontal em perspectiva isométrica, podemos passar ao quinto passo: desenhar a vista
lateral em perspectiva isométrica, conforme indicado na figura:

Vista lateral em perspectiva isométrica

Fonte: elaborada pelo autor.

Passo 6

No último passo, representaremos a vista superior na perspectiva isométrica. Nessa fase, podemos seguir o
paralelismo das linhas para encontrar a parte superior do objeto. Ao final, podemos apagar as linhas auxiliares e
reforçar as linhas principais do desenho, dando mais destaque ao resultado.

Vista superior em perspectiva e perspectiva finalizada

Fonte: elaborada pelo autor.

Note que o resultado é uma imagem tridimensional que permite um entendimento bem claro do objeto que
estamos representando. Essa é uma ótima forma de apresentar os estudos volumétricos dos projetos que vamos
desenvolver.

Esperamos que, nesta webaula, você tenha compreendido o passo a passo para a construção da representação de
vistas isométricas.

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