UNISATC

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

FABIANO DOS SANTOS, JOÃO VICTOR RABELO, LARISSA RONCHI, MARIA

EDUARDA MEZARI, NATHAN DA ROSA E THIAGO LIDORIO

AVANÇOS TECNOLÓGICOS NOS SETORES INDÚSTRIAS

CRICIÚMA
2021
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AVANÇOS TECNOLÓGICOS NOS SETORES INDÚSTRIAS

Fabiano Dos Santos, João Victor Rabelo, Larissa Ronchi, Maria Eduarda Mezari,
Nathan Da Rosa E Thiago Lidorio
Jaqueline Marcos Garcia De Godoi

Resumo: O presente artigo tem como finalidade propor uma discussão e reflexão
acerca da importância da inclusão digital no ambiente de trabalho com o surgimento
da COVID-19. A inserção de novas tecnologias na sociedade atual marcada por
rápidas mudanças ocasionou avanços significativos nos sistemas de delivery
(entrega), que proporcionaram maior praticidade para a população. Portanto,
aprofunda-se o olhar para o acesso digital como uma forma de segurança e conforto
para os indivíduos assolados pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Palavras-chave: COVID-19, tecnologia, praticidade, segurança.

1 INTRODUÇÃO

Além das consequências para os sistemas de saúde do mundo, das

mudanças na dinâmica econômica, da alteração quanto à circulação de pessoas nos
âmbitos local, nacional e internacional, a pandemia causada pelo Sars-CoV-2,
popularmente conhecida como Covid-19, provocou, sem dúvida, transformações
gigantescas no mundo do trabalho. Dessa forma, atingiu toda a classe trabalhadora
de formas diferenciadas: desemprego para uma grande parcela da população
durante a pandemia, sobretudo naqueles segmentos econômicos que demandam
tanto a presença física do trabalhador quanto a presença física dos
clientes/usuários; efeitos imediatos no setor de serviços, tais como o turismo,
aviação, restaurantes; bem como a chamada “economia criativa” como, shows e
eventos.

1.1 Tema

Relacionado a outros segmentos da economia, a pandemia significou a

intensificação e avanço na economia para aqueles que continuaram a trabalhar,
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como os entregadores via delivery, bem como, os trabalhadores remotos

(teletrabalhadores).

1.1.1 Objetivo Geral

“Delivery transformou tendência em necessidade e continua em crescimento”, foi

tema do Jornal da USP (universidade de São Paulo), o qual informa que na esteira
desse avanço digital, surge o delivery que, com a pandemia e o isolamento social,
ganhou protagonismo no abastecimento de alimentos. De acordo com a jornalista

Ana Letícia Carlucci, exemplo de usuária que aderiu a esse sistema de entrega de
alimentos por conta da quarentena, relata que utiliza esses serviços de uma a duas
vezes por semana, principalmente nos finais de semana. Diz ainda que adquiriu o
hábito de comprar por delivery no início do isolamento social para proteger seus pais
do novo coronavírus. A jornalista considera gastar moderadamente com o delivery e
que fica feliz em saber que a comida, as compras ou outros produtos vão até sua
casa sem que precise se deslocar, evitando assim, o risco de contaminação com o
vírus.
Em contrapartida, o consumo de plásticos revigora na pandemia e Brasil
recicla menos de 2% do material. "Por um lado, temos uma enormidade de plástico
sendo produzido e consumido e, por outro, há uma carência de processos de
reciclagem, muito porque ainda não está efetivada de forma concreta a Política
Nacional de Resíduos Sólidos", avalia Marcelo Montenegro, coordenador do Atlas do
Plástico.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Por conseguinte, o avanço da pandemia ocasionou um aumento significativo

na utilização do sistema de delivery tornando-se, uma tendência não somente no
Brasil, mas no mundo, e que deve perdurar a população por um tempo ampliado. De
acordo com o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, Edgard Monforte Merlo, esse sistema deve se
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desenvolver de forma gradativa com o advento do período de resguardo. Merlo

destaca ainda a inovação como a palavra que deve definir o setor de alimentos
daqui para frente.
O professor traz em pauta que empresários e gestores, devem ficar atentos
para atender com agilidade para que ocorra a antecipação de futuras demandas dos
consumidores.
Assim, para se manterem competitivas no mercado, as empresas precisam
atentar-se para as tendências do setor de alimentação e aos desafios gerados pelas
mudanças. Devido a tais alterações, o empresário Adriano Loutz relata que seu
restaurante triplicou as vendas com a intensificação do serviço de entrega; Mesmo
com um faturamento menor que o funcionamento comum, sem as entregas, o seu
restaurante seria impedido de permanecer ativo. Loutz acredita que mesmo com a
volta do atendimento presencial, o sistema de delivery deve permanecer em um
patamar de destaque, já que muitos clientes passaram a adotar esse serviço.
Eventualmente, as entregas aumentaram cerca de 149% no último ano, de
acordo com dados promovidos pela Mobills, startup de gestão de finanças pessoais,
a qual baseou-se nas despesas dos usuários com os três principais aplicativos de
entregas - Rappi, Ifood e Uber Eats.
Contudo, essas mudanças interferiram drasticamente no meio ambiente pois
afetaram diretamente no sistema de reciclagem. Conforme dados da ABRELPE
(Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais),
houve um aumento de cerca de 25% a 30% na coleta de materiais recicláveis
durante o período da pandemia comparado com o ano anterior. Porém, uma parte
significativa do volume coletado está sendo encaminhado propriamente para aterros
sanitários, devido ao fechamento ou diminuição da atuação das cooperativas e
unidades de triagem em diversas cidades, salvo os autônomos e uma minoria de
cooperados que continuaram trabalhando para adquirir recursos próprios, apesar
dos poucos setores de triagens em funcionamento.
Em reflexo desses resultados, pode-se dizer que o desfecho da pandemia
proporcionará maior eficiência na coleta de produtos recicláveis, visto que, os
resíduos serão direcionados aos pontos de coleta, os quais encontram-se, na
maioria interditados, e posteriormente encaminhados a triagem com resultados
maiores que 70% a 75% de aproveitamento, diminuindo o despejo em aterros
sanitários.
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- Citação direta

De acordo com Taliria Petrone (2011, p. 123),

Para mim e para toda a humanidade, este é um momento de virada. Para mim,
porque você chega e vai mudar tudo o que há. Para a humanidade, porque a
pandemia escancara que é impossível seguirmos existindo no mundo da
mesma forma.

3 MATERIAL(IS) E MÉTODOS

O sistema de delivery, por ter ocasionado um advento de alta

representatividade nesse período de isolamento, foi alvo de muitas pesquisas sobre
o reflexo desse método tanto para o meio ambiente, quanto socioeconômico. Vale
ressaltar que, o crescimento desse modelo é resultado de um conjunto de fatores: o
aumento da demanda, devido ao isolamento, e o aumento do desemprego no país,
que fez com que muitos brasileiros buscassem o serviço de motoboy como fonte de
renda.
Apesar do crescimento consideravelmente acelerado do sistema de entrega
em domicílio, a evolução veio apenas no segundo mês da pandemia do novo
coronavírus, como traz o gráfico da Mobills analisando o serviço durante a
pandemia.

.
Segundo o CEO da empresa, Carlos Terceiro, esse demora na evolução do
delivery é decorrente da desconfiança da população quanto a procedência das
normas de isolamento social. Em contra partida, segundo a própria Mobills, o maior
aumento veio no mês de dezembro de 2020, devido ao recebimento do 13º salário
pela maior parte dos trabalhadores.
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Um levantamento feito pela Statista, empresa coletora de dados de mercado

e consumidores, aponta o Brasil como destaque avanço do delivery na América
Latina, sendo seguido por México e Argentina. Cerca de 49% de todo o mercado
consumidor desse serviço no território abordado, veio do Brasil.
Vale ressaltar ainda, a intensidade de novos internautas que começaram a
utilizar os aplicativos referentes a pedidos em casa. A principal empresa no ramo
hoje, é a startup brasileira iFood, que registrou um aumento de 45% no número de
pedidos no mês de agosto, em comparação ao primeiro mês de isolamento,
chegando a quase 45 milhões de pedidos na plataforma, segundo dados do jornal
Estadão. O impacto desse crescimento é também financeiro, já que segundo um
documento da Prosus, investidora do iFood, o faturamento aumentou cerca de 234%
no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Contudo, mesmo com o aumento de pedidos e entregas citados, os

trabalhadores que estão na linha de frente, os motoboys, mesmo realizando cada
vez mais entregas na pandemia do vírus mundial, não estão sendo remunerados por
isso, de acordo com uma pesquisa comandada pela Rede de Estudos e
Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) e divulgada pela BBC
Brasil, incluindo entregadores de aplicativos como: Rappi, Ifood, Loggi e Uber Eats.
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Gráfico indica que rendimentos acima de 650 reais por semana diminuíram durante a pandemia

A pesquisa realizada com, 226 entregadores em 26 cidades do Brasil,

mostrou que mesmo com o número de horas trabalhadas terem aumentado, o
rendimento médio, não cresceu paralelamente com o quanto foi trabalhado.
A pesquisa aponta também, que cerca de 77,4% dos entregadores, trabalham
6 dias por semana e sem a garantia de equipamentos de segurança como, álcool
em gel e máscara, que não são de responsabilidade da empresa a disponibilização
destes, com isso, muitos deles trabalham durante horas e dias, sem a proteção
necessária para fazerem as entregas e enfrentarem a pandemia.

4 DISCUSSÃO

De acordo com os dados coletados, entende-se que o Covid-19 trouxe

consigo avanços nos setores de inovação e tecnologia, aprimorando métodos de
trabalho e obtendo lucros de diversas formas para empreendedores. Por
consequência, tornou-se o cenário ideal para um aumento expressivo na quantidade
de embalagens acumuladas, ocasionando aumento nos gráficos de poluição
ambiental.

5 CONCLUSÃO

Em síntese, dados comprovam que a tecnologia possui influencia direta sobre

o mercado de trabalho. Relacionada ao cenário vivenciado, a primeira Revolução
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Industrial, que ocorreu na Inglaterra a partir de 1760, onde ocorreu a inserção de

máquinas, as quais substituíram funções que antes eram exercidas pelos homens,
causando demissões em determinados setores. Entretanto, embora a substituição
de pessoas pelas máquinas tenha causado desemprego em atividades manuais, ela
permitiu a abertura de vagas ligadas à criação e produção dessas tecnologias como
a adequação ao sistema tecnológico de entregas efetuados por intermédio de
aplicativos, tornando-se necessário criar profissões que não existiam anteriormente.
Nesse segmento, a pandemia gerou pontos positivos em relação a nova
forma de trabalho, reinventando-se e ocasionando maiores oportunidades de
emprego. Entretanto, foi responsável pelo aumento do fluxo de produção de
embalagens, as quais constantemente, não possuem um destino correto,
aumentando assim, os índices de poluição ambiental. Ligada a tal fato, é de suma
importância a introdução de compartimentos para armazenamento e posteriormente
coletas de embalagens provindas de deliveries, as quais obteriam um destino
adequado, gerando recompensas em forma de descontos em futuros pedidos para
os adeptos, estimulando assim, o descarte adequado e reduzindo a acentuada
poluição na época atual.

REFERÊNCIAS

DAU, Gabriel. O aumento dos gastos em aplicativos de Delivery com a

pandemia. Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/o-aumento-dos-gastos-
em-aplicativos-de-delivery-com-a-pandemia/
REDAÇÃO. Gastos com delivery crescem mais de 94% durante a pandemia.
Disponível em: https://revistacapitaleconomico.com.br/gastos-com-delivery-crescem-
mais-de-94-durante-a-pandemia/
FERREIRA, Yuri. Coronavírus fez entregadores de delivery trabalharem mais
e receberem menos. Disponível
em:https://www.hypeness.com.br/2020/05/coronavirus-fez-entregadores-de-delivery-
trabalharem-mais-e-receberem-menos/
SNAQ BY FISHER. Ifood entregando resultado: faturamento cresce 234%.
Disponível em: https://www.snaq.co/news/ifood-entregando-resultado-faturamento-
cresce-pandemia
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JÚNIOR, France. Delivery transformou tendência em necessidade e continua

em crescimento. Disponível em:https://jornal.usp.br/atualidades/delivery-
transformou-tendencia-em-necessidade-e-continua-em-crescimento/

REDAÇÃO. Consumo e descarte de plásticos aumentou durante pandemia>

Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2020/12/07/consumo-e-descarte-de-
plasticos-aumentou-durante-pandemia/

CARRANÇA, Thaís. Consumo de plásticos explode na pandemia e Brasil

recicla menos de 2% do material. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-55131470#:~:text=V
%C3%ADdeos-,Consumo%20de%20pl%C3%A1sticos%20explode%20na
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