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A terceira função temática que constitui uma exposição da forma sonata é o tema
subordinado. É uma função temática de conclusão em larga escala dentro da exposição
que se caracteriza principalmente pelo seu contraste com o tema principal, uma
organização formal mais frouxa e que exige terminar com uma cadência autêntica perfeita
na tonalidade subordinada.
Noções Básicas
Um tema subordinado pode levar inicialmente a uma meia cadência (ou chegada
na dominante) como uma meta estrutural temporária. Como todos os temas subordinados
devem finalmente se fechar com uma CAP, tal meia cadência deve ser vista como interna
ao próprio tema. Na sequência de uma MC interna, o tema tipicamente continua com
novo material continuacional ou cadencial. Às vezes, uma MC interna articula o fim da
primeira parte de um tema subordinado em duas partes.
Uma exposição relativamente curta pode trazer apenas um único tema
subordinado. A maioria das exposições, especialmente aquelas usadas na abertura de
movimentos finales, contém vários temas subordinados. Com esse grupo de tema subordinado,
cada tema deve fechar com uma CAP na tonalidade subordinada. Também, um dos temas
pode ser relativamente rigoroso, embora o grupo como um todo será mais frouxo do que
o tema principal.
A CAP final na tonalidade subordinada é geralmente seguida por uma seção de
encerramento pós-cadencial, consistindo de uma ou mais codettas. A própria seção de
fechamento pode ser seguida por uma breve retransição, o que ajuda a efetuar um retorno
suave à tonalidade principal para a repetição da exposição.
Confrontando termos
Tema subordinado. Tradicionalmente, vários termos foram usados em conexão
com o que aqui chamamos de tema subordinado, entre eles “segundo tema”, “tema
secundário” e “segundo sujeito”.
Esta terminologia, no entanto, sugere um esquema de numeração a partir do
“primeiro tema”" (isto é, tema principal) que muitas vezes não pode ser sustentado na
análise: um determinado tema subordinado não é necessariamente o literal “segundo”
tema de um movimento.
O termo “subordinado” – que, obviamente, não implica um tema de valor estético
inferior – tem a vantagem de se relacionar diretamente com a expressão “tonalidade
subordinada”, a região tonal confirmada por esse tema.
Analisando a Forma Clássica 12 3
EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
355
Example 12.1: this subordinate theme divides itself clearly into three phrases as defined
by their melodic-motivic material. And each phrase has its unique formal function—pre-
sentation, continuation, and cadential—loosened in ways typical of a subordinate theme.
4 Exposição (III): Tema subordinado
Exemplo 12.1: este tema subordinado divide-se claramente em três frases como
definidas por seu material melódico-motivico. E cada frase tem sua função formal única
– apresentação, continuação e cadência – afrouxada de formas típicas de um tema
subordinado.
A apresentação (comp. 14-17) é afrouxada através de meios harmônicos: a
progressão de abertura prolonga a harmonia tônica na primeira inversão (em vez do
prolongamento na posição fundamental mais usual de um tema rigoroso).
A função de continuação (comp. 18-21) é estendida por meio da técnica de
sequência de modelo, que percorre uma progressão sequencial descendente completa.
Observe que o link final da sequência V^ -Ι não pode ser pensado para criar uma cadência
porque a dominante está invertida.
A função de cadência (comp. 22-26) é suportada por uma progressão cadencial
expandida começando com a pré-dominante ΙΙ^ . O porque Mozart contorna um Ι^ inicial
para a progressão é explicável por esta harmonia já ter sido “expandida” no
prolongamento da frase de apresentação.
Observe que as funções de continuação e cadência têm suas próprias unidades de
agrupamento exclusivas. Ao contrário do caso de uma sentença forte, cujas funções de
continuação e cadência são fundidas em uma única frase de quatro barras, a estrutura
sentencial mais solta deste tema subordinado separa claramente as funções medial e
conclusiva uma da outra.
A CAP terminando o tema é seguida por uma breve seção de fechamento (comp.
26-28), consistindo em uma codetta de 1 compasso (que é repetida uma oitava mais abaixo)
e um minúsculo fragmento de acordes tônicos repetidos.
functions one from the other.
The PAC ending the theme is followed by a brief closing section (mm. 26–28),
consisting of a 1-m. codetta (which is repeated an octave lower) and a tiny frag-
Analisando a Forma Clássica ment of repeated tonic chords. 5
EXAMPLE 12.2 Beethoven, Piano Sonata in C minor, Op. 10, No. 1, i, 56–105 (R = 2N)
(continued)
357
Mais detalhes
Função de apresentação
A função de apresentação pode ser afrouxada por uma repetição adicional da ideia
básica, repetindo toda a apresentação em si, ou enfraquecendo o prolongamento tônico
que apoia a apresentação.
Repetição adicional da ideia básica. Uma frase de apresentação pode ser estendida
repetindo a ideia básica de abertura mais uma vez. Esta terceira afirmação da ideia torna a
estrutura de agrupamento um tanto assimétrica e promove um grau de redundância
funcional – dois critérios de organização frouxa.
Presentation Function
EXAMPLE 12.2 Beethoven, Piano Sonata in C minor, Op. 10, No. 1, i, 56–105 (R = 2N)
Presentation function can be loosened by an additional repeat of the basic idea, 359
by repeating the entire presentation itself, or by weakening the tonic prolonga-
tion supporting the presentation.
Additional repetition of the basic idea. A presentation phrase can be
extended by repeating the opening basic idea once again. This third statement
of the idea renders the grouping structure somewhat asymmetrical and pro-
motes a degree of functional redundancy—two criteria of loose organization.
Example 12.3: the first of two subordinate themes begins in m. 28 with a varied,
canonic statement of the basic idea found in the opening measures of the move-
ment (see Ex. 3.12, mm. 1–2).
The idea is then sequenced a step higher into the supertonic region. (This
sequence in ΙΙ matches a similar one at the beginning of the consequent phrase in
the main theme, Ex. 3.12, mm. 5–6.) But this sequential repetition now creates a
harmonic-formal predicament: because ΙΙ does not normally function as a neigh-
boring chord to Ι or as a passing chord to Ι6, the music cannot easily progress to
tonic at m. 32 to form a regular 4-m. presentation.
So Mozart repeats the basic idea once again, this time within dominant
harmony, and the return to Ι on the downbeat of m. 34 completes the tonic
prolongation. (continued)
(continued)
360
12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
Analisando a Forma Clássica 11
Repetition of the presentation phrase. Another way of loosening the presen-
Repetição
tation is to repeat da frasephrase
the entire de apresentação.
before theOutra maneirabegins.
continuation de afrouxar a apresentação é repetir
a frase inteira antes que a continuação comece.
Example 12.4: the subordinate
Exemplo theme
12.4: o tema begins with
subordinado a 4-m. com
começa presentation that is
uma apresentação de 4 compassos
immediately repeated with variation
que é imediatamente technique.
repetida com técnicaObserve that the
de variação. final measure
Observe que o compasso final da 361
of theapresentação
repeated presentation
repetida (comp. elides
(m. 31) 31) with
elide the obeginning
com início daofcontinuação.
the continu-Tal elisão de frases
ation;desuch
apresentação e de continuação
elision of presentation raramente é encontrada
and continuation numafound
phrases is rarely frase rigorosa, uma vez
quetight-knit
with the iria perturbar a simetria
sentence, sincede agrupamento.
it would disrupt the grouping symmetry.
(Observe que o tema subordinado no primeiro
(Note that the subordinate theme in the first movement movimento
of this desta sonata, mostrado
sonata, shown
in Ex.no Ex.also
12.2, 12.2, também
features apresenta
a repeated uma apresentação
presentation and an elidedrepetida e uma continuação elidida).
continuation.)
EXAMPLE 12.4 Beethoven, Piano Sonata in C minor, Op. 10, No. 1, ii, 24–44
(continued)
12 Exposição (III): Tema subordinado
ANALYZING CLASSICAL FORM
362
intermediário). Uma instância desta técnica já foi discutida e ilustrada em ligação com o
Exemplo 9.3, comp. 21-24.
Função de continuação
Em um tema principal rigoroso, a função de continuação é geralmente fundida
com a função cadencial para fazer uma única frase de continuação. No contexto de um
tema subordinado, a mesma fusão funcional pode ocorrer (ver Ex. 12,4, comp. 31-35; e
12,5, comp. 28-30, 44-48).
Mais tipicamente, no entanto, as funções de continuação e cadência são concedidas
aos seus próprios grupos distintos, como definido pelo conteúdo melódico-motivico,
padrão rítmico, figuras de acompanhamento, e assim por diante. Uma frase de continuação
(ou grupo de frases) dentro de um tema subordinado não se encerra com uma cadência,
que é salva para uma frase (ou grupo de frases) de função exclusivamente cadencial.
A função de continuação alcança sua expressão mais frouxa principalmente por
meio da extensão, isto é, as unidades constituintes (geralmente fragmentos) são repetidas
um número maior de vezes do que seria necessário para expressar a função. A técnica de
sequência de modelos é especialmente adequada para a extensão da função de
continuação, como visto no Exemplo 12.1, com a sua progressão sequencial completa no
comp. 18-21.
Outra maneira de o compositor estender a função de continuação é retardar a
fragmentação criando unidades de repetição que são inicialmente do mesmo tamanho que
as encontradas na apresentação. Na ausência de fragmentação, o sentido de continuação
deve ser expresso por outras características, como aceleração da mudança harmônica,
ritmos de superfície mais rápidos ou sequência harmônica. A fragmentação pode então
aparecer um pouco mais tarde dentro da continuação, às vezes no contexto de outra frase
distinta, estendendo assim a função.
Foco na função
Relações antecedente-consequente. Quando uma frase que termina com uma
CAI é repetida para fechar com uma CAP, um certo sentido de funcionalidade
antecedente-consequente é expresso.
A estrutura resultante não deve normalmente ser considerada um período, porém,
uma vez que a passagem em questão não funciona como um tema autocontido, rigoroso,
(e raramente contém outras características de um verdadeiro antecedente ou frase
consequente, como uma ideia básica de 2 compassos seguida por uma ideia contrastante
de 2 compassos).
Além disso, a frase que termina com a CAI às vezes elide com o início da frase a
seguir, uma situação que não se obtém com um período genuíno.
Exemplo 12.5: partindo do comp. 44, uma frase de continuação promete fechar
com uma CAP no tempo forte do comp. 48. Em vez disso, ocorre uma cadência de engano
e a continuação começa a ser repetida. A enorme expansão da harmonia pré-dominante
que se segue é discutida abaixo.
Analisando a Forma Clássica 12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME 15
cresc.
Gx: K ...
{KKK}
Lr ; L
HC
(internal)
K^ ...
continuation
42 43 44 48
K^ ... KK^
ECP
(continued)
16 ANALYZING
ExposiçãoCLASSICAL
(III): TemaFORM
subordinado
366
EXAMPLE 12.6 Haydn, String Quartet in B minor, Op. 64, No. 2, i, 13–34
(continued)
18 Exposição (III): Tema subordinado
ANALYZING CLASSICAL FORM
368
12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
Analisando a Forma Clássica 19
Subordinate Theme 1
cadential
Allegro introduction frag. etc.
con brio
36 39
40 42 43 44 45
46 50 51
52
(continued)
20 ANALYZING
Exposição CLASSICAL
(III): TemaFORM
subordinado
cad.
56 58
370
closing section
"one more time" codetta
60 62 63
Most cadential
A maioria das evasões evasions
cadenciais employum
empregam a K^ I^to para
thwart the expected
frustrar resolution of
a resolução
the cadential
esperada da dominante cadencial.dominant.
Mas umaBut an evaded
cadência evadidacadence can pode
também also arise if that
surgir dominant
se essa
is followed
dominante for seguida by other
por outras harmonies,
harmonias, including
incluindo algumassome built on the
construídas nosixth
sextodegree
grau of the
da escala (VI, IV^ escale
VII^ (/V).
LK, KL^, and even LKK^/L).
Uma evasão cadencial pode evasion
A cadential ocorrer can mesmo
occurque evena dominante cadencial
if the cadential se mova
dominant moves to a
para uma tônica emroot-position
posição fundamental, desde que haja ruptura suficiente de melodia,
tonic, as long as there is sufficient disruption of melody, texture, dynam-
textura, dinâmica, registro e assim porondiante
ics, register, and so para our
to counter contrabalançar
perceiving a astructural
percepção enddewhen
um fim
the K chord
estrutural quando o acorde I aparece. Nesses casos, a técnica de “mais uma vez” às vezes
appears. In such cases, the “one more time” technique can sometimes be helpful
pode ser útil para projetar o sentido de evasão cadencial. Assim que ouvimos o material
in projecting the sense of cadential evasion. As soon as we hear previous cadential
cadencial anterior começar de novo, percebemos que uma chegada cadencial ainda não
ocorreu. material starting over, we realize that a cadential arrival has not yet occurred.
Exemplo 12.8: o tema subordinado promete fechar com uma CAP no tempo forte
do comp. 88. Mas Example
mesmo que12.8:uma
the subordinate
tônica emtheme promises
posição to close with
fundamental a PACnaquele
apareça on the down-
beat of m.
momento, essa harmonia 88. Butnão
parece evenrepresentar
though a root-position
o “fim” dostonicprocessos
appears at that moment, this
temáticos
prevalecentes. Em vezharmony seems not
disso, temos maistoorepresent theuma
sentido de “end” of thecadencial
evasão prevailinge thematic processes.
um retorno
a um momento anteriorRather, we have more the sense of a cadential evasion and a return to vir
– ou seja, o tempo forte do comp. 84 – para “mais uma vez” an earlier
a repetição da frase cadencial, que se fecha
moment—namely, com a CAP
the downbeat of m.no comp.
84—for 92. more time” repetition of the
a “one
cadential phrase, which finally closes with the PAC at m. 92.
Analisando a Forma Clássica 12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME 21
371
(continued)
22 ANALYZING
Exposição CLASSICAL
(III): TemaFORM
subordinado
372
comp. 88 não soe como o objetivo da frase predominante. Em vez disso, uma leve
respiração (Luftpause) antes da tônica pode ajudar a fazer soar como um novo começo.
Exemplo 12.6: seguindo a cadência evadida no tempo forte do comp. 26, uma
progressão cadencial expandida começa com I^ e leva a uma sexta napolitana pré-
dominante. A redução radical da textura no comp. 28 torna difícil uma análise harmônica
precisa, mas esse compasso pode ser construído como VII& /V (o Ab escrito é escutado
enharmonicamente como G#), continuando assim a prolongar a harmonia pré-dominante.
O compasso seguinte (provavelmente interpretado como VII^5/IV) rompe com a
progressão cadencial, e quando a clareza harmônica é restaurada no comp. 31, a dominante
com sétima aparece na primeira inversão e, portanto, não pode funcionar como uma
harmonia cadencial.
A função cadencial iniciada com I^ no comp. 26 é abandonada e restaurada apenas
com o aparecimento de II^ pré-dominante no comp. 32. Então uma nova progressão
cadencial ampliada atinge nitidamente o fechamento no tempo forte do comp. 34.
24 Exposição (III): Tema subordinado
o maior tempo possível sua resolução na tônica. Na maioria dos casos, a dominante
primeiro soa com seu embelezamento seis-quatro, e esta sonoridade “dissonante”
geralmente recebe a maior expansão na frase, levantando assim uma poderosa expectativa
de resolução para a sonoridade cinco-três.
A elevada expressão dramática, inerente a uma ampla expansão da dominante, a
torna ideal para uso em gêneros de ópera e concerto, mas também é encontrada nos
repertórios sinfônico, de câmara e sonata solo.
Exemplo 12.7: o primeiro tema subordinado começa com uma grande expansão
da tônica em primeira inversão. I^ é inicialmente prolongado por acordes V♮2
convencionais (comp. 36-39) e depois é expandido por uma sucessão mais complexa de
harmonias vizinhas no comp. 39-40.
A progressão continua com o aparecimento da pré-dominante II^ no comp. 42-
43 e conclui-se com a dominante em posição fundamental que resolve na tônica no comp.
45. O apoio harmônico global para o tema é, portanto, cadencial. Das harmonias
componentes que compõem a progressão cadencial, a tônica inicial recebe a maior
expansão.
(A noção de que esse tema subordinado começa diretamente com uma progressão
cadencial, expressando assim a função cadencial logo no início do tema, é discutido mais
adiante na seção sobre “Começar com a função cadencial”).
26 Exposição (III): Tema subordinado
F: K L A: K ...
{L}
HC (continued)
378 28 34
A^ L
HC
(internal)
36
continuation (new)
42 44
K Lt K^ Lt
mod. seq. etc.
46
K^ Le ; KK Le K ...
cad.
49 50
J: K Le ; KK t Le K Lt K^ Le
{L}
¿ continuation cadential
55 57
60 64
Le ;
66 68 71
Example 12.10: the transition concludes without a clear sense of ending function
Exemplo 12.10: a transição conclui sem um sentido claro de função final no comp.
in m. 53 when
53 quandothere appearsna
aparece at anacruse
the upbeatpara
to the
o following
compassomeasure a new
seguinte uma2-m.
nova ideia básica de 2
basic idea, supportedapoiada
compassos, by root-position tonicem
pela tônica of the subordinate
posição key; the da
fundamental repetition
tonalidade subordinada; a
of the repetição
idea creates
daaideia
presentation
cria umaphrase. A apresentação.
frase de highly compressed
Umacontinuation
continuaçãoofaltamente
a comprimida
single bar (m. 57) leads to a large ECP, beginning with the pre-dominant KK^ and
eventually continuing with another pre-dominant Le/L at m. 64.
30 Exposição (III): Tema subordinado
de um único compasso (comp. 57) leva a uma grande CPE, começando com II^ pré-
dominante e eventualmente continuando com outro V^5/V pré-dominante no comp. 64.
Se o tempo forte do comp. 66 tinha trazido o esperado seis-quatro cadencial, então
a PCE em curso teria cadenciado rapidamente com uma CAP para fechar o tema
subordinado. Em vez disso, a harmonia nesse compasso parece mais como uma última
dominante do que uma penúltima, e assim temos o sentido de uma MC interna elidindo
com dois compassos de posição sobre a dominante.
O que se segue no comp. 68 é uma nova frase cadencial que começa com I^ de
embelezamento, e o tema finalmente alcança o fechamento com a CAP no comp. 71.
Exemplo 12.5: a falta de função final para a transição (ver a discussão do Ex. 11.20)
motiva uma MC interna e uma posição sobre a dominante (comp. 30-35). O compasso 36
traz uma nova ideia básica composta, cuja repetição (comp. 40-43) cria uma apresentação
composta.
Essa uma função fortemente iniciadora, poderia ser tomada como o início de um
novo tema subordinado (na verdade, muitos teóricos identificariam aqui o início do tema
subordinado “real” desta exposição, veja a caixa de texto). Mas dado que um processo
temático na tonalidade subordinada foi claramente iniciado no comp. 23 e conduziu
primeiro a uma MC interna no comp. 30, podemos identificar o comp. 36 como o início
da segunda parte de um tema subordinado em duas partes.
O que certamente é problemático para muitos é a ideia de que uma transição pode
“acabar” sem que ela tenha possuído uma função “final” distinta. Temos que aprender a
aceitar, no entanto, a possibilidade de que algo novo possa começar sem que haja um fim
para o que precede este novo começo.
Com certeza, tal situação cria uma “ruptura” na sintaxe formal, mas não
necessariamente uma violação fundamental da sintaxe. Por analogia, podemos imaginar
uma situação em que um orador começa uma frase, mas antes de completá-la (mesmo que
seu final esteja implícito) continua para começar outra oração. Há uma clara ruptura na
frase inicial, mas não necessariamente uma perda completa de compreensão.
Confrontando termos
Rotulando múltiplos temas subordinados. A relação funcional entre vários
temas subordinados é difícil de definir – e, portanto, de rotular – uma vez que os temas
individuais podem exibir um tal intervalo de expressão formal.
Como resultado, adotamos aqui um sistema de terminologia funcionalmente mais
neutro que simplesmente numera os temas de acordo com sua ordem de aparência. Assim,
falamos de um “primeiro” ou “segundo” tema subordinado, sem tentar caracterizá-los
ainda mais.
Este sistema, no entanto, tem suas armadilhas, especialmente nos casos em que um
segundo ou terceiro tema subordinado repete claramente o conteúdo (embora
possivelmente alterado de alguma forma) de um tema anterior, como ocorre de vez em
quando. Falamos de uma “repetição do tema número 1” ou apenas respeitamos o sistema
de numeração e falamos do tema 2? Não há uma resposta fácil a esta pergunta, que é
levantada novamente, com detalhes mais específicos, na caixa de texto “Contando os
Temas”, mais adiante neste capítulo.
Processos de fronteira
Para manter a continuidade rítmica entre vários temas subordinados, o fim de um
tema pode elidir com o início do próximo. A tônica final da CAP funciona simultaneamente
como tônica inicial do tema subsequente.
a) Subordinate Theme
presentation continuation cadential
Allegro intro b.i. ¿
pizz.
G: K KKt Lr K KK^
{L}
(continued)
dolce
L& K K KKt Le
modal shift
PAC
continuation cadential
53 54
cresc.
cresc.
cresc.
arco
cresc.
K LK& KK& L& xLK
ECP
xLK
(continued)
Analisando a Forma Clássica 12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
35
58 59 60
385
{o&}
p LKKe ; L{w
Closing Sec.
codetta 1
b.i.
62
dolce
&} K ...
PAC
(continued)
c.i. (extension)
71
386
codetta 2
b.i. (fr. M.T.) c.i.
75 79
K ... K ...
(PAC) (PAC)
Example
Exemplo 12.11: 12.11:subordinado
o tema the subordinate é theme is first constructed
construído primeiramenteas a tight-knit
como uma sentence,
whose
sentença rigorosa, cuja continuation
continuação is compressedem
é comprimida into three
três measures.
compassos.
O tema começa aTh sere repetido
theme begins to be repeated
no comp. 50 comino m. 50 withtomando
clarinete the clarinet takingbásica.
a ideia up the basic
Mas a mudança para o modo menor já sinaliza o que deve se tornar uma organização
idea. But the change to the minor mode already signals what is to become a significantly
significativamente mais
loosersolta. A música
organization. se move
The music movespara o m.
off in comp. 54 em
54 toward direção tonicization
a prominent a uma of
xLK and major cadential expansion (features to be discussed in greater detail below).
Analisando a Forma Clássica 37
Seção de encerramento
Qualquer unidade temática fechada com uma CAP pode dar origem a uma seção de
fechamento pós-cadencial, que prolonga a harmonia tônica assegurada pela cadência e
reforça o sentido de chegada cadencial. Uma vez que cada tema subordinado requer
38 Exposição (III): Tema subordinado
terminar com uma CAP, o potencial para o surgimento de uma seção de encerramento
surge com regularidade.
Nos movimentos que contêm um único tema subordinado, a seção de fechamento
segue imediatamente a cadência que fecha esse tema. Nos movimentos que contêm um
grupo temático subordinado, a seção de fechamento segue a cadência que termina o último
tema do grupo. Raramente uma secção de encerramento é omitida na exposição.
A este respeito, os temas subordinados diferem dos temas principais, que apenas
ocasionalmente incluem uma seção de fechamento. Essa diferença é o resultado da maior
energia acumulada no curso de se alcançar o objetivo do tema subordinado, em
comparação com aquela tipicamente gerada por um tema principal.
Assim um tema subordinado (grupo) quase sempre exige uma passagem pós-
cadencial para dissipar a energia acumulada ou, às vezes, para sustentar essa energia ainda
mais além do momento real do fechamento cadencial.
A seção de fechamento de uma exposição geralmente contém várias codettas.
Tipicamente, a primeira é repetida e depois seguida por uma segunda, que pode ou não
ser repetida, uma terceira pode também aparecer. Em tais casos, a codetta subsequente é
geralmente mais curta do que a anterior, criando assim fragmentação estrutural de frase
dentro da seção de fechamento.
Exemplo 12.8: o grupo temático subordinado conclui com uma CAP no comp.
104. Lá elide com uma codetta de 4 compassos, que se repete no comp. 108 (com
sobreposição melódica). Uma segunda codetta no comp. 113 provoca a fragmentação, e
os dois acordes finais (comp. 115-16) poderiam mesmo ser pensados como fragmentos de
1 compasso.
Retransição
A codetta final da seção de encerramento é às vezes seguida por uma retransição,
uma passagem que funciona para trazer a música de volta para a tonalidade principal e
levar sem problemas para uma repetição da exposição.
O material da retransição às vezes cresce diretamente da codetta final (ver Ex.
12.14, comp. 60-61). Em outras ocasiões, o conteúdo da retransição é bastante diferente
da seção de encerramento. Às vezes, a encerramento antecipa os motivos do tema
principal para se preparar para a exposição repetida.
Pontos finais
Uma variedade de técnicas de composição é empregada regularmente para afrouxar
a organização formal de um tema subordinado. As seções a seguir destacam alguns desses
dispositivos adicionais de afrouxamento.
Foco na função
Funcionalidade intrínseca vs. contextual. A noção de um tema “começando”
com uma função mediana ou conclusiva pousa um enigma teórico. Como uma passagem
pode ser uma continuação se ela não é precedida por algum outro material que ela
“continua”? Como pode uma frase aparecendo no início de um tema ser cadencial se não
houver nenhuma outra frase anterior que está sendo “fechada”?
Uma vez que a funcionalidade formal envolve, essencialmente, a forma como a
música expressa a sua localização lógica num espectro temporal constituído
fundamentalmente por inicios, meios e fins, a ideia de que um meio (continuação) ou um
fim (cadencial) pode servir para articular um princípio estrutural parece, na superfície,
absurda.
No entanto, uma das propriedades especiais da música é a capacidade de expressar
um senso de sua função temporal intrínseca, independente de sua localização contextual.
Como as funções formais são tão convencionalizadas, por serem tão bem definidas por
suas características específicas, às vezes podemos identificar uma dada função sem
necessariamente levar em conta sua posição real em um tema.
Analisando a Forma Clássica 41
Exemplo 12.8: o primeiro de dois temas subordinados começa com uma mudança
para o modo menor (ele próprio um dispositivo de afrouxamento discutido em uma seção
posterior) e introduz um modelo de 3 compassos, que é então sequenciado duas vezes por
intervalo de terça menor ascendente. Um novo modelo de 2 compassos (comp. 70-71) é
então sequenciado por graus ascendentes.
Toda essa instabilidade harmônica e estrutural é altamente indicativa da função de
continuação. Aqui, o fato de começar com uma continuação é especialmente audacioso
porque a função começa o primeiro de dois temas subordinados e, portanto, o grupo
temático como um todo carece de um sentido de iniciação estrutural.
O segundo tema subordinado mais rigoroso, que foi discutido acima, enfatiza sua
própria função de apresentação (por ser repetida) e, portanto, compensa a falta de iniciação
formal no primeiro tema.
The more tightly knit second subordinate theme, which was discussed above,
emphasizes its own presentation function (by being repeated) and therefore com-
pensates for the lack of formal initiation in the first theme.
42 Exposição (III): Tema subordinado
392
Beginning with Cadential Function
Começar com a função cadencial theme occasionally begins directly with an expanded cadential
A subordinate
progression
Um tema subordinado and thus
começa projects a sense
ocasionalmente of that function,
diretamente com uma despite the lack of any
progressão
cadencial expandida previous
e, portanto, projeta
material that um sentido would
the cadence dessa função,
bring to apesar
a close. da falta de
qualquer material anterior que a cadência traria para um fim.
EXAMPLE 12.12 Beethoven, Piano Sonata in E-flat, Op. 31, No. 3, i, 46–53
Example 12.12: the subordinate theme starts with tonic harmony in first inversion
Exemplo 12.12:and
o tema subordinado começa com a harmonia tônica na primeira
progresses quickly to KL two measures later (m. 48). The pre-dominant har-
inversão e progride rapidamente para IV dois compassos mais tarde (comp. 48). A
mony is further prolonged by subordinate chords in the following measure, after
harmonia pré-dominante é ainda mais prolongada por acordes subordinados no compasso
seguinte, após a qual awhich dominant
harmonia harmony
dominante underlies
subjaz mm. 50–51.
no comp. 50-51.
Assim desde o início, o tema é apoiado por uma PCE, e podemos experienciar o
sentido de uma função cadencial substituindo uma iniciação mais padrão. Antes de chegar
ao seu fim, a progressão leva deceptivamente ao V no comp. 52, após a qual uma fórmula
cadencial altamente comprimida traz o tema a um fim.
[Transition]
standing on the dominant
Allegro
45 47
A: KK K^ KK^ L K … L ...
{L} (PAC) HC
(limited scope)
S
(continued)
Subordinate Theme
standing on the dominant
48
394 51
L ...
continuation
52
cresc.
cresc.
cresc.
cresc.
L K
[Subordinate Theme (repeated)]
56
57 58
KK^ L K
PAC
Contando os temas
Como discutido em uma caixa de texto anterior (“Rotulando temas subordinados
múltiplos”), a situação de repetir um tema subordinado (e normalmente expandi-lo no
processo) cria um dilema para determinar o número de temas subordinados em um grupo.
Normalmente, esse número deve corresponder ao número de CAPs que fecham esses
temas.
Mas com o Exemplo 12.7, será que devemos chamar o tema que começa no comp.
51 de “tema subordinado número 3” quando, obviamente, é uma repetição expandida do
tema subordinado 2? Do mesmo modo no Exemplo 12.11, é certamente conveniente falar
de um único tema subordinado que é repetido (e expandido).
Analisando a Forma Clássica 47
Nestes casos, parece mais prático mostrar a relação motivica entre um tema e sua
repetição expandida, dando-lhe o mesmo “rótulo numérico”, mesmo que o número literal
de temas no grupo não pode ser plenamente refletido por este rótulo.
Afrouxamento harmônico-tonal
O uso da mudança de modo (movendo de maior para menor ou vice-versa), o
cromatismo, a tonicização de regiões mais remotas e a modulação de uma tonalidade para
outra ajuda a promover o afrouxamento formal. Estas técnicas são tipicamente associadas
a temas subordinados.
Mudança de modo
Quase todos os temas subordinados residem no modo maior, mesmo em
movimentos de modo menor, o tema subordinado geralmente reside no relativo maior.
No entanto, uma mudança de maior para menor é frequentemente encontrada em algum
lugar dentro de um tema subordinado (ou grupo temático).
Tal mudança de modo introduz um espectro mais amplo de tons e relações tonais
e, semelhante ao uso de cromatismo, cria uma expressão formal mais solta. Que esta
mudança de modo possa ser considerada um dispositivo de afrouxamento é confirmado
pela ausência geral desta técnica em temas principais rigorosos.
Exceto na cadência final do tema (ou grupo temático), uma mudança de modo
pode ocorrer em qualquer lugar do tema. Como regra geral, no entanto, esta técnica tende
a ocorrer em conexão com a função de continuação. Entre os exemplos discutidos neste
capítulo, mudanças de modo também podem ser encontradas na tônica inicial de uma
PCE (ver Ex. 12.6, comp. 26) e no início de uma repetição expandida de um tema
subordinado (ver Ex. 12.11, comp. 50).
Uma mudança de modo é particularmente dramática quando ocorre no início do
tema subordinado (ver Ex. 12.8). Não importa onde a mudança de modo tenha lugar, a
modalidade principal é finalmente restaurada, pelo menos pela cadência final do tema (ou
no caso de um grupo temático, pela cadência do último tema).
a linha de baixo mais convencional. Nesta forma, a tríada aumentada no comp. 58 pode
ser entendida como uma variante cromática da tônica inicial cadencial (assim, B#, ao invés
do Cn da notação original). A sonoridade seguinte de sétima diminuta é um substituto da
pré-dominante construído sobre o quarto grau no baixo.
Na colocação real de Mozart destes acordes (Ex. 12.11a, comp. 58-60), percebemos
que o Cn sustentado na voz de baixo implica um prolongamento de bVI ao longo do comp.
58-59, reforçando assim a tonicização dessa região. A sétima diminuta VII^5/V no comp.
60 obscurece qualquer outro sentido de C maior, mas não é até a chegada do seis-quatro
cadencial no compasso seguinte que a música recupera seus limites tonais firmemente na
tonalidade subordinada de E maior.
EXAMPLE 12.14 Beethoven, Piano Sonata in E-flat, Op. 31, No. 3, ii, 33–63
(continued)
400
Thematic Introduction
Introdução temática
As discussed in Chapter 5, a theme is sometimes preceded by a brief thematic
introduction.
Como discutido In the5,case
no Capítulo um oftemaa main
é às theme, the harmony
vezes precedido porofumathe breve
introduction
introdução temática. No caso
normally de umtonic
emphasizes tema principal,
(of the a harmonia da introdução
home key).
normalmente enfatiza a Th tônica (da tonalidade
e structural beginning principal).
of a subordinate theme may also be preceded
O início estrutural de um tema subordinado
by a thematic introduction. In this também pode
case, the ser precedido
underlying harmonypor uma
may be the
introdução temática. Neste caso, a harmonia subjacente pode ser a dominante, que se
dominant, which is prolonged from the end of the transition and resolved to
prolonga desde o final da transição e resolvida para a tônica no início do tema
the tonic at the beginning of the subordinate theme. The opening measure of
subordinado. O compasso de abertura do Exemplo 12.1 ilustra bem esta situação.
Um outro Example 12.1 well illustrates
tipo de introdução temáticathis situation.
ocasionalmente encontrado com temas
Anothera harmonia
subordinados é criado quando type of thematic
tônica (daintroduction
tonalidadeoccasionally
subordinada) found
e umwith
novosubordi-
nate themescomeçam
padrão de acompanhamento is created when
no tempotonic forte
harmony do (of the subordinate
compasso key) and
após o final da a new
accompanimental
transição. A ideia básica então começapattern start nesse
mais tarde on thecompasso,
downbeatde of modo
the measure following the
que o tempo
forte do compassoend seguinte
of the deve ser visto
transition; comoidea
the basic o “primeiro”
then beginscompasso atual
later in that do tema.
measure, so that the
As aberturas dos Exemplos 12.7, 12.8 e 12.11 ilustram esta técnica.
downbeat of the next measure must be seen as the actual “first” bar of the theme.
(É interessante observar que
The openings este último
of Examples 12.7,tipo deand
12.8, introdução temática
12.11 illustrate raramente
this technique. é
encontrado com temas principais, embora a abertura da Sinfonia de Mozart nº 40 em
(It is interesting to observe that this latter type of thematic introduction
Sol
menor, ver Ex. 6.21, seja uma exceção notável).
is rarely encountered with main themes, although the opening of Mozart’s
Symphony No. 40 in G minor, see Ex. 6.21, is a notable exception.)
Limites obscurecidos entre transição e tema subordinado
Obscured Boundary Between Transition and
A maioria Subordinate
das exposiçõesThdeeme forma sonata (especialmente as de Mozart e
Beethoven) apresentam uma indicação inequívoca da transição e do tema subordinado. A
transição termina Most sonata-form
claramente com expositions
uma MC (ou (especially
chegadathose
na by Mozart ande Beethoven)
dominante) o tema fea-
subordinado começa com uma função de iniciação óbvia (apresentação, ideia básica theme;
ture an unmistakable demarcation of the transition and the subordinate
the transition clearly ends with an HC (or dominant arrival) and the subordi-
nate theme begins with an obvious initiating function (presentation, compound
Analisando a Forma Clássica 51
composta). O uso de uma cesura medial também ajuda a articular a fronteira entre essas
duas funções temáticas.
Em algumas exposições (especialmente por Haydn), a fronteira entre estas funções
está obscurecida. Tais situações colocam dificuldades de análise e, em casos extremos,
pode não ser possível distinguir com certeza onde uma função termina e a outra começa.
Um obscurecimento da fronteira entre a transição e o tema subordinado pode
surgir a partir de três situações básicas:
1. A transição não possui uma função conclusiva.
2. O tema subordinado carece de uma função iniciadora.
3. Tanto o fim da transição como o início do tema subordinado estão
ausentes.
Nos dois primeiros casos, ainda é possível reconhecer um limite claro entre as
funções temáticas se houver contrastes marcados no material melódico, padrões texturais
e atividade rítmica. Se esses contrastes se tornam menos claros, um obscurecimento dos
limites temáticos torna-se mais evidente.
52 presentation could be said to begin at that moment. From a melodic, rhythmic, and
Exposição (III): Tema subordinado
textural point of view, however, m. 72 stands right in the middle of various processes
ocorre até o comp. 76.begun
Comat efeito,
m. 64, and the first
a frase quereal change to
começa something
neste pontonew does not
também occurser
pode until m. 76.
Indeed, the phrase beginning at that point can also be regarded as a presentation.
considerada uma apresentação.
402 Em um conflito entreInconsiderações
a conflict between harmonic por
harmônicas, considerations
um lado, eon the one hand
melódico, and melodic,
textural
e rítmico, por outro, textural,
a preferência deve ones
and rhythmic ser normalmente dada aoshould
on the other, preference poderoso papel
normally be given to
formador da harmonia.the Opowerful,
prolongamento de I no comp. 72-75 projeta um sentido mais
form-defining role of harmony. Thus the prolongation of K in mm.
forte de iniciação formal
72–75 projects prolongamento
do que o a stronger sense ofdeformal
I^ noinitiation
comp. 76-79.
than theAlém disso, of K^ in
prolongation
como nenhum ponto nesta passagem pode ser visto como articulando um sentido genuíno
mm. 76–79. Moreover, since no point in this passage can be seen to articulate a
de “fim” para a transição, é mais lógico e consistente considerar a transição para concluir
genuine sense of “ending” for the transition, it is more logical and consistent to
na tonalidade subordinada com a harmonia dominante (comp. 68- 71) em vez de com a
tônica (comp. 72-75). consider the transition to conclude in the subordinate key with dominant har-
Com certeza, mony
uma (mm. 68–71) rather
interpretação do than
comp.with72
tonic (mm. 72–75).
como o começo do tema
To be sure, an interpretation of m.
subordinado (com o comp. 76 marcando a função de continuação) emerge 72 as the beginning of the em
apenas subordinate
theme “em
retrospecto. Na experiência (with tempo
m. 76 marking the continuation
real” desta passagem, function)
pouco além emerges only in retrospect.
da harmonia
sugere que esse momento representa
In the “real time”umexperience
começo estrutural.
of this passage, little besides the harmony suggests
that this moment represents a structural beginning.
EXAMPLE 12.15 Beethoven, Piano Sonata in F minor (“Appassionata”), Op. 57, iii, 64–96
Transition
Allegro ma presentation continuation (?)
b.i. (fr. M.T.)
non troppo
64 68
h: K
d: KL L&
{L} Subordinate Theme
presentation
b.i.
69 71 72
K ...
continuation
new idea ¿
74 75 76
cresc.
79 80 83
403
dimin.
continuation (repeated)
85 86
L{w q} xKK^...
evaded
cadence
91 96
cresc. dimin.
K
PAC
cadência por meio de outra progressão meio-cadencial. Essa ideia começa a ser repetida
na anacruse do comp. 17 e é estendida ainda mais por fragmentação e descida de acordes
seis-três de uma maneira que sugere a função de continuação. Uma breve ideia cadencial
fecha o tema com uma CAP no comp. 20. A “seção de fechamento falso” que se segue é
um sinal adicional de que um tema subordinado chegou ao encerramento nesse ponto.
O único lugar viável para identificar o início de um tema subordinado é com a
posição sobre a dominante no meio do comp. 15.
405
56 Exposição (III): Tema subordinado
Uma dica para notação analítica: ao encontrar casos de fusão funcional da forma a
nível temático (por exemplo, envolvendo funções de transição e de tema subordinado),
nem sempre é possível determinar exatamente onde a primeira função termina e a segunda
função começa. Por essa razão, não há nenhum ponto claro na partitura onde o segundo
rótulo funcional pode ser posicionado. (Em que compasso colocamos o rótulo de “tema
subordinado” no Ex. 12,16?)
O método de anotação proposto aqui (e mostrado nos seguintes exemplos) é
rotular o início da unidade temática em questão com ambas as funções, portanto de
transição/tema subordinado, com a barra (/) indicando a fusão das duas funções dentro da
única unidade.
Exemplo 12.17: o tema principal fecha com uma CAP no comp. 12. A próxima
unidade temática começa com blocos de acordes (tirados da ideia básica do tema
principal), que rapidamente efetua uma modulação para a tonalidade subordinada de Bb.
(O rótulo “apresentação” é questionável aqui devido à falta de prolongamento tônico.) A
progressão IV^ -V& no comp. 16-17, que leva a agitação de semicolcheias, poderia
potencialmente ter marcado uma chegada na dominante e uma posição sobre a dominante,
especialmente se o comp. 19 tivesse trazido uma nova ideia inicial básica para marcar o
início do tema subordinado.
Mas como a música progride, aprendemos que os comp. 17-18 constituem um
modelo que é repetido sequencialmente (quinta abaixo) no comp. 19-20 e, portanto, a
função de continuação é projetada, uma que é ainda estendida pela nova sequência de
graus conjuntos ascendentes no comp. 21-22.
O objetivo da sequência é a tônica na posição fundamental sobre o tempo forte
do comp. 23, que cede a outra passagem de escalas de semicolcheias. O senso marcado de
liquidação motivica e textural encontrado no comp. 23-24 é altamente sugestivo de uma
função cadencial expandida, e quando o compasso seguinte traz a pré-dominante II^ , essa
impressão é amplamente confirmada.
A progressão cadencial é, no entanto, abandonada, quando V♮2 no último tempo
do comp. 25 empurra o baixo para baixo até o terceiro grau da escala, apoiando I^ , e uma
The cadential progression is briefly abandoned, however, when the Lt on
Analisando a Forma
the last beat ofClássica
m. 25 pushes the bass down to the third scale degree, supporting 57
K^, and a second, compressed cadential progression brings a PAC to close the the-
matic unit that
segunda began backcadencial
progressão at m. 13. comprimida traz uma CAP para fechar a unidade temática 407
que
Thecomeçou
cadentialatrás no comp.
passage in mm.13. 23–27 is entirely typical of what would be
A passagem cadencial
found in the final phrase of a subordinate no theme.
comp. As 23-27 é inteiramente
well, the powerful ascend- típica do que seria
encontrado
ing sequential na frase
pattern of thefinal de um tema
two previous bars issubordinado.
probably betterAlém disso,with
associated o poderoso padrão
sequencial ascendente dos dois compassos anteriores provavelmente
a subordinate theme than with a transition: the sequence expresses the sense of
está mais associado
a um tema subordinado do que a uma transição: a sequência expressa o sentido de estar
fully “being in” the new key, unlike the kind of sequencing we normally find in a
“totalmente” na nova tonalidade, ao contrário do tipo de sequência que normalmente
transition, which is largely responsible for effecting the modulation. (Here, on the
usamos encontramos em uma transição, que é em grande parte responsável por efetivar a
contrary, the music
modulação. modulated
(Aqui, to the new key
pelo contrário, as far back
a música as m.para
modula 15, as
a shown in the
nova tonalidade tão para trás
harmonic analysis.)
quanto o comp. 15, como mostra a análise harmônica).
In short,
Emtheresumo,
whole thematic unit begins
toda a unidade clearlycomeça
temática as a transition at m. como
claramente 13 but uma transição em
endsnoas acomp. 13 mas
subordinate termina
theme como
(m. 27). Justum tema
where onesubordinado
function ends(comp.
and the27).
otherApenas onde uma
função termina e a outra começa não é definível, uma vez que
begins is not definable, since there is no clear functional articulation of these não existe uma articulação
funcional
boundary clara Transition
moments. desses momentos de fronteira.functions
and subordinate-theme As funções de into
thus fuse transição e de tema
subordinado
a single unit. se fundem assim em uma única unidade.
(continued)
408
Verdadeiro ou falso?
1. Funções periódicas (antecedente, consequente) são frequentemente
empregadas em temas subordinados.
2. Temas subordinados normalmente contêm uma variedade de material
melódico-motivico.
3. Dentro de um tema subordinado, as funções de continuação e cadência
frequentemente ocupam frases distintas.
4. Terminar uma frase cadencial primeiro com uma CAI e, em seguida,
retomar essa frase com uma CAP de encerramento dá origem a uma forma
de período dentro do tema subordinado.
5. A maioria dos meios “dramáticos” de estender a função cadencial é através
de uma cadência abandonada.
6. Uma MC interna pode ser motivada por uma transição não modulatória
prévia.
7. Um dos temas de um grupo temático-subordinado pode ser rigoroso em
sua organização.
8. Todas as cadências autênticas perfeitas são do mesmo peso sintaticamente.
EXAMPLE 12.18 Beethoven, Piano Sonata in G, Op. 14, No. 2, i, 26–47. The excerpt shows the first of two
subordinate themes. For the main theme of this exposition, see Example 2.13; the complete
transition is shown in Example 11.25
(continued)
Analisando a Forma Clássica 61
12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
411
EXAMPLE 12.19 Haydn, Piano Sonata in E-flat, H. 49, i, 25–64. The excerpt contains the complete subordinate
theme (or subordinate-theme group). For the main theme of this exposition, see Example 6.22;
the complete transition is shown in Example 11.3
(continued)
62 Exposição (III): Tema subordinado
EXAMPLE 12.19 Haydn, Piano Sonata in E-flat, H. 49, i, 25–64. The excerpt contains the complete subordinate
theme (or subordinate-theme group). For the main theme of this exposition, see Example 6.22;
the complete transition is shown in Example 11.3
(continued)
412
64 Exposição (III): Tema subordinado 12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
EXAMPLE 12.20 Mozart, Violin Sonata in B-flat, K. 454, ii, 30–48. The excerpt contains the complete subordinate
theme (or subordinate-theme group). For the main theme of this exposition, see Example 6.17;
the complete transition is shown in Example 11.10
413
(continued)
Analisando a Forma Clássica 65
ANALYZING CLASSICAL FORM
414
EXAMPLE 12.21 Haydn, String Quartet in E-flat, Op. 33, No. 2, i, 12–32
(R = ½N). This excerpt begins toward the close of the main theme
and concludes at the end of the exposition
(continued)
66 Exposição (III): Tema subordinado
EXAMPLE 12.21 Haydn, String Quartet in E-flat, Op. 33, No. 2, i, 12–32
(R = ½N). This excerpt begins toward the close of the main theme
and concludes at the end of the exposition
(continued)
415
(continued)
ANALYZING CLASSICAL FORM
68 ANALYZING
ExposiçãoCLASSICAL
(III): TemaFORM
subordinado
EXAMPLE 12.21 Continued
416
416
EXAMPLE 12.22 Beethoven, Piano Sonata in F, Op. 10, No. 2, i, 19–55. The excerpt includes the subordinate
theme (or theme group) but does not include the closing section, which begins directly after the
EXAMPLE 12.22 Beethoven,
end of thePiano Sonata in F, Op. 10, No. 2, i, 19–55. The excerpt includes the subordinate
excerpt
theme (or theme group) but does not include the closing section, which begins directly after the
end of the excerpt
(continued)
(continued)
Analisando a Forma Clássica 12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME 69
417
70 Exposição (III): Tema subordinado
ANALYZING CLASSICAL FORM
EXAMPLE 12.23 Mozart, String Quartet in B-flat, K. 589, i, 25–45. The excerpt begins toward the close of the
transition and concludes at the end of the first subordinate theme
418
Analisando a Forma Clássica 71
12 EXPOSITION (III): SUBORDINATE THEME
EXAMPLE 12.24 Haydn, String Quartet in D minor, Op. 42, i, 13–33. The excerpt contains the subordinate theme
(excluding the closing section). For the main theme, see Example 2.24; the transition is shown
in Example 11.22
Andante ed 419
innocentemente
z z z
z z z
z z z
19
z z
z z
z z
z z
27
dolce
z z