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Parte 01:
1. 100 Questões Comentadas de Legislação Aplicada à EBSERH
Disponibilizadas via e-mail imediatamente após confirmação
do pagamento
1. Aulas do SUS:
a. Determinantes Sociais da Saúde - aproximadamente 18
questões comentadas.
b. Sistemas de Informações em Saúde - 22 questões
comentadas.
2. - Aulas de Português: Provas comentadas da IBFC e algumas do
IADES.
Valor do investimento:
Por tudo isso que foi estipulado o valor será de R$ 35,00.
Meus amigos, tudo bem com vocês? Espero que sim e também que
tenham gostado da primeira aula de Português, que abordou os conceitos
teóricos relativos à interpretação de textos. Hoje, vamos por em prática o que
foi estudado.
Comentários:
Nos textos não verbais tudo deve ser considerado. Duas senhoras em
frente a uma loja de eletrônicos usados! Será mesmo que o autor considera
que o aumento do consumo representou real melhoria das condições de vida
da população? Creio que não. Portanto, o item (I) está INCORRETO, uma vez
que não se observa no texto a exaltação à aprovação da popularidade do
Presidente.
Aproveitemos este item para falar dos tipos de discurso que podem ser
observados em um texto. Podemos ter o discurso direto, o indireto e o
indireto-livre.
1. Discurso Direto:
- Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste País que é
um aldeola, e que tu atravancas?”
Queirós, Eça de. A cidade e as serras. São Paulo: Hedra, 2006
2. Discurso Indireto:
O livro "Legislação do SUS - 451 Questões Comentadas" é o mais popular dentre os 360
livros da Editora Impetus disponíveis na Livraria Saraiva online.
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especialmente em virtude dos concursos do HUB, HU-UFTM e HU-UFMA, apressem-se para não
terem dificuldades de recebimento. Está disponível em praticamente todas as livrarias on-line.
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida
talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em
um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a
qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram
muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é
que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será
proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo
tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um
recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa
vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos
infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de
nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos
obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos
maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois
bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível
que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o
silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a
pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo
Questão n.º 05
Considere as afirmações:
(…) E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. (…)
(…) o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas
e digamos apenas a pequena palavra: adeus. (…) 5º parágrafo.
(…) Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor
assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval (…)
Comentários:
(…) que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de
nossa noite e de nosso confuso sonho? (...) 3º Parágrafo
Metamorfose Ambulante
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
(...) Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem,
nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e
cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia
mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um
titeriteiro inábil. (...) 4º parágrafo
Num domingo frio de início do inverno, a população de São Paulo ficou chocada com uma cena
jamais vista na cidade. A capa do jornal Estadinho trazia uma fotografia que ocupava toda a largura
da página e mostrava uma família de seis pessoas, homem, mulher e quatro crianças, louros, de
olhos azuis, morando sob o Viaduto do Chá, sem ter o que comer, com apenas a roupa do corpo e
uma cuia de chimarrão que o homem tomava. O assunto dominou as conversas naquele 2 de junho
de 1918 e invadiu a semana. Como era possível tal cena na metrópole que mais crescia no país?
Que gente era aquela? O homem, argentino, trabalhara na grande fazenda de café do milionário
Martinho Prado, havia contraído maleita, fora despedido e depositado com a família na capital,
entregue à própria má sorte.
Noventa e cinco anos depois, as cenas mais vistas na cidade são de famílias dormindo na rua, sem
ter o que comer, sem roupas e sem chimarrão, e de bandos de miseráveis drogados. No passado,
vimos chocados um caso inédito; hoje, olhamos com anestesia da indiferença para a malta de
zumbis e grupos de desvalidos, quando não os vemos com silenciosa revolta ou cauteloso receio.
Como deixaram nossa cidade chegar a esse ponto? Como não fomos capazes de impedir esse horror
quando era possível?
Foram vindo. Das injustiças sociais vieram, dos fracassos pessoais, das famílias desestruturadas, das
fugas, das frustrações, das secas nordestinas e amorosas vieram, do abandono, das fragilidades e
inseguranças, das revoltas sem rumo vieram, do alcoolismo, dos pais ausentes, da escola ausente,
das bravatas imaturas, dos reformatórios vieram, dos abusos, dos maus-tratos, dos baratos, das
baladas, da má educação, das carências, da falta de lugar, da doença mental vieram, da baixa estima,
das prisões, do risco mal calculado, dos refúgios da alma vieram... — e formaram essas multidões
que nos assustam.
Há alguns anos (dez?) dizia-se: é a Cracolândia, estão restritos à Cracolândia. Aquela água
envenenada começou a vazar: Luz, Sé, Brás, Bom Retiro, Centro, Parque Dom Pedro, Cambuci,
Mooca, Tatuapé, Campos Elíseos, Santa Cecília, Higienópolis, Avenida Paulista, baixos dos
viadutos Rebouças e Doutor Arnaldo. Os moradores de Perdizes veem, consternados, que os caídos
já amanhecem dormindo na porta dos seus prédios e casas. As ações espasmódicas das autoridades
o que fizeram foi espalhá-los pela cidade.
Que fazer?
Pobres de nós, perplexos. Brotam sentimentos xenófobos até nos melhores. São um risco para a
saúde pública, dizem, disseminam doenças, aids, hepatites, tuberculose, sarna, micoses. Perguntam
o que é pior para o conceito de cidade limpa: uma placa irregular, que vai gerar propina, ou um
maltrapilho defecando e urinando na rua? Se alguém bem vestido fizer isso,será levado para a
delegacia, enquadrado em algum ato de atentado ao pudor. Esses bandos de crianças e adolescentes
que perambulam pelas ruas praticando furtos e fumando crack são as peças de reposição da malta de
zumbis, advertem. Perguntam, punitivos: são infratores, malfeitores, criminosos ou o quê? Em que
lei se enquadram? É enquadrá-los e agir. Afirmam: estão sendo exportados para São Paulo, as
autoridades devem mandá-los de volta, cuidar dos nossos e mandar o resto de volta.
Questão n.º 01
Considere as afirmativas a seguir.
I. No início do século XX, a família na rua chocou a população apenas porque o
homem era estrangeiro.
II. O autor apoia integralmente as medidas higienizadoras da cidade, que
expulsam os moradores da rua.
De acordo com o texto, está correto o que se afirma em
a) somente I b) somente II c) I e II d) nenhuma
Comentários:
(…) a população de São Paulo ficou chocada com uma cena jamais vista na cidade (...)
(…) uma família de seis pessoas, homem, mulher e quatro crianças, louros, de olhos azuis,
morando sob o Viaduto do Chá, sem ter o que comer, com apenas a roupa do corpo (…)
1001 Questões Comentadas de Língua Portuguesa - Aula 2
Concursos HUB, HU-UFTM e HU-UFMA
19
(…) Como era possível tal cena na metrópole que mais crescia no país? (…)
(...) Precisamos nos lembrar de que há uma mãe procurando seu menino
desaparecido no meio daqueles bandos (...) há uma irmã que guardou a boneca
da caçula para quando a encontrar; há uma filha tentando salvar o pai já idoso e
perdido; há uma esposa com filho à procura do marido, ainda com esperança... Há
histórias... Há lágrimas... Há vítimas dos dois lados. (...)
Questão n.º 02
Considere as afirmativas abaixo.
I. No título, ao colocar o verbo na primeira pessoa do plural, o autor se inclui
como vítima.
II. De acordo com o texto, hoje estamos acostumados com os moradores de
rua, por isso eles não nos provocam mais sentimentos.
Está correto o que se afirma em
a) somente I b) somente II c) I e II d) Nenhuma
Ficou fácil! Está correto o item ao afirmar que o autor se incluiu como
vítima da situação que será exposta ao longo do texto. Do próprio título,
também poderia inferir que o autor, considerando que todos são vitimas, não
seria favorável a ideias higienizadoras relatadas.
(1) Extrapolação;
(2) Restrição e
(3) Oposição de ideias.
(...) No passado, vimos chocados um caso inédito; hoje, olhamos com anestesia da
indiferença para a malta de zumbis e grupos de desvalidos, quando não os vemos
com silenciosa revolta ou cauteloso receio (....) 2º Parágrafo
Resposta da questão nº. 02: Letra (a), apenas a alternativas I está correta.
Comentários:
Exemplo nº 1: Exemplo nº 2:
O fogo, que começou por volta das 11h, Amor é fogo que arde sem se ver
se espalhou por todo o É ferida que dói e não se sente;
quarteirão, consumindo casas vizinhas É um contentamento descontente;
após uma grande explosão às 12h30 É dor que desatina sem doer;
Luís de Camões
Na atualidade, percebe-se grande preocupação dos órgãos oficiais com relação ao grafite e à pichação.
Universidades brasileiras têm também investido neste tipo de manifestação humana, buscando não só o
sentido de melhor compreender seus significados, mas também, a partir da elaboração de pesquisas,
presentear a comunidade com novas significações a respeito do tema.
Projetos vêm sendo desenvolvidos por universidades, prefeituras municipais, escolas e outros órgãos
oficiais, envolvendo crianças e jovens. Estes órgãos não só contratam grafiteiros para que estes ministrem
cursos a grupos de crianças, adolescentes, jovens e demais interessados, como também são responsáveis
por toda a infraestrutura necessária a esses cursos, como divulgação, materiais, espaço físico, etc. Além
dessas ações, os grafiteiros também conquistaram espaço na mídia, em revistas, jornais, televisão,
empresas, participação em exposições, inclusive na Bienal, e em outros espaços onde esta arte está sendo
compreendida, divulgada e esclarecida à população, com investimentos que procuram tirá-la da condição
única de marginalidade, da condição de contracultura, neste caso entendida de forma pejorativa. Conforme
Linz (2002), “numa primeira análise (...) contracultura é o que vai de encontro à cultura, ou seja, os
questionamentos quanto aos moldes determinados pela sociedade; o que vai de encontro à rede de
convenções e instituições impostas por esta sociedade, tentando modificá-las de algum modo”. No entanto,
conforme a Enciclopédia Barsa (1997:33), cultura “é o modo de vida de um povo, o ambiente que um
grupo de seres humanos, ocupando um território comum, criou na forma de ideias, instituições, linguagens,
instrumentos, serviços e sentimentos”.
Conforme podemos constatar, a definição de cultura acima registrada cabe perfeitamente a esta forma de
comunicação humana.
Conforme nota do jornal Folha de S. Paulo, a Universidade de São Paulo, em maio de 2002, começou a
preparar “a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, tradicionalmente desorganizados, alguns deles ex-
pichadores. A maioria deles nem imaginava que aquela arte poderia tornar-se uma profissão – até porque
vivem perseguidos pela polícia e são encarados como marginais, obrigados, muitas vezes, a fazer suas
intervenções de madrugada”.
Professores e alunos de diversas faculdades passaram a oferecer gratuitamente assessoria aos interessados
em transformar esta arte nos muros, considerada, por muitos, como marginal, em uma profissão
remunerada.
Questão nº 01:
Considere as afirmações abaixo.
I. Há setores da sociedade que veem o grafite e a pichação como manifestações
culturais.
II. A pichação e o grafite são exclusivamente produzidos por marginais.
De acordo com o texto, está correto o que se afirma em
a) somente I b) somente II c) I e II d) nenhuma
Comentários:
(…) para que estes ministrem cursos a grupos de crianças, adolescentes, jovens e demais
interessados, (...). Além dessas ações, os grafiteiros também conquistaram espaço na
mídia, em revistas, jornais, televisão, empresas, participação em exposições, inclusive
na Bienal, (...) procuram tirá-la da condição única de marginalidade, da condição de
contracultura, neste caso entendida de forma pejorativa.
Não é por que exista realmente marginais pichando o patrimônio público que
todas as formas de pichação e grafite serão assim consideradas. Atenção com as
palavras generalistas (todo, nenhum, qualquer, etc), elas geralmente são empregadas
pelas bancas para nos induzir a algum vício de interpretação.
Vejamos outras passagens relacionadas à alternativa:
(...) sejam inclusive na Bienal, e em outros espaços onde esta arte está sendo
compreendida, divulgada e esclarecida à população, com investimentos que procuram tirá-la
da condição única de marginalidade, da condição de contracultura (...)
(...) A maioria deles nem imaginava que aquela arte poderia tornar-se uma profissão – até
porque vivem perseguidos pela polícia e são encarados como marginais, obrigados, muitas
vezes, a fazer suas intervenções de madrugada”. (...)
Comentários:
"Vai de Encontro":
“Seus objetivos vão de encontro aos meus” (seus objetivos são opostos, contrários aos meus).
"Vai ao Encontro"
“O aluno foi ao encontro do professor” (O aluno foi reunir-se, encontra-se com o professor)
“Seus objetivos vão ao encontro dos meus” (objetivos semelhantes, ideia de união, concordância)
(...) divulgada e esclarecida à população, com investimentos que procuram tirá-la da condição
única de marginalidade, da condição de contracultura, neste caso entendida de forma pejorativa.
(...) 2º parágrafo
Note que o termo pejorativo está empregado como uma concepção negativa da
expressão contracultura. Portanto o item também se encontra incorreto.
- O carro vinha vindo e PUN, bateu na vaca e BUMP, caiu sentado na lua
- Não, foi num satélite artificial!
- As Crianças têm mesmo uma imaginação insuperável! Ninguém melhor do que eles para
inventar fantasias!
“Afirmou-se em Genebra que, tão logo ocorra o desarmamento nuclear, estará
assegurada a paz mundial”.
Voltando à questão, muito embora o pai afirme que ninguém melhor do que as
crianças para inventar fantasias, depara-se, ao ler o jornal, com uma fantasia ainda
maior: a paz mundial. O item está correto.
Comentários:
Em qual parte do texto podemos inferir que a poesia não teria ligação com a
realidade? O item está totalmente incorreto, pois não encontramos nenhum
argumento que sustente a afirmativa proposta.
“Aprendi com meu filho de dez anos que a poesia é a descoberta das coisas que eu
nunca vi”.
Podemos perceber, portanto, que também o autor aprendeu com o seu filho a
descoberta que a poesia traz. A afirmativa é falsa e item incorreto.
Mulheres que ingerem as doses recomendadas de fibras podem ter níveis mais baixos de estrogênio e
ovular com menos frequência do que aquelas que consomem menos fibras. É o que sugere uma pesquisa
realizada com 250 mulheres com idade entre 18 e 44 anos, todas saudáveis e com períodos menstruais
regulares. O trabalho foi publicado no "American Journal of Clinical Nutrition".
O alto consumo de fibras, particularmente de frutas, também foi associado a um risco mais elevado de ter
ciclos menstruais anovulatórios --em que os ovários não liberam o óvulo. Aquelas que relataram a taxa
mais alta de consumo de fibras --22 g por dia ou mais -- tinham maior probabilidade de um ciclo
anovulatório em dois meses. Ataxa foi de 22%, contra 7% entre as mulheres com consumo mais baixo de
fibras.
Após terem sido feitos ajustes nos resultados para fatores que podem afetar a ovulação -- como IMC
(índice de massa corporal), níveis de atividade física e ingestão calórica – o consumo de fibras foi
associado a um risco dez vezes mais alto de anovulação.
Para ele, não é possível, com base em um único estudo, orientar as mulheres com problemas de ovulação a
não comer fibras, visto que a carência desse nutriente é um problema sério de saúde.
(...) Mulheres que ingerem as doses recomendadas de fibras podem ter níveis mais baixos de
estrogênio e ovular com menos frequência do que aquelas que consomem menos fibras. (...) 1º
parágrafo
(...) O alto consumo de fibras, (...), também foi associado a um risco mais elevado de ter ciclos
menstruais anovulatórios. (...) 2º parágrafo
De acordo com o ginecologista (...) dieta e peso adequados na verdade têm um efeito
positivo na ovulação, e a ingestão de fibras contribui para isso. 4º parágrafo
Para ele, não é possível, com base em um único estudo, orientar as mulheres com problemas de
ovulação a não comer fibras, visto que a carência desse nutriente é um problema sério de
saúde. Ultimo parágrafo
O Posto de Saúde 24 da Vila Almeida está sendo investigado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde)
pela morte de Leonardo Brito, 22, no dia 15 de janeiro, última sexta-feira. Ele faleceu com suspeita de
dengue hemorrágica.
Embora todos os procedimentos feitos naquele dia estejam sendo apurados administrativamente, o
secretário-executivo da Sesau descarta por ora negligência.
Para Martins, o que aconteceu foi uma fatalidade. O quadro clínico do paciente evoluiu muito rápido e não
houve tempo hábil para que ele fosse levado para um dos hospitais públicos da cidade, acredita o
secretário-executivo.
Ele lamenta o fato e compreende o desespero dos familiares da vítima. “A gente não é insensível ainda
mais numa situação de um paciente nesta faixa etária. A família vive uma situação de drama e ansiedade”,
diz.
Indagado sobre a conduta dos profissionais posta em xeque pela família que acusa a unidade de saúde de
ter sido negligente, Martins pondera. Para o secretário-executivo da Sesau, a rotina de atendimento foi feita
dentro dos critérios previstos, a ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve
no local para fazer o transporte do paciente e houve empenho, segundo ele, para buscar uma vaga
hospitalar.
“Estamos na fase de apuração não só ouvindo uma ou duas pessoas, mas também vendo os exames
laboratoriais, identificando se havia uma patologia anterior já que a necropsia indicou um aumento na área
cardíaca”.
Martins suspeita de que a dengue tenha sido um fator complicador, ou seja, que Brito teria algum outro
problema de saúde (cardíaco) que acabou sendo agravado com a doença. Uma das facetas mais perigosas
da dengue é esta.
Em organismo debilitado, ela pode ser avassaladora. “A dengue como fator complicador da patologia deixa
o diagnóstico sombrio”.
A Sesau espera a conclusão do laudo da necropsia e conforme Martins, a população tem que acreditar na
equipe médica do SUS (Sistema Único de Saúde) para que o serviço alcance o nível de qualidade que a
população merece.
Questão nº 03:
Considere as afirmações:
I. De acordo com o texto, a dengue só ataca pessoas com organismos debilitados,
sendo fatal.
II. “Negligência” é um substantivo abstrato e pode ser compreendido como
descuido, descaso.
(...) Em organismo debilitado, ela pode ser avassaladora. “A dengue como fator complicador da
patologia deixa o diagnóstico sombrio”. 7º parágrafo
Ter uma "cultura literária" qualquer, por mais caótica e despretensiosa que seja, no mínimo dá assunto ao
cidadão
Tenho me esforçado para não me tornar um Tiranossauro Rex neste mundo digital e conectado, e meu
recente ingresso no Twitter, que tanto contestei – ingresso ainda tímido, confesso –, é uma prova
considerável do meu esforço. Acontece que sou de uma era (é, nós, os analógicos, sempre falamos num
tom saudosista) em que as pessoas cultivavam a leitura, por bem ou por mal. “Era” em que também os
suportes que hoje são causadores da dispersão de jovens e adolescentes, tão banais e ao alcance de qualquer
criança, eram um tosco esboço ainda – vide os primeiros games e programas de texto para computadores.
Meus pais, professores interioranos, tinham uma pequena biblioteca que fascinava a nós todos, os seis
irmãos (sim, “Éramos Seis”). Apesar de ser o mais preguiçoso dentre todos os pequenos leitores, ainda
assim, se comparado ao que leem hoje os miúdos escorados em pcs, laptops, tablets e smartphones, o que li
seria algo como uma pequena Biblioteca de Alexandria. Os títulos variavam desde o “Almanaque do
Biotônico Fontoura”, publicação que meu pai, dono de farmácia além de professor, sempre recebia, até
coleções de Jorge Amado, José de Alencar e Machado de Assis. Clássicos universais, como “Crime e
Castigo”, que a minha irmã Lúcia leu aos 12 anos (hoje um fato improvável) até best-sellers infanto-
juvenis como “Meu Pé de Laranja-Lima” e “O Menino do Dedo Verde” (sim, sim, “Primeiras Estórias”).
Aos 14 anos, o primeiro choque. O professor Furtado, um incendiário professor de literatura, recomenda ler
“O Estrangeiro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de uma só tacada. A leitura daqueles livros me
transformaria para sempre, embora eu não tivesse as ferramentas intelectuais e afetivas (?) necessárias para
alcançá-los. Mas naquele momento entendi que havia formas mais, digamos, “profundas” de pensar o
mundo, ou no mínimo diferentes das que eu conhecia até então. A partir daí, continuei a ler desordenada e
apaixonadamente tudo o que caía em minhas mãos – poesia brasileira, depois a beatnik americana;
romances regionalistas nordestinos, poesia concreta, “geração mimeógrafo”, autores malditos, etc. Hoje,
apesar de não chegar aos pés do Mindlin (e isto não é um trocadilho), me orgulho de ter em meu currículo
(nem isto) um repertório curioso e diversificado.
Estas minhas divagações sobre leituras vêm a reboque de minha participação no projeto Ilustre Leitor, que
inaugurei no recém-inaugurado Sesc Bom Retiro, em São Paulo, com curadoria de Marcio Debellian, um
dos roteiristas de “Palavra (En)cantada”, premiado documentário de Helena Soldberg que aborda a relação
entre música e poesia no cancioneiro brasileiro. O projeto revela as predileções literárias de alguns
compositores.
A partir de uma (ingrata e difícil) lista de “Os Dez Mais”, o convidado divaga sobre a magia da leitura, suas
influências e referências.
Não acredito que alguém se torne um humano mais especial apenas por gostar de ler. Mas ter uma “cultura
literária” qualquer, por mais caótica e despretensiosa que seja, no mínimo dá assunto ao cidadão, empresta
interesse, vivência e curiosidade às nossas vidas, rende boas prosas no bar ou no Facebook (será?), traz
alguma poesia ao nosso besta cotidiano (sim, “Alguma Poesia”). Só por esse fugaz encantamento já terá
valido se debruçar algumas horas sobre algumas páginas ruminadas com espírito.
Comentários:
Até que enfim chegamos a uma leitura que exige um pouco mais de atenção do
candidato.
(…) Tenho me esforçado para não me tornar um Tiranossauro Rex neste mundo digital e
conectado, e meu recente ingresso no Twitter, que tanto contestei – ingresso ainda tímido,
confesso –, é uma prova considerável do meu esforço. (...) 1º parágrafo
1001 Questões Comentadas de Língua Portuguesa - Aula 2
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36
Logo no início da leitura, já encontramos um argumento que derruba a
afirmação do segundo item. O Twitter é uma rede social, e dizer que o autor não
participa de redes sociais está falso.
Comentários:
(…) Mas ter uma “cultura literária qualquer, por mais caótica e despretensiosa que seja, no mínimo
dá assunto ao cidadão, empresta interesse, vivência e curiosidade às nossas vidas, rende boas
prosas no bar ou no Facebook (será?), traz alguma poesia ao nosso besta cotidiano (sim,
“Alguma Poesia”). Só por esse fugaz encantamento já terá valido se debruçar algumas horas sobre
algumas páginas ruminadas com espírito. (…)
(1) Extrapolação;
(2) Restrição;
(3) Oposição e,
(4) Utilização de conceitos preestabelecidos.
Questão nº 07:
Considere as afirmações que seguem.
I. Termos como “roda” e “ rosa” apresentam, no contexto, sentido metafórico.
II. O narrador da música lamenta a sua impotência diante de forças externas.
Comentários:
Voltemos ao texto:
Mas eis que chega a roda viva Faz tempo que a gente cultiva
E carrega o destino pra lá ... A mais linda roseira que há
Roda mundo, roda gigante Mas eis que chega a roda viva
Roda moinho, roda pião E carrega a roseira pra lá...
O tempo rodou num instante
Ficou fácil não é mesmo? Os termos “roda” e “rosa” não estão sendo
empregados nos seus sentidos reais, ou seja, no sentido denotativo. Não
poderíamos ter uma roda “viva”, nem mesmo o tempo poderia “rodar”.
Portanto usam-se os termos com sentido conotativo, figurado. Item
verdadeiro.
1001 Questões Comentadas de Língua Portuguesa - Aula 2
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39
Já no inicio da música percebemos o tom de lamento do autor, “Tem dias
que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. Mais à frente podemos
observar que o autor, muito embora pretendesse ter voz ativa e determinar o
seu destino, era impossibilitado diante das “voltas que a vida dá”.
Comentários:
Por exemplo:
Não só estacionou o carro em local proibido, mas ignorou as orientações do
policial.
1
Em aula futura, aprofundaremos o estudo das conjunções com a resolução de mais questões da IBFC e IADES.
1001 Questões Comentadas de Língua Portuguesa - Aula 2
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42
Ternura
Vinicius de Moraes
Comentários:
Vejamos:
O Livro "Legislação do SUS - 451 Questões Comentadas" encontra-se disponível nas seguintes livrarias: