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A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Autor: Ozana Matos da Silva

Resumo

Neste artigo informamos a importância do assunto sobre Violência contra a Mulher,


seus diversos modos, as instituições dirigentes pela proteção as vítimas, quais atos essa
deve tomar e como a sociedade em que estamos pode colaborar a converter essa
veracidade que atualmente é tão desigual em relação à mulher. Estudamos assim a
importância da Lei Maria da Penha e no procedimento, de que forma essa vem apoiando
ao combate dessa violência. Como metodologia foi usada a entrevista, essa utilizada na
pesquisa de campo feita no Centro de Referência da Mulher na cidade de Manaus, no
qual proseamos com alguns especialistas responsáveis pelo dia a dia do instituto.

Palavras-chave: Mulher. Violência. Lei Maria da Penha.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo emerge da necessidade de entender a veracidade das mulheres em


situação de violência dando relevo ao papel da sociedade em relação ao ato cometido. O
termo “violência contra a mulher” engloba diversos tipos de violência, sejam elas
psicológicas, físicas, ou sexuais. Entre as formas mais comuns de violências sofridas
pelas mulheres, estão a violência por parceiros íntimos e a violência sexual.
Os índices globais mostram que cerca de 35% das mulheres já sofreram
violência física ou sexual pelos parceiros, enquanto 7% foram violentadas sexualmente
por outros cidadãos, incluindo familiares, conhecidos e desconhecidos. Por sua vez, o
Brasil é considerado um dos piores países da América Latina no âmbito do bem-estar
feminino, especialmente devido aos elevados números de violência contra a mulher,
onde casos extremos entre cerca de meio milhão de estupros consumados ou tentativas
de estupros, que acontecem no País. Desses crimes sexuais somente 10% do total são
reportados à policia, segundo a pesquisa “Estupro no Brasil: uma radiografia segundos
os dados da saúde”.
O presente estudo tem como objetivo caracterizar a produção científica brasileira
acerca da violência contra a mulher nos dias atuais, sendo assim, será abordado assuntos
sobre o que é a violência contra a mulher e seus tipos? Porque muitas mulheres sofrem
caladas? Quais os papeis atribuídos a sociedade em relação a este assunto? Quais
providencias devem ser tomadas ao presenciar tal fato? Essas são algumas das perguntas
que o presente estudo pretende responder.
2- VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

2.1 Caracterização da Violência

A agressão contra as mulheres é sofrida em totalmente todas as fases da vida.


Muitas vezes ela surge ainda no início da vida e ocorre em todos os tipos sociais. A
agressão cometida contra as mulheres no ambiente familiar e a violência sexual são
fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silencio e pela dor. Trata-se de
agressão injusta, que não é autorizada pelo ordenamento legal. É um ato ilegal, doloso
ou culposo, que ameaça o direito particular ou de terceiros, podendo ser atual ou
eminente (ROSA FILHO, 2006, P. 55).

2.2- Tipos de Violência contra a Mulher

 Violência Física: Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade


ou saúde corporal da mulher. Tendo como exemplos: espancamento, atirar
objetos, sacudir ou apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões
com cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou armas de
fogo e tortura;

 Violência Psicológica: É considerada como sendo uma das mais devastadoras,


consiste em qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da
autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões;

 Violência Sexual: Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a


manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso
da força; que a induza a comercializar ou utilizar de qualquer modo de
contraceptivo ou force ao matrimônio, a gravidez, ao aborto ou à prostituição,
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação;

 Violência Patrimonial: Qualquer conduta que configure retenção, subtração,


destruição parcial ou total de seus objetos ou instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo
os destinados a satisfazer suas necessidades.

 Violência Moral: Qualquer ação que configure calúnia, difamação ou injúria.


Ocorre quando o agressor ou agressora afirma falsamente que aquela praticou
crime que ela não cometeu, difamação, quando o agressor atribui à mulher fatos
que maculem a sua reputação, ou injúria, ocorre quando o agressor ofende a
dignidade da mulher.
2.3- Omissão das Vitimas

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas suportem silêncios e não
peçam ajuda. Para elas é complicado dar um chega naquela situação. Muitas sentem
vergonha ou estão emocionalmente ou financeiramente do ofensor; outras acham que
“foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela agressão; outras não
falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não
querem prejudicar o ofensor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem
também aquela ideia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em


geral, é para outra mulher da casa, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga
próxima, vizinha ou colega de empresa. Já o quadro de mulheres que percorrem à
polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de
fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.

3- A LEI MARIA DA PENHA

A Lei Maria da Penha firma que todo o caso de agressão doméstica e


intrafamiliar é crime, deve ser apurado durante de investigação policial e ser enviado ao
Ministério Público. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência
Doméstica contra a Mulher, criados a partir dessa legislação, ou, nas cidades em que
ainda não existem, nas Varas Criminais.

A lei também define as situações de violência doméstica, impede a aplicação de


penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de um para até três anos de prisão e
sentencia o encaminhamento das mulheres em situação de violência, tal como de seus
dependentes, a programas e serviços de proteção e de assistência social. A Lei n.
11.340, autenticada em 7 de agosto de 2006, passou a ser chamada Lei Maria da Penha
em homenagem à mulher cujo marido tentou matá-la duas vezes e que desde então se
dedica à causa do combate à agressão contra as mulheres.
Pelo fato ocorrido com Maria da Penha, em 07 de agosto de 2006 foi criada a
Lei Maria da Penha, que tem como Principal meta caracterizar a violência doméstica e
familiar como crime dos direitos humanos das mulheres. Com o fim de assegurar
proteção e procedimentos policiais e judiciais mais humanizados, para as sofrentes.
Promovendo uma real mudança nos valores sociais que naturalizam a violência que
ocorre nas relações domésticas e familiares. Ela pretende dar respostas que consigam
romper com a cultura machista, gerando novas práticas reparando gerando omissões e
afastar para sempre a banalização.
4- OS NUMEROS DO ABORTO NO BRASIL

Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma mulher morre a cada dois dias
vítima de aborto mal realizado com penas previstas na Constituição de um a três anos de
regime fechado para as gestantes, para a mulher, então, se expor ao risco de um prático
abortivo considerado por médicos como insegura. Segundo Thomaz Gollop, obstetra do
hospital e maternidade Leonor Mendes de Barros, do Pérola Byington, um
procedimento inseguro causa, sobretudo infecção, perfuração de órgãos como útero e,
eventualmente, intestino, esterilidade e hemorragia. Estima-se que anualmente, em
média, 800 mulheres praticam o aborto inseguro por essa intervenção não ser legalizada
no país. Desse total, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) cerca de 200mil
mulheres são internadas em hospitais da rede para fazer a curetagem. Por ser um
procedimento caro, as mulheres de baixa renda são as que sofrem consequências.

O aborto é ilegal no Brasil, excerto em caso de estupro, risco à vida da mulher e


anencefalia fetal – com penas previstas na constituição de um a três meses de regime
fechado para as gestantes.

Gráfico 1 – Estimativa de abortos clandestinos no Brasil.

5- OBJETIVOS:
5.1- Objetivo Geral:

Identificar a abordagem e os tipos de violência contra a mulher.

5.2- Objetivos Específicos:

 Identificar os tipos de violência contra a mulher;


 Relacionar o porque muitas mulheres não procuram ajuda;
 Traçar para a sociedade um meio de evitar e como prosseguir em caso
evidenciar uma violência contra a mulher.

6- MEDOLOGIA:

6.1- Área de estudo:


A pesquisa foi realizada na Uniasselvi, nos bairros Compensa, Aleixo, e em
outros perímetros da cidade de Manaus – Amazonas.

6.2- Instrumentos de Pesquisa:


Esta pesquisa de cunho qualitativo observou sobre a realidade da violência
domestica vivida por mulheres, entre Setembro e Outubro de 2019, ao todo foram 28
dias de trabalho, em uma única etapa.

Nessa etapa, foi aplicado um questionamento sobre o assunto com 5 questões


fundamentais, perguntas sobre quais as violências e circunstancias elas viveram esses
tipos de violência, em seguida, analisar os resultados para se obter uma fundamentação
mais consistente.

6.3- Caracterização do sujeito da Pesquisa:


A definição dos sujeitos da pesquisa foi realizada mediante critérios
estabelecidos pela pesquisa da seguinte forma: com as mulheres, um dos elementos
essenciais na reflexão que busca mudanças significativas no âmbito da sociedade, no
convívio familiar, na escola, ou onde ela estiver inserida, pois as mesmas tem o objetivo
de demonstrar que são vitimas de crimes que muitas vezes ficam impunes.

7- CONCLUSÃO

Vivenciar um crime tão doloroso quanto esperar por uma punição pelo mesmo.
Ser mulher é uma força vital múltipla, energia, inteligência, coragem, medo,
sensibilidade e vontade de seguir em frente, estão presentes nas palavras que definem 50
mulheres que cooperaram com essa pesquisa.
Portanto, é preciso atitude para mudar, focar no novo e fazer diferentes, nesse
sentido, os direitos e deveres que estas mulheres reais, seguem querendo apenas
liberdade como direito natural. Querem ser livres e reconhecidas dentro dos padrões
sociais que define como mulher, um ser sociável, mas com poucos espaços para se
destacar e decidir fazer e contribuir para a História.

Ser mulher é lidar o tempo todo com linhas tênues. É sua competência medida
na relação (des) proporcional de sua aparência física. É acelerar o passo numa rua
escura e pouco movimentada, ainda sim, ter que se vestir, se sentir e agir. Mas é, ao
mesmo tempo, dizer não a isso e saber que só cada uma sabe o que se passa dentro de si.
Por fim, esse artigo não tem a pretensão de encerrar o assunto, mas pretende ser
visto como incentivo para uma maior discussão acerca desse, precisa ser mais bem
aprofundado por parte dos membros da sociedade para que juntos encontremos
caminhos, a fim de que as mulheres conquistem a equidade entre os sexos e a
erradicação da violência praticada contra a elas.

REFERÊNCIAS

AMNESTY INTERNATIONAL. Amnesty Internatiol report 2017/2018: the state of the


world’s human rights. London: Amnesty Internation Ltd, 2017.

ROSA FILHO, Cláudio Gastão da. Crime passional e Tribunal Do Júri. Florianópolis:
Habitus, 2006.
Portal do Ministério Público Federal /Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
(PFDC). Cartilha Maria da Penha e Direitos da Mulher. Brasília,2011: DISPONÍVEL
EM: <http://www.tjse.jus.br/portaldamulher/index.php/definicao-deviolencia-contra-a-
mulher> Acesso em: 09/06/2013
Mulher: DISPONÍVEL EM: http://vilamulher.terra.com.br/violencia- domestica-por-
que-mulheres-ainda-sofrem-caladas-3-1-30-1105.html Acesso em: 03/05/201

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