investigação, 18(6): 05-09 2019

ARTIGO
CIÊNCIAS DA SAÚDE
CIRURGIA EXPERIMENTAL

CIRURGIA EXPERIMENTAL PARA O ESTUDANTE DE TÉCNICA CIRÚRGICA:

ABORDAGEM DESCRITIVA DE TORACOTOMIA EM COELHOS
EXPERIMENTAL SURGERY FOR THE STUDENT OF SURGICAL TECHNIQUE: A DESCRIPTIVE APPROA-
CH TO THORACOTOMY IN RABBITS

Ronald C. S. Júnior¹*, Marina G. S. Liporaci1, MD, Esp., Me. Eduardo G. B. Sandoval2, MD, Esp. Edson A. Mar-
garido2.

1 Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade de Franca, Franca, SP, Brasil.

2 Docente do Curso de Medicina da Universidade de Franca, Franca, SP, Brasil.

RESUMO
Este manuscrito tem como objetivo descrever técnica de toracotomia em coelhos com finalidade
de viabilizar a prática do estudante de medicina em técnica cirúrgica. Estudo descritivo de técnica de
toracotomia em coelhos, realizado no laboratório de técnica cirúrgica da Unifran. O coelho foi devidamente
anestesiado, seguido de posicionamento em decúbito lateral esquerdo na mesa cirúrgica, tricotomia e
antissepsia. O procedimento foi realizado seguindo as etapas cirúrgicas (diérese, hemostasia e síntese) e,
ao final, foi realizada eutanásia, com subsequente armazenamento do animal e posterior incineração. Foi
descrita uma técnica de toracotomia em coelhos para viabilizar a prática de técnica cirúrgica em cirurgia
experimental para estudantes. O procedimento, desde a indução anestésica até a eutanásia, teve duração
de 63 minutos e aconteceu sem intercorrências. Com o acesso da cavidade torácica é possível visualização e
manipulação de estruturas como coração, arco aórtico, lobos pulmonares, entre outras. A toracotomia é um
procedimento relativamente comum, e por isso o estudante de medicina deve ter contato precoce com o
mesmo. Na graduação, pode ser efetuada a prática de técnica cirúrgica a partir da cirurgia experimental e a
realização de tal procedimento em coelhos é relevante para esse fim. A elaboração de um guia descritivo para
realização de toracotomia em coelhos pode ser útil para o aprendizado do estudante de técnica cirúrgica,
possibilitando relação teórico-prática entre outros conteúdos estudados durante a formação acadêmica.
Palavras-chave: cirurgia torácica; coelhos; educação médica; experimentação animal; toracotomia.

ABSTRACT
This manuscript aims to describe thoracotomy technique in rabbits with the purpose of making
feasible the medical student’s practice in surgical technique. A descriptive study of thoracotomy technique
in rabbits performed at Unifran’s surgical technique laboratory. The rabbit was duly anesthetized, followed
by positioning in left lateral decubitus at the surgical table, trichotomy and antisepsis. The procedure was
performed following the surgical steps (dieresis, hemostasis and synthesis), and at the end, euthanasia was
performed, with subsequent animal storage and incineration. A thoracotomy technique was described in
rabbits do enable the practice of surgical technique in experimental surgery for students. The procedure,
from anesthetic induction to euthanasia, lasted 63 minutes and occurred without intercurrences. With the
access of the thoracic cavity it is possible to visualize and manipulate structures such as the heart, aortic arch,
pulmonary lobes, among others. Thoracotomy is a relatively common procedure, so the medical student
should have early contact with it. At undergraduate level, surgical technique can be performed from the
experimental surgery, and the performance of such procedure in rabbits is relevant for this purpose. The
elaboration of a descriptive guide to perform thoracotomy in rabbits may be useful for the student’s learning
of surgical technique, allowing a theoretical-practical relationship between other contents studied during
the academic training.
Key-words: thoracic surgery; rabbits; medical education; animal experimentation; thoracotomy.

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INTRODUÇÃO:
A cirurgia experimental é uma ciência que viabiliza
a reciclagem do conhecimento e proporciona também
ferramentas para aquisição e aprimoramento de
habilidades cirúrgicas na área médica. Para tanto, o uso
de animais vivos em procedimentos é fundamental por
proporcionar base para a experimentação subsequente
no homem, respeitando o Código de Nuremberg de
1947 (SCHANAIDER e SILVA, 2004; YAMAKI et al. 2014).
Visto que a utilização de animais em procedimentos
cirúrgicos experimentais é regida por princípios éticos
e legais, é preciso ressaltar a existência de respaldo
no que tange à proteção e humanização do uso de
animais para o desenvolvimento do conhecimento na
área médica (SCHANAIDER e SILVA, 2004; ACHAR et al.
2011; WATANABE et al. 2014).
O uso de animais em procedimentos cirúrgicos
experimentais proporciona contato precoce com o
ambiente cirúrgico e suas condições, aprendizado
e aprimoramento de técnicas, desenvolvimento de
habilidade psicomotora e uma experiência inicial ao
acadêmico (ACHAR et al. 2011; YAMAKI et al. 2014).
Pode-se dizer, ainda, que a experimentação cirúrgica
auxilia no cumprimento das novas diretrizes curriculares
do Ministério da Educação e Cultura para o curso de
medicina (YAMAKI et al. 2014).
A toracotomia é um procedimento frequente na
rotina cirúrgica, tornando-se imprescindível o estudo
e contato inicial do acadêmico de medicina durante
o curso de graduação. Por definição, toracotomia é
a ultrapassagem do gradil costal com subsequente
alcance às estruturas intratorácicas, e pode ser
realizada por diferentes abordagens, a depender
do tipo de intervenção cirúrgica e das condições
clínico-fisiológicas do paciente (MARQUES et al. 2005;
TOWNSEND et al. 2010).
A cirurgia experimental na graduação representa
uma excelente oportunidade para alunos aprenderem
e praticarem princípios em cirurgia como anestesia e
antissepsia, e também os tempos cirúrgicos (diérese,
hemostasia e síntese). Desta forma, o presente estudo
tem o objetivo de descrever a abordagem cirúrgica
da técnica de toracotomia intercostal em coelho,
abordando todas as etapas para a realização do
procedimento.
MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no
Uso de Animais da Universidade de Franca, registrado
sob o número 1039231017. Todos os procedimentos
seguiram os protocolos de bem estar animal
determinados pelo Conselho Nacional no Controle de
Experimentação Animal e pela Sociedade Brasileira de
Animais de Laboratório.
O procedimento foi realizado no Laboratório de
Técnica Cirúrgica do Curso de Medicina da Universidade
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de Franca (UNIFRAN), e este estudo apresenta uma
abordagem descritiva de toracotomia intercostal em
coelho, com o intuito de aprimorar o conhecimento
e a prática das habilidades em técnica cirúrgica nos
acadêmicos.
Modelo experimental
Como modelo experimental foi utilizado 1 coelho
(Oryctolagus cuniculus) da raça Nova Zelândia, macho,
pesando 3,8 kg e idade de 4 meses. O animal foi mantido
previamente ao estudo no Biotério de Manutenção da
Universidade de Franca por um período de 72 horas,
em gaiola individual de 0,4 m2, recebendo ração
comercial própria para espécie e água ad libitum. Foi
mantida a temperatura ambiente de 22°C, umidade
do ar de 68 ± 3% e circulação constante de ar por meio
de exaustor. O ciclo de claro/escuro foi de 12/12 h. Não
foi realizado jejum pré-operatório.
Anestesia
O animal foi submetido a medicação pré-
anestésica com cetamina (30 mg/kg - Ketamina Agener
10% - Agener União Saúde Animal, São Paulo, SP, Brasil)
associada ao midazolam (0,5 mg/kg - Dormire 5 mg/ml
- Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda, SP,
Brasil) associados na mesma seringa e aplicados pela
via intramuscular no músculo longissimus dorsi. Após
15 minutos foi realizado acesso venoso percutâneo
com cateter (24G) na veia auricular direita, por onde
foi infundida solução de ringer com lactato (5 ml/kg/h)
durante todo o procedimento. Ato contínuo, a glote foi
insensibilizada com lidocaína spray (1 mg – Xylestesin
10% - Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos
Ltda, SP, Brasil) e o animal entubado com sonda de
Magill com cuff (n. 2,5), esta por sua vez foi conectada
ao sistema circular valvular do aparelho de anestesia
por onde recebeu Isofluorano (Isoforine 1mg/ml -
Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda, SP,
Brasil) diluído em oxigênio a 100% em concentração
suficiente para manter plano anestésico profundo. Foi
utilizado pancurônio (2 mg/kg – Pancuron 2mg/ml -
Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda, SP,
Brasil) pela via intravenosa para obtenção de bloqueio
neuromuscular. Após o bloqueio neuromuscular foi
instituída ventilação controlada a pressão (platô de 10
cm H2O e frequência respiratória de 16 movimentos
por minuto). Durante todo o procedimento foram
monitorados os parâmetros de frequência cardíaca e
saturação periférica de oxigênio com auxílio de monitor
de multiparâmetros (DX 2023, Dixtal Biomédica e
Tecnologia, Manaus, AM, Brasil). Foi aplicado fentanil
em bolus intravenoso (0,005 mg/kg – Fentanest 0,05
mg/ml - Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos
Ltda, SP, Brasil) caso houvesse incremento da frequência
cardíaca em 20% dos valores prévios à incisão da pele.
Material cirúrgico
Foram utilizados mesa cirúrgica veterinária e
calha pequena para coelhos, instrumental cirúrgico
(1 cabo para bisturi, 1 pinça Adson 12 cm 1x2 dentes,
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1 pinça Adson 12 cm com serrilha, 2 pinças Allis 15 Com o gradil costal exposto (figura 2A), foi realizada
cm, 2 pinças anatômicas dissecção 16 cm, 2 pinças secção da musculatura intercostal foi logo acima do
anatômicas dissecção 18 cm, 2 pinças anatômicas dente arco costal inferior, com colocação dos afastadores
de rato 16 cm, 2 pinças anatômicas dente de rato 18 cm, Farabeuf e subsequente exploração da cavidade
6 pinças Backhaus 13 cm para campo, 4 pinças Kelly 14 pleural e mediastino (figura 2B e 2C).
cm curvas, 4 pinças Halstead mosquito 12 cm, 2 porta-
agulhas Mayo-Hegar, 1 tesoura Mayo Stille 17 cm reta, 1
tesoura Metzenbaum 18 cm curva, 1 campo fenestrado
médio, 2 afastadores de Farabeuf), carro de anestesia
(equipamento anestésico Takaoka Samurai), material
para antissepsia (solução alcoólica de iodopovidona),
monitor multiparâmetro Dixtal DX2023, eletrocautério
(Bisturi Eletrônico Microprocessado da marca WEM
Equipamentos Eletrônicos Ltda, nas configurações de
10 watts para corte e 40 watts para coagulação), fios de
sutura (categute cromado 2-0, nylon 3-0).
Procedimento cirúrgico Figura 2: fotografias do passo-a-passo para toracotomia em coelho. A: exposição
do gradil costal; B: secção da musculatura intercostal; C: visualização das estruturas
intratorácicas (coração e pulmão); D: aproximação dos arcos costais; E: aproximação
Após a estabilização do plano anestésico, o dos arcos costais com nó cirúrgico; F: sutura em pontos simples do músculo rhombus
animal foi posicionado na mesa cirúrgica em decúbito major.

lateral esquerdo, com os membros pélvicos e torácicos

estirados em posição caudal e cranial respectivamente No processo de síntese, foi realizada aproximação
(figura 1A). das costelas com fio categute 2-0 (figuras 2D e 2E) e
sutura contínua subsequente dos planos muscular
Foi realizada tricotomia no local do procedimento superficial e profundo, subcutâneo e pele (figuras
e posteriormente antissepsia com solução alcoólica de 3A, 3B, 3C e 3D), com fio nylon 3-0, sendo realizados
iodopovidona (0,11%). Em seguida, um campo cirúrgico pontos simples no músculo rhombus major (figura
fenestrado com 10 cm de diâmetro foi posicionado 2F).
(figura 1B).
O campo operatório foi delimitado entre o terceiro
e sexto espaço intercostal, sendo realizada incisão da
pele de 6 cm, no sentido posterolateral transversal,
com lâmina de bisturi 21. Tal incisão foi realizada
acompanhando a borda superior da costela inferior do
4º espaço intercostal (figura 1C). A dissecção do tecido
subcutâneo foi realizada com bisturi elétrico WEM na
configuração 10/40 watts (para corte/coagulação),
sendo realizada a hemostasia necessária (figura 1D). Em
seguida, foi efetuada a secção dos planos musculares
superficial (músculo latíssimus dorsi e uma porção do
músculo pectoralis superficialis – figura 1E), e profundo
(músculo serratus ventralis thoracis e rhombus major –
figura 1F), com consequente exposição do gradil costal.

Figura 3: fotografias do passo-a-passo para toracotomia em coelho. A: sutura

contínua do músculo serratus ventralis thoracis; B: sutura contínua dos músculos
latíssimus dorsi e pectoralis superficialis (nomenclaturas do músculos); C: sutura
contínua do subcutâneo; D: sutura contínua da pele.

Eutanásia
Ao final do procedimento o plano anestésico
foi aprofundado com isoflurano seguido de
administração de cloreto de potássio a 19,1% (1 ml/
kg). A morte foi confirmada por meio de ausência
de traçado eletrocardiográfico no monitor de
Figura 1: fotografias do passo-a-passo para toracotomia em coelho. A: tórax após multiparâmetros. Após a eutanásia, o coelho foi
tricotomia e antissepsia com solução alcoólica de iodopovidona; B: colocação do campo
cirúrgico fenestrado; C: incisão da pele; D: incisão do subcutâneo; E: secção do músculo
congelado no Hospital Veterinário da Universidade
latíssimus dorsi e parte do pectoralis superficialis; F: secção dos músculos serratus ventralis de Franca e posteriormente recolhido por uma
thoracis e rhombus major.
empresa terceirizada para incineração.

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RESULTADOS
Neste trabalho foi descrita uma técnica de
toracotomia intercostal em coelhos, que serve como
instrumento para a prática do estudante de medicina
em técnica cirúrgica, bem como correlação com outros
conhecimentos adquiridos durante o curso. Para tanto,
foi elaborado um material didático para guiar os alunos
na realização da técnica em cirurgia experimental.
O tempo de procedimento compreendido entre a
aplicação da medicação pré-anestésica até a realização
da eutanásia foi de 63 minutos.
Referente às considerações anestésicas, o
protocolo utilizado na medicação pré-anestésica
promoveu sedação em qualidade e tempo suficiente
para a realização da tricotomia e acesso venoso periférico.
A intubação orotraqueal foi considerada com grau de
dificuldade elevado. Os parâmetros monitorados no
intra-operatório mantiveram-se estáveis, não havendo
intercorrências que necessitassem de intervenção
terapêutica cardiovascular. Foi necessário aplicação
de um bolus de fentanil previamente à incisão da
musculatura intercostal.
A execução da técnica de toracotomia intercostal
ocorreu sem nenhum inconveniente e o ato operatório
desde a incisão da pele e a síntese de cútis foi de 28
minutos. O tecido subcutâneo apresentava importante
quantidade de gordura e a musculatura incisada
apresentava-se friável, dificultando a sua aproximação
no momento da sutura. O tamanho da incisão da pele e
musculatura intercostal foi suficiente para explorar parte
do mediastino, sendo possível a visualização da pleura,
lobos pulmonares direitos, veia cava cranial, pericárdio,
câmaras cardíacas direitas, gordura pericárdica, porção
proximal da aorta torácica e porção proximal do arco
aórtico.
DISCUSSÃO
A técnica de toracotomia intercostal na espécie
em questão foi factível e de fácil reprodutibilidade, e as
estruturas anatômicas foram facilmente evidenciadas,
o que permite a consulta prática para acadêmicos e
profissionais que almejam a realização desta técnica.
Foi optado por apresentar a técnica utilizando o coelho,
já que este apresenta uma anatomia didática e de fácil
visualização, além de ser material biológico facilmente
acessível. Schanaider e Silva (2004) descreveram que
o uso do coelho é uma boa alternativa para cirurgia
experimental com o intuito de aprendizagem e prática
de técnicas, em função de ser um animal de fácil
manuseio, com estruturas delicadas e semelhantes
às do ser humano, proporcionando aprendizado
psicomotor.
Não foi encontrado na literatura científica material
que descrevesse a técnica de maneira prática para que
pudesse ser utilizada com fins didáticos. O presente
trabalho pode auxiliar profissionais e acadêmicos
no aprendizado de técnica cirúrgica, sobretudo em
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instituições com sistema de ensino baseado na
metodologia ativa, possibilitando ainda correlação
teórico-prática com outras disciplinas importantes na
graduação, como anatomia e fisiologia.
A prática é a melhor maneira de se formar um
profissional apto a realizar este e qualquer outro
procedimento invasivo em seres humanos. Sendo
assim, deve ser dada a devida importância a este
aspecto durante a formação acadêmica.
No Curso de Medicina da Universidade de
Franca, alunos do 7º e 8º período realizam este
e outros procedimentos em modelos animais na
disciplina de Habilidades em Técnica Cirúrgica, sendo
todos aprovados pela Comissão de Ética. O roteiro
descrito neste trabalho foi idealizado e montado no
Laboratório de Técnica Cirúrgica do curso. Segue, ao
final do manuscrito, um apêndice com esquema e
ilustrações que servem como “guia” para a realização
do procedimento.
Apêndice: guia descritivo para realização de
toracotomia em coelhos
1. Posicione o animal na mesa cirúrgica, em decúbito
lateral esquerdo.
2. Realize a tricotomia do tórax.
3. Realize a antissepsia com solução alcoólica de
iodopovidina.
4. Incisão da pele: com lâmina de bisturi, realize a
incisão posterolateral transversal, acompanhando o
trajeto da costela no 4º ou 5º espaço intercostal
5. Realize a dissecção do tecido subcutâneo,
utilizando bisturi elétrico e executando a hemostasia
necessária.
6. Realize a secção dos planos musculares mais
superficiais (músculo latíssimus dorsi e porção do
pectoralis superficialis), utilizando o bisturi elétrico.
7. Realize a secção dos planos musculares mais
profundos (músculo serratus ventralis thoracis
e rhombus major), utilizando o bisturi elétrico,
expondo assim o gradil costal.
8. Identifique a borda superior do arco costal inferior
e acima do mesmo realize a secção da musculatura
intercostal, utilizando o bisturi elétrico.
9. Posicione os afastadores.
10. Explore as cavidades pleural e mediastinal,
visualizando as estruturas ali localizadas.
11. Para a síntese, realize a aproximação dos arcos
costais, utilizando fio categute 2-0, nas duas
extremidades da incisão.
12. Realize a sutura contínua do músculo serratus
ventralis thoracis e a sutura simples do músculo
rhombus major, ambos com nylon 3-0.
13. Realize a sutura contínua dos músculos pectoralis
superficialis e latíssimus dorsi com nylon 3-0.
14. Realize a sutura contínua do tecido subcutâneo
com nylon 3-0.
15. Realize a sutura contínua da pele com nylon 3-0.
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