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IFSC Câmpus Jaraguá do Sul - Centro 3ª fase

Professora: Aline Gevaerd Krelling;


Componente curricular: Biologia;
Aluna: Jenifer Caroline Ziese.

Doenças nos sistemas


cardiovascular, excretor e linfático

O corpo humano é constituído por um conjunto de sistemas - e outras


estruturas - , onde cada um deles realiza determinada função. Mas, como todo
sistema, às vezes ocorrem alguns problemas. Eles podem vir: do exterior (vírus,
bactérias, etc.); de hábitos; ou até mesmo, de dentro do sistema. O ponto a ser
tratado neste texto, são os maus hábitos que uma pessoa tem, e que podem levar
ao surgimento de doenças, acarretando no desequilíbrio, em particular, de dois
sistemas específicos. O outro sistema a ser apresentado, terá como exemplo, uma
doença vinda de um parasita.
Para começar, vamos partir do sistema cardiovascular; este é um dos mais
importantes do corpo humano (e de outros animais), já que possui a função de
bombear (coração) o sangue (levado através das artérias e veias - os vasos
sanguíneos) por todo o corpo. Porém, alguns hábitos podem causar o mal
funcionamento desse sistema tão importante.
Um exemplo de doença neste sistema, é a pressão alta (ou hipertensão), - ou
seja, é quando o nível da pressão arterial está muito elevada (igual ou maior que
140/90 mmHg - 14 por 9) -, que afeta cerca de 38,1 milhões de brasileiros, com 18
anos ou mais, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Tem como principais
causas, o envelhecimento, uma má alimentação (rica em sal e alimentos
gordurosos), sedentarismo e estresse, mas também, pode ser uma doença
hereditária.
Em relação aos sintomas, pode não haver sintoma algum, mas quando há, os
mais comuns são: dor de cabeça, tontura, alterações na visão, e dor no peito. Para
tratá-la, o mais recomendável é ir ao médico, pois este vai dizer se há a necessidade
do uso de medicamentos, e/ou até mesmo, em seguir uma dieta pobre em sal.
Algumas formas de prevenir (também podendo ser seguidas para o
tratamento) o surgimento dessa comorbidade (quando não relacionada a
predisposições genéticas) são: realizar atividade físicas; não consumir muitos
alimentos ricos em sal e gorduras; beber bastante água; evitar fumar; e estar atento
à pressão sanguínea.
Em seguida, uma imagem com algumas complicações, relacionadas à
hipertensão, e logo após, o link de um vídeo/animação para complementar:

FONTE: http://www.megatimes.com.br/2014/05/hipertensao-arterial.html

Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA>

Agora, em relação ao sistema excretor, este é responsável pelo controle da


quantidade de água, de sais minerais e de outros elementos fundamentais para o
corpo. A excreção (urina), tem origem a partir de processos metabólicos, sendo que
neste processo, também há a filtração do sangue nos rins e a reabsorção de alguns
elementos (glicose, aminoácidos, sais, e grande parte da água) nos túbulos néfricos.
Uma doença muito comum nesse sistema, é a doença renal crônica (DRC) ou
insuficiência renal crônica, que afeta 10% da população mundial, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Os sintomas podem incluir: apetite reduzido;
cansaço; aumento da pressão arterial; e mudanças dos hábitos urinários. Ela se
caracteriza pela perda parcial da função renal, de uma forma lenta, progressiva e
irreversível. Alguns exemplos de causas, para tal doença, são: hipertensão; uso
excessivo de alguns medicamentos; diabetes; infecções do tecido renal; obesidade;
e também, algumas doenças genéticas.
O tratamento pode se dar por uma dieta e o uso de medicamentos, para
tentar conservar a função dos rins, - já que tal perda de função, é irreversível - e
evitar ao máximo o início da diálise (um tratamento que é realizado para repor
algumas funções dos rins, ou seja, retirar o excesso de água, de sais e toxinas do
corpo - sendo dividida em diversos tipos). Outro tipo de tratamento, é o transplante
renal, que é uma cirurgia para o paciente receber um rim novo (de uma pessoa viva,
ou de um cadáver).
Há diversas formas de prevenção, como: fazer exames periódicos; parar de
fumar; seguir o tratamento para pressão alta e/ou diabetes; limitar a ingestão de
bebidas alcoólicas; e, principalmente, ter uma dieta saudável, com redução de sal e
proteína.
Logo abaixo, uma imagem com um rim normal, um rim com insuficiência renal
aguda, e outro com insuficiência renal crônica:

FONTE: http://www.hcfmb.unesp.br/doenca-renal-cronica/

E um vídeo para complementar os assuntos tratados, com uma breve


explicação sobre o funcionamento dos rins, que pode ser acessado no link:
<https://www.youtube.com/watch?v=zqpbQ-kVK-4>

Por fim, o último sistema dessa ‘trilogia’ extensa e informativa, o sistema


linfático. A função desse sistema é a drenagem dos tecidos, decorrente do plasma
(chamado de linfa) que pode vir a extravasar dos vasos sanguíneos e se acumular
nos tecidos. Serve como uma defesa para o organismo, já que ao recolher essa
linfa, esta passa pelos linfonodos (as popularmente conhecidas, ínguas), onde
eliminam microorganismos patógenos (a partir das células de defesa - linfócitos).
Logo após, essa linfa volta ao sistema circulatório, através das veias. Se houver um
acúmulo de líquidos nos tecidos, chamamos isso de edema.
A principal doença que altera o funcionamento desse sistema, é a filariose (ou
elefantíase), causada pelo parasita Wuchereria bancrofti, que é transmitido pela
picada do mosquito Culex sp. O parasita atinge os vasos linfáticos, onde os obstrui o
fluxo da linfa, causando inchaço no órgão que teve a circulação obstruída. Os
sintomas podem demorar meses até aparecerem, já que a larva precisa atingir a
fase adulta para começar a liberar microfilárias (também conhecidas como larvas
L1), onde estas desenvolvem-se na corrente sanguínea e linfática até a fase adulta,
para novamente, haver a liberação de - novas - microfilárias. Alguns sinais e
sintomas que surgem após uma grande quantidade de parasita circulante, são:
febre; dor de cabeça; calafrio;, acúmulo de líquido nos braços e pernas; aumento
dos gânglios linfáticos (linfonodos); e aumento de volume dos testículos.
O tratamento é feito com antiparasitários, recomendados por um clínico geral
ou um infectologista, que atuam na eliminação das microfilárias. Se houver a
invasão de um verme adulto num órgão, o recomendado é fazer uma cirurgia para
remover o excesso de líquido, sendo o mais indicado caso haja acúmulo de líquido
no testículo (hidrocele). Outrossim, é recomendado a fisioterapia com drenagem
linfática, caso outro órgão ou membro tenha acúmulo de líquido, isto irá ajudar numa
possível recuperação de mobilidade do membro, e uma melhor qualidade de vida.
Porém, conforme o ditado popular, “é melhor prevenir, do que remediar”.
Algumas formas de prevenção, são: usar repelentes, mosquiteiros, roupas que
cubram a maior parte do corpo, e evitar água parada e acúmulo de lixos, para não
haver uma presença maior de mosquitos no ambiente.
Esta doença, coloca 1 bilhão de pessoas em risco, no mundo todo, sendo que
mais de 40 milhões se encontram incapacitados, ou apresentam deformações.
Segundo dados da Scielo (entre os anos de 1951 e 2000), no Brasil, é estimado que
49 milhões de pessoas estejam (estavam) infectadas, porém, conforme os anos
foram passando surgiam cada vez mais campanhas de conscientização, e
prevenção da filariose. Nas áreas endêmicas, principalmente em Pernambuco, não
foram diagnosticados novos casos, desde 2013 (BRASIL, 2017 apud PONTES,
2020; SOUZA, 2020; PEREIRA, 2020; FERREIRA, 2020, p. 208).
A imagem abaixo, mostra o processo de transmissão da filariose:
FONTE: https://www.todamateria.com.br/filariose/

E sem demora, uma imagem que mostra uma consequência da filariose:

FONTE:https://pt.dreamstime.com/illustration/elefant%C3%ADase.html

E também, um vídeo explicando um pouco mais sobre essa doença,


disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=PWb2HOvDfm8>
REFERÊNCIAS

CONHEÇA algumas das doenças cardiovasculares mais comuns. Berrini.


Disponível em:
<https://centromedicoberrini.com.br/artigos/conheca-algumas-das-doencas-cardiova
sculares-mais-comuns> Acesso em: 6 de jul. de 2021.
DOENÇA renal. Fresenius Medical Care. Disponível em:
<https://www.freseniusmedicalcare.com.br/pt-br/pacientes-e-familias/doenca-renal/>
Acesso em: 13 de jul. de 2021.
FILARIOSE linfática. In Vivo. Disponível em:
<http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=106&sid=8#:~:text=C
ausadora%20da%20elefant%C3%ADase%2C%20a%20filariose,gravemente%20inc
apacitados%20ou%20apresentam%20deforma%C3%A7%C3%B5es> Acesso em:
14 de jul. de 2021.
FRAZÃO, Dr. Arthur. O que é o sistema linfático, como funciona e doenças
relacionadas. Tua Saúde, dezembro de 2019. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com/sistema-linfatico/> Acesso em: 14 de jul. de 2021.
INSUFICIÊNCIA renal crônica. Biblioteca Virtual em Saúde - Ministério da Saúde,
fevereiro de 2011. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/> Acesso em: 13 de jul. de
2021.
LIMA, Dra. Ana Luiza. 9 doenças cardiovasculares comuns: sintomas, causas e
tratamento. Tua Saúde, fevereiro de 2021. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com/doencas-cardiovasculares/> Acesso em: 7 de jul. de
2021.
LEMOS, Marcela. O que é filariose, sintomas, tratamento e como acontece a
transmissão. Tua Saúde, julho de 2020. Disponível em:
<https://www.tuasaude.com/filariose/> Acesso em: 14 de jul. de 2021.
OLIVEIRA, Ana Claúdia. Os problemas do coração podem ser graves quando não
há cuidado com a saúde. Educa Mais Brasil, fevereiro de 2019. Disponível em:
<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/doencas-cardiovasculares>
Acesso em: 7 de jul. de 2021.
PAUXIS, Bruna. Cresce o número de brasileiros com hipertensão e diabetes, revela
IBGE. Correio Braziliense, novembro de 2020. Disponível em:
<https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2020/11/4889720-cresce-o-numero-de-
brasileiros-com-hipertensao-e-diabetes-revela-ibge.html> Acesso em: 14 de jul. de
2021.
PONTES, Diego de Souza; SOUZA, Jeniffer Oliveira de; PEREIRA, Cynara Cristhina
Aragão; FERREIRA, Viviany de Oliveira. Morbimortalidade por filariose no Brasil.
Temas em Saúde, v.20, n.4, p.208, João Pessoa, 2020. Disponível em:
<https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2020/08/20410.pdf> Acesso em: 14
de jul. de 2021.

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