Os mais antigos documentos registrados da polifonia
no Ocidente são do séc. IX em um manual de música que mostrava como fazer uma composição com mais de uma voz (melodia). Porém o manual deixava claro que esse era um processo utilizado normalmente não se tratando de nada novo
A polifonia não foi inventada no Ocidente, haja as
polifonias dos aborígenes de Taiwan e dos pigmeus Aka africanos, mas certamente foi a nossa música que mais desenvolveu essa técnica composicional
Por falar nisso, o séc X foi um dos mais importantes
para o Ocidente e claro para a música
Até então as músicas ocidentais eram, como em
possivelmente todas as culturas ainda são, baseadas em melodias ou temas “semente” que são cantados e improvisados pelos intérpretes.
Não havia a ideia de composição como pensamos
hoje em dia, era uma improvisação mesmo
Entre 1.000 e 1.100 começaram as primeiras ideias
de fazer músicas com uma melodia de nitiva, com partes e tal…tudo isso seguido pelo manuscrito, fi partitura, já que a notação musical também estava nascendo
A polifonia nasce em meio a um momento de
individualização da cultura ocidental europeia o que faz dela a característica principal da nossa música
LOGIC
As primeiras composições foram com outra voz a
quarta, quinta ou terceira abaixo duplicando uma voz principal. Essas vozes ainda podiam ser duplicadas em oitava.
Essa técnica foi chamada organum e era descrita no
tratado de maneira muito prática
Os primeiros compositores de polifonia que
conhecemos são da escola da catedral de Notre Dame. Foram dois músicos e poetas chamados Léonin e Pérotin que viveram entre 1.159 e 1.236
A arte da polifonia se desenvolveu e teve suas mais
altas realizações no norte da França, depois se espalhando pela Europa.
Os movimentos das notas, todos no mesmo sentido
e com os mesmos intervalos, começaram a fazer movimentos além dos paralelos, também contrários e oblíquos. Isso deu mais independência para as vozes dando o nascimento da polifonia
Claro que não foi uma mudança imediata, as músicas
começaram a ter pequenas partes polifônicas, como solos que acompanhavam algo homofônico
Também algumas partes da liturgia eram feitas nessa
técnica como o Kyrie, Gloria e Benedicamus Domino que são partes da missa católica
Ainda não existia uma liberdade rítmica entre as
vozes.
Isso começou a ser utilizado com o organum
melismático que utilizava notas mais graves para sustentar uma melodia quase improvisada por cima. Essa técnica era utilizada por tradições dos leste europeu e de muitos outros lugares
Não era somente uma nota grave mas algumas que
serviam de chão, porém não chegavam a fazer exatamente melodias
O termo organum era utilizado para se referir a essa
música com uma nota grave sustentando. A partir do séc. XII começaram a surgir composições com notas que se movimentavam em um ritmo semelhante e depois diferentes porém o nome foi mantido com algumas diferenças com organum duplum ou purum
MOSTRAR EXEMPLO DE ORGANUM - PAG.102
MODOS RITMICOS:
Eram padrões de ritmos nos quais as composições
eram escritas
Existiam 6 padrões cada um era identi cado pelo
seu número. Os mais usados eram o I , V — II e III menos vezes
Teoricamente uma melodia no modo I deveria repetir
o mesmo padrão por toda a música, mas na prática faziam diversas mudanças e exibilizavam bastante esses ritmos para dar variação