O QUE É O CULTO RACIONAL?

ROTEIRO DAS CÉLULAS – Lição 73/2018

Texto Bíblico: Romanos 12:1-2

Costumamos entender o culto racional na perspectiva do culto que oferecemos a Deus quando nos
reunimos na igreja. Culto é muito mais que isso. O nosso culto racional não deve acontecer somente quando nos
reunimos no templo. Ele acontece no nosso dia a dia, no nosso trabalho, na escola, na família, na igreja, na
vizinhança, enfim, onde estivermos. O Senhor Jesus precisa de mim em todos os ambientes onde vivo. Não cultuo
a Deus se a minha vida não é um culto!
Quando nos reunimos no domingo isso não é um culto. É uma reunião de celebração e de louvor ao nosso
Deus por tudo o que Ele representa para nós. O meu culto e seus maiores e mais complexos desafios acontecem
quando a música não toca e quando me encontro a sós diante de Deus. O culto racional é a expressão cultual que
representa uma vida como um todo. Quando Paulo fala de culto racional, ele não está tratando de método ou de
formato, mas de se aproximar do Senhor, compreendendo o que são as misericórdias de Deus: base, chão e
fundamento do nosso culto racional. Culto racional é se aproximar de Deus consciente do que são as misericórdias
de Deus e o que elas fizeram em nós e por meio de nós.
O culto não é o espaço de recebermos o que queremos, mas onde colocamos Deus em Seu devido lugar.
O que são as misericórdias de Deus? Para entendermos isso, é necessário observarmos o que Paulo
escreve nos 11 primeiros capítulos de Romanos:
Caps. 1 a 3 – Deus criou um mundo perfeito, onde colocou tudo o que expressa Seus atributos, impressos
na realidade perceptível da criação. Na criação de Deus percebemos quem Ele é. Mesmo assim, trocamos a
adoração a Deus para adorarmos aos ídolos que criamos: trabalho, conta bancária, filhos, igreja, diplomas e
outros. Enfim, todos pecamos e fomos afastados da glória de Deus (Rom. 3:23).
Caps. 4 e 5 – Aqui é destacada a justificação pela fé. O preço foi pago por Jesus. Assim como Abraão, o pai
da fé, creu na promessa que viria, nós cremos na Promessa, no Messias, que já veio e morreu para que fôssemos
redimidos e justificados.
Cap. 6 – Fomos libertos do pecado e morremos para o pecado para que não pequemos mais e andemos
em novidade de vida.
Caps. 7 e 8 – A nossa natureza pecaminosa nos leva a fazermos o que não queremos (Rom. 7:19). Mas
graças a Deus por Jesus Cristo, o Único que tem o poder de nos libertar do pecado (Rom. 7:25) e nos livrar da
condenação: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rom 8:1). Além disso,
temos de Deus a garantia de que “... os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir
a ser revelada em nós.” (Rom. 8:18) e que “... Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom. 8:31).
Caps. 9 e 10 – O nosso Deus é o Oleiro que tem em Suas mãos vasos de barro e Suas misericórdias se
manifestam através das mãos do Oleiro (Rom. 9:23). Porém, para que sejamos plenamente alcançados por essas
misericórdias, é necessário que confessemos com nossos lábios o senhorio de Jesus (Rom. 10:9).
 Cap. 11 – Pelas Suas infinitas misericórdias, o Senhor é digno de todo o louvor e adoração: “Porque dele e
por meio dele e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém.” (Rom. 11:36).
Romanos 12:1-2 - Sendo assim, apresente-se a Deus e preste a Ele um culto racional.
Efésios 2:1 – Estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
O sacrifício no Antigo Testamento:
1) O cordeiro do Tabernáculo não tinha poder para quebrar o ciclo da morte.
2) O cordeiro do Tabernáculo não tinha poder para nos colocar santos diante de Deus definitivamente.
3) No AT, a lei e o Tabernáculo eram sombra do que viria no futuro (Hebreus 10:1).
O Cordeiro do Calvário é diferente do cordeiro do Tabernáculo. O Cordeiro do Calvário pode nos colocar
como aroma agradável diante de Deus.
A renovação da nossa mente (Rom. 12:2)
Em I Coríntios 2:16, Paulo diz que temos a mente de Cristo. Quem tem a mente de Cristo flui daquilo que
Ele é. Os ramos produzem frutos quando estão ligados à videira. Não é uma ação nossa, mas um fluir das águas
que saem do trono de Deus. Somos apenas o canal por essas águas fluem. Porém, mesmo tendo a mente de
Cristo, corremos o risco de tomarmos a forma das ideologias deste mundo. Um exemplo disso é quando passamos
a chamar mentira de verdade. Em Romanos 1:25 está escrito que os homens trocaram a verdade de Deus por
mentira.
Que peçamos a Deus: me ensina a fluir o que o Senhor é.