Você está na página 1de 9

Home  Vitaminas e minerais  Benefícios da Vitamina A

Vitamina A
A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel que está presente em muitos
alimentos. Podemos encontrá-la sob duas formas: a vitamina A pré-
formada ou retinol (de origem animal) e a pró-vitamina A ou carotenóides
(de origem vegetal)1-4.

O retinol é muitas vezes chamado de "verdadeira vitamina A" uma vez que
está numa forma praticamente pronta a ser utilizada pelo organismo2-4.

Os carotenóides são os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua


cor amarela ou laranja. O carotenóide mais abundante e mais conhecido é o
beta-caroteno. Este composto é um precursor da vitamina A e o organismo
precisa de o converter em retinol ou vitamina A para o poder utilizar2-4.

Tanto o retinol como o beta-caroteno são armazenados no fígado, sendo


mobilizados pelo organismo quando.
Funções no organismo
A vitamina A é essencial para a visão (especialmente em situações de baixa
luminosidade), fortalece o sistema imunitário (estimula a produção e
atividade dos glóbulos brancos) e regula o crescimento e divisão celulares5.

Os bastonetes, as células visuais recetoras de luz na retina do olho,


permitem-nos distinguir entre a luz e a escuridão. Estas células contêm um
pigmento sensível à luz chamado púrpura visual (rodopsina), que se trata
de um complexo de proteína opsina e vitamina A. Quando um bastonete é
exposto à luz, a púrpura visual desintegra-se, libertando cargas elétricas
para o cérebro. Estes estímulos são depois traduzidos numa imagem
composta, aquela que nós "vemos". Ao mesmo tempo, é formada nova
rodopsina nas células visuais a partir da opsina e da vitamina A. É esta a
razão pela qual a vitamina A é conhecida como retinol: contribui para o
normal funcionamento da retina1,5.

Para além da importância que a vitamina A tem na visão, esta também


contribui para a manutenção da pele, dentes, tecido ósseo e membranas
mucosas saudáveis1.

O beta-caroteno atua como antioxidante, ou seja, protege as células das


lesões causadas pelos radicais livres que contribuem para algumas
doenças crónicas e para o envelhecimento2,4,5.

Fontes de vitamina A
Podemos encontrar vitamina A no fígado e outras vísceras, ovos, alguns
tipos de peixe como o salmão, vegetais de folha verde e outros vegetais
verdes, laranja e amarelos como brócolos, cenouras e abóbora, frutas
incluindo meloa, alperce e manga, e laticínios1,2,5.

Alimento Conteúdo em vitamina Conteúdo em vitamina A –


A – Retinol (µg) Beta-Caroteno (µg)

Fígado 3150,9 µg/100 g  

Ovos 165,6 µg/100 g  

Cenoura   14220 µg/cenoura (média)

Abóbora   14112 µg / meia chávena

Espinafres   13140 µg / meia chávena


Fonte: Adaptado de Gerald F. Combs, Jr.The
Vitamins_Fundamental_aspects_in_nutrition_and_health. Third edition.
Elsevier AP.20086

Estabilidade
A vitamina A é termossensível e é degradada pela luz, oxigénio e meios
ácidos5.

Nos alimentos, a presença de matéria gorda não oxidada e vitamina E


desempenham um papel protetor para a vitamina A5.

O beta-caroteno é menos sensível e é parcialmente encontrado na água de


cozedura. Durante o processo de cozedura estima-se que as perdas de
vitamina A não excedam os 20%5.

Carência em vitamina A
A carência em vitamina A é rara nos países desenvolvidos mas comum
nalguns países em desenvolvimento e deve-se principalmente à falta de
aporte ou à fraca absorção desta vitamina. Ocorre essencialmente em
crianças com menos de 5 anos de idade devido a uma alimentação
inadequada. O sintoma mais comum em crianças pequenas e em grávidas é
uma patologia ocular denominada xeroftalmia. Esta doença caracteriza-se
pela incapacidade de ver com pouca luminosidade e pode conduzir a
cegueira se não for tratada. Nas crianças com xeroftalmia são comuns os
problemas associados, tais como crescimento subdesenvolvido, doenças
respiratórias, doenças parasitárias e infeciosas3,4,7.

A carência nesta vitamina pode também causar pele seca e descamativa,


perda de apetite, aumento do risco de infeções e atraso no crescimento3,4.

Para além disso, a carência em vitamina A interfere com o metabolismo do


ferro, levando à deficiência em ferro e por sua vez a anemia2.

Valor de Referência do Nutriente (VRN)2

  Idade Masculino Feminino


(mg/dia) (mg/dia)

Lactentes 0-6 meses* 0,4 0,4

  7-12 meses* 0,5 0,5

Crianças 1-3 anos 0,3 0,3

  4-8 anos 0,4 0.4


  9-13 anos 0,6 0,6

Adolescentes 14 anos ou 0,9 0,7


e adultos mais

Grávidas Até aos 18 - 0,75


anos

  19 anos ou - 0,77
mais

Mulheres a Até aos 18 - 1,2


amamentar anos

  19 anos ou - 1,3
mais

* IA: ingestão adequada: não existem estudos que permitam estabelecer o


VRN, mas estes valores garantem uma nutrição adequada.

Utilidade terapêutica
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a deficiência em vitamina
A é um problema de saúde pública que afeta milhões de crianças em idade
pré-escolar, nomeadamente nas regiões africanas e do sudeste asiático. Os
bebés e crianças nos primeiros anos de vida têm uma necessidade maior de
vitamina A, para compensar o crescimento rápido e para auxiliar no
combate às infeções. Por isso, a ingestão inadequada de vitamina A leva à
deficiência nesta vitamina que, em casos graves, pode conduzir a
alterações visuais ou pode aumentar o risco de doenças e de morte
provocada por infeções (como sarampo e infeções que provoquem
diarreia)8.

Assim, a OMS recomenda a suplementação com doses elevadas de


vitamina A em bebés e crianças entre os 6 e os 59 meses de idade, em
locais em que a deficiência em vitamina A é um problema de saúde pública.
Entre os 6 e os 11 meses de idade deve ser administrada uma dose oral de
100000 UI de vitamina A, já para crianças entre os 12 e os 59 meses a dose
recomendada é de 200000 UI a cada 4 a 6 meses8.

Os retinóides (derivados sintéticos da vitamina A) são muitas vezes


utilizados no tratamento de problemas de pele como a acne e psoríase,
uma vez que têm propriedades anti-inflamatórias e regulam a proliferação
e diferenciação das células epiteliais da pele bem como a produção de
sebo. A utilização de doses farmacológicas de retinóides (especialmente
isotretinoína) é contra-indicada em mulheres grávidas ou que queiram
engravidar, uma vez que causa malformações no feto. Este tipo de
medicação requer sempre a supervisão de um médico2,9.

Precauções
O consumo excessivo de vitamina A pode ser prejudicial, sendo que as
únicas fontes que poderão causar intoxicação são as animais (retinol).
Podem surgir sintomas como náuseas, tonturas, dores de cabeça, diarreia,
pele a descamar, visão desfocada, dismenorreia, astenia, etc. Níveis muito
elevados de vitamina A durante a gravidez podem causar defeitos
congénitos no feto por isso, mulheres que possam estar grávidas não
devem tomar suplementos com doses elevadas de vitamina A1-5.

Em doentes com insuficiência renal crónica a fazer diálise foram


observados níveis aumentados de retinol no plasma sanguíneo, pelo que
também não deve ser feita suplementação com esta vitamina nestes
casos5.

O consumo crónico de álcool causa a depleção das reservas de vitamina A


existentes no fígado e aumenta a probabilidade de toxicidade hepática
causada pela vitamina A pré-formada, o retinol. Assim, a suplementação
com vitamina A tem de ser realizada com precaução em doentes que
sofrem de alcoolismo2.

Para além disso, é preciso precaução na associação de alguns


medicamentos com suplementos de vitamina A, como é o caso dos
antibióticos pertencentes à classe das tetraciclinas, retinóides ou análogos
e anticoagulantes, uma vez que existe risco aumentado de ocorrência de
efeitos adversos2,9.

Doses elevadas de beta-caroteno, ou outras formas de pró-vitamina A


podem dar à pele uma cor amarela-alaranjada, o que é inofensivo. Contudo
os fumadores devem evitar suplementos à base de beta-caroteno uma vez
que alguns estudos demonstram que, no caso específico dos fumadores, a
suplementação com doses elevadas de beta-caroteno está associada a um
aumento do risco de cancro1,10.

Determinados medicamentos poderão diminuir os níveis de vitamina A


presentes no organismo. Fazem parte destes medicamentos os antiácidos,
barbitúricos, contracetivos orais, corticosteróides, laxantes e
medicamentos que interfiram com a absorção de lípidos, uma vez que a
vitamina A é uma vitamina lipossolúvel2,3,5,11.

A vitamina E protege a vitamina A da oxidação, deste modo um estado


adequado de vitamina E protege o estado de vitamina A no organismo. Por
sua vez, a vitamina A também protege a vitamina C contra a oxidação, por
isso, deficiência em vitamina A pode dar origem a perdas de vitamina C3.

A vitamina A não deve ser tomada com óleos minerais e é mais eficaz
quando associada com o complexo B, vitaminas D, E, cálcio, fósforo e
zinco3.
História5 

Bibliografia 

Vitaminas e Minerais

 
Benefícios da Vitamina B1 Benefícios da Vitamin
SAIBA MAIS  SAIBA MAIS 

Produtos

Suplementos Alimentares 

Descubra a gama de suplementos alimentares


Becozym® C Plus
Redoxon®+Zn
Becozym® C Plus é um suplemento
O ritmo de vida dos nossos dia
diário que contém uma combinação
stress, a falta de descanso ade
específica de vitaminas do complexo
a idade, e uma alimentação me
B, vitamina C, Cálcio, Magnésio e
equilibrada são alguns dos fato
Zinco
que podem afetar o nosso sist
imunitário

SABER MAIS SABER MAIS

MNSRM 

Vitaminas e minerais

Vitaminas Bayer

Perguntas Frequentes

Glossário
Copyright® 2021 Bayer. Todos os direitos reservados exceto quando indicado. Todas as marcas
registadas neste website são propriedade da BAYER, salvo indicação em contrário ou de qualquer outra
forma percetível como direitos de terceiros.

Condições Gerais Política de privacidade Editorial

Você também pode gostar