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A célula em 3D
A partir da década de 50 do século passado, a microscopia eletrónica (ME) revelou um mundo
intrincado dentro das células eucarióticas, espacialmente organizado em todas as escalas de
comprimento, desde montagens moleculares nanométricas até estruturas celulares como os
microtúbulos, constituídos por proteínas. Mesmo em diferentes regiões da célula, existem
diferenças notáveis na estrutura dos componentes individuais, como a organização da
cromatina nuclear ou a morfologia do retículo endoplasmático, este último altamente
compacto na região próxima do núcleo, mas mais disperso na região mais afastada do núcleo.
Recentemente, ao combinar a ME com a mais recente microscopia de super-resolução (SR),
cientistas do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade da Califórnia, em Berkeley,
nos Estados Unidos, obtiveram imagens extremamente detalhadas das complexas estruturas
das células, todas em 3D. A modalidade SR destaca características que não são
imediatamente visíveis a partir dos dados ME e, entre outras vantagens, permite a
classificação única de vesículas com morfologia semelhante, como os lisossomas, os
peroxissomas e as vesículas derivadas de mitocôndrias. A combinação destas duas técnicas,
designada pelos investigadores como cryo-SR/EM permite obter imagens com boa resolução
em altura, largura e profundidade, possibilitando diferenciar estruturas muito próximas, antes
indistinguíveis, como o rearranjo do DNA no núcleo à medida que uma célula estaminal se
diferencia e origina um neurónio, por exemplo.
Adaptado de https://science.sciencemag.org/content/367/6475/eaaz5357
(consultado em 08/03/2021)
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