Estrutura da Matéria
A molécula é a menor porção em que um material pode ser dividido sem que
venha sofrer alterações em suas propriedades. Da divisão de uma molécula ,
chega-se ao átomo. O átomo, porém, não conserva as propriedades do material
original. Exemplo: molécula da água.
A estabilidade da maioria dos átomos é obtida quando a sua última órbita contém
oito elétrons. Na natureza apenas os gases nobres possuem essa característica,
tais como o argônio e o criptônio.
A maioria dos átomos não atinge a estabilidade sozinha, pois a órbita de valência
apresenta menos de oito elétrons.
Essa união pode ser dar através de duas maneiras diferentes: a eletrovalência e a
covalência.
Eletrovalência
Existe eletrovalência quando um dos átomos de uma molécula doa,
definitivamente, elétrons aos átomos vizinho, que o recebe definitivamente,
visando à estabilidade. Isto pode ser observado na ligação eletrovalente entre os
átomos de sódio ( ) e de cloro ( ), formando a molécula de (cloreto de
sódio).
Covalência
Como a estabilidade é atingida com oito elétrons na última órbita, cada átomo
desses materiais faz quatro ligações covalentes com quatro átomos vizinhos,
tornando-se estáveis e dando origem à seguinte estrutura cristalina.
A lacuna comporta-se como uma carga positiva, pois pode se mover de um lado a outro
do cristal, sempre no sentido contrário ao movimento do elétron
Como conclusão pode-se afirmar que o material semicondutor possui dois tipos de
correntes ou portadores de cargas. As lacunas são os portadores positivos e os
elétrons são os portadores negativos.
Assim, de um modo artificial, consegue-se gerar lacunas sem gerar elétrons livres.
Esse semicondutor, que se apresenta com excesso de lacunas ou com falta de
elétrons é denominado de tipo P.
No entanto, há uma sobra de um elétron livre do átomo pentavalente, pois ele não
faz ligação covalente com nenhum elétron dos átomos de silício.
Assim, de um modo artificial, consegue-se gerar elétrons livres sem gerar lacunas.
Esse semicondutor, que se apresenta com excesso de elétrons ou com falta de
lacunas é denominado de tipo N.
Bandas de Energia
A mecânica quântica estuda de forma profunda esta relação entre os raios das
órbitas possíveis, os níveis de energia correspondentes e o número máximo de
elétrons permitido em cada órbita.
Esta órbita mais externa recebe, por isso, o nome de órbita de valência ou banda
de valência.
Os elétrons da banda de valência são os que têm mais facilidade de sair do átomo.
Em primeiro lugar, porque eles têm uma energia maior e, em segundo lugar,
porque, por estar a uma distância maior em relação ao núcleo do átomo, a força
de atração eletrostática é menor.
Com isso, uma pequena quantidade de energia recebida faz com que eles se
tornem elétrons livres, formando assim, uma banda de condução, sendo capazes
de se movimentar pelo material. São estes elétrons livres que, sob a ação de um
campo elétrico, formam a corrente elétrica.
Da mesma forma, caso a banda de valência não possua o número máximo de
elétrons permitido, é ela a responsável pelas ligações covalentes com outros
átomos de forma a tornar a ligação atômica estável.
No primeiro caso, um elétron, para se livrar do átomo, tem que dar um salto de
energia muito grande. Desta forma, pouquíssimos elétrons têm energia suficiente
para sair da banda de valência e atingir a banda de condução, fazendo com que a
corrente elétrica neste material seja sempre muito pequena. Essa é uma
característica dos materiais isolantes.
Seja um elétron que se libertou do átomo por ter recebido energia suficiente,
tornando-se livre. O átomo fica, então, com uma ligação incompleta e, como ele
perdeu um elétron, está ionizado positivamente.
Este movimento dos íons positivos pode ser entendido como um movimento de
partículas positivas chamadas de lacunas.
Num material condutor submetido a um potencial elétrico, pelo fato de ele possuir
muitos elétrons livres, o movimento das lacunas é desprezível.
Porém, nos materiais semicondutores intrínsecos, como para cada elétron livre
gerado tem-se uma lacuna correspondente, o movimento destas não pode ser
desconsiderado e, portanto, quando um semicondutor é submetido a um potencial
elétrico, tanto a condução dos elétrons num sentido quanto a das lacunas no
sentido contrário são importantes.
Materiais Extrínsecos
Material Tipo N
Note que as quatro ligações covalentes ainda estão presentes, entretanto existe
um quinto elétron adicional devido ao átomo de impureza, que está desassociado
com qualquer ligação covalente particular.
Este elétron restante, fracamente ligado a seu átomo de origem (antimônio), está
relativamente livre para mover-se dentro do material tipo N recentemente
formado.
Sendo assim, as impurezas dispersas com três elétrons de valência são chamadas
átomos aceitadores.
Para o material tipo P, o número de lacunas excede o número de elétrons. Por isso
pode-se dizer que:
Diodo Semicondutor
O diodo semicondutor é constituído basicamente por uma junção PN, ou seja, pela
união física de um material tipo P (cujos portadores majoritários são as lacunas)
com um tipo N (cujos portadores majoritários são os elétrons).
Assim, a partir de certo momento, este fluxo de elétrons cessa e esta região
ionizada (camada de depleção) fica com ausência de elétrons e lacunas, que são
os responsáveis pela corrente elétrica.
Cada lado do diodo semicondutor recebe um nome: o lado P chama-se anodo (A) e
o lado N chama-se catodo (K).
Na análise apresentada não se levou em consideração a quantidade de impurezas
que cada material recebeu. Normalmente, é acrescentado cerca de um átomo de
impureza para cada cem mil átomos de semicondutor. Essa quantidade pode
variar de dispositivo para outro e, num mesmo dispositivo, o lado N pode ter uma
concentração de impurezas diferente em relação ao lado P.
Polarização da Junção PN
Polarização Direta
Polarização Reversa
Este fato fez com que este dispositivo pudesse substituir a antiga válvula diodo,
com a vantagem de dissipar menos potência e ter dimensões muito menores.
Princípio de Funcionamento
Princípio de Funcionamento
Obs.: Nos manuais dos fabricantes,
Este gráfico sinaliza que para tensões negativas (polarização reversa) a corrente é
praticamente nula, caracterizando uma resistência elétrica muito alta, sendo esta
Esta curva também mostra que, como todo dispositivo elétrico e eletrônico, o
diodo semicondutor tem determinadas características e limitações que se
constituem nas especificações fornecidas pelos fabricantes e constantes das
folhas de informações dos componentes (datasheet).
Na polarização direta, existe uma corrente máxima que o diodo pode conduzir (
reversa ( ).
Reta de Carga
aberto ( )].
em curto ( )].
Modelos de Diodos
Sempre que os valores de tensão presentes no circuito forem muito maiores que
pode-se considerar o diodo como um elemento ideal.
Porém, quando o valor de não for desprezível, é necessária a utilização de um
modelo para o diodo, ou seja, a sua substituição por um circuito equivalente para
que os cálculos relativos àquele circuito possam ser realizados com maior
precisão.
Existem basicamente três modelos para o diodo, que devem ser utilizados de
acordo com as características do circuito e da precisão desejada para os cálculos:
Circuitos Retificadores
Onda Senoidal
A onda senoidal é o mais básico dos sinais elétricos. Ela é usada freqüentemente,
por exemplo, para testar circuitos eletrônicos. Além disso, sinais complicados
podem ser reduzidos a uma superposição de várias ondas senoidais. A idéia é a de
rever, de uma forma sucinta, os valores de uma senóide necessários para a
abordagem de circuitos contendo diodos.
Valor de Pico
Valor de Pico
onde:
A tensão aumenta de zero até um máximo positivo de 90. Diminui para zero em
180, atinge um máximo negativo em 270 e volta a zero em 360.
É possível elaborar uma tabela que apresente alguns valores instantâneos que é
importante conhecer. Devido à simetria de uma onda senoidal, pode-se calcular,
facilmente, os valores em 120, 150, 180, 210, etc.
é o valor de pico de uma onda seno, ou seja, o valor máximo que ela atinge.
A senóide tem um pico positivo em 90 e um pico negativo em 270.
Valor de Pico a Pico
O valor pico a pico de qualquer sinal é a diferença entre o seu máximo e se mínimo
algébrico:
Em outras palavras, o valor de pico a pico de uma onda senoidal é o dobro do valor
de pico. Dada uma senóide com um valor de pico de 18 V, o valor pico a pico será
de 36 V.
O valor rms (raiz média quadrada, ou do inglês root mean square) de uma onda
senoidal, também chamado valor eficaz ou valor de aquecimento, é definido como
a tensão CC que produz a mesma quantidade de calor que a onda senoidal. O valor
eficaz é definido como sendo:
Tensão da Linha