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Resumo de Filosofia

10 ANO 2T 1P

2. Analisa a importância da argumentação fundamentada.


As teorias dos filósofos são justificadas por argumentos logicamente
estruturados e devidamente fundamentados.
Argumentar é apresentar boas razões para sustentar os nossos
pontos de vista. É uma necessidade humana quando comunicamos
as nossas opiniões. Devemos expor com eficácia os nossos
argumentos e ouvir os argumentos dos outros. Argumentar é
fornecer razões para provocar a adesão das pessoas. Argumentar é
pensar, é raciocinar. É defender uma conclusão ou tese com base
numa ou várias premissas. Existem argumentos dedutivos e não
dedutivos.
3. Interpreta e explica a estrutura de um texto argumentativo.
No início o filósofo apresenta o problema, formulando teses ou
teorias (as respostas aos tais problemas), que devem ser defendidas
ou discutidas com base em boas razões, argumentos (complexos
formados por uma ou várias proposições/premissas a partir das quais
se infere uma única conclusão/proposições) que podem ser
dedutivos ou não dedutivos. A relação entre estas é de justificação,
de sustentação, conseguida ou não (assinalada por expressões como
“logo”; ”portanto”; ”por conseguinte”; etc.). Em que as premissas
devem apoiar a conclusão e fornecer os fundamentos para que a
conclusão ou tese seja aceite.
Chamamos de proposição (juízo) ao conteúdo verdadeiro ou falso
expresso por uma frase declarativa. Esta, é necessariamente
portadora de valor de verdade ou valor lógico (pode ser verdadeiro
ou falso). A verdade e a falsidade são propriedades que se podem
dar apenas ás proposições e nunca aos argumentos.
Exemplos de frases que são proposições:
Há baleias.
As baleias são animais selvagens.
Se as baleias estão em perigo, a caça à baleia deve parar.

Que não são proposições:


Será moralmente aceitável caçar baleias?
Não defendas a caça à baleia!
Espero que se proíba a caça à baleia.

Duas ou mais frases podem exprimir a mesma proposição


As baleias e golfinhos são mamíferos adaptados ao meio aquático.
As baleias e os golfinhos são cetáceos.
Os textos argumentativos ainda podem apresentar na sua
constituição:
• Contra-argumentos: As razões que podem ser apontadas para
desmentirem as afirmações apresentadas.
• Refutação: As razões que podem ser indicadas para mostrar
que os contra-argumentos são inconscientes para negarem as
teses.
4. Compreende o discurso filosófico como argumentativo
A filosofia parte de questões e forma-se como discurso, discussão,
debate, controvérsia. As teorias dos filósofos são justificadas por
argumentos logicamente estruturados e devidamente
fundamentados.
A atividade discursiva assenta em argumentos e faz-se através de
juízos que se interligam formando raciocínios que se exprimem
através da linguagem. Apresenta uma racional sequência de ideias
que se interligam com sentido. Exige um trabalho de análise e
interpretação. Defende ideias expostas de forma clara e sem
ambiguidades. Estabelece confrontos de razões de compreensão
crítica e criativa. Discute-se ideias com argumentos rigorosos e
fundamentados. Logo, o discurso filosófico é argumentativo.
5. Elabora um texto argumentativo. (folha á parte)
6. Argumenta acerca da necessidade e importância da filosofia.
(dar uma vista de olhos no resumo passado)

A Filosofia é importante porque:


• Amplia a nossa compreensão do mundo;
• Ajuda a exercer o pensamento crítico
• Ajuda a desenvolver competências comunicativas e
argumentativas
• expande os horizontes intelectuais e a liberdade de
pensamento e de ação;
• É um desafio e um enriquecimento do nosso horizonte e
conhecimento
• Alimenta o sentimento de admiração pelo que nos rodeia
• Ajuda-nos a proceder de forma sábia e racional
• Orienta-nos na vida favorecendo uma atuação mais justa na
sociedade
• Ajuda-nos a libertar das nossas crenças e preconceitos e a
pensar por nós próprios
• Liberta-nos da tirania do hábito e do dogmatismo arrogante
• Motiva-nos para construir um mundo melhor
7. e 8. Compreende a necessidade do estudo da lógica e o seu
objeto de estudo.
A lógica formal é o estudo sistemático das formas válidas e inválidas
dos argumentos dedutivos, encadeando raciocínios lógicos que
permitem suportar a nossa tese, que está diretamente relacionada
com a força e a validade dos argumentos usados.
Trata-se de analisar a forma ou estrutura do argumento e não o seu
conteúdo, ou seja, o argumento é o objeto de estudo da lógica. O
problema do lógico é saber quando é que a conclusão é uma
consequência lógica das premissas. O objeto é o pensamento
estruturado que permite que pensemos corretamente.
Dizemos que um argumento é válido quando é logicamente
impossível as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Isto
significa que os argumentos ou inferências válidas preservam a
verdade. A conclusão não pode ser falsa, se todas as premissas
forem verdadeiras. Só os argumentos dedutivos são válidos ou
inválidos.
É importante o estudo da lógica pois no quotidiano todos nós
argumentamos e todos estamos familiarizados com argumentos
apresentados pelas pessoas na televisão, à mesa do jantar, no
autocarro, etc. E muitas vezes estes são frequentemente bastante
mais confusos e desordenados, as conclusões vêm antes das
premissas, e, muitas vezes, identificar que frases correspondem às
premissas e que frase corresponde à conclusão pode exigir um pouco
de pensamento mais cuidadoso. Por isso é muito importante saber
como é que um argumento é bem estruturado para ter lógica, assim
iremos formar bons argumentos, e o que mencionei previamente
não irá acontecer.
9. Relaciona conceitos, proposições e argumentos no processo de
construção do pensamento e do discurso.
Um conceito é uma representação mental, abstrata e geral da
essência de um conjunto de seres ou classe de objetos. É uma
síntese cognitiva, construção mental, resultado de operações
intelectuais.
Com os conceitos formamos proposições.
Ex: Os sapos são verdes. (conceito)
O marcelino é um sapo. (proposição- premissa)
Logo o marcelino é verde. (proposição- conclusão)
Proposições são cada uma das premissas e a conclusão. Embora nem
todas as frases são proposições (ver objetivo 3)
Relacionando proposições formamos raciocínios, ou seja,
elaboramos inferências, ou seja, argumentos.
Relembrando, argumentos é um ato de inteligência ou operação
mental mediante a qual, com base em certas regras lógicas se passa
de conhecimentos adquiridos a conhecimentos lógicos.
Encadeando proposições permite-se estabelecer relações e
conclusões, ou seja, argumentamos e elaboramos discursos.
10. Analisa a estrutura de um argumento: premissas e conclusão.
Objetivo 3
11. & 12. Distingue validade e verdade e solidez dos argumentos
dedutivos. Caracteriza e avalia a solidez dos argumentos:
dedutivos.
Para um argumento ser válido a conclusão tem de ser
obrigatoriamente consequência lógica das premissas, todas
verdadeiras ou todas falsas, caso as premissas sejam verdadeiras e
a conclusão falsa, o argumento é inválido. A este tipo de
argumentos chamamos argumentos dedutivos.
Exemplo:
O céu é azul.
A relva é verde.
Logo, a neve é branca.
As premissas e a conclusão são verdadeiras, mas o raciocínio é
inválido.
Para provar que um argumento é inválido recorremos ao método
dos contraexemplos. Em que imaginamos um mundo possível em
que as premissas possam ser verdadeiras e a conclusão falsa.

Todos os peixes são verdes


O João é um peixe
Logo, o João é verde.
Válido mas as premissas e a conclusão são falsas. Raciocínio não
sólido.

Para um argumento ser sólido é necessário ser válido com premissas


e conclusão verdadeiras. Todos os argumentos sólidos são válidos,
mas nem todos os raciocínios válidos são sólidos.
Um bom argumento para além de ser válido também é sólido.
13. Distingue argumentos dedutivos de não dedutivos.
A lógica informal avalia argumentos não dedutivos.
Esta, é um conjunto de argumentos típicos dos contextos de debate
de ideias (linguagem quotidiana, política, …), ou seja, instrumentos
de investigação, negociação ou ferramentas de persuasão. Identifica
falácias informais, que são erros do raciocínio que não resultam da
forma do argumento, mas de outros aspetos.
Num bom argumento não dedutivo, a verdade das premissas torna a
conclusão apenas provável. É possível, mesmo que improvável, as
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. Por isso estes
podem ser fortes ou fracos. São fortes se o vínculo que une as
premissas e a conclusão tenha um forte grau de probabilidade. A
força deles depende do conteúdo. Argumentos dedutivos: objetivo 3;
11 & 12;
14. Explica o conceito de falácia informal.
Falácias informais são erros do raciocínio, intencionais ou não,
associados ao conteúdo das proposições do argumento.
Um argumento pode ser válido e ainda assim incluir uma falácia
informal.
15. Compreende a distinção, ao nível dos argumentos indutivos,
entre generalização e previsão.
(ver PWP do trabalho- e-mail)

Inferências indutivas são argumentos que partem de um nº finito de


casos observados para uma conclusão geral (indução por
generalização) ou por uma conclusão ulterior (indução por previsão).
A conclusão de uma inferência indutiva vai além do que nos é dado
nas premissas e não podemos garantir a sua verdade.
Por generalização- tem como ponto de partida um conjunto de casos
particulares (exemplos) para deles retirar uma conclusão geral.
Por previsão- tem como ponte de partida um conjunto finito de
casos, concluindo que o futuro repetirá o passado.
16. Avalia generalizações e previsões.
Para que as nossas generalizações e previsões sejam fortes a amostra
deve ser representativa e diversificada e não devem ser omitidos
contraexemplos conhecidos. Ou seja, para serem fortes, o nº de
exemplos não pode ser reduzido. Caso contrário o nosso argumento
é fraco ou falacioso.
Um exemplo do erro de raciocínio associado à indução por
generalização é a falácia precipitada ou apressada.

Exemplo da falácia por generalização precipitada:


Os corvos observados são pretos.
Logo, todos os corvos observados são pretos.
A conclusão deste argumento é refutável (já se observou existência
de corvos brancos).
Os contra-argumentos são muito importantes pois permitem-nos
mostrar a falsidade de uma conclusão recorrendo a uma única
exceção. Para corrigir esta falácia abandona-se ou altera-se a sua
conclusão para alguns ou muitos.
Na indução por previsão é semelhante.
Quando os exemplos de que partimos não são representativos da
diversidade do universo a que nos referimos. Falácia da amostra
representativa
Exemplos desta falácia podem ser estereótipos veiculados sobre
alguns povos.
• Algumas pessoas de etnia cigana são beneficiárias do
Rendimento Social de Inserção.
• Logo, todas as pessoas de etnia cigana são beneficiárias do RSI.
O facto de uma parte de um grupo social partilhar a mesma
característica não implica que todos os membros desse grupo social
tenham essa mesma característica.

17. Compreende em que consistem os argumentos por analogia.


Trata-se de argumentos baseados numa comparação entre duas ou
mais coisas supostamente semelhantes. Assentam no princípio de
que, se duas realidades são semelhantes em alguns aspetos
conhecidos, sê-lo-ão nos outros. Estão na base de utilização de
cobaias não humanas em experiências científicas ou, muitas vezes,
supostos na reivindicação de direitos para outras espécies.
18. Avalia argumentos por analogia.
Dizemos que um argumento por analogia é forte quando é
improvável que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Para que o raciocínio possa ser fidedigno e a conclusão plausível, as
situações comparadas devem ser semelhantes.
• Os aviões são como as aves, no que respeita ao facto de
percorrerem longas distâncias e possuírem um par de asas que
lhes permite a sustentação e a deslocação no ar.
• As aves põem ovos.
• Logo, os aviões põem ovos.
Fraco. Foram ignoradas diferenças revelantes entre aviões e aves, o
facto de o 1º ser uma máquina e o 2º um animal. Também o facto de
percorrer longas distâncias e ter asas são semelhanças irrelevantes
para a conclusão.
A é como B em x e y.
B inclui z.
Logo, A também incluirá z.
19. Compreende em que consistem os argumentos de autoridade.
Recorremos a um argumento de autoridade quando suportamos
uma conclusão em que as premissas que invocam alguém ou algo
que é considerado uma autoridade ou uma fonte fiável sobre a
matéria que estamos a apresentar ou a discutir.
Para que os nossos argumentos de autoridade sejam fortes, as
fontes devem ser corretamente citadas, qualificadas para o assunto
em questão e imparciais, também não existir entre os vários
especialistas desacordos significativos são critérios fundamentais.
20. Avalia argumentos de autoridade.
Quando os critérios acima não são observados, estamos perante
uma falácia de apelo á autoridade.
Um dos erros de raciocínio mais comuns é pensar que se alguém é
especialista numa dada área, então sê-lo-á também em qualquer
outra. A publicidade e a propaganda usam deliberadamente este tipo
de falácia.
X (uma pessoa ou uma organização que tem obrigação de saber) diz
A.
Logo, A é verdade.
21. Outros tipos de falácias.
Algumas falácias informais são usadas propositadamente para
persuadir ou enganar. Outras são erros de raciocínio facilmente
cometidos sem dar conta. Exemplos de algumas mais comuns:
♦ Falácia da petição de princípio
A. Logo, A.
Falácia que envolve pressupor nas premissas o que se afirma provar
na conclusão, isto é, toma-se por garantido aquilo que está em
causa. Exemplo:
Tirar a vida a alguém é errado.
Logo, matar é imoral.
Para aceitarmos as premissas teremos de aceitar previamente a sua
conclusão. Outro exemplo:
Acredita que o que te estou a dizer é verdade.
Como posso estar certa disso?
Porque eu nunca minto.
A conclusão (o que digo é verdade) é reafirmada na premissa de uma
forma ligeiramente diferente (eu nunca minto). Para sabermos que o
que a pessoa está a dizer é verdade precisamos de acreditar que ela
nunca mente.
♦ Falácia do falso dilema.
A ou B. Não é A. Logo, B.
Apresenta-se uma simplificação enganadora das alternativas e se
reduzindo a apenas duas, ignorando outras possibilidades.
Os falsos dilemas surgem, por vezes, camuflados de perguntas
retóricas.
♦ Falácia da falsa relação causal.
B aconteceu depois de A. Logo A é a causa de B.
Convicção de que se dois eventos ocorreram um a seguir ao outro,
então estão necessariamente ligados através de uma relação causal.
Esta falácia é típica das superstições, e da publicidade.
♦ Falácia de ataque à pessoa (ad hominem)
X afirma A. X tem uma dada característica. Logo, A é falso.
Ataca uma pessoa que usa um argumento, em vez de refutar o
próprio argumento. Assume diversas formas: insulto direto ao
carácter da pessoa (ad hominem abusivo), referência ou insinuações
relativas às suas circunstâncias (ad hominem circunstâncias) ou
acusações de hipocrisia (tu quoque). Existe uma clara fuga ao
assunto em discussão.
♦ Falácia do apelo ao povo (ad populum)
A maioria afirma A. Logo, A é verdadeiro.
Pretende-se justificar uma ideia alegando que esta reúne a
aprovação de todas ou de um nº alargado de pessoas. Visa explorar
emoções, desejos e preconceitos do auditório, apelando ao desejo
de presença. Encontra-se frequentemente no discurso publicotário e
político.
♦ Falácia do apelo à ignorância
Não foi provado que A é verdadeiro. Logo, A é falso.
Vice-versa
Infere que uma afirmação é verdadeira ou falsa porque ainda não foi
possível provar a tese contrária. A ausência de evidências ou indícios
conclusivos não prova nada.
♦ Falácia do espantalho (boneco de palha).
X afirma que A é verdadeiro.
Y transforma A em B e refuta B.
Tática mais repetida na comunicação e debate quotidiano,
nomeadamente em política. Começa por deturpar ou caricaturar o
sentido das teses adversárias, reconstruindo-as numa perspetiva
mais fraca e dificilmente sustentável. O objetivo é refutá-las mais
facilmente. Exemplo:
• Devias dedicar mais tempo ao estudo.
• Queres que deixe de praticar desporto, de sair com os meus
amigos, de me divertir e de me ocupar com as coisas que me
dão prazer?! Pois, mas isso não é saudável, as pessoas, para
serem felizes, precisam de algo mais para além da escola.
Ninguém lhe propôs uma vida de retiro inteiramente abnegada à
escola, apenas que dedicasses um pouco mais do tempo dele ao
estudo.
♦ Falácia da derrapagem (bola de neve)
Se A, então X. Se X, então Y. Se Y, então Z (consequência
inaceitável). Logo, se A, então Z.
Pretende persuadir o auditório que, caso algo aconteça ou seja
consentido, seguir-se-ão consequências inaceitáveis. Ou, se dermos
um passo numa direção ser-nos-á difícil, ou mesmo impossível, evitar
os passos seguintes e esses conduzir-nos-ão a um desfecho
intolerável. Derrapagem é uma metáfora.

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