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Design da Capa:
Revisão:
1ª Edição
Brasil, 2020
Plágio é crime!
Gemo e gemo, ele deposita beijos por todo meu corpo até
pousar seus lábios quentes em meu triângulo. Ele passa a
língua em volta do meu clitóris, aquilo me deixa louca, arqueio o
meu corpo e abro as pernas, ele explora minha vagina até que
fique completamente lubrificada. Então ele introduz seu pênis
potente que desliza com facilidade; ele começa os movimentos
de vai e vem com potência. O barulho do sexo ecoa pelo quarto,
seus movimentos aceleram à medida que me penetra com vigor.
Esse é o único momento que vejo o frio homem de negócios
uivando e gemendo alto, completamente entregue, às vezes
penso que ele me culpa por deixá-lo assim, muitas vezes depois
do sexo ele me bate, simplesmente porque eu o deixei fraco.
Ele enfia seu pau com muita força dentro de mim, eu o
sigo com movimentos, grito estrangulado pelo prazer. Não
consigo controlar, eu o amo tanto, esse é o único momento que
sonho que nosso casamento é normal.
Ele fala isso com ódio. Meu coração dá um pulo – Ele vai
me bater novamente, Meu Deus! Eu sei que vai – penso em
desespero.
Vou viver esse momento, eu sou dele e nada nos fará ficar
separados.
Acordei em um sobressalto, olho para o lado da cama
onde Sebastian dorme e vejo que está vazia, ele já havia
levantado. Me ergo apresada, preciso verificar a mesa do café da
manhã. Os empregados já sabiam como ele gostava, porém eu
sempre verifico para me certificar que não há absolutamente
nada fora do lugar. Caso qualquer coisa esteja errada, quem
paga sou eu. Corro para o banheiro, entro afobada e me deparo
com ele fazendo a barba, nosso olhos se encontram através do
espelho. Tento demontrar tranquilidade e o cumprimento.
— Bom dia!
— Vem aqui!
— Por quê?
— Não deveria nem fazer essa pergunta – ele me olhou
com um olhar ameaçador que me fez arrepiar, resolvi mudar de
assunto.
— Sairei hoje, vou almoçar com a Kerry.
— Senhor?
— Ela já chegou?
— Sim senhor, está na sala da Dra. Kerry.
— Manda a foto dela para mim.
— Sim senhor!
— Senhor?
— Que horas é a minha reunião?
— Às 11 horas, senhor.
— Traga-me a pauta.
— Sim, senhor!
Assim começa o meu dia
— Está tudo certo, não há fratura, mas não deixe de tomar
o anti-inflamatório.
— Tudo bem!
— Agora passa essa pomada nesse corte dos lábios, não
vai deixar que fique roxo.
— Obrigada!
— Vamos comer?
— Sim.
— Vamos Brenda.
— Sim – nos sentamos em uma mesa para dois, o
restaurante estava cheio, as pessoas conversavam alegremente.
— Brenda, levanta a cabeça, ele não está aqui.
— Eu sei, mas o Conrado está, ele é os olhos de
Sebastian.
— Brenda, eu fico muito triste em ver você assim, aquela
menina cheia de sonhos, que saiu da faculdade com planos de
se tornar uma pintora famosa, agora está assim, parece um
bichinho assustado. Ele está acabando com sua juventude.
Olho para meu prato, meus olhos ardem com o que Kerry
fala, mas não posso fazer nada. Ele me odeia, eu não sei por
que, mas ele me odeia.
Engulho em seco, ele olha para mim com seu olhar frio e
eu baixo a minha cabeça, não consigo encará-lo. Ele sai do
quarto sem me dar atenção, eu fico sentada já com meus lábios
trêmulos. Não entendo por que ele me odeia tanto, eu nunca fiz
nada para ele me tratar assim, quando nos conhecemos ele
parecia ser um pessoa tão diferente, sempre foi sério, mas me
tratava bem, porém depois do casamento ele mudou tanto que
eu fique assustada, lembro o primeiro dia que ele me bateu.
Passado
— Oh! Desculpa!
— Vem aqui.
Meu coração quase saiu pela boca, o que estava errado
meu Deus?! O segui com as pernas bambas, ele sentou em sua
poltrona favorita e eu fiquei em
pé torcendo as mãos.
— Senta!
Sentei rapidamente.
— Sebastian...
— Quieta!
Parei imediatamente de falar e baixei a minha cabeça.
— É permitido você encarar as pessoas, Brenda?
— Não – digo com um fio de voz.
— O que? Não escutei.
— Não – falei mais alto.
— E por que o fez?
— A nós.
Escuto sua voz, levanto minha cabeça e o olho, seus
olhos estão repousados em mim, um ar de luxúria, ele está com
a taça estendida, eu pego a minha e estendo para um brinde e
em um fio de voz digo:
— A nós.
Ele leva a taça aos lábios sem desviar seus olhos negros
de mim, ele me olha pela borda da taça, bebendo aquele líquido
como se estivesse bebendo meu sangue. Eu também levo a taça
aos lábios e apenas beberico o vinho, não consigo ingerir nada
naquele momento, é capaz de eu vomitar.
— Esse!
Ele estende para mim que a pego com mãos trêmulas. Ele
senta em uma cadeira que fica no closet, seu olhar cheio de
malícia me olha como se fosse me devorar. Eu começo a me
despir, a lingerie tem duas peças, uma calcinha minúscula fio
dental e um corpete curto com laços na frente, eu ainda não
havia vestido aquela. Ao terminar de me trocar, olho para ele,
agora vem a outra parte do ritual. Ele levanta e abre um outro
compartimento que também só é aberto na noite do RED, nessa
local repousados em veludo negro, estão inúmeros colares,
todos de Rubi, as pedras vermelhas reluzem todo seu brilho.
Novamente ele passa a mão sobre os colares, acariciando-os e
escolhe um. Um colar todo de Rubi com pequenos diamantes em
volta de cada pedra. Ele me faz sentar à penteadeira e se
posicionando atrás de mim, coloca o colar. Ele fica olhando para
mim através do espelho e se curva, seus lábios repousam em
minha pele, ele passa seus lábios em meu pescoço até chegar
no meu ouvido e com uma voz rouca e baixa diz:
No dia seguinte:
Estava em casa, aquela manhã não fui para o Central
Park, fiquei organizando o quarto, coincidentemente ou não, meu
chefe me deu folga para hoje à noite no café, achei estranho já
que ele nunca fez isso e eu não havia pedido. Pensei que seria
oportuno para o encontro à noite, como sei que não vai haver
encontro, decidi então ficar em casa o dia inteiro. Minha amiga
havia saído, ela começou a trabalhar em uma casa de moda,
estou torcendo que ela cresça e logo consiga seu lugar ao sol.
O dia transcorreu tranquilo, mas fiquei pensando sobre o
encontro à noite, estava com um frio na barriga, sei que não vou,
mas eu sinto algo estranho. Por volta de sete da noite minha
amiga chegou, eu estava assistindo TV só de pijama.
— Como foi o trabalho?
— Excitante, adoro o mundo da moda.
— Que bom.
— Tá de bad?
— Não, hoje foi um dia meio boring.
— Vou tomar um banho.
— Tá bom.
Os minutos foram passando, minha amiga saiu para
comprar comida chinesa. Quando o relógio bateu oito, fiquei
apreensiva, com um frio na barriga. Nesse exato momento a
campainha tocou, levei um susto, me levantei e fui pé ante pé e
olhei no olho mágico, fiquei perplexa, era ele. Olhei para a minha
aparência, eu estava horrível, de pijama e cabelos bagunçado.
Dei um jeito rapidamente no cabelo e resolvi abrir a porta.
Quando o vi na minha frente, quase caí de tão mole ficaram
minhas pernas, ele estava lindo, todo de preto, alto, moreno,
cabelos perfeitamente arrumados, Meu Deus! que homem!
— Vejo que não está pronta.
— Eu-eu pensei que não viria, eu não havia lhe dado o
endereço...
Parei de falar, ele me olhava sério, com seu olhar
penetrante.
— Você tem 10 minutos, vou te esperar no carro lá em
baixo.
Ele não me deu a oportunidade de falar absolutamente
nada, virou as costas e desceu. Eu fiquei alguns segundos
chocada, porém decidi me arrumar, corri, abri o closet, não tinha
nada para vestir que chegasse à altura dele, nesse momento a
minha amiga chega, ela vai logo falando;
— Alguém ganhou na loteria por aqui? Tem uma Ferrari
preta parada lá embaixo
— Ferrari?
— Sim, você sabe de quem é?
Corro para a janela e olho, o carro reluzia à luz do luar.
Fiquei apreensiva, ele disse que trabalhava em um banco, será
que ganhava tão bem assim para ter uma Ferrari? Virei para a
minha amiga, ela já havia sacado.
— Você tem um encontro com o cara da Ferrari?
— Sim.
— Sua vaca, não me falou nada, tá saindo com um
milionário.
— Não sei se ele é milionário, o carro pode não ser dele.
— Não importa, o que você está fazendo com esse
pijama? Vamos logo trocar de roupa.
— Eu não tenho nada apropriado para vestir.
— Amiga, você me tem, sou modista e você vai ficar linda,
vem comigo.
Fiquei olhando a foto, ele nunca falou que tinha uma irmã,
na verdade ele nunca falou da família. Li um pouco mais
algumas coisas sobre ele e fui dormir, no dia seguinte iria
perguntar tudo isso a ele.
Passado
Dia anterior
3 anos atrás
— Sebastian, eu o amo, você não pode me impedir de
namorá-lo.
— Posso e vou, você é uma menina ainda e eu sou
responsável por você Sabrina, nenhum idiota pobre vai chegar
perto de você.
— Como você é esnobe, só por que ele é pobre está me
impedindo de namorá-lo?
— Também por isso... Sabrina, esse tipo só está
interessado em uma coisa, dinheiro, e você é uma mina de ouro,
pois é herdeira de uma imensa fortuna.
— Pois então eu abdico dessa herança, pode ficar tudo
para você, Justin e eu não precisamos de dinheiro nenhum, ele
vai se formar em breve e vamos nos casar.
Bati furiosamente sobre o tampo da mesa e bufando de
ódio gritei:
— Nunca! Jamais deixarei você se casar com esse Justin,
entendeu?
Minha irmã ficou olhando para mim com os olhos
arregalados e ralos pelas lágrimas, seus lábios começaram a
tremer, ela falou com a voz embargada:
— Eu te odeio, eu nunca vou perdoá-lo por estar
destruindo minha felicidade.
Dei graças a Deus, não sei por que ele falou aquilo mas
com certeza foi para brincar com a imprensa, ele jamais terá um
filho comigo a não ser... fiquei gelada, será que ele vai me dar o
divórcio para se casar com uma moça da alta sociedade para lhe
dar seu herdeiro? Mas quando fará isso? Ele disse em breve,
porém quando é breve para ele?
Passado
Presente
1 mês depois
Fiquei triste, vou ter que contar para minha mãe toda a
verdade do nosso casamento, sei que ela vai ficar arrasada, mas
não tem outro jeito, infelizmente tenho um demônio como marido
e não posso mais viver com ele. O conto de fadas vai acabar
para a minha mãe assim como acabou para mim três dias depois
do casamento.
Agora tenho que fazer todas as coisas que faço todos os
dias, olhar cada detalhe, não posso deixar brecha para ele me
bater, já faz um mês que ele não me bate e quando ele fica tanto
tempo assim sem me bater, logo ele arruma um motivo para
fazê-lo. Não posso arriscar, se ele me bater eu posso até perder
o bebê – estremeci – se ele então fizer a noite do RED, com
certeza perderei meu bebê. Aquilo me deixou paralisada, não
quero nem pensar nisso.
***
Na sala de reunião
— Tira a roupa.
Fico nervosa, ele quer transar agora, tenho que ter
coragem de dizer que estou menstruada, então gaguejando falo:
— Não podemos hoje, eu estou menstruada, me
desculpa.
Ele para imediatamente de se despir e me olha, seus
olhos negros me encaram como se quisesse me matar.
— O quê?
— Eu, eu, estou menstruada, veio hoje, foi por isso que fui
na farmácia hoje, para comprar absorvente – falo baixo.
Dia da viagem
Era Sexta- feira de manhã, tudo já estava pronto para a
viagem, Sebastian foi para o escritório e eu fiquei no
apartamento esperando a hora do motorista me levar para
aeroporto, eu vou encontrá-lo lá. Eu estou bem nervosa, mas ao
mesmo tempo esperançosa, preciso que esse plano dê certo,
caso contrário, meu bebê vai morrer e pensar nisso me faz ter
coragem. Quando chegou a hora de ir para ir ao aeroporto,
peguei minha bolsa e fui em direção à porta, o mordomo estava
de pé me esperando e me ajudou a vestir o sobretudo, dei uma
última olhada em volta e segui para a porta.
— Boa sorte senhora Parker, que a senhora encontre a
felicidade.
Gelei e olhei para o mordomo, ele havia dito aquilo, ele
continuou sério como sempre e não me olhava, claramente ele
sabia o que eu ia fazer. Então em uma voz baixa disse:
— Obrigada.
Saí apreensiva, alguma coisa me diz que ele sabe o que
vou fazer, mas não avisará ao Sebastian. Sigo para o carro e vou
de encontro ao meu destino. Finalmente terei a minha liberdade?
Cheguei no aeroporto, logo fui conduzida para uma sala
exclusiva, nós não vamos em um avião comercial, nunca fomos,
sempre que viajamos, usamos o avião particular dele. Sebastian
jamais entraria em um avião comercial e comeria em louças
imundas, e viajaria com outras pessoas, segundo ele. Dei um
sorriso triste, o ódio dele por mim é tão grande que ele passou
por cima de sua arrogância e esnobismo e casou comigo, uma
pobre, isso foi de encontro a tudo que ele pensa, afinal de
contas, ele não aceitou o romance da irmã dele com meu irmão
por causa de diferença social. Às vezes eu não entendo, ele
poderia ter sua vingança sem precisar se casar comigo, com
certeza eu teria me entregado a ele sem reservas, sem precisar
de uma aliança.
Não quero que meu filho seja assim. Pensei na irmã dele,
ela pelo visto não era igual a ele e morreu por isso. Senti um
calafrio, talvez meu destino seja o mesmo se eu continuar
vivendo com ele. Esse pensamento me deu mais força para sair
disso.
— De novo?
Passado
No dia seguinte
Estou com dor nas costas, minha mãe saiu para a igreja e
fiquei em casa assistindo TV. As dores foram se intensificando
ao longo do dia, agora está na barriga, será que o bebê vai
nascer hoje? Começo a andar de um lado para outro, acho que
vou ligar para a minha mãe, pego o celular e quando vou fazer a
chamada, o celular toca, vejo o nome na tela, é o Mathew.
— Alô.
— Catarine, tenho uma coisa para te falar que vai te
deixar sem chão.
— Agora não Mathew, eu acho que o bebê vai nascer,
você pode vir até aqui?
— Claro, já estou indo.
Desligo o celular e as dores estão piores, ligo para minha
mãe:
— Mãe, vai para o hospital, o bebê vai nascer.
— O que?
— O bebê vai nascer.
— Eu estou indo para casa agora.
— Não precisa, o Mathew está vindo me buscar, vai para
o hospital.
— Tem certeza?
— Tenho.
Desliguei o celular e fui até o quarto do bebê pegar as
coisas que já estavam prontas. Mathew logo apareceu, as dores
estavam intensas e eu não parava de me contorcer. Chegamos
no hospital e minha mãe já estava lá. Fiz a ficha e já me levaram
para o quarto.
— O senhor é o pai?
— Não, mas...
— Deixe-o ficar comigo, ele é meu amigo – falei com voz
de dor.
— Tudo bem.
Dias depois
Fechei os olhos, Meu Deus! Tudo foi armado, foi ele que
comprou. Pensei um pouco e me virei, ele continuava sentado do
mesmo jeito.
— Não importa de onde veio o dinheiro, se foi você que
pagou pelo quadro problema é seu, pagou esse valor porque
quis.
— Aí que você se engana, eu paguei por um quadro de
uma artista chamada Catarine Jones e aqui nesse cheque, não
vejo o seu nome.
— Mas você sabe que fui eu...
— Eu sei mas o juiz não, portanto esse cheque não prova
que você me pagou o valor da multa.
Ele levantou, isso me fez recuar instintivamente, ele me
olhou com um esboço de sorriso e começou a vir na minha
direção, eu fiquei paralisada, minha respiração alterada, eu
queria correr mas minhas pernas não obedeciam, ele se
aproximou, parou e me olhou, logo em seguida passou por mim
e foi até o quadro.
No dia seguinte
Me viro para ele, por que ele ainda estava ali? Por que
não vai embora logo? – pensei
Ele sentou no sofá como se fosse dono do lugar e me
olhou com os olhos de sarcasmo.
— Não vai me oferecer nada para beber?
— Você não foi convidado, veio porque quis.
— Que mal criada, vamos ver até quando você vai manter
esse postura.
— Eu vou preparar um café.
— Gostou?
Senti ele atrás de mim me abraçando pela cintura, fechei
os olhos, ele beijou meu pescoço, eu me arrepiei toda mas não
podia ceder, desfiz do abraço e perguntei:
— Por que me trouxe aqui?
— Essa é a nossa casa, vamos ficar aqui por um tempo.
Me virei para ele com os olhos arregalados.
— Eu não vou ficar aqui, você está louco?
— Não, estou bem lúcido e colocando as coisas no lugar.
— Sebastian, eu não concordei em voltar para você, isso
é loucura, eu não sei o que você pretende.
— Para de reclamar Brenda, vamos ficar por um tempo
aqui, apenas como pais da Emily, não vamos dormir no mesmo
quarto e nem ter nada além de uma convivência platônica. Eu
vou provar para você que eu realmente quero tentar, por nós,
pela nossa filha.
Daily News
“Escândalo: Sebastian Parker traído pela esposa”
EMILY SEQUESTRADA
RESGATE $300 MILHÕES
SEM POLÍCIA
— NÃOOOOOOOOOOOO – gritei.
Minha mãe pegou o bilhete e começou a chorar.
Peguei o celular com as mãos trêmulas, não conseguia
enxergar nada direito, mas consegui fazer a ligação e no primeiro
toque ele atendeu.
— Sebastian, nossa filha foi sequestrada, a Emily foi
sequestrada – falei com desespero.
— Fica calma Brenda, como assim a Emily foi
sequestrada?
— Eu não sei, ela estava no quarto com a Maria.
— Onde está a Maria?
— Eu não sei, eles estão pedindo $300 milhões de
dólares, eu quero a minha filha.
Olhei para trás e ela estava ali, olhei para o Conrado que
fez uma cara de derrotado. Voltei a olhar para a Brenda e disse:
— Amor, não faça isso, vai dar tudo certo.
Ela olhou para mim e disse:
— Eu te amo.
Ela começou seguir em direção ao Mathew, o policial
negociador foi andando atrás dela.
— Estou aqui Mathew, entrega a minha filha para ele, eu
vou com você.
Eu fique estático, olhando a cena, meu coração a mil, ela
não podia estar fazendo isso, não! eu não posso perdê-la.
— BRENDAAAAAAAA!
— Brenda, meu amor, não me deixa, não faz isso comigo,
volta para mim bonequinha, volta!
— Senhor Parker, não pode ficar aí, a ambulância já deve
estar chegando.
— Me deixem, eu não vou sair de perto dela – falei
alterado.
O som das sirenes já eram audível, eu olhei para ela, seu
rosto banhado em sangue, suas mãos frias, ela não se movia,
não! eu não quero acreditar que ela se foi, não posso.
— Senhor, precisa sair agora, vamos cuidar da sua
esposa.
— Não! Eu não vou sair de perto dela.
— O senhor precisa sair se quiser que salvemos a vida da
sua esposa.
— Vamos, senhor Parker.
Me afastei, não queria sair de perto dela, mas não tive
opção.
— Ela está grávida – disse com a voz entrecortada.
— Vamos primeiro tentar salvar a vida da sua esposa,
depois o bebê.
No Dia seguinte
Dias depois
No dia Seguinte
3 Dias depois
Levei a taça aos lábios sem desviar meus olhos dos dele,
apesar de estar grávida de ter que evitar o álcool, aquela noite
era especial e não me preocupei com isso. Ele não parava de me
olhar enquanto bebia, minha mente traiçoeira me fez lembrar a
primeira noite do RED, quando ele me bateu para que eu
bebesse o vinho, meu sangue gelou, engasguei com o vinho que
estava na boca, comecei a tossir.
— Você está bem? – o ouvi perguntar.
— Sim, acho que estou um pouco nervosa, só isso.
— Não precisa ficar nervosa amor, tenho certeza que essa
noite será inesquecível.
— Assim como todas as outras noites – aquilo saiu sem
querer, eu não queria mostrar que ainda estava com medo mas
eu não conseguia. Senti que ele se aproximou, tirou a taça de
vinho da minha mão e me fez olhar para ele.
— Confia em mim, hoje a noite é sua, eu sou seu, assim
como você é minha.
Então ele deu um selinho em meus lábios e falou com
uma voz rouca de desejo:
— Ja sabe o que fazer.
Eu estou tão feliz que tenho até medo de sentir aquilo, era
algo quase surreal para mim. A noite do RED foi a mais perfeita
da minha vida, ele foi incrível, não só no sexo, pois ele sempre
foi incrível nisso, mas nas atitudes, eu realmente senti que
estava sendo amada. Ele falou coisas tão lindas para mim, para
nossos filhos. Eu me entreguei por completo para ele, nunca
deixei de amá-lo, esse sentimento estava apenas guardado no
fundo do meu ser. Não sei como será a nossa vida daqui para
frente, mas não vou pensar nisso agora, quero viver esse
momento na plenitude.
Olhei para ele e pensei sobre o que ele disse, sim, a fuga
quebrou aquele círculo que havia se transformado a nossa vida,
fiquei feliz por isso, o Sebastian está se mostrando cada dia
melhor, ainda é muito possessivo, porém não se compara ao que
era antes.
Olhei para ele, não tem jeito, ele vai implicar com todas as
casas. Desanimada, olhei para fora, o local onde fomos ver a
casa era uma área onde só haviam propriedades gigantescas, de
uma casa para outra se andava quilômetros. Estávamos agora
passando em frente a uma propriedade majestosa, escuto
Sebastian falar:
— Para o carro, Pablo.
O motorista parou o carro no acostamento, o carro do
agente imobiliário também parou, ele desceu e eu também desci,
Sebastian ficou olhando para a prioridade, o agente imobiliário se
aproximou:
— Acredito senhor, que essa propriedade não está à
venda.
Sebastian olhou para o homem e deu um meio sorriso:
— Adoro comprar algo que não está à venda.
Pensei imediatamente na área que ele comprou para
construir a fábrica que também não estava à venda.
— Mas senhor, a casa não está em nossa imobiliária.
— Não se preocupe com isso, a comissão será de vocês,
eu vou negociar o valor da casa, só contacte os donos, eu
mesmo falarei com eles.
— Sim, senhor.
No dia seguinte os donos da mansão nos receberam, o
homem era um cineasta famoso e a mulher uma atriz que não
fez muito sucesso, participou de alguns filmes como
coadjuvante.
— É um prazer conhecê-los senhor Parker, somos seus
clientes no banco.
— Perfeito, assim as coisas ficam mais fáceis.
O homem pigarreou e olhou para a esposa.
— Senhor Parker, nós decidimos mostrar a casa, mas ela
não está à venda, nós acabamos de reformá-la e estamos muito
satisfeitos em morar aqui. Não pretendemos vendê-la.
Sebastian apenas olhou para eles e disse:
— Podem me mostrar a casa?
— Claro, senhor Parker.
Um mês depois
Fim
Alguns meses depois
***
***