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São Paulo – SP
2014
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
São Paulo – SP
2014
M889c MOURA, Thayná Magalhães de.
Cultivo de cogumelos comestíveis: uma proposta para as
aulas experimentais de ciências e biologia / Thayná Magalhães de
Moura. São Paulo: [s.n.], 2014.
60 f.: il.
CDU 573.0
BANCA DE AVALIAÇÃO
____________________________________________
Orientador
Prof. Dr. Nelson Menolli Junior
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
CCT/Biologia
____________________________________________
Membro Titular Externo
Profa. Dra. Maria Cristina Pires de Brum
Prefeitura de São Paulo
Secretaria Municipal de Educação
____________________________________________
Membro Titular Interno
Profa. Ma. Caroline A. M. Castilhone
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
CCT/Biologia
____________________________________________
Suplente Externo
Profa. Dra. Fernanda Alves Cangerana Pereira
Centro Paula Souza
Faculdade de Tecnologia de Jundiaí
____________________________________________
Suplente Interno
Profa. Dra. Maira Cortellini Abrahão
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
CCT/Biologia
À Profa. Dra. Maira Cortellini Abrahão por ter disponibilizado parte do seu tempo
para me auxiliar nas etapas iniciais deste projeto.
Ao Filipe Keffer por todo carinho, paciência, pelos potes que me deu de presente
para que fosse possível a realização desta pesquisa, companhia nas madrugadas e
incentivo constante. Fi muito obrigada por tudo que fez por mim nesta etapa!
E principalmente, aos meus pais Nilma, William, Maria e Nelson e meus irmãos,
por todo amor e por entender os meus momentos de ausência em reuniões de
família. Amo todos vocês!
“Tempo virá em que uma pesquisa deligente e
contínua esclarecerá aspectos que agora
permanecem escondidos. O espaço de tempo de
uma vida, mesmo se inteiramente devotada ao
estudo do céu, não seria suficiente para investigar
um objeto tão vasto. Este conhecimento será
conseguido somente através de gerações
sucessivas. Tempo virá em que nossos
descendentes ficarão admirados de que virão,
quando a lembrança de nós estará apagada. O
nosso universo será um assunto sem importância, a
menos que haja alguma coisa nele a ser investigada
a cada geração. A natureza não revela seus
mistérios de uma só vez.”
Lúcio Aneu Sêneca.
RESUMO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 OS CONTEÚDOS DE MICOLOGIA NA EDUCAÇÃO ......................................................... 3
2.1.1 Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e os
Conteúdos de Micologia ........................................................................................... 3
2.1.2 Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e os
Conteúdos de Micologia ........................................................................................... 7
2.2 A PRÁTICA DOCENTE E O ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA........................................8
2.2.1 Aulas Experimentais no Ensino de Ciências e Biologia ...............................9
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................25
REFERÊNCIAS ................................................................................................................29
APÊNDICE A – Roteiro didático do aluno ....................................................................30
APÊNDICE B – Roteiro didático do professor ............................................................39
1
INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Tabela 1: Distribuição dos temas de biologia propostos pelos PCN+ entre as séries do ensino médio.
1a série 2a série 3a série
1º semestre Interação entre os Identidade dos seres Transmissão da vida,
seres vivos vivos manipulação gênica e
ética
2º semestre Qualidade de vida Origem e evolução da
das populações A diversidade da vida vida
humanas
Fonte: Brasil (2002).
Dentro dos seis temas estruturadores propostos pelos PCN+ (BRASIL, 2002),
os fungos podem ser relacionados à quatro deles: interação entre os seres vivos,
qualidade de vida das populações humanas, identidade dos seres vivos e
diversidade da vida.
No tema denominado qualidade de vida das populações humanas, os PCN+
sugerem que a abordagem seja realizada para que o aluno relacione qualidade de
vida com as condições de vida como nutrição, educação, transporte, higiene e outros
8
3 MATERIAL E MÉTODOS
O Isolamento micelial foi feito conforme descrito por Bononi et al. (1995). Para
isso foi feito a transferência de um pequeno fragmento da parte interna do basidioma
para o meio de cultura esterilizado e solidificado. Para a retirada do fragmento do
basidioma foi utilizado uma pinça esterilizada por calor seco na chama de um bico
de Bunsen ou equivalente.
O manuseio para o isolamento e inoculação ocorreu sempre próximo à chama,
com mãos e local limpos com álcool 70%. Após a inoculação, os frascos foram
mantidos à temperatura ambiente até o completo crescimento micelial na superfície
do meio de cultura.
Para o preparo do inóculo foram utilizados grãos de trigo cozidos em água até a
fervura, conforme descrito por Bononi et al. (1995). Após o cozimento, os grãos
foram escorridos em uma peneira e então colocados em potes de 120 g, iguais os
usados no preparo do meio de cultura. Em cada pote foram colocados 60 g de grãos
de trigo.
Os potes contendo grãos de trigo foram fechados com tampão de algodão e gaze
e então esterilizados em panela de pressão por uma hora conforme método usual
para esterilização em autoclave (BONONI et al., 1995). Após a esterilização,
fragmentos miceliais de aproximadamente 5 mm x 5 mm obtidos da etapa 3.1.3
foram inoculados nos potes contendo grãos de trigo. Os mesmos cuidados de
assepsia descritos em 3.1.3 foram utilizados nesta etapa.
Os frascos com inóculo foram mantidos à temperatura ambiente até a completa
colonização micelial.
15
determinação da massa seca. Os substratos de cultivo foram mantidos até que não
houvesse mais produção de cogumelos.
A partir dos resultados obtidos nos testes de viabilidade de cultivo alternativo foi
possível elaborar dois roteiros didáticos, um destinado ao professor e outro ao aluno.
Para a elaboração do roteiro didático do professor foram inicialmente definidos os
objetivos a serem alcançados com a prática proposta, bem como os temas a serem
abordados no ensino fundamental e no ensino médio. Para isso foram utilizadas como
base as diretrizes dos PCN do Ensino Fundamental (BRASIL, 1998), dos PCN+ do
Ensino Médio (BRASIL, 2002) e pesquisas de micologia da educação básica
(FERREIRA et al., 2006; KIST et al., 2006; OLIVEIRA, 2012; REGOLIN; MINE;
SILVA, 2006; SILVA et al., 2009).
O roteiro do professor foi organizado contendo as orientações gerais para conduzir
as aulas experimentais com os seguintes tópicos: público alvo, cronograma, objetivos,
temas, recursos, forma de mediação e avaliação. Além disso, também foi contemplada
a individualidade das aulas a partir das orientações para cada aula experimental com
os seguintes tópicos: título da aula, tempo previsto, objetivo, temas, estratégia,
recursos, preparação da aula e procedimento.
O roteiro do aluno foi organizado a partir das etapas do cultivo de cogumelos
comestíveis. Este roteiro contém título, objetivo, material, procedimento e referências.
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 3: Esterilização do meio de cultura em diferentes tratamentos. A. Sem furo. B. Com furo. C.
Com furo e fita microporo. D. Com tampão de algodão e gaze.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Figura 5: Meio de cultura inoculado com Pleurotus sp. e contaminado por bactérias e outros fungos.
Análise realizada segundo Bononi et al. (1995).
Contaminante Contaminante
Fungo de interesse
Fonte: A autora.
Micélio
Meio de cultura
Fonte: A autora.
A esterilização durante uma hora na panela de pressão foi suficiente pois não
houve aparecimento de contaminantes nos grãos até o momento da inoculação.
Inicialmente cerca de 33% das amostras inoculadas contaminaram com outros
fungos oportunistas (Figura 7). No entanto, com a prática de manipulação, esta
porcentagem reduziu chegando a 0% de contaminação e, portanto, mostrando que
as medidas assépticas adotadas nesta etapa também foram eficientes.
Contaminante
Fungo de interesse
Fonte: A autora.
Figura 8: Substrato colonizado: A. 10 dias após inoculação. B.12 dias após inoculação.
Fonte: A autora.
Figura 9: Frutificação dos cogumelos: A. Um dia após o início da formação dos primórdios. B. Dois
dias após o início da formação dos primórdios.
Fonte: A autora.
A frutificação e colheita ocorreu até o 29º dia após a abertura dos sacos. Todos
os sacos frutificaram pelo menos uma vez apresentando uma média de rendimento
conforme apresentado na tabela 4.
22
4.2.2 Cronograma
4.2.3 Objetivos
4.2.4 Temas
“Identidade dos seres vivos” e “A diversidade da vida” podendo abordar temas como
ecologia, especificidades dos seres vivos, nutrição e higiene de acordo com os PCN+
(2002).
4.2.5 Recursos
Alguns dos itens que serão utilizados nas aulas experimentais o professor pode
solicitar para que o aluno providencie, porém o professor deve considerar que nem
todos os alunos irão conseguir o material solicitado ou talvez esqueçam de levar na
data combinada. A intenção é que cada aluno realize o seu pote ou saco, e mesmo
que uma amostra contamine a aula não será comprometida, visto que eles trabalharão
em equipes e que durante as etapas de cultivo devido as características dos meios as
contaminações são reduzidas.
Desta forma, sugere-se que o professor além de solicitar o material para o aluno,
tenha um material reservado em quantidades menores para garantir um bom
andamento da aula com a participação de todos. Estes itens estão especificados no
roteiro do professor (APÊNDICE B).
Além disso, será necessário definir um local para a realização das aulas
experimentais e armazenamento do material. A sugestão é que o local escolhido seja
fixo para que o aluno já tenha em mente em que lugar será a aula.
4.2.7 Avaliação
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
KIST, C.P; BARROS, D.; CASTRO, F. F.; ESQUISSATO, G. N. M.; ARRUDA, G.;
RAUBER, I. M. F.; GHELLERE, P.; JUSTINA, L. A. D. Ensinando fungos através
de um modelo didático. In: ENCONTRO REGIONAL SUL DE ENSINO DE
BIOLOGIA 3ª JORNADA DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS DA UFSC, 2., 2006. Florianópolis. Anais eletrônicos...Florianópolis:
UFSC, 1996. Disponível em:<http://www.erebiosul2.ufsc.br/trabalhos_arquivos/painei
s%20ensinandofungos.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2014.
ZÔMPERO, A. F. Ensino das ciências naturais. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2009.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Roteiro didático do aluno
CULTIVO
ALTERNATIVO
DE COGUMELOS
COMESTÍVEIS
São Paulo
2014
OBJETIVO
MATERIAL E PROCEDIMENTO
Para preparar o meio de cultura você deverá utilizar 1 L de extrato de batata inglesa, 20
Saiba o que é
Ágar é uma gelatina que fica consistente a temperatura ambiente e pode ser adquirida
no comércio em geral.
Para o preparo de 1 L de extrato de batata você irá precisar de 300 g de batata inglesa
crua e descascada. As batatas deverão ser cozidas inteiras, em 2,5 L de água, em uma
panela de pressão por uma hora após a saída do vapor.
1
Deverão ser confeccionados tampões de algodão e gaze para o fechamento
destes potes (Figura 1).
Figura 1: Potes de vidro com meio de cultura e fechados com tampão de algodão e gaze.
ATENÇÃO
ALGODÃO E GAZE
Cuidado com o fechamento dos
potes! O tampão de algodão e
gaze não poderá ter contato
BDA
com o meio de cultura.
Se for uma panela de 5 L você deverá colocar 2 L de água e esta não poderá
ultrapassar a altura do suporte.
Esta adaptação poderá ser realizada de outras formas desde que sejam utilizados
materiais que suportem alta pressão e temperatura. Além disso, a altura desse suporte
deverá ser superior ao nível de água necessário para ficar o tempo adequado para a
esterilização.
2
Etapa II: Isolamento micelial
Para o isolamento micelial você irá precisar de shimeji que poderá ser adquirido fresco
no comércio em geral.
Saiba o que é
FRAGMENTO DO
BASIDIOMA
SHIMEJI
FRESCO BDA
PESQUISE
3
Etapa III: Preparo do inóculo
Saiba o que é
Para o preparo deste inóculo você deverá utilizar grãos de trigo cozidos em água
por 15 minutos até a fervura conforme Bononi et al. (1995). Após o cozimento, os grãos
deverão ser escorridos em uma peneira e colocados em potes, iguais os usados no
preparo do meio de cultura. Em cada pote deverá ser colocados 60 g de grãos de trigo.
Os potes deverão ser fechados com tampão e esterilizados em panela de pressão
por uma hora.
PESQUISE
a) Por que os frascos necessitam ser fechados com tampas que permitam a troca
gasosa?
b) Se houver contaminação dos grãos de trigo inoculados devemos descartá-los. Por
qual motivo isso deve ocorrer? Existe alguma relação desta situação com os
alimentos que consumimos normalmente? Se sim, que relação é essa?
4
Para o preparo do substrato de cultivo, o bagaço de cana-de-açúcar deverá ser
desidratado em um forno a 270˚C por 30 minutos. Em seguida, o bagaço de cana-de-
açúcar deverá ser fragmentado em pedaços de cerca de 10 cm de comprimento,
triturado em um liquidificador e peneirado, reservando apenas os cortes maiores, de 2 a
4 cm.
O substrato deverá ser suplementado com 20% de farelo de arroz, 1% de cal virgem
e 75 mL de água conforme Tabela 1.
Para que ocorra a esterilização do substrato deverão ser colocados os sacos durante
duas horas na panela de pressão. Após a esterilização dos sacos, deverão ser
realizados dois furos um de cada lado dos sacos que em seguida deverão ser cobertos
com fita microporo (Figura 4).
5
Etapa VI: Inoculação dos grãos de trigo no substrato de cultivo
PESQUISE
Por qual motivo os sacos com substrato de cultivo devem conter furos
cobertos com fita microporo?
PESQUISE
6
SUGESTÃO DE PESQUISA E LEITURA
REFERÊNCIAS
7
P APÊNDICE B – Roteiro didático do professor
R
O
F
E
S
S
S
O
R
PROBLEMATIZAÇÃO
TEMPO PREVISTO: 1 aula de 50 minutos.
FORMA DE MEDIAÇÃO:
• Ao entrar na sala de aula o professor pode solicitar que os alunos façam um semicírculo
com as carteiras viradas para a lousa. Nesse momento o aluno já vai perceber que algo de
diferente vai acontecer criando uma expectativa que irá favorecer o andamento da aula;
• Assim que as carteiras estiverem organizadas o professor pode iniciar expondo para os
alunos os combinados da aula como, por exemplo, que não será necessário copiar nada da
lousa durante toda a aula, que quando os alunos quiserem falar é necessário levantar o braço
e aguardar a sua vez e, por fim, dizer que será muito importante a participação de todos.
1
Sugestão de questão:
Espera-se que os alunos recordem nesse momento apenas dos seres causadores de
doenças e respondam que os fungos são microrganismos e causam mal. O professor pode
conduzir a conversa para que os alunos lembrem-se também dos seres que participam da
fabricação de pães, bebidas, queijos, degradação da matéria orgânica citando os
cogumelos como exemplo e só então partir para as outras questões.
Nesta situação o professor pode conduzir os alunos a chegarem a conclusão de que
não existe fungo bom ou fungo ruim e que assim como todo ser vivo seu comportamento na
natureza depende das condições em que são submetidos e da sua relação com os outros
seres vivos. O professor pode citar como exemplo a doença causada em plantas por fungos
parasitas e que este mesmo fungo não causa prejuízo a outros seres vivos.
• O professor pode dar continuidade na aula através de outras questões que tenha a
finalidade de deixar os alunos incomodados e estimulados a responderem. Além disso, as
questões devem ter a intenção de levar o aluno a tomar o caminho da resposta mais
correta para a ciência, mas sem responder por ele.
2
c) Conclusão da aula
• Ao final da aula o professor pode concluir com as características gerais dos fungos e
apresentando os cogumelos comestíveis como seres participantes deste grupo pontuando
sua importância econômica e ecológica em relação a quantidade de nutrientes que possui,
principalmente em relação as proteínas, e sua função em degradar. Após esta etapa é
necessário informar aos alunos o que será realizado nas próximas aulas e o que será
necessário providenciar.
4 potes de vidro de 120g utilizados no comércio em geral para armazenar alimento para
bebê;
1 caixa de 25g de algodão;
8 unidades de gaze (7,5 cm x 7,5);
Tesoura;
40 cm de barbante.
Observação:
No ensino médio pode ser realizado mais uma questão para ser resolvida em casa
com auxílio do livro, internet e aulas anteriores que dará embasamento para o início das
próximas atividades.
Sugestão da questão:
3
PREPARO E ESTERILIZAÇÃO DO MEIO DE CULTURA
FORMA DE MEDIAÇÃO:
• Ao entrar na sala de aula relembre os alunos do que foi realizado na aula anterior,
aproveitando para discutir com eles as respostas das questões que não ficaram claras e o
que será realizado nas próximas aulas (cultivo de cogumelos comestíveis);
• Informe aos alunos sobre o local de realização das próximas aulas, sobre como deve
ser o comportamento e organização desse local como, por exemplo, que não pode comer,
beber e que será indicado um local específico para que eles deixem o material pessoal;
• Pode ser informado também que todas as aulas serão conduzidas através de um
roteiro didático (APÊNDICE A) e que sempre será realizada inicialmente uma leitura
compartilhada do roteiro, em seguida uma demonstração de como fazer e só depois disso
é que os alunos irão fazer os procedimentos. A intenção é que os alunos aprendam e
consigam reproduzir as técnicas para diminuir os erros experimentais;
• Lembre aos alunos da importância do cumprimento dos combinados para melhor
aproveitamento da aula e por fim, distribua os roteiros didáticos (APÊNDICE A).
1
b) Introdução e desenvolvimento da aula
FORMA DE MEDIAÇÃO:
• Comece a aula solicitando a organização da sala conforme divisão dos grupos na aula
anterior;
• Faça a distribuição do material para as equipes;
• Leia o roteiro didático com os alunos. Durante a leitura do roteiro passe as orientações
gerais do experimento e aproveite para realizar conferência do material;
• Organize o material para a inoculação na bancada. Demonstre para que todos os alunos
visualizem como será realizada a inoculação;
• Explique para os alunos sobre o que é isolamento micelial, comentando sobre como os
cogumelos podem se reproduzir na natureza e que no laboratório os cientistas tentam imitar
essas características para obter sucesso nos resultados;
1
• Aproveite para diferenciar esse tipo de reprodução mais utilizada em
laboratório (assexuada), que a partir de uma parte (fragmento da parte interna do
shimeji fresco) colocado em local favorável (meio de cultura) poderão dar origem
a novas células obtendo novos cogumelos;
• Convide uma equipe de cada vez para realizar a inoculação na bancada. A
intenção é que seja reservado apenas um espaço para disponibilizar o bico de
bunsen ou equivalente para a inoculação. Dessa forma, há um melhor controle do
que os alunos estão fazendo e reduzindo riscos;
• Enquanto isso oriente as outras equipes a confeccionarem tampão de algodão
e gaze para a próxima aula.
c) Conclusão da aula
2
PREPARO E ESTERILIZAÇÃO DOS GRÃOS DE TRIGO
FORMA DE MEDIAÇÃO:
1
• Informe para os alunos o que será realizado, leia o roteiro e confira o
material;
• Explique para os alunos o que é o inóculo conforme roteiro do aluno, o que
geralmente é utilizado e o que será utilizado nesse procedimento;
• Aproveite para explicar os outros termos comumente utilizados e por qual
motivo não será adotado na aula. Pontuando os erros ao utilizar os termos
como, por exemplo, semente que lembra um vegetal e se trata de um ser
vivo que possui diferenças consideráveis ao comparar com um cogumelo;
• Realize o procedimento (APÊNDICE A).
c) Conclusão da aula
2
INOCULAÇÃO NOS GRÃOS DE TRIGO
FORMA DE MEDIAÇÃO:
b) Introdução da aula
• Inicie a aula informando aos alunos que será realizado a inoculação em grãos de trigo e
por qual motivo. Nesse momento diferencie o micélio do BDA do micélio dos grãos de trigo,
comentando sobre o que é micélio primário e secundário.
• Leia o roteiro didático com os alunos. Durante a leitura do roteiro passe as orientações
gerais da aula e realize também a conferência de material;
• Faça uma demonstração para que todos os alunos visualizem como será realizada a
inoculação;
1
• Convide uma equipe de cada vez para realizar a inoculação na bancada. Enquanto isso
oriente as outras equipes a cortarem bagaço de cana-de-açúcar para a próxima aula
conforme roteiro do aluno.
c) Conclusão da aula
Sugestão de questão:
a) Qual é o motivo de fazer uma etapa anterior ao substrato de cultivo utilizando grãos?
Tente lembrá-los das características do BDA em comparação aos grãos e substrato
de cultivo. A intenção é que os alunos resgatem informações de aulas anteriores sobre as
características do local onde os cogumelos se desenvolvem.
• Passe também as orientações das análises e registros que serão necessários pelas
equipes conforme aula 3;
• Por fim solicite que os alunos providenciem tesoura, barbante, fita microporo, caneta
hidrográfica, régua, cal virgem, farelo de arroz, sacos de poliproprileno e peneira conforme
roteiro do aluno para a próxima aula.
2
PREPARO DO SUBSTRATO DE CULTIVO
PROCEDIMENTO:
Aproveite o momento para comentar que essas características citadas não podem por
si só determinar uma espécie que em alguns casos se faz necessárias análises
moleculares, mas que essas observações e registros continuam sendo importantes na
ciência.
1
• Solicite a organização da sala em grupos;
• Distribua os materiais para cada equipe.
c) Conclusão da aula
2
INOCULAÇÃO NO SUBSTRATO DE CULTIVO
FORMA DE MEDIAÇÃO:
• Entregue e leia o roteiro didático com os alunos. Durante a leitura do roteiro passe as
orientações gerais da aula e realize a conferência de material;
1
• Organize o material para a inoculação na bancada. Faça uma demonstração para que
todos os alunos visualizem como será realizada a inoculação;
• Convide uma equipe de cada vez para realizar a inoculação na bancada;
• Informe aos alunos o local que serão colocados os sacos para observação e registros
durante a semana.
c) Conclusão da aula
• Realize as questões do roteiro fazendo uma prévia do que os alunos imaginam que seja
e oriente-os a pesquisarem para a próxima aula.
O substrato foi suplementado utilizando farelo de arroz e cal virgem. Explique, baseando
em pesquisas, a função de cada um desses componentes no desenvolvimento micelial.
2
ABERTURA DOS SACOS
TEMPO PREVISTO: 1 aula.
FORMA DE MEDIAÇÃO:
b) Introdução da aula
• Leia o roteiro didático com os alunos. Durante a leitura do roteiro realize a conferência
do material;
Neste momento tente deixar claro para o aluno que nesta etapa o furo será por toda
extensão do substrato já colonizado e que não será necessário cobrir com fita microporo
como na etapa anterior.
Relembre as etapas anteriores e as condições de troca gasosa, informando as diferenças
de gás carbônico e oxigênio, comentando sobre a importância da cor dos sacos utilizados na
localização de contaminações e crescimento no micélio.
1
Explique para o aluno a quantidade de furos, tamanhos e cuidados para a
realização desses furos conforme roteiro do aluno.
c) Conclusão da aula
Faça o questionamento:
2
COLHEITA
TEMPO PREVISTO: 1 aula.
FORMA DE MEDIAÇÀO:
Observação: este momento pode ser realizado como uma aula ou não devido a necessidade
de ser colhido em uma faixa de tempo muito curta (1 a 2 dias). Desta forma, se for realizado
em sala oriente os alunos a realizarem a colheita conforme roteiro do aluno ou se isso não for
realizado por eles nas primeiras colheitas, passe a orientação para que esse procedimento
seja uma tarefa fora do encontro combinado como correu em aulas anteriores para as
observações e registros de contaminações dos meios.
1
FECHAMENTO
TEMPO PREVISTO: 1 aula.
ESTRATÉGIA: degustação.
FORMA DE MEDIAÇÃO:
• Solicite que os alunos juntem as carteiras para formar uma mesa só com todas as
carteiras;
b) Introdução da aula
.
1
Esse momento pode ser um momento mais significativo de avaliação, que
será percebido as mudanças de comportamento dos alunos ao se referirem aos
fungos.
• Convide os alunos para uma degustação;
• Arrume a mesa com toalha, guardanapo, bebidas e os alimentos
escolhidos;
• Espere os alunos comerem e solicitem que eles identifiquem o gosto de
cada um deles;
• Revele o que foi utilizado como ingrediente principal em cada receita;
• Comente com os alunos sobre o que é necessário para ter uma qualidade
de vida, citando como exemplo o ato de se alimentar bem;
• Que se alimentar bem não se refere a quantidade e sim, a qualidade e
variedade adequada para um bom funcionamento do organismo para
desenvolver as funções vitais;
• Informe aos alunos a quantidade de nutrientes que possui o shimeji,
principalmente em relação à quantidade de proteínas;
• Cite doenças existentes pela carência de proteína;
• Informe aos alunos que algumas proteínas nós conseguimos produzir,
porém outras nós temos que adquirir a partir dos alimentos que ingerimos e
por ser tão importante para um bom funcionamento das funções vitais
precisamos fazer escolhas mais conscientes dos alimentos que ingerimos e
que isso pode ser de uma forma acessível;
• Se possível dê exemplos de outros alimentos ricos em proteínas e
compare-os com o shimeji como, por exemplo, carne, shimeji e soja.
c) Conclusão da aula