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Símbolos
Símbolos unificadores da obra:
► brasão: simboliza a formação do reino e o passado inalterado
► campos: espaço de vida e de acção.
► castelos: simbolizam a protecção, a segurança e as conquistas dos heróis; nesta obra, os castelos
remetem igualmente para a própria formação da nacionalidade.
► quinas: representam as cinco chagas de Cristo, que é a imagem de sofrimento e da redenção e dos
pecados humanos.
► coroa: simboliza a realeza, o poder e a perfeição.
► timbre: simboliza o poder legítimo e remete para a ideia de sagração do herói para uma missão
transcendente.
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► grifo (ave mitológica com bico e asas de águia e corpo de leão): simboliza a união da terra e do
céu, do humano e do divino.
Outros Símbolos:
► mar ► nau ► nevoeiro
► terra ► ilha ►sebastianismo
► padrão ► noite ►etc
► mostrengo ► manhã
Temas em Mensagem:
- a intenção de destruir o mal e de repor a harmonia e a fraternidade universal
- a crença na acção humana como cumprimento de uma vontade superior
- a apologia de um percurso humano de aperfeiçoamento constante.
A Mensagem poderá ser vista como uma epopeia, porque parte de um núcleo histórico, mas a
sua formulação, sendo simbólica e mítica, do relato histórico, não possuirá continuidade. Aqui, a
acção dos heróis só adquire pleno significado dentro de uma referência mitológica. Aqui serão só
eleitos, terão só direito à imortalidade, aqueles homens e feitos que manifestam em si esses mitos
significativos. Assim, sua estrutura será dada pelo que, noutra linguagem, se poderá chamar os
esquemas ideológicos, ou as ideias-força desse povo: regresso ao paraíso, realização do impossível,
espera do Messias… Raízes do desenvolvimento dessa entidade colectiva.
[…]
Assim, a estrutura da Mensagem, sendo a de um mito, numa teoria cíclica, a das Idades,
transfigura e repete a história de uma pátria como o mito de um nascimento, vida e morte de um
mundo; morte será seguida de um renascimento. Desenvolvendo-a como uma idade completa, de
sentido cósmico e dando-lhe a forma simbólica tripartida – Brasão, Mar Português, O Encoberto
Épico - exaltação/ glorificação dos homens que manifestam em si a força do mito ("sopro
patriótico de exaltação e incitamento“)
Lírica - função emotiva da linguagem subjetiva dada pelo "eu" poético; riqueza semântica e
estilística; atitude introspetiva do sujeito poético
Simbólica e mítica - vida e morte de um mundo: morte que será seguida de um renascimento
» 5º Império.
Fernando Pessoa
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• Contesta a moral enraizada em princípios maniqueístas
• Vê na religião o fator que motiva o atraso civilizacional por ela atrofiar as capacidades
intelectuais e críticas do indivíduo
• Acredita que a ciência não é a solução, apesar do domínio da técnica, e que persiste a
ansiedade metafísica
Modernismo
• Na arte, Pessoa defende a teoria do fingimento: o homem sente de uma forma convencional,
condicionado por vários imperativos sociais. Assim, a expressão do sentimento constitui-se como
uma forma de mentira.
• Em 1915, abandona atitude inicial; considera que a poesia deve dar conta do «doloroso
enigma da vida».
• Acredita que um novo ciclo deveria ser inaugurado na história da literatura portuguesa.
• Os lusitanos teriam um papel de relevo nessa nova era civilizacional.
• Considera que a arte portuguesa deve ser “maximamente desnacionalizada”, para ser
moderna.
• Sonha com a criação de um novo mundo (como no séc.XVI), através de novas formas de
perceção e análise da realidade.
• Mais do que combater o Saudosismo, Pessoa propunha a dissolução de Portugal… só das
cinzas poderíamos renascer da catástrofe provocada pela derrota de Alcácer Quibir (perda da
identidade nacional).
A Génese da obra
• A intenção do poeta:
- não é cantar os feitos gloriosos dos antepassados portugueses (Camões);
- é apresentar a ideia grandiosa que está subjacente à realização dos acontecimentos que
engrandeceram a História nacional.
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A essência da obra:
• Para atuar enquanto espécie (“Humanidade” F. P.), é necessário saber ser indivíduo. Assim,
Pessoa propõe uma aliança entre: a conceção renascentista do Homem e a descoberta romântica do
“eu”, isto é, a simbiose entre duas realidades materiais numa que não é material – a Nação.
• “O Indivíduo e a Humanidade são lugares, a Nação é o caminho entre eles.” F. Pessoa
• A Nação é um caminho, um veículo para o futuro Super-Portugal: “A nação é a escola
presente para a Super-Nação futura…”
• Para Pessoa, importa acreditar na força propulsora, cujo dinamismo é a própria natureza
humana, que se projeta sempre que existe um ideal:
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” (Mensagem, O Infante)
• Pessoa encontra essa força no grande mito nacional - o Sebastianismo.
Mensagem é…