Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LAGARTO (SE)
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS PROFESSOR ANTÔNIO GARCIA FILHO
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
INTERNATO II
LAGARTO (SE)
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 FERIDA OPERATÓRIA.......................................................................................................4
REFERÊNCIAS........................................................................................................................14
3
1 INTRODUÇÃO
A expressão infecção hospitalar vem sendo modificada nos últimos tempos, pelo
termo Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), no qual a prevenção e o
controle das infecções passam a ser considerados para todos os locais onde se presta o
cuidado e a assistência à saúde (CUNHA; SILVA, 2020).
2 FERIDA OPERATÓRIA
afetada. Outros fatores que pode causar serias complicações e a deiscência, que se trata
do rompimento dos pontos da ferida cirúrgica na fase pós operatória. E por fim a
evisceração ocasionada pela exposição das vísceras (VIEIRA, 2018). Atualmente se tem
três tipos de cicatrização sendo elas classificadas por: primeira, segunda e terceira
intenção (SPIN, et al., 2022).
De modo geral a retirada dos pontos deve ser feita entre o 6º e 7º dias de pós-
operatório, para suturas simples com pontos separados. Nas incisões que seguem as linhas
de força da pele e os pontos foram dados sem tensão, os pontos podem ser retirados mais
precocemente, em torno do 4º dia de pós-operatório. Em suturas intradérmicas contínuas
com fios não absorvíveis, os pontos devem permanecer por até 12 dias. Em condições
adversas (infecção, desnutrição, neoplasias, diabetes, déficits de vitaminas e
oligoelementos, etc) os pontos devem ser removidos mais tardiamente, isto é, entre o 10º
e 12º dias de pós operatório (SPIN, et al., 2022; CUNHA, 2020).
os diversos serviços e instituições. Para isto, o Center for Diseases Control and Prevention
(CDC), nos EUA, criou definições de ISC que são mundialmente usadas para vigilância
epidemiológica:
• Clostridium spp.
Infecção de • Streptococcus grupo A; Gram, Cultura em aerobiose, em
feridas • Staphylococcus aureus; jarra de anaerobiose e microaerofilia
complicadas • Enterobactérias; (método da vela) do pus ou tecido.
• Bacteroides spp.;
• Clostridium spp.;
• Cocos anaeróbios;
• Cocos microaerófilos;
• Fusobacterium spp.
4. Feridas com fibrina viável (branca): utilizar coberturas que mantenham o meio
úmido, como hidropolímero, hidrogel, AGE, alginato de cálcio, carvão ativado e
rayon com petrolato. Remover apenas quando apresentar excessos;
5. Feridas com tecido necrótico: utilizar hidrogel ou colagenase. Caso não ocorra
melhora evolutiva, solicitar a avaliação da cirurgia plástica;
6. Feridas infectadas: sugerir avaliação da clínica médica e CCIH quanto à necessidade
de identificação do microrganismo para terapêutica adequada. Utilizar carvão
ativado, hidropolímero com prata e alginato com prata;
7. Feridas com tecido de epitelização e bordas: proteger o frágil tecido neoformado
com AGE ou rayon com petrolato.
Conduta para a Realização de Curativo em Paciente com Fixador Externo:
Limpar os locais de inserção dos pinos com Soro Fisiológico 0,9% removendo crostas
e sujidades. Após, realizar toque de álcool a 70%; primeiro na inserção dos pinos,
depois na área periferida e por último, no fixador. Posteriormente, ocluir com gazes,
acolchoado e atadura de crepom.
Manipulações de risco em pós-operatório de implantes cardíacos:
1. Manipulações dentárias, desbridamentos de tecidos necróticos/infectados,
colonoscopia, cistoscopia;
2. Indicação de antibioticoprofilaxia por 24 h.
14
REFERÊNCIAS
ALECRIN, Srael Nunes; LACERDA, Maria Elena Mandarim de; MANHÃES, Raiza
Tinoco; CAMPOS, Andreia Rodrigues; ALMEIDA, Giovanna Barreto de Oliveira;
FERREIRA, Maria Alice Caldas; PESSANHA, Juliana Siqueira. Análise da frequência
de infecção de ferida operatória de acordo com o tipo de assepsia e antissepsia no pré-
operatório. Revista Cienfica da FMC. Vol. 14, nº 1, 2019. DOI 10.29184/1980-
7813.rcfmc.233.vol.14.n1, 2019.
CUNHA, Lorena Patricia da; SILVA, Camila Cristina dos Santos. Infecção do sítio
cirúrgico em ferida operatória em um hospital do interior de Goiás. Monografia
(Bacharel em Enfermagem). Centro Universitário de Anápolis, Unievangélica Curso
de Enfermagem, 2020.
VIEIRA, ALG; STOCCO, JGD; RIBEIRO, ACG; FRANTZ, CV. Dressings used to
prevent surgical site infection in the postoperative period of cardiac surgery: integrative
review. Rev Esc Enferm USP. 2018; DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1980
220X2017011803393