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RECEITA FEDERAL

AUDITORIA
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Pré-edital

Livro Eletrônico
MARCELO ARAGÃO

Auditor Federal de Controle Externo do TCU


desde 2006. Foi Analista de Finanças e Controle
do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-
cutivo Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribu-
nal, exerce atualmente a função de Ouvidor e já
ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coorde-
nador do projeto Controle Externo do Mercosul,
chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Controle, coordenador das Ações de Controle
sobre os projetos da Copa do Mundo FIFA 2014
e secretário de Controle Externo no estado de
Alagoas. É professor das disciplinas Controle
Interno e Externo e Auditoria Geral e Governa-
mental em diversas instituições de ensino. Além
disso, é autor de dois livros de auditoria pela
editora Método. Graduado em Administração
pela Universidade Federal Fluminense, possui
especialização em Administração Pública (FGV)
e Auditoria Interna e Controle Governamental
(ISC/CEFOR).

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AUDITORIA
Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis
Prof. Marcelo Aragão

Apresentação..............................................................................................5
Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis...................................6
Natureza e Extensão das Atividades de Planejamento.......................................6
Envolvimento Efetivo do Sócio e Outros Membros-Chave da Equipe....................9
Atividades Preliminares do Trabalho de Auditoria..............................................9
Atividades de Planejamento........................................................................ 10
Atividades De Planejamento (NBC TA 300).................................................... 12
Mudança nas Decisões de Planejamento Durante o Processo de Auditoria.......... 12
Direcionamento, Supervisão e Revisão......................................................... 13
Considerações Adicionais em Auditoria Inicial................................................ 14
Trabalhos Iniciais/Saldos Iniciais - NBC TA 510.............................................. 14
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por Meio do
Entendimento da Entidade e do seu Ambiente – NBC TA 315(R1)..................... 17
Risco de Auditoria...................................................................................... 17
O Risco de Distorção Relevante (Também Denominado de Risco residual).......... 20
O Risco Inerente....................................................................................... 21
O Risco de Controle................................................................................... 22
O Risco de Detecção.................................................................................. 23
Definições................................................................................................ 25
Entendimento do Controle Interno da Entidade.............................................. 31
Componentes do Controle Interno............................................................... 32
Ambiente de Controle................................................................................ 33
Processo de Avaliação de Risco da Entidade.................................................. 34
Sistema de Informação Relevantes para as DC e sua Comunicação................... 35

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Atividades de Controle Relevantes para a Auditoria........................................ 36


Monitoramento dos Controles...................................................................... 37
Riscos Significativos e Não Significativos....................................................... 39
Risco para o qual Procedimentos Substantivos Sozinhos não Fornecem
Evidências de Auditoria Suficientes e Apropriadas.......................................... 39
Revisão da Avaliação de Risco..................................................................... 40
Materialidade e Relevância no Planejamento e na Execução dos Trabalhos de
Auditoria – NBC TA 320 (R1)....................................................................... 40
Determinação da Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria..... 41
Considerações Específicas sobre Entidade do Setor Público.............................. 43
Balizadores para Determinação da Materialidade............................................ 44
Referenciais a Serem Utilizados................................................................... 46
Relação Existente entre Materialidade, Risco e Evidência de Auditoria............... 48
Materialidade para Execução de Auditoria..................................................... 49
Revisão da Materialidade no Decorrer da Auditoria......................................... 50
Resumo.................................................................................................... 51
Questões de Concurso................................................................................ 62
Gabarito................................................................................................... 83
Gabarito Comentado.................................................................................. 84

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Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis
Prof. Marcelo Aragão

Apresentação
Olá, prezado(a) aluno(a),

Esta é a 3ª aula de nosso curso de auditoria para o concurso de Auditor-fiscal

da Receita Federal.

Conforme a programação de nosso curso, nesta aula iremos abordar os seguin-

tes assuntos:

• Planejamento da Auditoria – NBC TA 300(R1);

• Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais – NBC TA 510(R1);

• Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do En-

tendimento da Entidade e do seu Ambiente – NBC TA 315(R1); e

• Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de

auditoria – NBC TA 320(R1).

A norma que estabelece os requisitos para o planejamento da auditoria de de-

monstrações contábeis é a NBC TA 300.

A NBC TA 510 trata de Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais, complementando a

NBC TA 300, quando do planejamento de uma auditoria a ser realizada pela primei-

ra vez em uma entidade.

Quanto à identificação e à avaliação dos riscos de distorção relevante por meio

do entendimento da entidade e do seu ambiente, a norma que estabelece os pro-

cedimentos é a NBC TA 315.

A norma que regula a materialidade no planejamento e na execução da audito-

ria é a NBC TA 320.

Então, vamos iniciar a aula!

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PLANEJAMENTO DA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS
O planejamento é importante para assegurar que o trabalho seja executado de

maneira eficiente e efetiva e que o risco de auditoria tenha sido reduzido a um nível

aceitavelmente baixo.

Natureza e Extensão das Atividades de Planejamento


Segundo a NBC TA 300, norma de planejamento da auditoria de demonstrações

financeiras, a natureza e a extensão das atividades de planejamento dependem do

porte e complexidade da entidade, assim como da experiência anterior e de even-

tuais mudanças nas circunstâncias.

O planejamento é fundamental para a definição da estratégia e do plano de au-

ditoria. Os benefícios do planejamento estão descritos no quadro a seguir.

Os membros da equipe aprendem a partir da experiência e das ideias


do sócio e de outras pessoas-chave.
Permite a determinação do nível de experiência da equipe a ser desig-
nada e sua efetiva alocação para atingir os objetivos do trabalho.
As áreas que requerem maior atenção são definidas e permitirão o
auditor identificar e resolver problemas potenciais.
A experiência obtida de trabalhos de períodos anteriores e outras atri-
Benefícios do
buições é adequadamente utilizada.
planejamento da
auditoria Permite concluir sobre a necessidade do envolvimento de outros audi-
tores e especialistas externos e a coordenação e supervisão do traba-
lho desses profissionais.
Os membros da equipe obtêm entendimento da estrutura jurídica e
operacional da entidade e de seu ambiente regulatório.
Permite à equipe determinar os procedimentos analíticos a serem apli-
cados para avaliação de riscos e os próprios procedimentos de avalia-
ção de riscos.

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Com o planejamento, o auditor define, ainda, a materialidade para a auditoria,

conforme requerido pela norma NBC TA 320.

Portanto, todos esses aspectos são considerados e determinados no planejamen-

to e são fundamentais para que o auditor determine os procedimentos para identifi-

cação e avaliação dos riscos de distorções relevantes e os procedimentos adicionais

de auditoria (testes de controle e substantivos) como resposta ao risco avaliado.

O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a ad-

ministração da entidade, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do tra-

balho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns dos procedimentos de auditoria

planejados com o trabalho do pessoal da entidade). Apesar de normalmente essas

discussões ocorrerem, a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria conti-

nuam sendo de responsabilidade do auditor.

Em auditoria das demonstrações contábeis, o auditor estabelece a estratégia

global de auditoria, em termos de objetivos, escopo do trabalho, recursos, etc,

para então definir e elaborar o plano de auditoria, documento que contém a na-

tureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados

pelos membros da equipe de trabalho.

O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global visto que inclui a

natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados

pelos membros da equipe de trabalho.

Para que o auditor possa elaborar um plano de auditoria que seja eficaz e efi-

ciente é preciso que ele obtenha um adequado nível de conhecimento sobre as

atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável e as práticas operacionais

da entidade e o nível geral de competência de sua administração.

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Em outras palavras, o auditor busca conhecer as atividades, o ambiente de con-

trole e os procedimentos de controle da entidade auditada, para avaliar os riscos

de auditoria e determinar os procedimentos a serem aplicados.

Um aspecto muito cobrado em prova diz respeito ao dinamismo do planejamento.

De acordo com as normas de auditoria, planejamento não é uma fase isolada da

auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo

após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a

conclusão do trabalho de auditoria atual.

Logicamente que essa definição de auditoria como um processo contínuo está re-

lacionada a um trabalho recorrente, em que o auditor é contratado para auditar

as DC de uma entidade em mais de um exercício. Nesse sentido, o planejamento

normalmente se inicia por ocasião do término do trabalho anterior, quando se ana-

lisam os principais aspectos para o próximo trabalho, ou na conclusão do processo

de aceitação de um novo cliente de auditoria, e se conclui com o encerramento do

trabalho pela análise do cumprimento do que foi planejado.

A etapa de planejamento da auditoria permite, então, que o auditor elabore o

plano de auditoria e defina a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedi-

mentos de auditoria. Na realidade, o que se busca com o planejamento é a elabo-

ração do plano ou programa de auditoria e este plano irá detalhar a natureza, a

oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados pelos auditores, o

que alguns autores apelidaram de “NAOPEX”.

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A natureza (NA) significa quais procedimentos que o auditor irá aplicar ou

quais evidências ele irá buscar, optando pelas técnicas mais apropriadas em função

das circunstâncias e dos riscos. Refere-se à seguinte pergunta: Quais procedimen-

tos ou evidências?

A oportunidade (OP) refere-se à época mais adequada para aplicação dos

procedimentos, como, por exemplo, mais próximo ou não da data das demonstra-

ções contábeis. Refere-se à seguinte pergunta: Quando aplicar os procedimentos

ou quando buscar as evidências?

A extensão (EX) dos procedimentos de comprovação a serem executados cor-

responde à quantidade de evidência necessária ou de operações e transações a

serem examinadas. Refere-se ao tamanho da amostra e à seguinte pergunta: Qual

a quantidade de evidência necessária?

Envolvimento Efetivo do Sócio e Outros Membros-Chave


da Equipe
O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de

trabalho no planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos

de vista, otimizando assim a eficácia e a eficiência do processo de planejamento.

Atividades Preliminares do Trabalho de Auditoria


Conforme estabelecido na NBC TA 220, o auditor deve realizar atividades no iní-

cio do trabalho de auditoria corrente que incluem o processo de avaliação da conti-

nuidade de relacionamento com o cliente (ou de aceitação, no caso de primeira au-

ditoria) e a análise e conclusão sobre o cumprimento dos requisitos éticos, inclusive

de independência, assim como o entendimento dos termos do trabalho, conforme

exigido pela NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria.

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Realizar as atividades preliminares do trabalho de auditoria no início do trabalho

de auditoria corrente auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou

situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e

realizar o trabalho de auditoria.

Logo, a realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o

trabalho de auditoria para o qual, por exemplo:

A) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar

o trabalho;

B) não há problemas de integridade da administração que possam afetar a dis-

posição do auditor de continuar o trabalho;

C) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho.

A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o cliente e de

requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo do trabalho de auditoria

à medida que mudam as circunstâncias e as condições.

A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cliente e a avalia-

ção de requisitos éticos (inclusive independência) no início do trabalho de auditoria

corrente significa que estes devem estar concluídos antes da realização de outras

atividades importantes para esse trabalho. No caso de trabalhos de auditoria recor-

rentes, esses procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após (ou em cone-

xão com) a conclusão da auditoria anterior.

Atividades de Planejamento
Como vimos, as atividades de planejamento envolvem o estabelecimento pelo

auditor de uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a

direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

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Em conformidade com as normas de auditoria, o desenvolvimento da estratégia

global de auditoria começa no início do trabalho e é concluído e depois atualizado

com base nas informações obtidas de:

• experiência anterior com a entidade;

• atividades preliminares (aceitação e continuação de clientes);

• discussões com o cliente sobre mudanças desde o último período e resultados

operacionais recentes;

• outros trabalhos executados para o cliente durante o período;

• discussões e reuniões da equipe de auditoria;

• outras fontes externas, tais como jornais e artigos na Internet; e

• novas informações obtidas, procedimentos de auditoria que não deram certo

ou novas circunstâncias encontradas durante a auditoria que mudarão as es-

tratégias planejadas anteriormente.

Já o plano de auditoria detalhado começará um pouco mais tarde quando os

procedimentos de avaliação de risco específicos estiverem planejados e quando

houver informações suficientes sobre os riscos avaliados para desenvolver uma

resposta de auditoria apropriada.

A estratégia global e o plano de auditoria estão relacionados entre si e não são

necessariamente processos isolados ou sequenciais, uma vez que as mudanças em

um podem resultar em mudanças no outro.

Definição de uma estratégia global de auditoria: significa, em síntese, de-

finir o alcance da auditoria e os objetivos do relatório, considerar fatores relevantes

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e resultados de trabalhos anteriores, determinar a natureza, a oportunidade e a

extensão (NAOPEX) DOS RECURSOS NECESSÁRIOS.

Elaboração do Plano de auditoria: significa, em síntese, definir a natureza, a

oportunidade e a extensão (NAOPEX) dos PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA (proce-

dimentos de avaliação de riscos, procedimentos adicionais e outros procedimentos).

Atividades De Planejamento (NBC TA 300)

Mudança nas Decisões de Planejamento Durante o Pro-


cesso de Auditoria
Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de

auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditor pode ter que

modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza, a época

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e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados, considerando a

revisão dos riscos avaliados.

Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere significati-

vamente da informação disponível quando o auditor planejou os procedimentos

de auditoria. Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de

procedimentos substantivos pode ser contraditória à evidência de auditoria obtida

por meio de testes de controle.

Cuidado em prova, pois as bancas de uma forma geral costumam tentar pegar

os candidatos afirmando que o auditor não deve alterar o planejamento durante a

execução da auditoria ou então que ele pode modificar o plano de auditoria mas

não a estratégia global.

Direcionamento, Supervisão e Revisão

A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos mem-

bros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo de diversos

fatores, incluindo:

A) o porte e a complexidade da entidade;

B) a área da auditoria;

C) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no risco de

distorções relevantes para uma dada área de auditoria costuma exigir um corres-

pondente aumento na extensão e no direcionamento e supervisão tempestiva por

parte dos membros da equipe e uma revisão mais detalhada do seu trabalho);

D) a capacidade e a competência dos membros individuais da equipe que realiza

o trabalho de auditoria.

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Considerações Adicionais em Auditoria Inicial

Pode ser que o auditor esteja diante do desafio de uma auditoria inicial, ou seja,

as demonstrações contábeis de uma entidade serão auditadas pela primeira vez

ou as demonstrações do exercício anterior foram auditadas por outros auditores

(antecessor).

A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a audi-

toria seja inicial ou em trabalho recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial,

o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de planejamento, man-

tendo contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de

seus papéis de trabalho e aplicando procedimentos de auditoria necessários para

obter evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos saldos iniciais.

Portanto, o planejamento da primeira auditoria em uma entidade é diferente

(mais extenso) do que aquele realizado para uma entidade já auditada anterior-

mente. Atenção, pois o óbvio cai em prova!

Contudo, se o auditor já tiver avaliado as características próprias de uma en-

tidade em auditoria anteriormente realizada, ele não ficará dispensado de uma

nova avaliação, se for recontratado para realizar outra auditoria para essa mesma

entidade. Isto porque a eficácia dos controles e a situação da entidade pode ter se

alterado ao longo do tempo, aumentando ou reduzindo os riscos de auditoria.

Trabalhos Iniciais/Saldos Iniciais - NBC TA 510

A NBC TA 510 trata da responsabilidade do auditor com referência aos saldos

iniciais em um trabalho de auditoria de primeiro ano.

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Em uma auditoria inicial, o auditor tem dois importantes objetivos sobre os sal-

dos iniciais. Primeiro ele deve assegurar-se de que os saldos iniciais estão livres

de distorções relevantes que afetem as demonstrações do ano em curso

(sob exame do auditor).

O outro objetivo é quanto à segurança de que as políticas contábeis refletidas

nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações do

período em curso que estão sob exame, ou as mudanças nessas políticas contábeis

estão devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de

acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Gonçalo Longo enfatiza que o objetivo do auditor em relação aos saldos ini-

ciais é o de que as demonstrações financeiras do ano corrente, cuja auditoria

está sob a sua responsabilidade, não sejam afetadas pelo efeito que deve ser re-

conhecido em anos anteriores em decorrência da correção de erros ou mudanças

de práticas contábeis.

Reforça o autor que esse objetivo não requer que o auditor examine as demons-

trações financeiras do ano anterior nem emita qualquer opinião sobre elas. Assim,

os procedimentos aplicados nos saldos iniciais não são os que seriam aplicáveis em

uma auditoria para emissão de opinião sobre esses saldos iniciais.

Veja a recente questão que caiu na prova de Auditor do Estado do Rio Grande

do Sul, elaborada pelo CEBRASPE:

Questão 1    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Quando do início de sua primeira

auditoria em determinada empresa, o auditor deve ter como objetivo primordial

a) aplicar os procedimentos de auditoria para as demonstrações contábeis do ano

corrente e do ano anterior.

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b) examinar as demonstrações financeiras do ano anterior, sem emitir opinião so-

bre seus saldos finais.

c) aplicar os procedimentos de auditoria sobre as demonstrações financeiras do

ano corrente a partir dos saldos iniciais, sem emitir opinião sobre eles.

d) realizar a circularização dos saldos iniciais a fim de emitir a sua opinião.

e) emitir sua opinião sobre as demonstrações contábeis do ano anterior, conside-

rando os seus saldos finais.

Letra c.

Como você viu, o objetivo do auditor em relação aos saldos iniciais é o de que as

demonstrações financeiras do ano corrente, cuja auditoria está sob sua respon-

sabilidade, não sejam afetadas pelo efeito que deve ser reconhecido em anos an-

teriores em decorrência da correção de erros ou mudanças de práticas contábeis.

Esse objetivo não requer que o auditor examine as demonstrações financeiras do

ano anterior nem emita opinião sobre elas. Assim, os procedimentos aplicados nos

saldos iniciais não são os que seriam aplicáveis em uma auditoria para emissão de

opinião sobre esses saldos iniciais.

Ao examinar os saldos iniciais, se o auditor obtiver evidência de que os saldos

iniciais contêm distorções que poderiam afetar de forma relevante as demonstra-

ções contábeis do período corrente, ele deve executar procedimentos adicionais de

auditoria que forem apropriados nas circunstâncias para determinar o efeito sobre

as demonstrações contábeis no período corrente.

Se o auditor concluir que existem distorções nas demonstrações contábeis do

período atual, o auditor deve comunicar as distorções para o nível apropriado de

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administração e aos responsáveis pela governança e, se o efeito da distorção não

é devidamente registrado ou adequadamente apresentado ou divulgado, o auditor

deve expressar a opinião com ressalva ou opinião adversa, conforme apropria-

do, de acordo com a NBC TA 705.

Caso o auditor não consiga obter evidência de auditoria apropriada e suficiente

com relação aos saldos iniciais, ele deve expressar a opinião com ressalva ou

abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, conforme apropriado,

de acordo com a NBC TA 705.

Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Rele-


vante por Meio do Entendimento da Entidade e do seu
Ambiente – NBC TA 315(R1)
Risco de Auditoria

Antes de abordarmos a norma que trata da avaliação de riscos de distorções re-

levantes nas demonstrações financeiras, entendo oportuno que você estude o risco

de auditoria com base na NBC TA 200.

Muita atenção, pois trata-se de um dos assuntos mais cobrados em prova

pelo CESPE/CEBRASPE e pela FCC.

A auditoria é um trabalho complexo, que envolve a aplicação de variados e so-

fisticados procedimentos para sua consecução. Assim, é inevitável que em todos

os trabalhos de auditoria haja certo grau de risco de que erros ou irregularidades

existentes nos registros e nas demonstrações contábeis possam não ser detectados

durante o procedimento de auditoria.

Quando os erros não são significativos e consequentemente não invalidam

as demonstrações contábeis examinadas ou a gestão, o risco de ser o auditor

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responsabilizado por sua omissão é pequeno e seus efeitos no conceito do auditor

podem ser irrelevantes. Pode ocorrer, entretanto, que um erro ou irregularidade re-

levante não seja descoberto e isso pode macular o prestígio do auditor e envolvê-lo

em processo de responsabilização seriamente prejudicial à sua carreira profissional.

Portanto, tomar decisões sobre risco de auditoria representa um dos passos

principais na realização de uma auditoria. O conceito de risco de auditoria é impor-

tante como forma de expressão da ideia de segurança razoável. O auditor avalia os

componentes do risco de auditoria – risco inerente, risco de controle e risco de de-

tecção -, para orientar suas decisões tanto sobre a natureza, a época de realização,

a extensão de procedimentos de auditoria e sobre a formação da equipe.

Risco de auditoria é a probabilidade de o auditor expressar uma opinião ina-

dequada sobre demonstrações contábeis que apresentem distorções relevantes.

Ou seja, é o risco de o auditor emitir opinião sem ressalva acerca de demonstrações

contábeis que contenham erros ou fraudes relevantes.

Os conceitos de risco e de segurança razoável são o inverso um do outro. Quan-

to mais certo o auditor desejar estar de que está expressando uma opinião correta,

mais baixo será o risco de auditoria que estará inclinado a aceitar. Por exemplo, se

desejar um nível de certeza de 98%, o risco de auditoria será de 2%.

O objetivo da auditoria é reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente

baixo. Não existe “risco zero” em auditoria!

Cuidado em prova para situações que não configuram risco de auditoria. Para fins

das normas de auditoria contábil, o risco de auditoria não inclui o risco de que o au-

ditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêm dis-

torção relevante quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é insignificante.

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Vou explicar melhor. As normas exigem que o auditor, diante de uma possível dis-

torção relevante, discuta o caso com a administração e aplique procedimentos adi-

cionais para se certificar de que realmente ocorreu uma distorção relevante. Logo,

esse risco (tipo de conclusão errônea) afeta a eficiência da auditoria e não a sua

eficácia, porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer

que as conclusões iniciais estavam incorretas.

A NBC TA 200 estabelece ainda que o risco de auditoria é um termo técnico relacio-

nado ao processo de auditoria; ele não se refere aos riscos de negócio do auditor,

tais como perda decorrente de litígio, publicidade adversa ou outros eventos surgi-

dos em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis.

O risco de auditoria possui dois elementos-chave que são:

a) o risco de distorção relevante, que se divide em riscos inerentes e de controle; e

b) o risco de detecção.

O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de

detecção. Isso porque o auditor considera o risco de distorção relevante, avaliando

o risco inerente e o risco de controle, para estabelecer o nível de risco que deve

aceitar em seus testes: o chamado risco de detecção.

Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção

tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da

afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o

auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portan-

to, mais persuasivas as evidências de auditoria exigidas pelo auditor.

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O Risco de Distorção Relevante (Também Denominado de


Risco residual)

Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:

a) no nível geral da demonstração contábil; e

b) no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil refe-

rem-se aos riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada

às demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas

afirmações.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação (saldo de uma conta, por

exemplo) são avaliados para que se determine a natureza, a época e a extensão

dos procedimentos adicionais de auditoria necessários para a obtenção de evidên-

cia de auditoria apropriada e suficiente.

Essa evidência possibilita ao auditor expressar uma opinião sobre as demons-

trações contábeis em um nível aceitavelmente baixo de risco de auditoria.

Os auditores usam várias abordagens para cumprir o objetivo de avaliar os ris-

cos de distorção relevante. Por exemplo, o auditor pode fazer uso de um modelo

que expresse a relação geral dos componentes do risco de auditoria em termos ma-

temáticos para chegar a um nível aceitável de risco de detecção. Alguns auditores

julgam tal modelo útil no planejamento de procedimentos de auditoria.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois com-

ponentes: risco inerente e risco de controle. Eles são riscos da entidade; eles

existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis!

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Entenda porque o risco de distorção relevante é também denominado de risco residual!

Os riscos inerentes, de fraude, por exemplo, são aqueles que existem em função

da natureza de uma conta ou processo, independente dos controles internos da

entidade. Os riscos inerentes são identificados pelo auditor durante a fase de iden-

tificação e de avaliação de riscos. Ocorre que a administração reduz esses riscos

mediante o desenho e a implementação de controles internos e procedimentos que

reduzirão esses riscos a um nível aceitavelmente baixo. Logo, o montante de risco

remanescente, depois de desenhados e implementados os controles internos, é o

risco de distorção relevante, que algumas vezes é denominado risco residual.

O Risco Inerente

O risco inerente é a probabilidade de distorções relevantes não levando em con-

ta os controles internos existentes. Depende da natureza da entidade ou da área

ou da conta examinada, sem considerar os controles. Ele varia de acordo com a

atividade da entidade, afirmações e saldos e divulgações.

O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de

transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele

pode ser mais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores deriva-

dos de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa.

Fatores na entidade e no seu ambiente, relacionados a várias ou todas as clas-

ses de transações, saldos contábeis ou divulgações também podem influenciar o

risco inerente relacionado a uma afirmação específica. Tais fatores podem incluir,

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por exemplo, falta de capital de giro suficiente para a continuidade das operações

ou uma indústria em declínio caracterizada por um grande número de falências (ou

fracassos de negócio).

Os riscos de negócio decorrem de condições, eventos, circunstâncias, ações

ou falta de ações significativas que poderiam afetar de maneira adversa a capacida-

de da entidade de alcançar seu objetivo e executar suas estratégias. Isso também

poderia incluir a determinação de objetivos e estratégias inadequados.

O risco de negócio também inclui eventos que surgem da mudança, complexi-

dade ou falha em reconhecer a necessidade de mudança. A mudança pode surgir,

por exemplo: a) do desenvolvimento de novos produtos que não dão certo; b) de

mercado inadequado, mesmo se novos produtos forem desenvolvidos com suces-

so; ou c) de falhas nos produtos que podem resultar em passivos e prejudicar a

reputação da entidade.

O risco de fraude está relacionado com eventos ou condições que indicam

incentivo ou pressão para que a fraude seja perpetrada ou oferecem oportunidade

para que ela ocorra.

O entendimento do negócio e dos fatores de risco de fraude pelo auditor au-

menta a probabilidade de serem identificados os riscos de distorção relevante. En-

tretanto, o auditor não é responsável por identificar nem avaliar todos os possíveis

riscos de negócio.

O Risco de Controle

O risco de controle depende da eficácia do desenho, implementação e manuten-

ção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados

que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade relevantes para a elabora-

ção das demonstrações contábeis da entidade.

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Contudo, o controle interno, independentemente da qualidade do seu desenho

e operação, pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas

demonstrações contábeis, por causa das limitações inerentes ao controle interno.

Essas limitações incluem, por exemplo, a possibilidade de erros ou equívocos hu-

manos, ou de controles contornados por conluio ou burla inapropriada da adminis-

tração. Portanto, algum risco de controle sempre existe.

As normas de auditoria geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco

de controle separadamente, mas a uma avaliação combinada dos “riscos de distor-

ção relevante”. Contudo, o auditor pode fazer avaliações separadas ou combinadas

do risco inerente e do risco de controle, dependendo das técnicas de auditoria ou

metodologias e considerações práticas.

A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em termos

quantitativos, como porcentagens, ou em termos não quantitativos. De qualquer

maneira, a necessidade de que o auditor faça avaliações adequadas é mais impor-

tante do que as diferentes abordagens pelas quais elas são feitas.

O Risco de Detecção

O risco de detecção se relaciona com a natureza, época e extensão dos proce-

dimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um

nível aceitavelmente baixo. Portanto, é uma função da eficácia de um procedimento

de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.

Algumas medidas ajudam os auditores a aprimorarem a eficácia de um procedi-

mento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que um auditor

possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente

um procedimento de auditoria adequado ou interpretar erroneamente os resulta-

dos da auditoria. Portanto, reduzem o risco de detecção. São elas:

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a) planejamento adequado;

b) designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;

c) aplicação de ceticismo profissional; e

d) supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado.

As normas de auditoria estabelecem exigências e fornecem orientação sobre

o planejamento de uma auditoria de demonstrações contábeis e as respostas do

auditor aos riscos avaliados. O risco de detecção, porém, só pode ser reduzido,

não eliminado, devido às limitações inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre

existe risco de detecção.

MODELO DE RISCO DE AUDITORIA

Riscos da entidade

Bom, agora sim vamos estudar a NBC TA 315, que trata da responsabilidade do

auditor na identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes nas demons-

trações financeiras por meio do entendimento da entidade, do seu ambiente e de

seus controles.

É importante atentar que o entendimento da entidade e de seu ambiente, in-

cluindo o seu controle interno, tem como objetivo identificar e avaliar os riscos

de distorção relevante nas demonstrações financeiras e esse entendimento,

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excetuando-se o caso específico de auditoria integrada, não está direcionado para

se emitir qualquer opinião sobre a eficácia ou eficiência do controle interno.

Nessa avaliação, assim como em qualquer outra fase do trabalho, é possível que

o auditor identifique deficiências no controle interno, que lhe permite apresentar

recomendações. Todavia, esse é um objetivo secundário em relação ao seu obje-

tivo principal em uma auditoria de demonstrações financeiras, que é a emissão da

opinião sobre essas demonstrações.

A identificação e a avaliação de riscos são fundamentais para que o auditor pos-

sa determinar as respostas adequadas aos riscos identificados. Entenda-se

por respostas adequadas a determinação dos procedimentos de auditoria que se-

jam os mais eficazes e eficientes nas circunstâncias específicas do trabalho.

Dessa forma, além da natureza do procedimento, o auditor, com base na avalia-

ção de riscos, deve determinar, também, a época e extensão dos testes de auditoria.

Definições

A NBC TA 315 apresenta as seguintes definições, para que se compreenda me-

lhor os termos utilizados na referida norma, a saber:

Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão in-

corporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os

diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

As afirmações contidas nas Demonstrações Financeiras (BP – Balanço Patrimo-

nial e DR – Demonstração do Resultado) podem assim ser classificadas e definidas:

Significado e outras considerações para o entendi-


Afirmação BP DR
mento
Existência X O ativo ou passivo existe na data especificada.

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Ocorrência X Transação que pertence à entidade ocorreu efetivamente no


período especificado.
Avaliação X O ativo ou passivo é registrado pelo seu apropriado valor.
Mensuração X Transação de receita ou de despesa é registrada pelo apro-
priado valor e no período adequado.
Integridade X X Não existem ativos, passivos, resultados (receitas ou des-
(ou completude) pesas) e divulgações que não tenham sido apropriadamente
registrados ou divulgados.
Direitos X Os ativos e passivos registrados pertencem à entidade.
e Obrigações
Apresentação X X São classificados, descritos e divulgados de acordo com a
e Divulgação estrutura de relatório que seja aplicável.
Fonte: Manual de Auditoria e Revisão de Demonstrações Financeiras, Claudio Gonçalo Longo, 2ª
edição, p. 142.

Cuidado em prova! As afirmações são feitas pela administração e não pelo auditor!

As demonstrações financeiras elaboradas pela administração, com a supervisão

dos responsáveis pela governança da entidade, contêm afirmações. O auditor deve

obter entendimento da entidade e de seu controle interno para avaliar os riscos de

que essas afirmações nas demonstrações apresentem distorções relevantes.

Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias,

ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a capaci-

dade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do

estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos res-

ponsáveis pela governança, administração e outros empregados para fornecer se-

gurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere

à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e

conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a

quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

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Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria

aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluin-

do o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de

distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis

das demonstrações contábeis e das afirmações.

Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que,

no julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.

1º REQUISITO DA NBC TA 315: PROCEDIMENTOS PRELIMINARES DE

AVALIAÇÃO DE RISCO E ATIVIDADES RELACIONADAS

O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma

base para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nos níveis das

demonstrações contábeis e das afirmações. Os procedimentos de avaliação de ris-

cos por si só, porém, não fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente

para suportar a opinião da auditoria.

Os procedimentos de avaliação de riscos incluem:

• indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se

houver essa função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor,

possam ter informações com possibilidade de auxiliar na identificação de ris-

cos de distorção relevante causados por fraude ou erro;

• procedimentos analíticos;

• observação e inspeção.

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Fonte: Guia de Utilização das Normas de Auditoria em Auditorias de Entidades de Pequeno e


Médio Portes da Federação Internacional de Contadores (IFAC).

Procedimentos analíticos devem ser aplicados pelo auditor em consonância com

a NBC TA 520. Eles compreendem a comparação de dados financeiros com orça-

mento ou períodos anteriores, assim como certos índices ou indicadores correlacio-

nados, como por exemplo percentual de custo de vendas sobre as vendas, percen-

tual histórico de inadimplência e outros.

Os procedimentos analíticos servem para identificar relações não usuais, ines-

peradas e eventuais problemas que são úteis para a identificação de riscos.

Como complemento às indagações, a observação e a inspeção fornecem infor-

mações sobre a entidade, sua forma de operação e outros aspectos importantes

para a avaliação de riscos, mediante a verificação de documentos e relatórios (ins-

peção) e acompanhamento de transações (observação).

O auditor deve considerar se as informações obtidas no processo de aceitação

ou continuidade do cliente são relevantes para a identificação de riscos de distor-

ção relevante.

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Se o sócio do trabalho executou outros trabalhos para a entidade, ele deve con-

siderar se as informações obtidas nesses trabalhos são relevantes para a identifica-

ção de riscos de distorção relevante.

Quando o auditor pretende usar as informações obtidas em sua experiência

prévia junto à entidade e em procedimentos de auditoria executados em auditorias

anteriores, o auditor deve determinar se as mudanças que ocorreram desde a au-

ditoria anterior podem afetar a sua importância para a auditoria corrente, ou seja,

se esse entendimento continua válido.

O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe encarregada do tra-

balho devem discutir a suscetibilidade de distorção relevante nas demonstrações

contábeis da entidade e a utilização da estrutura de relatório financeiro aplicável

aos fatos e circunstâncias da entidade. O sócio do trabalho deve determinar quais

assuntos devem ser comunicados aos membros da equipe encarregada do trabalho

não envolvidos na discussão.

2º REQUISITO: ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DE SEU AMBIENTE, IN-

CLUSIVE DE CONTROLE INTERNO

Entendimento da entidade e de seu ambiente

O auditor deve obter amplo conhecimento e entendimento das fontes que po-

dem gerar riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis.

Segundo a NBC TA 315, o entendimento da entidade e de seu ambiente abrange

o seguinte:

a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros fatores externos rele-

vantes, incluindo a estrutura de relatório financeiro aplicável;

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b) a natureza da entidade, incluindo: (i) suas operações; (ii) suas estruturas so-

cietária e de governança; (iii) os tipos de investimento que a entidade está fazendo

e planeja fazer, incluindo investimentos em entidades de propósito específico; e

(iv) a maneira como a entidade é estruturada e como é financiada;

c) a seleção e a aplicação pela entidade de políticas contábeis, inclusive as

razões para mudanças nessas políticas. O auditor deve avaliar se as políticas con-

tábeis da entidade são apropriadas para o negócio e compatíveis com a estrutura

de relatório financeiro aplicável e com as políticas contábeis usadas no setor de

atividade da entidade;

d) os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negócio relacionados que

possam resultar em risco de distorção relevante;

e) a mensuração e a revisão do desempenho das operações da entidade, por

meio de indicadores-chave, comparações com orçamento e períodos anteriores

e com indicadores de outras entidades, bem como remuneração de pessoal em

decorrência de medidas de desempenho. Esses indicadores podem criar pressões

que podem gerar a elaboração de demonstrações enganosas ou com informações

fraudulentas, que requerem atenção do auditor.

Logo, todos esses elementos e ainda os controles internos da entidade são con-

siderados fatores de risco.

O quadro a seguir apresenta as seis áreas de entendimento como sendo poten-

ciais fontes de risco.

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Entendimento do Controle Interno da Entidade


Como visto, controle interno é o processo planejado, implementado e mantido

pelos responsáveis pela governança, administração e outros empregados para for-

necer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se

refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das opera-

ções e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.

O auditor deve obter um entendimento do controle interno em todos os traba-

lhos de auditoria e esse entendimento do controle interno (relevante para a audi-

toria) envolve a execução de procedimentos de avaliação de risco para identificar

os controles que reduzirão, direta ou indiretamente, a possibilidade de distorções

relevantes. As informações obtidas ajudarão o auditor a:

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• avaliar o risco residual (risco inerente e de controle) de distorção relevante

nos níveis de demonstração contábil e de afirmação; e

• desenhar procedimentos adicionais de auditoria que respondam aos riscos

avaliados

Embora seja mais provável que a maioria dos controles relevantes para a audi-

toria esteja relacionada com as demonstrações contábeis, nem todos os controles

que se relacionam com as demonstrações contábeis são relevantes para a audito-

ria. É uma questão de julgamento profissional de o auditor determinar se um con-

trole, individualmente ou em combinação com outros, é relevante para a auditoria.

Na obtenção do entendimento dos controles que são relevantes para a audito-

ria, o auditor deve avaliar o desenho desses controles e determinar se eles foram

implementados, por meio da execução de procedimentos, além de indagações jun-

to ao pessoal da entidade.

Componentes do Controle Interno

As normas de auditoria, tomando como referência o estudo do Comitê das En-

tidades Patrocinadoras – COSO, sigla em inglês, define que os diversos tipos de

controle interno existentes em uma entidade são divididos em cinco componentes-

-chave, como apresentado a seguir.

Cada um desses componentes deve ser tratado pelo auditor como parte do en-

tendimento do controle interno (sobre relatórios financeiros) e informações para

considerar como os diferentes aspectos do controle interno podem afetar a audito-

ria.

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Ambiente de Controle

O ambiente de controle é a base de todo o sistema de controle interno. Ele forne-

ce o conjunto de regras e a estrutura, além de criar um clima que influi na qualidade

do controle interno em seu conjunto. Os elementos do ambiente de controle são:

• a integridade pessoal e profissional e os valores éticos da direção e do quadro

de pessoal, incluindo uma atitude de apoio ao controle interno, durante todo

o tempo e por toda a organização;

• o comprometimento com a competência;

• o perfil dos superiores (ou seja, a filosofia da direção e o estilo gerencial); a

estrutura organizacional da entidade que fornece o arcabouço para planeja-

mento, execução, controle e monitoração das atividades de uma entidade;

• a atribuição de autoridade e responsabilidade que representa uma extensão

do desenvolvimento de uma estrutura organizacional e envolve aspectos es-

pecíficos de como e a quem autoridade e responsabilidade por todas as ativi-

dades da entidade serão atribuídas;

• as políticas e práticas de recursos humanos.

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O auditor deve obter entendimento do ambiente de controle, avaliando se a

administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, criou

e manteve uma cultura de honestidade e conduta ética, e ainda os pontos fortes

no ambiente de controle fornecem coletivamente fundamento apropriado para os

outros componentes do controle interno, e se os outros componentes não são pre-

judicados por deficiências no ambiente de controle.

Processo de Avaliação de Risco da Entidade

O segundo componente do controle interno corresponde ao processo de avalia-

ção de risco desenvolvido e implementado pela entidade com o objetivo de identifi-

car os riscos de negócio relevantes para as demonstrações financeiras, estimar sua

significância, probabilidade de ocorrência e decidir sobre as ações a serem tomadas

em resposta a esses riscos.

Conforme a NBC TA 315, o auditor deve buscar entender se a entidade tem

processo para:

• identificar riscos de negócio relevantes que afetam as demonstrações contábeis;

• estimar a significância dos riscos;

• avaliar a probabilidade de sua ocorrência; e

• decidir sobre ações em resposta a esses riscos.

Se a entidade estabeleceu tal processo, o auditor deve obter entendimento des-

se processo e de seus resultados.

Se o auditor identificar riscos de distorção relevante que a administração deixou

de identificar, o auditor deve avaliar se havia risco subjacente, do tipo que o auditor

esperava que fosse identificado pelo processo de avaliação de risco da entidade. Se

houver tal risco, o auditor deve obter entendimento do por que o processo deixou

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de identificá-lo e deve avaliar se o processo é apropriado às suas circunstâncias ou

deve determinar se há uma deficiência significativa nos controles internos relacio-

nados ao processo de avaliação de risco da entidade.

Se a entidade não estabeleceu tal processo ou se possui processo informal, o

auditor deve discutir com a administração se os riscos de negócio relevantes que

afetam as demonstrações contábeis foram identificados e como foram tratados.

O auditor deve avaliar se a ausência de processo de avaliação de risco docu-

mentado é apropriada nas circunstâncias ou determinar se a ausência de tal docu-

mentação representa uma deficiência significativa no controle interno.

Sistema de Informação Relevantes para as DC e sua


Comunicação

No que concerne ao componente “sistema de informação e comunicação”, vale

ressaltar que a informação e a comunicação são essenciais para a concretização

de todos os objetivos do controle interno. A identificação, a captura e a troca de

informações sob forma e em época tais, que permitam que as pessoas cumpram

suas responsabilidades.

O auditor deve obter entendimento do sistema de informação, inclusive dos

processos de negócio relacionados, relevantes para as demonstrações contábeis,

incluindo as seguintes áreas:

a) as classes de transações nas operações da entidade que sejam significativas

para as demonstrações contábeis

b) os procedimentos, tanto de tecnologia de informação (TI) quanto de sistemas

manuais, pelos quais essas transações são iniciadas, registradas, processadas, cor-

rigidas conforme a necessidade, transferidas para o razão geral e divulgadas nas

demonstrações contábeis;

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c) os respectivos registros contábeis, informações-suporte e contas específicas

nas demonstrações contábeis utilizados para iniciar, registrar, processar e reportar

transações; isto inclui a correção de informações incorretas e a maneira como as

informações são transferidas para o razão geral. Os registros podem estar em for-

ma manual ou eletrônica;

d) como o sistema de informações captura eventos e condições que são signifi-

cativos para as demonstrações contábeis, que não sejam transações;

e) o processo usado para elaborar as demonstrações contábeis da entidade,

inclusive estimativas e divulgações contábeis significativas; e

f) controles em torno de lançamentos de diário, inclusive lançamentos de diário

não rotineiros usados para registrar transações ou ajustes não usuais;

Esse entendimento do sistema de informação relevante para relatórios financei-

ros deve incluir aspectos relevantes desse sistema relacionados com informações

divulgadas nas demonstrações contábeis que são obtidas dentro ou fora do razão

geral e dos razões auxiliares.

O auditor deve obter entendimento de como a entidade comunica as funções e

responsabilidades sobre as demonstrações contábeis e assuntos significativos re-

lacionados com essas demonstrações, incluindo as comunicações entre a adminis-

tração e os responsáveis pela governança; e comunicações externas, tais como as

comunicações com os órgãos reguladores.

Atividades de Controle Relevantes para a Auditoria

Atividades ou procedimentos de controle são as políticas e procedimentos que

ajudam a assegurar que as diretrizes da administração estejam sendo seguidas.

Eles incluem autorizações, revisões de desempenho, processamento de informa-

ções, controles físicos e segregação de funções.

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O auditor deve obter entendimento das atividades de controle relevantes para a

auditoria, que são aquelas que o auditor julga necessário entender para avaliar os

riscos de distorção relevante no nível da afirmação (classe de transação, saldo de

conta ou divulgação nas demonstrações) e desenhar procedimentos adicionais de

auditoria em resposta aos riscos avaliados.

A auditoria não requer entendimento de todas as atividades de controle rela-

cionadas a cada classe significativa de transações, saldo de conta e divulgação nas

demonstrações contábeis ou a toda afirmação relevante nessas demonstrações.

No entendimento das atividades de controle da entidade, o auditor deve obter

entendimento de como a entidade respondeu aos riscos decorrentes de TI.

Monitoramento dos Controles

Monitoramento é um processo que avalia a qualidade do desempenho dos con-

troles internos ao longo do tempo. Envolve avaliação do desenho e da tempestivi-

dade de operação dos controles e a tomada de ações corretivas.

O auditor deve obter entendimento das principais atividades que a entidade uti-

liza para monitorar o controle interno relevante para as demonstrações contábeis,

inclusive àquelas relacionadas às atividades de controle relevantes para a auditoria

e como a entidade inicia ações corretivas para as deficiências nos seus controles.

Se a entidade tem auditoria interna, o auditor independente deve obter enten-

dimento da natureza das responsabilidades da auditoria interna, da sua posição

hierárquica na organização e das atividades executadas ou a serem executadas.

O auditor deve obter entendimento das fontes das informações usadas nas ati-

vidades de monitoramento da entidade e do embasamento sobre o qual a admi-

nistração considera as informações suficientemente confiáveis para esse propósito.

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3º REQUISITO: IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DISTOR-

ÇÃO RELEVANTE

Depois de obter o entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive de

seus controles internos, o auditor chega ao momento crucial da NBC TA 315 que

é o processo de avaliação de riscos de distorção relevante que irá indicar os pro-

cedimentos de auditoria a serem aplicados, que veremos na sequência desta aula

quando estudarmos a NBC TA 330.

O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:

• no nível das demonstrações contábeis; e

• no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulga-

ções, para fornecer uma base para a concepção e a execução de procedimen-

tos adicionais de auditoria.

Para este propósito, o auditor deve:

a) identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do entendimento

da entidade e do seu ambiente, inclusive controles relevantes relacionados com

os riscos, e considerando as classes de transações, saldos de contas e divulgações

(incluindo os aspectos quantitativos ou qualitativos dessas divulgações) nas de-

monstrações contábeis;

b) avaliar os riscos identificados e avaliar se eles se relacionam de forma ge-

neralizada às demonstrações contábeis como um todo e afetam potencialmente

muitas afirmações;

c) relacionar os riscos identificados àquilo que pode dar errado no nível da afir-

mação, levando em conta os controles relevantes que o auditor pretende testar; e

d) considerar a probabilidade de distorção, inclusive a possibilidade de múltiplas

distorções, e se a distorção potencial possa resultar em distorção relevante.

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Riscos Significativos e Não Significativos

Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer um


dos riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao exercer
esse julgamento, o auditor deve excluir os efeitos dos controles identificados rela-
cionados ao risco.
O auditor está interessado nos riscos significativos, considerando pelo menos o
seguinte:
• se o risco é um risco de fraude;
• se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza
econômica, contábil ou de outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica;
• a complexidade das transações;
• se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas;
• o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relaciona-
das ao risco, especialmente as mensurações que envolvam uma vasta gama
de incerteza de mensuração; e
• se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal
do negócio para a entidade ou que de outra forma pareçam não usual.

Se o auditor determinou que existe risco significativo, o auditor deve obter en-
tendimento dos controles da entidade, inclusive das atividades de controle, rele-
vantes para esse risco.

Risco para o qual Procedimentos Substantivos Sozinhos não


Fornecem Evidências de Auditoria Suficientes e Apropriadas

No que diz respeito a alguns riscos, o auditor pode julgar que não é possível ou

praticável obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas apenas a partir de

procedimentos substantivos.

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Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de classes

de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas características

frequentemente permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou

nenhuma intervenção manual. Em tais casos, os controles da entidade sobre esses

riscos são relevantes para a auditoria e o auditor deve obter entendimento deles.

Revisão da Avaliação de Risco

A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante no nível de afirmação

pode mudar durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de

auditoria são obtidas.

Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria executando

procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas informações, incompatíveis com

as evidências de auditoria em que o auditor originalmente baseou a avaliação, o

auditor deve revisar a avaliação e, portanto, modificar os procedimentos adicionais

de auditoria planejados.

Materialidade e Relevância no Planejamento e na Execu-


ção dos Trabalhos de Auditoria – NBC TA 320 (R1)
O conceito de materialidade ou relevância é muito importante em auditoria con-

tábil e ele está vinculado às normas de auditoria de planejamento, de execução dos

trabalhos e de elaboração de relatório/parecer, pois a materialidade definirá quais

os procedimentos que o auditor aplicará e o tipo de opinião que ele irá emitir.

Algo material é aquilo considerado relevante no contexto das demonstrações

contábeis como um todo e de cada conta.

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A meu ver, é mais adequado definirmos a materialidade ou relevância como:

a magnitude de uma omissão, erro ou classificação indevida de informação

contábil que, dadas as circunstâncias, torna provável que o julgamento de uma

pessoa razoável que tenha utilizado a informação teria sido mudado ou influenciado

pela omissão, erro ou classificação indevida.

Portanto, trata-se da magnitude de uma distorção ou do nível mínimo agregado

de erro ou classificação indevida em uma demonstração contábil, importante o sufi-

ciente para impedir que o auditor possa afirmar que a demonstração está apresen-

tada adequadamente de acordo com os princípios e práticas contábeis geralmente

aceitas ou com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Nesse contexto, erros

podem resultar de aplicação errônea de princípios, de contabilização inadequada ou

de omissão de informações.

A NBC TA 320 trata da responsabilidade do auditor independente de aplicar o

conceito de materialidade no planejamento e na execução da auditoria. Segundo

a referida norma, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou

valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demons-

trações financeiras como um todo, para reduzir de forma apropriada a probabili-

dade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto possam

exceder a materialidade para as demonstrações como um todo.

Determinação da Materialidade no Planejamento e na


Execução da Auditoria

O valor da materialidade para as demonstrações financeiras como um todo é

determinado ao se estabelecer a estratégia global de auditoria, por ocasião do pla-

nejamento da auditoria.

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Claudio Gonçalo Longo ressalta que essa materialidade, por exemplo, 5% do

resultado, não significa um valor que leve o auditor a considerar que todas as dis-

torções abaixo desse percentual são sempre consideradas como não relevantes. Se

o auditor identifica uma distorção que representa 4% do resultado, ele não pode

ignorá-la, sob o argumento de que ela está abaixo dos 5% estabelecidos como

materialidade no planejamento. As normas exigem que o auditor controle as dis-

torções para analisar tanto o seu efeito individual como o efeito agregado delas.

Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos

diferentes, ela em geral explica que:

• distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for ra-

zoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto,

influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas de-

monstrações contábeis;

• julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvi-

das, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combina-

ção de ambos; e

• julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demons-

trações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de

informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considera-

do o possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos,

cujas necessidades podem variar significativamente.

A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração

e Apresentação de Demonstrações Contábeis indica que, para entidade com fins

lucrativos, considerando que são os investidores que fornecem o capital de risco

para o empreendimento, o fornecimento de demonstrações contábeis que atendam

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suas necessidades atende, também, a maioria das necessidades dos outros

usuários das demonstrações contábeis.

A determinação da materialidade é afetada pela percepção do auditor das ne-

cessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis.

Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:

a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de con-

tabilidade e a disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis

com razoável diligência;

b) entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e

auditadas considerando níveis de materialidade;

c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no

uso de estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e

d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das de-

monstrações contábeis.

Quando uma ou mais classes de transações, saldos ou divulgações para os quais

poderia se esperar que distorções, mesmo que de valor menor do que a materiali-

dade para as demonstrações como um todo, poderiam influenciar as decisões dos

usuários, o auditor deve determinar o nível de materialidade para essas classes de

transações, saldos ou divulgação.

Considerações Específicas sobre Entidade do Setor Público

No caso de entidade do setor público, os legisladores e reguladores são fre-

quentemente os principais usuários das demonstrações contábeis. Além disso, as

demonstrações contábeis podem ser utilizadas para se tomar outras decisões que

não sejam econômicas.

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Logo, a determinação da materialidade para as demonstrações contábeis em

uma auditoria das demonstrações contábeis de entidade do setor público é, portan-

to, influenciada por lei, regulamentação ou outra autoridade e pelas necessidades

de informações financeiras de legisladores e do público em relação a programas do

setor público.

Balizadores para Determinação da Materialidade

Gonçalo Longo ensina que um primeiro grande balizador para determinação do

nível de materialidade para as demonstrações como um todo e para a execução da

auditoria é o fato de a entidade, cujas demonstrações estão sendo auditadas, ser

uma companhia aberta ou fechada. Um segundo balizador é o fato de a entidade

atuar em uma atividade regulamentada (bancos, seguradoras) ou não.

Uma companhia fechada com poucos acionistas, que não pretende abrir seu

capital nos próximos anos, cujas dívidas não estão representadas por valores mo-

biliários negociáveis (debêntures, por exemplo), terá um valor de materialidade

maior do que uma companhia aberta ou com instrumentos de dívida negociados no

mercado e que atue e atividade regulamentada.

Uma vez determinado o nível de materialidade para as demonstrações como

um todo, o auditor estabelece a materialidade para a execução da auditoria. Ela

significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante

para as demonstrações financeiras como um todo, para adequadamente reduzir a

um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detecta-

das em conjunto excedam a materialidade para as demonstrações financeiras como

um todo, portanto, a materialidade para execução da auditoria é um percentual da

materialidade para as demonstrações como um todo.

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O valor da materialidade para a execução da auditoria tem uma influência direta

na determinação da extensão dos procedimentos de auditoria e, portanto, leva em

consideração o entendimento que o auditor tem da entidade, sua avaliação de risco

e o histórico de distorções identificadas em trabalhos anteriores e pelas expectati-

vas de distorções para a auditoria em curso.

Quanto maior o risco de distorção, menor será o percentual estabelecido

para a materialidade para a execução da auditoria e, portanto, maior será a

quantidade de evidência necessária de auditoria, implicando em maior extensão

de testes (tamanho maior de amostras) e procedimentos mais próximos da data

base das demonstrações.

Gonçalo Longo exemplifica. Em uma companhia aberta, regulamentada e com

uma avaliação de risco considerada normal no processo de aceitação e continuida-

de, a materialidade para a execução da auditoria poderia começar com 50% até

atingir 75% da materialidade planejada para as demonstrações financeiras como

um todo, de acordo com o histórico de distorções identificadas e expectativa de

recorrência dessas distorções.

Como a materialidade para execução da auditoria é a distorção tolerável, quan-

to maior for esse percentual, maior será a distorção tolerável e menor será o volu-

me de testes, uma vez que o tamanho das amostras será menor.

O caminho inverso deve ser seguido para uma companhia fechada e não regu-

lamentada e com histórico de pouca ou nenhuma distorção identificada, ou seja,

nesse caso inicia-se por 75% da materialidade planejada para as demonstrações

como um todo e vai se reduzindo esse percentual até atingir 50%, à medida que o

risco vai aumentando.

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Referenciais a Serem Utilizados

Segundo a NBC TA 320, a determinação da materialidade para o planejamento

envolve o exercício de julgamento profissional. Aplica-se frequentemente uma

porcentagem a um referencial selecionado como ponto de partida para determinar

a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. Os fatores que

podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem:

a) os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, passivo, pa-

trimônio líquido, receita, despesa);

b) se há itens que tendem a atrair a atenção dos usuários das demonstrações

contábeis da entidade específica (por exemplo, com o objetivo de avaliar o desem-

penho das operações, os usuários tendem a focar sua atenção em lucro, receita ou

patrimônio líquido);

c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente

econômico em que atua;

d) a estrutura societária da entidade e como ela é financiada (por exemplo, se

a entidade é financiada somente por dívida em vez de capital próprio, os usuários

dão mais importância a informações sobre os ativos, e processos que os envolvam,

do que nos resultados da entidade); e

e) a volatilidade relativa do referencial. Uma entidade que alterna lucros em de-

terminados exercícios e prejuízos em outros não deve ter como referencial o resul-

tado. Uma boa medida pode ser o total de receitas, a margem bruta, o patrimônio

líquido ou outro referencial, mas não o seu lucro ou prejuízo.

Para ilustrar o processo de definição da materialidade para as demonstrações

contábeis como um todo, William Boynton e outros ensinam que são utilizados os

seguintes métodos na prática:

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• 5 a 10% do lucro antes do imposto de renda (10% para lucros menores, 5%

para maiores).

• 0,5% a 1% do ativo total.

• 1% do patrimônio líquido.

• 0,5% a 1% da receita bruta.

• um percentual variável sobre o ativo total ou a receita, o que for maior.

Em síntese, o conceito de materialidade ou relevância é aplicado pelo auditor:

• no planejamento da auditoria: para que o auditor defina a natureza, opor-

tunidade e extensão dos procedimentos e testes a serem aplicados;

• na execução da auditoria: para que o auditor reduza os riscos de não de-

tectar distorções relevantes;

• na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de

distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contá-

beis e na formação da opinião do auditor: se as distorções ultrapassam o

nível de materialidade global estabelecido, o auditor conclui que as demons-

trações apresentam distorções relevantes e terá que modificar a sua opinião,

ressalvando ou apresentando opinião adversa.

Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das dis-

torções que são consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:

a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação

de risco;

b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e

c) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais

de auditoria.

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Relação Existente entre Materialidade, Risco e Evidência


de Auditoria

A materialidade e o risco de auditoria são considerados no planejamento da au-

ditoria e revistos na execução dos testes.

Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido

de materialidade; isto é, quanto maior for o risco de auditoria, menor será o valor

estabelecido como nível de materialidade e vice-versa.

Ora, se o risco de erros e fraudes nas demonstrações é alto, o auditor tem que

estabelecer um nível de materialidade baixo, pois como esse valor tolerável de erro

é reduzido no contexto das demonstrações ou de uma conta específica, ele será

obrigado a aplicar maior volume de testes para revelar qualquer erro ou distorção

acima daquele valor.

Quando o risco é baixo, o auditor pode estabelecer uma materialidade mais alta,

só se preocupando em revelar erros ou distorções envolvendo valores significati-

vos. Por exemplo, só fará circularização de grandes credores ou clientes.

Assim, a materialidade é um dos fatores que afetam o julgamento do auditor so-

bre suficiência (isto é, a quantidade necessária) de evidência. Por exemplo, quanto

mais baixo o nível de materialidade/relevância, maior o volume necessário de evi-

dências (relação inversa). Ou seja, para obtenção de segurança razoável de que

qualquer erro ou classificação indevida de estoques não é superior a R$ 100 mil,

são necessárias mais evidências do que as necessárias para obtenção de segurança

razoável de que tais distorções não são superiores a R$ 200 mil.

Em que momento o auditor define a materialidade?

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Como visto, ao estabelecer a estratégia global de auditoria (planejamento), o

auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações financeiras como

um todo (materialidade global ou materialidade no planejamento) e, se nas

circunstâncias específicas da entidade houver uma ou mais classes de transações,

saldos contábeis ou divulgações que possam influenciar as decisões dos usuários,

também deve ser determinado um nível de materialidade para eles, denominada

de materialidade específica.

Materialidade para Execução de Auditoria


Planejar a auditoria somente para detectar distorção individualmente relevante

negligência o fato de que as distorções individualmente irrelevantes em conjunto

podem levar à distorção relevante das demonstrações contábeis e não deixa mar-

gem para possíveis distorções não detectadas.

A materialidade para execução da auditoria (que, conforme definição, é um ou

mais valores) é fixada para reduzir a um nível adequadamente baixo a probabilidade

de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto nas demonstrações

contábeis excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.

Da mesma forma, a materialidade para execução da auditoria relacionada a um

nível de materialidade determinado para classe específica de transações, saldos con-

tábeis ou divulgação é fixada para reduzir a um nível adequadamente baixo a probabi-

lidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto nessa classe

específica de transações, saldos contábeis ou divulgação excedam o nível de materia-

lidade para essa classe específica de transações, saldos contábeis ou divulgação.

Contudo, atenção em prova, pois a determinação de materialidade para exe-

cução de testes não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício

de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui

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sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação

de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias an-

teriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções

no período corrente.

Revisão da Materialidade no Decorrer da Auditoria

O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como

um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas

de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de

informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicial-

mente um valor (ou valores) diferente.

Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para as de-

monstrações contábeis tomadas em conjunto (e, se aplicável, o nível ou níveis de

materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulga-

ção) do que inicialmente determinado, o auditor deve determinar se é necessário

revisar a materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a época e a

extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam adequados.

Encerro aqui a parte teórica desta aula.

Resolva as questões a seguir e compare com o gabarito. Em caso de dúvida,

veja o gabarito comentado das questões ao final.

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RESUMO
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA CONTÁBIL – NBC TA 300

Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e

iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da

auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Essa

definição de auditoria como um processo contínuo está relacionada a um trabalho

recorrente (em que o auditor é contratado para auditar as DC de uma entidade em

mais de um exercício).

Atividades preliminares do trabalho de auditoria. O auditor deve realizar

atividades no início do trabalho de auditoria corrente que incluem o processo de

avaliação da continuidade de relacionamento com o cliente (ou de aceitação, no

caso de primeira auditoria) e a análise e conclusão sobre o cumprimento dos requi-

sitos éticos, inclusive de independência, assim como o entendimento dos termos

do trabalho.

Essas atividades preliminares do trabalho de auditoria no início do trabalho de

auditoria corrente auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou si-

tuações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e

realizar o trabalho de auditoria. Logo, a realização dessas atividades preliminares

permite ao auditor planejar o trabalho de auditoria para o qual, por exemplo:

• o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar o

trabalho;

• não há problemas de integridade da administração que possam afetar a dis-

posição do auditor de continuar o trabalho;

• não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho.

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Atividades de planejamento. As atividades de planejamento envolvem o es-

tabelecimento pelo auditor de uma estratégia global de auditoria que defina o al-

cance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano

de auditoria.

A estratégia global e o plano de auditoria estão relacionados entre si e não são

necessariamente processos isolados ou sequenciais, uma vez que mudanças em

um podem resultar em mudanças no outro.

Direcionamento, supervisão e revisão. A natureza, a época e a extensão do

direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu traba-

lho podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo:

• o porte e a complexidade da entidade;

• a área da auditoria;

• os riscos de distorções relevantes;

• a capacidade e a competência dos membros individuais da equipe que realiza

o trabalho de auditoria.

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Auditoria inicial – Saldos Iniciais

• A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a

auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente.

• Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidade de

estender as atividades de planejamento, mantendo contato com o auditor

antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho

e aplicando procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de

auditoria suficiente e apropriada relativa aos saldos iniciais.

• Em uma auditoria inicial, o auditor tem dois importantes objetivos sobre os

saldos iniciais: assegurar-se de que os saldos iniciais estão livres de distor-

ções relevantes que afetem as demonstrações do ano em curso (sob exame

do auditor) e obter segurança de que as políticas contábeis refletidas nos

saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações do

período em curso que estão sob exame, ou as mudanças nessas políticas

contábeis estão devidamente registradas e adequadamente apresentadas e

divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

• O objetivo do auditor em relação aos saldos iniciais é o de que as demonstra-

ções financeiras do ano corrente, cuja auditoria está sob a sua responsabilida-

de, não sejam afetadas pelo efeito que deve ser reconhecido em anos anterio-

res em decorrência da correção de erros ou mudanças de práticas contábeis.

• Esse objetivo não requer que o auditor examine as demonstrações financeiras

do ano anterior nem emita qualquer opinião sobre elas. iniciais.

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Risco De Auditoria

Fonte: Manual de Auditoria Financeira do TCU

RISCO DE AUDITORIA à é o risco ou a probabilidade de que o auditor emita

uma opinião inadequada sobre demonstrações financeiras que contém distorções

relevantes. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e

do risco de detecção.

RISCO DE DISTORÇÃO RELEVANTE (RESIDUAL) à é o risco ou a proba-

bilidade de ocorrência de erro e fraude relevante antes da auditoria, pois é da

entidade, sendo avaliado pelo auditor considerando-se o risco inerente e o risco

de controle.

RISCO INERENTE (OU INTRÍNSECO) à é a probabilidade de distorções rele-

vantes não levando em conta os controles internos existentes. Depende da nature-

za da entidade ou da área ou da conta examinada, sem considerar os controles. Os

riscos inerentes podem ser riscos de negócio ou de fraude.

RISCO DE CONTROLE à é a probabilidade de que os controles internos não

previnam ou detectem erros e fraudes relevantes. É uma função da eficácia dos

controles internos.

RISCO DE DETECÇÃO à se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos

procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria

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a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de

auditoria e de sua aplicação pelo auditor.

Entendimento da Entidade e Avaliação de Riscos

O entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo o seu controle in-

terno, tem como objetivo identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas

demonstrações financeiras e esse entendimento, excetuando-se o caso específico

de auditoria integrada, não está direcionado para se emitir qualquer opinião sobre

a eficácia ou eficiência do controle interno.

Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão in-

corporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os

diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

Risco de negócio é o risco de que alguma condição afete adversamente a em-

presa, impedindo-a de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.

Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos res-

ponsáveis pela governança, administração e outros empregados para fornecer se-

gurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere

à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e

conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a

quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno.

Os cinco componentes do controle interno:

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O auditor deve obter um entendimento do controle interno em todos os traba-

lhos de auditoria e esse entendimento do controle interno (relevante para a audito-

ria) envolve a execução de procedimentos de avaliação de risco para identificar os

controles que reduzirão, direta ou indiretamente, a possibilidade de distorções rele-

vantes. As informações obtidas ajudarão o auditor a: avaliar o risco residual (risco

inerente e de controle) de distorção relevante nos níveis de demonstração contábil

e de afirmação; e desenhar procedimentos adicionais de auditoria que respondam

aos riscos avaliados

Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplica-

dos para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o

controle interno da entidade, para a identificação e avaliação de riscos.

Risco significativo é o risco de distorção relevante.

Os procedimentos de avaliação de riscos incluem o seguinte: indagações à ad-

ministração; procedimentos analíticos; observação e inspeção.

O auditor deve observar o tipo de negócio da empresa, seus fatores de ativida-

de, tipos de investimentos e planejamentos para avaliar se os procedimentos con-

tábeis são adequados ao tipo de negócio que a empresa apresenta.

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O auditor deve avaliar se a entidade tem processo para: identificar riscos de ne-

gócio relevantes; estimar a significância dos riscos; avaliar a probabilidade de sua

ocorrência; e decidir sobre ações em resposta a esses riscos.

Se o auditor identificar riscos de erro relevante que a administração deixou de

identificar, o auditor deve avaliar se havia risco subjacente, do tipo que o auditor

esperava que fosse identificado pelo processo de avaliação de risco da entidade. Se

houver tal risco, o auditor deve obter entendimento do por que o processo deixou

de identificá-lo.

O auditor deve obter entendimento do sistema de informação, inclusive dos

processos de negócio relacionados, relevantes para as demonstrações contábeis.

O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante: no nível das

demonstrações contábeis; e no nível de afirmação para classes de transações, sal-

dos de conta e divulgações, para fornecer uma base para a concepção e a execução

de procedimentos adicionais de auditoria.

Quanto ao risco, o auditor deve considerar o seguinte: se é um risco de fraude;

se o risco está relacionado com assuntos recentes; a complexidade das transações;

se o risco envolve partes relacionadas; o grau de subjetividade; e se o risco envolve

transações que estejam fora do curso normal do negócio para a entidade ou que de

outra forma pareçam não usual.

Materialidade e Relevância no Planejamento e na Execução da Auditoria

Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das dis-

torções que são consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:

a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de

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risco; b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e c) determinar a na-

tureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

Materialidade global ou de planejamento:

A materialidade para as demonstrações financeiras como um todo (materia-

lidade global) é baseada no julgamento profissional do auditor sobre o valor (ou

conjunto de valores) mais alto de distorções que poderia estar incluído nas de-

monstrações financeiras sem afetar as decisões econômicas dos usuários das de-

monstrações financeiras. Se o valor de distorções não corrigidas, individualmente

ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida para o trabalho,

isso significa que as demonstrações financeiras apresentam distorções relevantes.

O valor da materialidade para as demonstrações financeiras como um todo é

determinado ao se estabelecer a estratégia global de auditoria, por ocasião do pla-

nejamento da auditoria.

Forma de Cálculo – Aplica-se uma porcentagem sobre o referencial como ponto

de partida para determinar o limite numérico da materialidade. A natureza do re-

ferencial e a porcentagem a ser aplicada baseiam-se em julgamento profissional.

Os fatores que podem afetar a identificação de referencial apropriado incluem,

entre outros, os elementos das demonstrações contábeis (por exemplo, ativo, pas-

sivo, patrimônio líquido, receita, despesa); se há itens que tendem a atrair a aten-

ção dos usuários das demonstrações contábeis da entidade específica; a natureza

da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o ambiente econômico em

que atua; a estrutura societária da entidade e como ela é financiada; e a a volati-

lidade relativa do referencial.

Materialidade para a execução da auditoria:

A materialidade para execução da auditoria significa o valor ou valores fixados

pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações financeiras

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como um todo, para reduzir de forma apropriada a probabilidade de que as distor-

ções não corrigidas e não detectadas em conjunto possam exceder a materialidade

para as demonstrações como um todo.

A materialidade para execução da auditoria é a distorção tolerável (erro tolerá-

vel) do trabalho de auditoria.

Será com base nesse valor que o auditor determinará a extensão dos proce-

dimentos. Isso significa que quanto maior o risco, menor será o percentual esta-

belecido para a materialidade para execução de auditoria e, portanto, maior será

a quantidade de evidência necessária de auditoria, implicando maior extensão de

testes (tamanho da amostra).

Embora a estrutura de relatórios financeiros discuta materialidade em termos

diferentes, ela em geral explica que:

• distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for ra-

zoavelmente esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto,

influenciar as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas de-

monstrações contábeis;

• julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvi-

das, e são afetados pela magnitude (aspecto quantitativo) e natureza (aspec-

to qualitativo) das distorções, ou a combinação de ambos; e

• julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demons-

trações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de

informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considera-

do o possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas

necessidades podem variar significativamente.

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A determinação da materialidade é afetada pela percepção do auditor das ne-

cessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis.

Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:

• possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de con-

tabilidade e a disposição de estudar as informações das demonstrações con-

tábeis com razoável diligência;

• entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e

auditadas considerando níveis de materialidade;

• reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no

uso de estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e

• tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das de-

monstrações contábeis.

A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo me-

cânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo en-

tendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução

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dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções

identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do au-

ditor em relação a distorções no período corrente.

Revisão da materialidade no decorrer da auditoria. O auditor deve revisar

a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável,

o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos

contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante

a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou va-

lores) diferente. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa

para as demonstrações contábeis tomadas em conjunto (e, se aplicável, o nível ou

níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou

divulgação) do que inicialmente determinado, o auditor deve determinar se é ne-

cessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a épo-

ca e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam adequados.

Fim da aula.

Bons estudos e até a próxima aula.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/UNIPAMPA/2009) Julgue o item seguinte.

Entre os objetivos principais do planejamento da auditoria ressalta-se o de assegu-

rar que todas as áreas da entidade auditada, independentemente de sua importân-

cia, recebam a mesma atenção.

Questão 2    (CESPE/SEDUC/AM/2011) Considerando os conceitos e as aplicações

da auditoria, julgue o item que se segue.

A necessidade de compatibilizar custo e benefício condiciona o auditor a limitar o

tempo e os recursos a serem despendidos, o que reforça a importância de se reali-

zar o planejamento dos trabalhos. Nesse planejamento, não é recomendável que o

auditor baseie-se na premissa de que todas as informações ou registros contenham

erros ou fraudes, até prova em contrário.

Questão 3    (CESPE/TCU/2011) Com relação aos conceitos gerais e aspectos bási-

cos do trabalho de auditoria, julgue o item que se segue.

Considere que Carlos periodicamente realize auditorias na entidade A e que, pela

primeira vez, realizará auditoria na entidade B. Nessa situação, conforme a legis-

lação, Carlos deve efetuar um planejamento de auditoria na entidade B diferente

daquele que ele utiliza para efetuar suas costumeiras auditorias na entidade A.

Questão 4    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A proposta de trabalho de auditoria fornece as bases para o processo de preparação

e planejamento da auditoria e, uma vez que se trata de documento de autoria dos

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auditores independentes, não deve sofrer influência da administração da entidade

a ser auditada.

Questão 5    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A definição do volume de informações necessárias à demarcação dos objetivos

gerais da auditoria independe do conhecimento específico das peculiaridades da

entidade que se pretende auditar.

Questão 6    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

Se determinado auditor já tiver avaliado as características próprias de uma entida-

de em auditoria anteriormente realizada, ele ficará dispensado de uma nova ava-

liação dessas características, se for recontratado para realizar outra auditoria para

essa mesma entidade.

Questão 7    (CESPE/TCE/PA/2016) De acordo com as Normas Técnicas de Audito-

ria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o

item a seguir.

No planejamento da auditoria de demonstrações contábeis, o auditor deve definir

uma estratégia global para o trabalho e preparar documentação que permita que

qualquer usuário entenda os procedimentos a serem executados para o cumpri-

mento das normas de auditoria.

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Questão 8    (FCC/TCE/SP/AUDITOR/2013 – COM ADAPTAÇÃO) NÃO constitui uma

recomendação que deve ser considerada pelos responsáveis pelo planejamento da

auditoria:

a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão da entidade.

b) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos

anteriores, semelhantes ou relacionados.

c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a se-

rem utilizados, levando-se em conta a política de gestão de riscos da entidade.

d) a rejeição do uso de trabalho de especialistas na área de atuação da entidade

auditada, sob pena de comprometer o sigilo inerente aos trabalhos.

e) a expectativa da entidade externada aos auditores internos antes do início dos

trabalhos.

Questão 9    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) O planejamento da auditoria é a fase

na qual são fixadas as ações a serem executadas no trabalho de campo. Entre os

principais conceitos sobre os quais está fundamentada esta atividade figura a

a) legalidade.

b) relevância.

c) impessoalidade.

d) objetividade.

e) publicidade.

Questão 10    (FCC/TCE/GO/FINANÇAS/2014) Nas atividades de planejamento de

auditoria independente, deve o auditor estabelecer uma estratégia global que defi-

na o alcance, a época e a direção da auditoria. Assim, ao definir a estratégia global,

deve o auditor, entre outros, nos termos da NBC TA 300:

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I – elaborar o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimen-

tos aplicáveis na revisão de seu trabalho.

II – definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da

auditoria e a natureza das comunicações requeridas.

III – identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

IV – considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significa-

tivos para orientar os esforços da equipe do trabalho.

V – determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para

realizar o trabalho.

Está correto o que consta APENAS em

a) IV e V.

b) III, IV e V.

c) II, III, IV e V.

d) I e III.

e) I, II e III.

Questão 11    (FCC/ASSEMB.LEG/PE/2014) Em relação ao Planejamento de Audi-

toria, considere:

I – No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformida-

de nas práticas contábeis adotadas pela entidade.

II – Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao

auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão considerados.

III – O Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia logo após a contra-

tação dos serviços.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) III.

b) II e III.

c) I.

d) II.

e) I e III.

Questão 12    (CESPE/SDS/PE/PERITO/CONTÁBEIS/2016) A respeito das ativida-

des preliminares ao trabalho de auditoria das demonstrações contábeis, assinale a

opção correta.

a) é vedada a realização de auditoria com apenas um profissional, ainda que ele

seja o responsável pela entidade de auditoria.

b) havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser altera-

do, uma vez que a estratégia global de auditoria é inalterável.

c) a supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos

de levantamento.

d) no caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados

logo após — ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.

e) o plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estra-

tégia global de auditoria.

Questão 13    (FCC/SEFAZ/MA/AUDITOR-FISCAL/2016) O documento que inclui a

natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados

pelos membros da equipe de trabalho é denominado de

a) roteiro de auditoria.

b) plano de auditoria.

c) papeis de trabalho.

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d) normas de auditoria.

e) estratégia para execução dos trabalhos.

Questão 14    (FCC/MPE/PE/ANALISTA/AUDITOR/2018) As normas de planeja-

mento de auditoria das demonstrações contábeis determinam que se documente

a) as versões superadas das demonstrações contábeis, plano de auditoria e cópias

de documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos.

b) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global, notas que re-

flitam entendimento preliminar e documentos em duplicata.

c) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e cópias de documentos

corrigidos em decorrência de erros tipográficos.

d) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e eventuais alterações sig-

nificativas ocorridas na estratégia global.

e) as notas que reflitam entendimento preliminar, o plano de auditoria e eventuais

alterações significativas ocorridas na estratégia global.

Questão 15    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2018) O controle que funciona é o controle

preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades e acompanha paripassu

a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta, esclarece e

alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial, median-

te critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade.

(LIMA, Luiz Henrique. O Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os

Tribunais de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA,

Weder; CAMARGO, João Batista. Contas Governamentais e Responsabilidade Fis-

cal: Desafios para o Controle Externo. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.135)

Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:

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a) o planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste pri-

meiramente na identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequente-

mente na determinação da materialidade.

b) é possível, na ponderação de materialidade, estabelecer um valor abaixo do

qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre

avaliadas como não relevantes.

c) independentemente das informações reveladas no transcurso da auditoria, é im-

portante que o auditor não revise a materialidade para as demonstrações contábeis

como um todo.

d) no controle de legalidade que faz o Tribunal de Contas, não se deve levar em con-

ta a materialidade, pois todas as transações devem ser individualmente apreciadas.

e) a avaliação de relevância de eventuais distorções é o fundamento para determi-

nação da época, extensão e natureza de procedimentos a aplicar.

Questão 16    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) No início do planejamento de uma

auditoria, a questão crítica é a definição do volume de informações necessário à

obtenção de uma segurança razoável. Essa decisão depende

a) do conhecimento específico sobre a atividade da entidade.

b) do tipo de opinião expressada no relatório final.

c) da quantidade de pessoas envolvidas no trabalho de auditoria.

d) da existência de recursos eletrônicos de informação.

e) do conhecimento da legislação aplicável.

Questão 17    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) A estratégia global e o plano de

auditoria são processos

a) estanques.

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b) dependentes.

c) sucessivos.

d) autônomos.

e) relacionados.

Questão 18    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Caso não consiga obter evidên-

cia apropriada e suficiente para assegurar a existência física de saldo inicial de

estoques, o auditor deve, no que se refere ao desempenho e aos fluxos de caixa,

fazer constar no relatório as expressões

a) opinião com ressalva ou opinião adversa.

b) opinião sem ressalva ou opinião adversa.

c) opinião com ressalva ou abstenção de opinião.

d) opinião sem ressalva ou abstenção de opinião.

e) opinião adversa ou abstenção de opinião.

Questão 19    (CESPE/TCE/MG/2018) Antes de iniciar a etapa de planejamento de

determinada auditoria, o auditor deve

a) definir o envolvimento de especialistas.

b) estabelecer o entendimento dos termos do trabalho.

c) definir os procedimentos analíticos a serem aplicados.

d) obter entendimento global da entidade a ser auditada.

e) determinar a materialidade do objeto de auditoria.

Questão 20    (CESPE/TCE/MG/2018) O auditor designado para planejar a super-

visão dos membros da equipe de auditoria poderá, em seu planejamento, ignorar

a) a área da auditoria.

b) os riscos de distorções relevantes.

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c) a capacidade dos membros individuais da equipe.

d) as auditorias anteriormente realizadas.

e) o porte e a complexidade da entidade.

Questão 21    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) Para efeito de avaliação de risco

de auditoria, o planejamento auditorial deve ser um processo permanente, que se

renova a cada procedimento, com base nos resultados apurados em cada etapa da

execução do trabalho. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que

a) o risco de detecção ocorre quando o auditor, ao aplicar os procedimentos de

auditoria, não percebe ou identifica os erros.

b) os riscos de auditoria podem ser classificados segundo os diferentes tipos de

entidades.

c) o risco é explícito quando o erro ou irregularidade não é detectável pelo sistema

de controle interno.

d) os procedimentos específicos para a identificação de riscos devem ser estabele-

cidos e aplicados pelo auditor durante a realização dos exames.

e) erros e irregularidades encontrados nos registros e nas demonstrações contá-

beis constituem os chamados riscos inevitáveis.

Questão 22    (CESPE/TCU/2011) Com referência ao planejamento e à execução da

auditoria, julgue o item subsequente.

A hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as demonstra-

ções contábeis contêm distorção relevante constitui, na acepção das normas brasi-

leiras de contabilidade um tipo de risco considerado insignificante.

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Questão 23    (CESPE/TCU/2013) No que concerne ao planejamento da auditoria,

julgue o item seguinte.

Os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências que eliminariam os

riscos de um julgamento equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente,

presente, por exemplo, na situação em que uma empresa competidora de licitação

bilionária é levada a elaborar demonstrações contábeis que favorecem sua imagem

quanto à sua real situação econômico-financeira.

Questão 24    (CESPE/TCE/PA/2016) De acordo com as Normas Técnicas de Audi-

toria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue

o item a seguir.

Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma

classe de transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma

afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação.

Questão 25    (CESPE/TCU/2015) Julgue o próximo item, acerca das normas técni-

cas de auditoria.

O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua

vontade, vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações

contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria di-

vide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

Questão 26    (CESPE/MC/2013) A respeito da auditoria interna e da externa, jul-

gue o item seguinte.

Por mais que se ampliem os procedimentos de auditoria aplicados, sempre haverá

algum nível de risco de detecção.

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Questão 27    (FCC/TCE/SP/AUDITOR/2013) Em auditoria, o denominado risco de

detecção

a) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo

auditor para emissão de seu relatório.

b) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está

sendo auditada.

c) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transa-

ções por ela praticadas.

d) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja,

é inerente à entidade.

e) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos proce-

dimentos de auditoria.

Questão 28    (FCC/TRT/6ª REG/ANALISTA/2012) A empresa Condor S.A. atua no

segmento de crédito pessoal, com financiamentos de até R$ 30.000,00. Como sua

política de análise de crédito é bastante flexível, possui um volume de operações

grande, fazendo com que as perdas por inadimplência sejam absorvidas pelas ope-

rações. Como a política comercial é atuar junto a grandes lojas de varejo, a em-

presa concede aos inadimplentes, 80% de perdão nas multas e juros, concedido

pelo próprio colaborador no caixa, desde que o cliente venha até as lojas parceiras

para quitar os débitos. O auditor constatou que devido à facilidade da concessão

dos descontos, os funcionários passaram a se apropriar das quitações em dinheiro

feita pelos inadimplentes, dando o desconto e ficando com o dinheiro. Segundo os

conceitos de auditoria externa, referida fraude evidencia um risco de

a) detecção.

b) controle.

c) monitoramento.

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d) inerente.

e) operações.

Questão 29    (FCC/TCE/AM/ANALISTA/2013) As dificuldades próprias dos traba-

lhos de auditoria tem como origem a natureza das informações contábeis e dos

procedimentos de auditoria, bem como a necessidade da condução dos trabalhos

em um período razoável. Assim, a possibilidade do auditor expressar uma opinião

inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorções relevantes,

a exemplo da diferença entre valores, recebe o nome de

a) riscos de auditoria.

b) erro operacional.

c) distorção de conclusão.

d) erro relevante.

e) acidente de auditoria.

Questão 30    (FCC/TRF/3ªREG/ANALISTA/2016) Um auditor independente verifi-

cou que o valor de uma demonstração contábil, antes da auditoria, era diferente

daquele exigido de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Nos

termos da NBC TA 200, a possibilidade dessa diferença ser relevante é considerada

um risco de

a) auditoria.

b) distorção relevante.

c) asseguração razoável.

d) derivado do julgamento profissional.

e) derivado do ceticismo profissional.

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Questão 31    (FCC/MPE/PE/ANALISTA/2012) É correto afirmar que o:

a) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a serem de-

senvolvidos na entidade.

b) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem adequa-

das para aplicação de testes substantivos em um grande número de itens auditados.

c) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a atividade da

entidade e as classes de transações e saldos que serão examinados pelo auditor.

d) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de

detecção.

e) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao próprio

trabalho a ser desenvolvido e, portanto, não há risco de auditoria.

Questão 32    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2014) Risco de auditoria é a possibilidade do

auditor expressar uma opinião inadequada pelo fato das demonstrações contábeis

apresentarem distorções relevantes. O auditor deve executar procedimentos para

que esse risco de auditoria seja reduzido a um nível aceitavelmente baixo. Mesmo

com a adoção desses procedimentos, pode ocorrer a não percepção de uma distor-

ção relevante, fato que é denominado

a) risco de detecção.

b) falha procedimental.

c) evidência não correlacionada.

d) diagnóstico de risco.

e) distorção não revelada.

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Questão 33    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2014) O risco de que uma distorção relevan-

te que indique que as demonstrações contábeis estejam apresentadas adequada-

mente, em todos os aspectos relevantes, não seja prevenida, detectada e corrigida

tempestivamente pelo sistema de controle interno da entidade auditada, caracteri-

za o risco de auditoria denominado

a) assistemático.

b) de detecção.

c) inerente.

d) de controle.

e) de conluio.

Questão 34    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Com relação às afirmações e

aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta.

a) os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.

b) os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras

como um todo.

c) a existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam

bens tangíveis.

d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.

e) as afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.

Questão 35    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

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Classificação e compreensibilidade são afirmações de auditoria que direcionam o

auditor para verificar se as informações contábeis estão adequadamente apresen-

tadas e descritas e se as divulgações estão claramente expressas.

Questão 36    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Ocorrência é a afirmação que direciona o auditor para verificar se os valores e ou-

tros dados relacionados a transações e eventos registrados foram adequadamente

registrados.

Questão 37    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Integridade é a afirmação que, na classe de transações, direciona o auditor para ve-

rificar se todas as transações e eventos que deviam ser registrados o foram, de fato.

Questão 38    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Corte é a afirmação da classe de saldos que direciona o auditor para verificar se na

entidade existem ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido.

Questão 39    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Entre os riscos envolvidos em uma

auditoria, o único que existe apenas em função da realização do trabalho de audi-

toria é o risco

a) residual.

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b) de controle.

c) de detecção.

d) de distorção relevante.

e) inerente.

Questão 40    (CESPE/SEFAZ/RS/AFTE/2019) Com relação a riscos, julgue os itens

a seguir.

I – Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos

externos para a avaliação de alguma informação.

II – Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar inter-

rupção do contrato com o cliente até que a questão seja sanada.

III – A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da

auditoria.

IV – Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e IV.

Questão 41    (CESPE/SEFAZ/RS/AFTE/2019) Na avaliação inicial de uma empresa

auditada, o auditor independente detectou a possibilidade de a entidade não vir a

concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender aos pré-

-requisitos estabelecidos pela instituição financeira. Nessa situação hipotética, de

acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um exemplo de risco

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a) de negócio.

b) inerente.

c) de controle.

d) significativo.

e) de fraude.

Questão 42    (CESPE/SEFAZ/RS/AFTE/2019) Assinale a opção que indica o com-

ponente de controle interno que serve de fundamento para os demais componentes

e que se refere diretamente aos valores éticos e à criação de uma cultura de hones-

tidade dentro de uma entidade.

a) ambiente de controle

b) processo de avaliação de risco

c) sistema de informação

d) atividades de controle

e) monitoramento dos controles

Questão 43    (CESPE/TRE/BA/ANALISTA/2017) Sabendo que, apesar de as clas-

ses das afirmações de auditoria contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade

aplicadas à Técnica de Auditoria (NBC TA) no Brasil seguirem o modelo das Normas

Internacionais de Auditoria (NIA), essa classificação é diferente da utilizada nas nor-

mas de auditoria nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, assinale a op-

ção correta, a respeito das características gerais das afirmações aplicadas no Brasil.

a) o conjunto das afirmações, apesar de ser utilizado tanto pela auditoria indepen-

dente como pela auditoria interna, possui finalidades distintas para aplicação nos

procedimentos e na coleta de evidências.

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b) conceitualmente, as afirmações de auditoria são provenientes dos auditores

— que as utilizam como critérios pré-estabelecidos — e norteiam a execução da

auditoria.

c) as afirmações utilizadas na auditoria são provenientes da administração da pró-

pria instituição auditada.

d) no setor público brasileiro, existência para a classe de transações e eventos tem a

mesma definição de ocorrência, utilizada para a classe de saldos no final do período.

e) o grupo das afirmações sobre classes de transações e o grupo das afirmações

sobre apresentação e divulgação compreendem todas as afirmações de auditoria.

Questão 44    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Com relação às afirmações e

aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta.

a) os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.

b) os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras

como um todo.

c) a existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam

bens tangíveis.

d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.

e) as afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.

Questão 45    (FCC/TCE/RS/2018) Em auditoria, risco é a possibilidade de que uma

distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada

por fraude ou erro, passe despercebida e cause manifestação incorreta do auditor.

Acerca dos riscos e seu controle:

a) alguns riscos, na opinião do auditor, requerem uma consideração especial e, por

esse motivo, são definidos como significativos.

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b) os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, fornecem evidências de au-

ditoria apropriadas e suficientes para suportar a opinião da auditoria.

c) na avaliação de riscos, não se deve realizar indagações à administração, à au-

ditoria interna ou a outros da própria entidade, por tendenciosidade de respostas.

d) para a avaliação de riscos, a estrutura societária da entidade auditada ou sua

natureza é irrelevante.

e) o auditor deve tomar o cuidado de não empregar sua experiência prévia com a

entidade auditada como fonte de informações para avaliação de riscos.

Questão 46    (CESPE/CGE/CE/AUDITOR DE CI/2019) Um dos dois componentes

de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma tran-

sação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante; outro

componente é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação

ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida

tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracteri-

zam o risco

a) de auditoria.

b) de controle.

c) inerente.

d) de distorção relevante.

e) de detecção.

Questão 47    (CESPE/TCU/2015) Com relação aos procedimentos necessários para

a realização e a correta conclusão da auditoria, julgue o item a seguir.

A determinação do escopo do trabalho constitui um dos pontos essenciais a se-

rem obrigatoriamente documentados nos papéis de trabalho do auditor, que deve

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observar o conceito de materialidade quanto aos procedimentos e à relevância da

informação, além de ter senso crítico e julgamento para direcionar o seu trabalho.

Questão 48    (CESPE/TCE/PR/2016) Assinale a opção correta, com referência à

determinação da materialidade e da relevância no planejamento e na execução da

auditoria.

a) é indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância

das distorções encontradas.

b) nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para

entidades públicas segue as mesmas regras e condições adotadas para as entida-

des privadas.

c) determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais,

ainda que afete a decisão de um usuário específico da informação contábil.

d) no caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas

como relevantes para o público em geral podem não ser relevantes para os inves-

tidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento.

e) na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do

relatório de auditoria desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.

Questão 49    (FCC/TRF/5ª REG/ANALISTA/2018) Segundo as Normas Brasileiras

de Contabilidade, em relação à relevância e aos riscos identificados durante o pro-

cesso de auditoria, é correto afirmar que

a) indícios de erros repetitivos, desde que não sejam relevantes, não requerem o

aprofundamento dos exames de auditoria.

b) a definição de onde aplicar, ou não, procedimentos analíticos ou amostragem

independem do nível de relevância do item examinado.

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c) ao definir seu plano de auditoria, o profissional deve estabelecer um nível de

relevância aceitável na detecção de distorções.

d) independentemente da relevância dos itens auditados, se a Administração da

entidade negar-se a ajustar as demonstrações contábeis, o auditor deve emitir um

parecer adverso.

e) existe uma relação direta entre o nível estabelecido de relevância e o risco de

auditoria.

Questão 50    (FCC/ISS/MANAUS/2019) Na avaliação de materialidade, é razoável

que o auditor assuma que os usuários de demonstrações financeiras

a) possuem aprofundado conhecimento de economia.

b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis

de materialidade.

c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.

d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.

e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.

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GABARITO
1. E 18. c 35. C

2. C 19. b 36. E

3. C 20. d 37. C

4. E 21. a 38. E

5. E 22. C 39. c

6. E 23. C 40. c

7. E 24. E 41. a

8. d 25. C 42. a

9. b 26. C 43. c

10. c 27. E 44. b

11. c 28. b 45. a

12. d 29. a 46. d

13. b 30. b 47. C

14. d 31. d 48. c

15. e 32. a 49. c

16. a 33. d 50. c

17. e 34. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/UNIPAMPA/2009) Julgue o item seguinte.

Entre os objetivos principais do planejamento da auditoria ressalta-se o de assegu-

rar que todas as áreas da entidade auditada, independentemente de sua importân-

cia, recebam a mesma atenção.

Errado.

O planejamento de uma auditoria é realizado justamente para que o auditor con-

centre maior atenção em áreas e processos que apresentem maior risco de falhas

e irregularidades. Assim, as áreas mais relevantes e que apresentam maior risco

serão auditadas com maior extensão e profundidade.

Questão 2    (CESPE/SEDUC/AM/2011) Considerando os conceitos e as aplicações

da auditoria, julgue o item que se segue.

A necessidade de compatibilizar custo e benefício condiciona o auditor a limitar o

tempo e os recursos a serem despendidos, o que reforça a importância de se reali-

zar o planejamento dos trabalhos. Nesse planejamento, não é recomendável que o

auditor baseie-se na premissa de que todas as informações ou registros contenham

erros ou fraudes, até prova em contrário.

Certo.

De acordo com as normas de auditoria contábil, o auditor não é obrigado e não

pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança ab-

soluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devi-

do a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como

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resultado, a maior parte das evidências de auditoria de que o auditor extrai suas

conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclu-

sivas. As limitações inerentes de uma auditoria originam-se, entre outros fatores,

da necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo

razoável e a um custo razoável.

No planejamento da auditoria, não é recomendável que o auditor baseie-se na pre-

missa de que todas as informações ou registros contenham erros ou fraudes, até

prova em contrário. O ceticismo profissional é um requisito importante da auditoria

externa, mas a não ser que existam razões para crer o contrário, o auditor deve

aceitar os registros e os documentos como legítimos. Caso as condições identifica-

das durante e auditoria levem o auditor a acreditar que um documento pode não

ser autêntico ou que os termos no documento foram modificados sem que o fato

fosse revelado ao auditor, este deve investigar o caso.

Questão 3    (CESPE/TCU/2011) Com relação aos conceitos gerais e aspectos bási-

cos do trabalho de auditoria, julgue o item que se segue.

Considere que Carlos periodicamente realize auditorias na entidade A e que, pela

primeira vez, realizará auditoria na entidade B. Nessa situação, conforme a legis-

lação, Carlos deve efetuar um planejamento de auditoria na entidade B diferente

daquele que ele utiliza para efetuar suas costumeiras auditorias na entidade A.

Certo.

Como é a primeira vez que Carlos realiza auditoria na entidade B, ele deve efetuar

um planejamento diferente daquele que ele utiliza na entidade A, aplicando proce-

dimentos adicionais.

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Em auditoria de demonstrações contábeis, as normas de auditoria estabelecem que

a finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a audito-

ria seja inicial ou em trabalho recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial

(pela primeira vez), o auditor pode ter a necessidade de estender as atividades de

planejamento, mantendo contato com o auditor antecessor, por exemplo, para con-

duzir a revisão de seus papéis de trabalho e aplicando procedimentos de auditoria

necessários para obter evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos

saldos iniciais.

Questão 4    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A proposta de trabalho de auditoria fornece as bases para o processo de preparação

e planejamento da auditoria e, uma vez que se trata de documento de autoria dos

auditores independentes, não deve sofrer influência da administração da entidade

a ser auditada.

Errado.

Embora o item tenha sido elaborado em 2012 já no contexto das novas normas de

auditoria – NBC TAs publicadas pelo CFC, ele tem como referência as normas de

auditoria vigentes antes de 2010, as NBC T11. Segundo aquelas normas, o plane-

jamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os traba-

lhos, de acordo com o teor da proposta de prestação de serviços e sua aceitação

pela entidade auditada. Embora a proposta de trabalho de auditoria elaborada pelo

auditor independente e aceita pela administração da entidade a ser auditada for-

neça base para o processo de preparação do planejamento da auditoria, deve ser

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discutida com a administração da entidade, para confirmar as informações obtidas

e possibilitar sua utilização na condução dos trabalhos a serem realizados. Logo,

há erro na afirmação de que a proposta de trabalho não deve sofrer influência da

administração da entidade a ser auditada.

Questão 5    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

A definição do volume de informações necessárias à demarcação dos objetivos

gerais da auditoria independe do conhecimento específico das peculiaridades da

entidade que se pretende auditar.

Errado.

O item pode ser solucionado na lógica. Ora, o conhecimento específico das pecu-

liaridades da entidade que se pretende auditar influencia a definição do volume de

informações necessárias à demarcação dos objetivos gerais da auditoria. A lógica

é: quanto maior conhecimento sobre um objeto a ser auditado, mais eficiente será

o controle sobre o mesmo e isso impacta no volume de informações necessário

para a definição dos objetivos gerais da auditoria.

Questão 6    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA-ÁREA 7/2012) Tendo em vista que os

objetivos de uma auditoria somente podem ser alcançados mediante o planeja-

mento cuidadoso dos trabalhos, julgue o item subsequente.

Se determinado auditor já tiver avaliado as características próprias de uma entida-

de em auditoria anteriormente realizada, ele ficará dispensado de uma nova ava-

liação dessas características, se for recontratado para realizar outra auditoria para

essa mesma entidade.

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Errado.

O planejamento da auditoria em trabalho recorrente é diferente (menos extenso)

do que em uma auditoria inicial, contudo, o item fala em recontratação do auditor, o

que fará com que o auditor aplique os procedimentos como se fosse uma auditoria

inicial. Outro erro no item é que ele fala em avaliação das características próprias

de uma entidade, de uma forma ampla, não cabendo, portanto, a dispensa de uma

nova avaliação dessas características, se o auditor for recontratado para realizar

outra auditoria para essa mesma entidade, até porque essas características, como

o ambiente de negócio, as estratégias, as atividades, os controles e, consequente-

mente, os riscos de distorção, podem alterar-se de um exercício para o outro.

Questão 7    (CESPE/TCE/PA/2016) De acordo com as Normas Técnicas de Audito-

ria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o

item a seguir.

No planejamento da auditoria de demonstrações contábeis, o auditor deve definir

uma estratégia global para o trabalho e preparar documentação que permita que

qualquer usuário entenda os procedimentos a serem executados para o cumpri-

mento das normas de auditoria.

Errado.

A primeira parte está certa. No planejamento da auditoria de demonstrações con-

tábeis, o auditor deve definir uma estratégia global para o trabalho. O erro está na

segunda parte, pois o auditor deve preparar documentação que permita a outro

auditor experiente entender os procedimentos a serem executados para o cumpri-

mento das normas de auditoria. Não é qualquer usuário da informação contábil e

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do relatório do auditor que conseguirá entender os procedimentos a serem execu-

tados examinando a documentação (papéis de trabalho) preparada pelo auditor.

Questão 8    (FCC/TCE/SP/AUDITOR/2013 – COM ADAPTAÇÃO) NÃO constitui

uma recomendação que deve ser considerada pelos responsáveis pelo planeja-

mento da auditoria:

a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão da entidade.

b) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos

anteriores, semelhantes ou relacionados.

c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a se-

rem utilizados, levando-se em conta a política de gestão de riscos da entidade.

d) a rejeição do uso de trabalho de especialistas na área de atuação da entidade

auditada, sob pena de comprometer o sigilo inerente aos trabalhos.

e) a expectativa da entidade externada aos auditores internos antes do início dos

trabalhos.

Letra d.

A rejeição do uso de trabalho de especialistas na área de atuação da entidade au-

ditada NÃO constitui uma recomendação que deve ser considerada pelos responsá-

veis pelo planejamento da auditoria governamental. Em função da natureza da en-

tidade ou do programa auditado e da complexidade do trabalho, no planejamento

das auditorias verifica-se a necessidade de utilização do trabalho de especialistas,

para auxiliar os auditores na obtenção de evidências relevantes. A utilização do

trabalho de especialistas não reduz a responsabilidade dos auditores e tampouco

compromete o sigilo dos trabalhos.

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Questão 9    (FCC/TCE/PI/AUDITOR/2014) O planejamento da auditoria é a fase

na qual são fixadas as ações a serem executadas no trabalho de campo. Entre os

principais conceitos sobre os quais está fundamentada esta atividade figura a

a) legalidade.

b) relevância.

c) impessoalidade.

d) objetividade.

e) publicidade.

Letra b.

Das alternativas da questão, a única que constitui um conceito ou aspecto fun-

damental do planejamento de auditoria é a relevância, mediante o qual o auditor

define as áreas e processos mais relevantes e direciona maior extensão de testes e

procedimentos para essas áreas.

Questão 10    (FCC/TCE/GO/FINANÇAS/2014) Nas atividades de planejamento de

auditoria independente, deve o auditor estabelecer uma estratégia global que defi-

na o alcance, a época e a direção da auditoria. Assim, ao definir a estratégia global,

deve o auditor, entre outros, nos termos da NBC TA 300:

I – elaborar o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimen-

tos aplicáveis na revisão de seu trabalho.

II – definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da

auditoria e a natureza das comunicações requeridas.

III – identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

IV – considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significa-

tivos para orientar os esforços da equipe do trabalho.

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V – determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para

realizar o trabalho.

Está correto o que consta APENAS em

a) IV e V.

b) III, IV e V.

c) II, III, IV e V.

d) I e III.

e) I, II e III.

Letra c.

De acordo com a NBC TA 300, ao definir a estratégia global, o auditor deve: iden-

tificar as características do trabalho para definir o seu alcance; definir os objetivos

do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das

comunicações requeridas; considerar os fatores que no julgamento profissional do

auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho; consi-

derar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando

aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo

sócio do trabalho para a entidade; e determinar a natureza, a época e a extensão

dos recursos necessários para realizar o trabalho.

Questão 11    (FCC/ASSEMB.LEG/PE/2014) Em relação ao Planejamento de Audi-

toria, considere:

I – No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformida-

de nas práticas contábeis adotadas pela entidade.

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II – Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao

auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão considerados.

III – o Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia logo após a contra-

tação dos serviços.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III.

b) II e III.

c) I.

d) II.

e) I e III.

Letra c.

A afirmação I está CORRETA. No início dos seus trabalhos, mais especificamente

nas fases de avaliação de riscos e de planejamento, o auditor deve considerar se

existe uniformidade nas práticas contábeis adotadas pela entidade.


A afirmação II está INCORRETA. Na determinação dos fatos relevantes que serão

examinados, cabe ao auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão

considerados, definindo o que se denomina de nível de materialidade.

A afirmação III está INCORRETA. Planejamento não é uma fase isolada da audito-

ria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou

em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão

do trabalho de auditoria atual.

Questão 12    (CESPE/SDS/PE/PERITO/CONTÁBEIS/2016) A respeito das ativida-

des preliminares ao trabalho de auditoria das demonstrações contábeis, assinale a

opção correta.

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a) é vedada a realização de auditoria com apenas um profissional, ainda que ele

seja o responsável pela entidade de auditoria.

b) havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser altera-

do, uma vez que a estratégia global de auditoria é inalterável.

c) a supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos

de levantamento.

d) no caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados

logo após — ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.

e) o plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estra-

tégia global de auditoria.

Letra d.

Nos termos da NBC TA 300, o planejamento, que envolve os procedimentos de

análise de riscos iniciais, não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo

contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a

conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de audi-

toria atual.

a) Em auditoria de entidade de pequeno porte, toda a auditoria pode ser conduzida

por equipe pequena de auditoria. Muitas auditorias de entidades de pequeno porte

envolvem o sócio do trabalho trabalhando com um membro da equipe de trabalho

ou sozinho.

b) Tanto a estratégia global quanto o plano de auditoria podem ser alterados. Em

decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de auditoria

obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditor pode ter que modi-

ficar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza, a época e

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a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados, considerando a

revisão dos riscos avaliados.

c) A supervisão ocorre ao longo de todo o trabalho de auditoria.

e) O plano de auditoria deve ser desenvolvido depois ou em conexão com a defini-

ção da estratégia global de auditoria. Segundo a NBC TA 300, uma vez definida a

estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar

dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em

conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente

dos recursos do auditor. A definição da estratégia global de auditoria e o plano de

auditoria detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais,

estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um podem re-

sultar em mudanças no outro.

Questão 13    (FCC/SEFAZ/MA/AUDITOR-FISCAL/2016) O documento que inclui a

natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados

pelos membros da equipe de trabalho é denominado de

a) roteiro de auditoria.

b) plano de auditoria.

c) papeis de trabalho.

d) normas de auditoria.

e) estratégia para execução dos trabalhos.

Letra b.

O
 plano de auditoria é o documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos

procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

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Questão 14    (FCC/MPE/PE/ANALISTA/AUDITOR/2018) As normas de planeja-

mento de auditoria das demonstrações contábeis determinam que se documente

a) as versões superadas das demonstrações contábeis, plano de auditoria e cópias

de documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos.

b) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global, notas que re-

flitam entendimento preliminar e documentos em duplicata.

c) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e cópias de documentos

corrigidos em decorrência de erros tipográficos.

d) a estratégia global de auditoria, o plano de auditoria e eventuais alterações sig-

nificativas ocorridas na estratégia global.

e) as notas que reflitam entendimento preliminar, o plano de auditoria e eventuais

alterações significativas ocorridas na estratégia global.

Letra d.

A NBC TA 300 estabelece que o auditor deve documentar: a) a estratégia global de

auditoria; b) o plano de auditoria; e c) eventuais alterações significativas ocorridas

na estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria durante o trabalho de

auditoria, e as razões dessas alterações.

Questão 15    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2018) O controle que funciona é o controle

preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades e acompanha paripassu

a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta, esclarece e

alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial, median-

te critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade.

(LIMA, Luiz Henrique. O Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os

Tribunais de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA,

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Weder; CAMARGO, João Batista. Contas Governamentais e Responsabilidade Fis-

cal: Desafios para o Controle Externo. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.135)

Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:

a) o planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste pri-

meiramente na identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequente-

mente na determinação da materialidade.

b) é possível, na ponderação de materialidade, estabelecer um valor abaixo do

qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre

avaliadas como não relevantes.

c) independentemente das informações reveladas no transcurso da auditoria, é im-

portante que o auditor não revise a materialidade para as demonstrações contábeis

como um todo.

d) no controle de legalidade que faz o Tribunal de Contas, não se deve levar em con-

ta a materialidade, pois todas as transações devem ser individualmente apreciadas.

e) a avaliação de relevância de eventuais distorções é o fundamento para determi-

nação da época, extensão e natureza de procedimentos a aplicar.

Letra e.

A avaliação de relevância/materialidade de eventuais distorções é o fundamento

para determinação da época, extensão e natureza de procedimentos a aplicar.

a) planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo

e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão

da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.

O planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e ava-

liação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como a obtenção

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de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável

à entidade e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a

determinação da materialidade; o envolvimento de especialistas; e a aplicação de

outros procedimentos de avaliação de risco.

b) a materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece ne-

cessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmen-

te ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias

relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevan-

tes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.

c) o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como

um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas

de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de

informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicial-

mente um valor (ou valores) diferente.

d
 ) os auditores, incluindo órgãos de controle governamental, devem levar em con-

ta a materialidade ao determinar quais as transações devem ser individualmente

apreciadas.

Questão 16    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) No início do planejamento de uma

auditoria, a questão crítica é a definição do volume de informações necessário à

obtenção de uma segurança razoável. Essa decisão depende

a) do conhecimento específico sobre a atividade da entidade.

b) do tipo de opinião expressada no relatório final.

c) da quantidade de pessoas envolvidas no trabalho de auditoria.

d) da existência de recursos eletrônicos de informação.

e) do conhecimento da legislação aplicável.

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Letra a.

Esse entendimento acerca do negócio e da atividade da entidade leva à compre-

ensão acerca da relevância das transações da entidade e como os princípios e po-

liticas contábeis são aplicados pela administração, para desenvolver expectativas

sobre as demonstrações contábeis e quanto aos riscos de distorção relevante. Es-

sas decisões preliminares acerca da relevância e do risco orientam a realização dos

procedimentos de auditoria.

Questão 17    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) A estratégia global e o plano de

auditoria são processos

a) estanques.

b) dependentes.

c) sucessivos.

d) autônomos.

e) relacionados.

Letra e.

Atenção, esta questão teve o gabarito preliminar como letra “e”, mas depois foi

anulada. De acordo com a NBC TA 300 (Planejamento de Auditoria), uma vez defi-

nida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para

tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-

-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso

eficiente dos recursos do auditor. De acordo com a norma, a definição da estratégia

global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente pro-

cessos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez que as

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mudanças em um podem resultar em mudanças no outro. O problema é que, além

da letra e está certa, a letra b também. Isto porque se a estratégia global e o plano

estão intimamente relacionados eles também são dependentes. Por isso houve a

anulação da questão!

Questão 18    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Caso não consiga obter evidên-

cia apropriada e suficiente para assegurar a existência física de saldo inicial de

estoques, o auditor deve, no que se refere ao desempenho e aos fluxos de caixa,

fazer constar no relatório as expressões

a) opinião com ressalva ou opinião adversa.

b) opinião sem ressalva ou opinião adversa.

c) opinião com ressalva ou abstenção de opinião.

d) opinião sem ressalva ou abstenção de opinião.

e) opinião adversa ou abstenção de opinião.

Letra c.

A impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficien-

te com relação aos saldos iniciais pode resultar em uma das seguintes modifica-

ções no relatório do auditor independente: a) opinião com ressalva ou abstenção

de opinião, conforme apropriado nas circunstâncias; ou b) a menos que proibido

por legislação ou regulamentação, opinião com ressalva ou abstenção de opinião,

conforme apropriado, com relação aos resultados das operações e fluxos de caixa,

quando relevante, e não modificada com relação à posição patrimonial e financeira.

Como os estoques iniciais são computados na determinação do resultado e dos

fluxos de caixa, caso o auditor não obtenha evidência de auditoria apropriada e

suficiente com relação ao saldo inicial de estoque, não será possível determinar

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ajustes que teriam sido necessários ao lucro líquido do exercício apresentado na

demonstração do resultado e os fluxos de caixa de atividades operacionais apre-

sentados na demonstração dos fluxos de caixa, cabendo, conforme apropriado, ex-

pressar opinião com ressalva ou abstenção de opinião com relação aos resultados

das operações e fluxos de caixa, quando relevante.

Questão 19    (CESPE/TCE/MG/2018) Antes de iniciar a etapa de planejamento de

determinada auditoria, o auditor deve

a) definir o envolvimento de especialistas.

b) estabelecer o entendimento dos termos do trabalho.

c) definir os procedimentos analíticos a serem aplicados.

d) obter entendimento global da entidade a ser auditada.

e) determinar a materialidade do objeto de auditoria.

Letra b.

A questão pode ser solucionada pela lógica e de forma intuitiva. Repare que a única

alternativa que constitui uma atividade anterior ao planejamento da auditoria é o

estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho entre o auditor e a admi-

nistração da entidade auditada. Esse entendimento é uma condição para o auditor

aceitar realizar a auditoria. As demais alternativas correspondem a atividades da

etapa de planejamento de auditoria.

Questão 20    (CESPE/TCE/MG/2018) O auditor designado para planejar a super-

visão dos membros da equipe de auditoria poderá, em seu planejamento, ignorar

a) a área da auditoria.

b) os riscos de distorções relevantes.

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c) a capacidade dos membros individuais da equipe.

d) as auditorias anteriormente realizadas.

e) o porte e a complexidade da entidade.

Letra d.

De acordo com a NBC TA 300, a natureza, a época e a extensão e da supervisão

dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo

de diversos fatores, incluindo: o porte e a complexidade da entidade; a área da

auditoria; os riscos de distorções relevantes; e a capacidade e a competência dos

membros individuais da equipe que realiza o trabalho de auditoria. Logo, de Acordo

com a norma, auditorias anteriormente realizadas não constitui um fator que vai

determinar a natureza, a época e a extensão e da supervisão.

Questão 21    (CESPE/SAD/PE/ANALISTA/2009) Para efeito de avaliação de risco

de auditoria, o planejamento auditorial deve ser um processo permanente, que se

renova a cada procedimento, com base nos resultados apurados em cada etapa da

execução do trabalho. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que

a) o risco de detecção ocorre quando o auditor, ao aplicar os procedimentos de

auditoria, não percebe ou identifica os erros.

b) os riscos de auditoria podem ser classificados segundo os diferentes tipos de

entidades.

c) o risco é explícito quando o erro ou irregularidade não é detectável pelo sistema

de controle interno.

d) os procedimentos específicos para a identificação de riscos devem ser estabele-

cidos e aplicados pelo auditor durante a realização dos exames.

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e) erros e irregularidades encontrados nos registros e nas demonstrações contá-

beis constituem os chamados riscos inevitáveis.

Letra a.

O risco de detecção ocorre quando o auditor não identifica erros e fraudes em seus

procedimentos. O risco de detecção é uma função da eficácia dos testes aplicados

pelo auditor.

b) a classificação dos riscos não se altera conforme o tipo de entidade (inerente,

de controle e de detecção); o risco avaliado é que se altera conforme a entidade

em uma avaliação qualitativa como: baixo, médio, alto ou muito alto, por exemplo.

c) a alternativa corresponde ao risco de controle; não existe a classificação de

risco explícito.

d) os procedimentos específicos para a identificação de riscos devem ser estabele-

cidos e aplicados pelo auditor durante o planejamento da auditoria.

e) se foram encontrados erros e irregularidades são distorções e não riscos. A ex-

pressão riscos inevitáveis foi uma invenção da banca.

Questão 22    (CESPE/TCU/2011) Com referência ao planejamento e à execução da

auditoria, julgue o item subsequente.

A hipótese de o auditor se equivocar ao manifestar opinião de que as demonstra-

ções contábeis contêm distorção relevante constitui, na acepção das normas brasi-

leiras de contabilidade um tipo de risco considerado insignificante.

Certo.

Para fins das normas de auditoria contábil, o risco de auditoria não inclui o risco

de que o auditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis

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contêm distorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é

insignificante.

Questão 23    (CESPE/TCU/2013) No que concerne ao planejamento da auditoria,

julgue o item seguinte.

Os auditores não podem examinar todas as possíveis evidências que eliminariam os

riscos de um julgamento equivocado. Um desses possíveis riscos é o risco inerente,

presente, por exemplo, na situação em que uma empresa competidora de licitação

bilionária é levada a elaborar demonstrações contábeis que favorecem sua imagem

quanto à sua real situação econômico-financeira.

Certo.

R
 epare que o item não se refere a riscos relacionados aos procedimentos de audi-

toria ou ao relatório do auditor. Logo, estão eliminados os riscos de detecção e de

auditoria. Restariam, portanto, os riscos de distorção relevante da própria entidade

que são os riscos inerente e de controle. A possibilidade da empresa de elaborar

demonstrações contábeis que favorecem sua imagem quanto à sua real situação

econômico-financeira é inerente ou intrínseca à participação em uma licitação bilio-

nária. O item não se refere a possível fragilidade nos controles internos da empresa,

que poderiam levar a ocorrência dessa fraude. Por conclusão, esse risco é inerente.

Questão 24    (CESPE/TCE/PA/2016) De acordo com as Normas Técnicas de Audi-

toria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue

o item a seguir.

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Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma

classe de transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma

afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação.

Errado.

O risco inerente corresponde à probabilidade ou possibilidade de que uma afirma-

ção contida nas demonstrações financeiras apresente distorção relevante. O risco

inerente é aquele que varia conforme a natureza da conta ou classe de transações

e é avaliado pelo auditor independentemente da eficácia dos controles internos. Os

dois exemplos dados no item correspondem ao risco inerente.

Questão 25    (CESPE/TCU/2015) Julgue o próximo item, acerca das normas técni-

cas de auditoria.

O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua

vontade, vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações

contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria di-

vide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

Certo.

O risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria

inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.

O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de

detecção. Como o risco de distorção relevante é composto dos riscos inerente e

de controle, o risco de auditoria divide-se em três componentes considerados pelo

auditor: risco inerente e de risco de controle (da entidade) e risco de detecção (de-

corre dos procedimentos do auditor).

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Questão 26    (CESPE/MC/2013) A respeito da auditoria interna e da externa, jul-

gue o item seguinte.

Por mais que se ampliem os procedimentos de auditoria aplicados, sempre haverá

algum nível de risco de detecção.

Certo.

O risco de detecção se relaciona com a natureza, época e extensão dos procedi-

mentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um

nível aceitavelmente baixo. Portanto, é uma função da eficácia de um procedimento

de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.

As normas de auditoria estabelecem exigências e fornecem orientação sobre o pla-

nejamento de uma auditoria de demonstrações contábeis e as respostas do auditor

aos riscos avaliados. O risco de detecção, porém, só pode ser reduzido, não eli-

minado, devido às limitações inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe

risco de detecção.

Questão 27    (FCC/TCE/SP/AUDITOR/2013) Em auditoria, o denominado risco de

detecção

a) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo

auditor para emissão de seu relatório.

b) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está

sendo auditada.

c) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transa-

ções por ela praticadas.

d) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja,

é inerente à entidade.

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e) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos proce-

dimentos de auditoria.

Letra e.

O risco de detecção será menor se o auditor obtém evidência em maior quantida-

de (suficiência) e qualidade (adequação). Conforme a natureza da entidade e das

classes de transações por ela praticadas, haverá um risco de distorção relevante

maior ou menor, fazendo com que o auditor aceite um risco de detecção menor ou

maior, respectivamente.

O risco de detecção está relacionado com a natureza, época e extensão dos proce-

dimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um

nível aceitavelmente baixo. Portanto, é uma função da eficácia de um procedimento

de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.

Questão 28    (FCC/TRT/6ª REG/ANALISTA/2012) A empresa Condor S.A. atua no

segmento de crédito pessoal, com financiamentos de até R$ 30.000,00. Como sua

política de análise de crédito é bastante flexível, possui um volume de operações

grande, fazendo com que as perdas por inadimplência sejam absorvidas pelas ope-

rações. Como a política comercial é atuar junto a grandes lojas de varejo, a em-

presa concede aos inadimplentes, 80% de perdão nas multas e juros, concedido

pelo próprio colaborador no caixa, desde que o cliente venha até as lojas parceiras

para quitar os débitos. O auditor constatou que devido à facilidade da concessão

dos descontos, os funcionários passaram a se apropriar das quitações em dinheiro

feita pelos inadimplentes, dando o desconto e ficando com o dinheiro. Segundo os

conceitos de auditoria externa, referida fraude evidencia um risco de

a) detecção.

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b) controle.

c) monitoramento.

d) inerente.

e) operações.

Letra b.

Questão interessante. Dada uma situação hipotética, pede-se que seja identificado

qual o risco. Para solução de questões dessa natureza, sugiro que o candidato che-

gue a alternativa correta por eliminação.

Sabendo-se que os riscos podem ser de auditoria, inerente, de controle e de detec-

ção, estariam “de cara” eliminadas as letras “c” e “e”.

Vamos agora ao exame da situação exposta no enunciado, para identificação da (s)

causa (s) do desvio (fraude) cometido pelos empregados.

A fraude decorreu de erro por parte do auditor? É óbvio que a resposta é negativa.

Logo, está eliminada também a letra “a”.

Sobraram as letras “b” e “d”. Para ser risco inerente, a fraude decorreria simplesmen-

te da natureza da organização e/ou de suas transações. Não podemos afirmar que a

fraude ocorreu simplesmente porque a empresa atua no segmento de crédito pessoal.

Sabemos que instituições financeiras possuem um risco maior, mas se o sistema de

controle interno mantido pela entidade para salvaguardar seus ativos e assegurar o

compliance for eficaz, o risco de ocorrer fraude seria aceitavelmente baixo.

P
 or eliminação, já sabemos, então, qual a alternativa correta. Perceba que houve

uma falha no sistema de controle da entidade, pois não foi assegurado o princípio

da “segregação de funções”. O responsável pelo “caixa” (por receber numerário em

nome da empresa) não pode também ser responsável por cancelar vendas, serviços

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ou operações nem por conceder descontos. Essas atividades são incompatíveis de

estarem sob a responsabilidade de um mesmo setor ou pessoa. Isso porque um

empregado pode simular um desconto e desviar os recursos correspondentes. Foi

justamente o que aconteceu!

Questão 29    (FCC/TCE/AM/ANALISTA/2013) As dificuldades próprias dos traba-

lhos de auditoria tem como origem a natureza das informações contábeis e dos

procedimentos de auditoria, bem como a necessidade da condução dos trabalhos

em um período razoável. Assim, a possibilidade do auditor expressar uma opinião

inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorções relevantes,

a exemplo da diferença entre valores, recebe o nome de

a) riscos de auditoria.

b) erro operacional.

c) distorção de conclusão.

d) erro relevante.

e) acidente de auditoria.

Letra a.

A auditoria é um processo baseado em risco. Logo, sempre haverá algum nível de

risco na execução da auditoria e, consequentemente, na opinião que o auditor ex-

pressa sobre as demonstrações contábeis.

Questão 30    (FCC/TRF/3ªREG/ANALISTA/2016) Um auditor independente verifi-

cou que o valor de uma demonstração contábil, antes da auditoria, era diferente

daquele exigido de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Nos

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termos da NBC TA 200, a possibilidade dessa diferença ser relevante é considerada

um risco de

a) auditoria.

b) distorção relevante.

c) asseguração razoável.

d) derivado do julgamento profissional.

e) derivado do ceticismo profissional.

Letra b.

O risco de que o valor de uma demonstração contábil, antes da auditoria, seja

diferente daquele exigido de acordo com a estrutura de relatório financeiro apli-

cável é o risco de distorção relevante. Vamos relembrar quais são os tipos de

riscos na auditoria:

• risco de auditoria (da opinião ser inadequada);

• risco de distorção relevante (de existir erros e fraudes relevantes nas DC,

antes da auditoria);

• risco inerente (depende da natureza da conta, informação etc);

• risco de controle (dos controles internos mantidos pela entidade falharem);

• risco de detecção (do auditor errar na aplicação dos procedimentos).

Questão 31    (FCC/MPE/PE/ANALISTA/2012) É correto afirmar que o:

a) risco de auditoria independe do planejamento eficaz dos trabalhos a serem de-

senvolvidos na entidade.

b) risco de detecção aumenta quando se utilizam técnicas de amostragem adequa-

das para aplicação de testes substantivos em um grande número de itens auditados.

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c) risco inerente em auditoria é sempre o mesmo qualquer que seja a atividade da

entidade e as classes de transações e saldos que serão examinados pelo auditor.

d) risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de

detecção.

e) processo da auditoria independente não sofre limitações inerentes ao próprio

trabalho a ser desenvolvido e, portanto, não há risco de auditoria.

Letra d.

O risco de auditoria (opinião inadequada) é uma função dos riscos de distorção re-

levante (que é da entidade) e do risco de detecção (depende da eficácia dos testes

aplicados pelo auditor).

a) um planejamento de auditoria eficaz reduz o risco de auditoria.

b) a ampliação da extensão (maior número de transações examinadas/amostra

maior) também reduz o risco de auditoria.

c) o risco inerente depende e varia conforme a natureza da entidade e dos saldos

e classes de transações a serem auditados.

e) o processo de auditoria possui limitações inerentes, fazendo com que o auditor

sempre enfrente algum nível de risco e alcance segurança razoável e não absoluta

na emissão de seu parecer/opinião.

Questão 32    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2014) Risco de auditoria é a possibilidade do

auditor expressar uma opinião inadequada pelo fato das demonstrações contábeis

apresentarem distorções relevantes. O auditor deve executar procedimentos para

que esse risco de auditoria seja reduzido a um nível aceitavelmente baixo. Mesmo

com a adoção desses procedimentos, pode ocorrer a não percepção de uma distor-

ção relevante, fato que é denominado

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a) risco de detecção.

b) falha procedimental.

c) evidência não correlacionada.

d) diagnóstico de risco.

e) distorção não revelada.

Letra a.

Se o auditor não percebe uma distorção relevante ao aplicar os testes e procedi-

mentos de auditoria ele incorreu no risco de detecção. Você chegaria a essa con-

clusão de qualquer forma, pois a única alternativa que corresponde à denominação

de risco é a letra “a”.

Questão 33    (FCC/TCE/RS/AUDITOR/2014) O risco de que uma distorção relevan-

te que indique que as demonstrações contábeis estejam apresentadas adequada-

mente, em todos os aspectos relevantes, não seja prevenida, detectada e corrigida

tempestivamente pelo sistema de controle interno da entidade auditada, caracteri-

za o risco de auditoria denominado

a) assistemático.

b) de detecção.

c) inerente.

d) de controle.

e) de conluio.

Letra d.

Eliminando-se as letras “a” e “e”, fica relativamente fácil identificar a qual risco se

refere o enunciado, lembrando que:

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• o risco inerente depende da natureza da conta, informação etc;

• o risco de controle é a possibilidade dos controles internos mantidos pela enti-

dade falharem e não conseguirem prevenir ou detectar distorções relevantes;

• o risco de detecção é a possibilidade do auditor errar na aplicação dos proce-

dimentos e não conseguir detectar distorções relevantes.

Questão 34    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Com relação às afirmações e

aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta.

a) os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.

b) os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras

como um todo.

c) a existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam

bens tangíveis.

d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.

e) as afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.

Letra b.

Os riscos de distorção relevante compreendem os riscos no nível das demonstra-

ções financeiras que se relacionam de forma generalizada às demonstrações finan-

ceiras como um todo, e no nível de afirmações para classes de transações, saldos

de contas e divulgações.

a) o correto seria que os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de

forma geral ou no nível de afirmações.

c) a existência é uma afirmação relacionada a existência de qualquer ativo (tangí-

vel ou intangível) ou passivo.

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d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todas as transações envolvendo

receitas e despesas ocorridos em determinado período.

e) o correto seria que as afirmações e os riscos afetam todas as demonstrações fi-

nanceiras, englobando as contas de ativo, passivo, de resultado e de fluxo de caixa

resultantes transações e eventos ocorridos nas demonstrações.

Questão 35    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Classificação e compreensibilidade são afirmações de auditoria que direcionam o

auditor para verificar se as informações contábeis estão adequadamente apresen-

tadas e descritas e se as divulgações estão claramente expressas.

Certo.

Afirmações de “classificação e compreensibilidade” são que transações e eventos

foram registrados nas contas corretas e as informações contábeis são adequada-

mente apresentadas e descritas e as divulgações são claramente expressadas.

Questão 36    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Ocorrência é a afirmação que direciona o auditor para verificar se os valores e

outros dados relacionados a transações e eventos registrados foram adequada-

mente registrados.

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Errado.

“Ocorrência” é a afirmação que transações e eventos que foram registrados ocor-

reram e são da entidade. O registro adequado quanto aos valores refere-se a afir-

mações de “exatidão, valorização e alocação”

Questão 37    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Integridade é a afirmação que, na classe de transações, direciona o auditor para ve-

rificar se todas as transações e eventos que deviam ser registrados o foram, de fato.

Certo.

Afirmação de “integridade” corresponde a: a) todas as transações e eventos que

deviam ser registrados foram registrados; b) todos os ativos, passivos e patrimônio

líquido que deviam ser registrados foram registrados; e c) todas as divulgações que

deviam ser incluídas nas demonstrações contábeis foram incluídas.

Questão 38    (CESPE/JOÃO PESSOA/CGM/AUDITOR/2018) No que se refere ao

planejamento de auditoria, julgue o item subsequente, relativo às afirmações de

auditoria.

Corte é a afirmação da classe de saldos que direciona o auditor para verificar se na

entidade existem ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido.

Errado.

A afirmação de “corte” direciona o auditor a verificar se as transações e os eventos

foram registrados no período contábil correto. A verificação se na entidade existem

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ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido evidenciados nas demonstra-

ções financeiras corresponde à afirmação de “existência”.

Questão 39    (CESPE/TCM/BA/AUDITOR/2018) Entre os riscos envolvidos em uma

auditoria, o único que existe apenas em função da realização do trabalho de audi-

toria é o risco

a) residual.

b) de controle.

c) de detecção.

d) de distorção relevante.

e) inerente.

Letra c.

O único risco que é do auditor é de detecção, que consiste na possibilidade de o

auditor não detectar distorção relevante no objeto auditado ao planejar o trabalho

e aplicar os seus testes e procedimentos de auditoria. As demais alternativas cor-

respondem a riscos da entidade ou do objeto auditado.

Questão 40    (CESPE/AFTE/SEFAZ/RS/2019) Com relação a riscos, julgue os itens

a seguir.

I – Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos

externos para a avaliação de alguma informação.

II – Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar inter-

rupção do contrato com o cliente até que a questão seja sanada.

III – A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da

auditoria.

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IV – Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e IV.

Letra c.

Afirmação I - INCORRETA. De acordo com a NBC TA 315, risco de negócio é o risco

que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações signi-

ficativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar

seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou

estratégias inadequadas.

Afirmação II - INCORRETA. De acordo com a NBC TA 315, se o auditor determinou

que existe risco significativo, deve obter entendimento dos controles da entidade,

inclusive das atividades de controle, relevantes para esse risco.

Afirmação III - CORRETA. Nos termos da NBC TA 315, a avaliação pelo auditor dos

riscos de distorção relevante no nível de afirmação pode mudar durante o curso da

auditoria. Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria exe-

cutando procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas informações, incompa-

tíveis com as evidências de auditoria em que o auditor originalmente baseou a ava-

liação, o auditor deve revisar a avaliação e, portanto, modificar os procedimentos

adicionais de auditoria planejados.

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Afirmação IV - CORRETA. Nos termos da NBC TA 315, os procedimentos de avalia-

ção de riscos incluem: indagações à administração, às pessoas apropriadas da au-

ditoria interna (se houver essa função) e a outros na entidade que, no julgamento

do auditor, possam ter informações com possibilidade de auxiliar na identificação

de riscos de distorção relevante causados por fraude ou erro; procedimentos ana-

líticos; e observação e inspeção.

Questão 41    (CESPE/AFTE/SEFAZ/RS/2019) Na avaliação inicial de uma empresa

auditada, o auditor independente detectou a possibilidade de a entidade não vir a

concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender aos pré-

-requisitos estabelecidos pela instituição financeira. Nessa situação hipotética, de

acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um exemplo de risco

a) de negócio.

b) inerente.

c) de controle.

d) significativo.

e) de fraude.

Letra a.

Se o contato de financiamento era importante, é porque era fundamental para que

a entidade conseguisse alcançar seus objetivos. Nesse caso, é um risco de negócio,

que, segundo a NBC TA 315, é o risco que resulta de condições, eventos, circuns-

tâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a

capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou

do estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.

b) o risco inerente é a suscetibilidade a uma distorção em uma afirmação, sem

considerar os controles internos correspondentes. Ocorre que todo risco de negócio

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é um risco inerente ou intrínseco a determinada conta ou classe de transações, o

que torna a letra b também correta. Essa questão poderia ter sido anulada, já que

as letras “a” e “b” estão corretas.

c) o risco de a entidade não vir a concretizar um importante contrato de financia-

mento, por não atender aos pré-requisitos impostos pelo banco, nada tem a ver

com os controles, portanto não corresponde ao risco de controle.

d) risco significativo para a auditoria é aquele capaz de afetar as demonstrações, o

que não é o caso apresentado no enunciado.

e) o enunciado nada fala de que o fato decorreu de ação deliberada ou intencional

da administração, ou seja, uma fraude.

Questão 42    (CESPE/AFTE/SEFAZ/RS/2019) Assinale a opção que indica o com-

ponente de controle interno que serve de fundamento para os demais componentes

e que se refere diretamente aos valores éticos e à criação de uma cultura de hones-

tidade dentro de uma entidade.

a) ambiente de controle

b) processo de avaliação de risco

c) sistema de informação

d) atividades de controle

e) monitoramento dos controles

Letra a.

O componente de controle interno que serve de fundamento para os demais com-

ponentes e que se refere diretamente aos valores éticos e à criação de uma cultura

de honestidade dentro de uma entidade é o ambiente de controle.

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Questão 43    (CESPE/TRE/BA/ANALISTA/2017) Sabendo que, apesar de as clas-

ses das afirmações de auditoria contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade

aplicadas à Técnica de Auditoria (NBC TA) no Brasil seguirem o modelo das Normas

Internacionais de Auditoria (NIA), essa classificação é diferente da utilizada nas nor-

mas de auditoria nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, assinale a op-

ção correta, a respeito das características gerais das afirmações aplicadas no Brasil.

a) o conjunto das afirmações, apesar de ser utilizado tanto pela auditoria indepen-

dente como pela auditoria interna, possui finalidades distintas para aplicação nos

procedimentos e na coleta de evidências.

b) conceitualmente, as afirmações de auditoria são provenientes dos auditores

— que as utilizam como critérios pré-estabelecidos — e norteiam a execução da

auditoria.

c) as afirmações utilizadas na auditoria são provenientes da administração da pró-

pria instituição auditada.

d) no setor público brasileiro, existência para a classe de transações e eventos tem a

mesma definição de ocorrência, utilizada para a classe de saldos no final do período.

e) o grupo das afirmações sobre classes de transações e o grupo das afirmações

sobre apresentação e divulgação compreendem todas as afirmações de auditoria.

Letra c.

Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incor-

poradas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os

diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

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Questão 44    (CESPE/SEFAZ/RS/AUDITOR/2018) Com relação às afirmações e

aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta.

a) os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.

b) os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras

como um todo.

c) a existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam

bens tangíveis.

d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.

e) as afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.

Letra b.

Os riscos de distorção relevante compreendem os riscos no nível das demonstra-

ções financeiras que se relacionam de forma generalizada às demonstrações finan-

ceiras como um todo, e no nível de afirmações para classes de transações, saldos

de contas e divulgações.

a) o correto seria que os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de

forma geral ou no nível de afirmações.

c) a existência é uma afirmação relacionada a existência de qualquer ativo (tangí-

vel ou intangível) ou passivo.

d) a ocorrência é uma afirmação que se refere a todas as transações envolvendo

receitas e despesas ocorridos em determinado período.

e) o correto seria que as afirmações e os riscos afetam todas as demonstrações fi-

nanceiras, englobando as contas de ativo, passivo, de resultado e de fluxo de caixa

resultantes transações e eventos ocorridos nas demonstrações.

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Questão 45    (FCC/TCE/RS/2018) Em auditoria, risco é a possibilidade de que uma

distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada

por fraude ou erro, passe despercebida e cause manifestação incorreta do auditor.

Acerca dos riscos e seu controle:

a) alguns riscos, na opinião do auditor, requerem uma consideração especial e, por

esse motivo, são definidos como significativos.

b) os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, fornecem evidências de au-

ditoria apropriadas e suficientes para suportar a opinião da auditoria.

c) na avaliação de riscos, não se deve realizar indagações à administração, à au-

ditoria interna ou a outros da própria entidade, por tendenciosidade de respostas.

d) para a avaliação de riscos, a estrutura societária da entidade auditada ou sua

natureza é irrelevante.

e) o auditor deve tomar o cuidado de não empregar sua experiência prévia com a

entidade auditada como fonte de informações para avaliação de riscos.

Letra a.

Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer um dos

riscos identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Logo, alguns ris-

cos, na opinião do auditor, requerem uma consideração especial e, por esse motivo,

são definidos como significativos.

b) os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, não fornecem evidências de

auditoria apropriadas e suficientes para suportar a opinião da auditoria. É preciso

que o auditor aplique os procedimentos adicionais de auditoria, especialmente os

testes substantivos.

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c) na avaliação de riscos, o auditor indaga à administração, à auditoria interna ou

a outros da própria entidade.

d) para a avaliação de riscos, a estrutura societária da entidade auditada ou sua

natureza é relevante.

e) o auditor emprega sua experiência prévia com a entidade auditada como fonte

de informações para avaliação de riscos.

Questão 46    (CESPE/CGE/CE/AUDITOR DE CI/2019) Um dos dois componentes

de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma tran-

sação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante; outro

componente é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação

ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida

tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracteri-

zam o risco

a) de auditoria.

b) de controle.

c) inerente.

d) de distorção relevante.

e) de detecção.

Letra d.

A suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou

divulgação, a uma distorção que possa ser relevante corresponde ao risco ine-

rente e o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação ou em

conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida tempes-

tivamente pelo controle interno da entidade corresponde ao risco de controle.

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Logo, o risco inerente combinado com o risco de controle resulta no chamado risco

de distorção relevante, que é avaliado pelo auditor, para delimitar o risco de de-

tecção a ser aceito na definição e aplicação dos testes de auditoria para que o risco

de auditoria estabelecido permaneça em nível aceitavelmente baixo.

Questão 47    (CESPE/TCU/2015) Com relação aos procedimentos necessários para

a realização e a correta conclusão da auditoria, julgue o item a seguir.

A determinação do escopo do trabalho constitui um dos pontos essenciais a se-

rem obrigatoriamente documentados nos papéis de trabalho do auditor, que deve

observar o conceito de materialidade quanto aos procedimentos e à relevância da

informação, além de ter senso crítico e julgamento para direcionar o seu trabalho.

Certo.

Quando do planejamento da auditoria, a determinação do escopo (natureza, abran-

gência, época e extensão) do trabalho constitui um dos pontos essenciais a serem

obrigatoriamente documentados nos papéis de trabalho do auditor, que deve ob-

servar o conceito de materialidade quanto aos procedimentos e à relevância da in-

formação. O auditor deve aplicar o ceticismo e o julgamento profissional em todas

as etapas da auditoria para direcionar o seu trabalho.

Questão 48    (CESPE/TCE/PR/2016) Assinale a opção correta, com referência à deter-

minação da materialidade e da relevância no planejamento e na execução da auditoria.

a) é indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância

das distorções encontradas.

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b) nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para

entidades públicas segue as mesmas regras e condições adotadas para as entida-

des privadas.

c) determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais,

ainda que afete a decisão de um usuário específico da informação contábil.

d) no caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas

como relevantes para o público em geral podem não ser relevantes para os inves-

tidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento.

e) na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do

relatório de auditoria desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.

Letra c.

Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais, ain-

da que afete a decisão de um usuário específico da informação contábil. Isso porque

julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações

contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações

financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efei-

to de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem

variar significativamente.

a) a materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece ne-

cessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmen-

te ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias

relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevan-

tes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade.

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b) no caso de entidade do setor público, os legisladores e reguladores são fre-

quentemente os principais usuários das demonstrações contábeis. Além disso, as

demonstrações contábeis podem ser utilizadas para se tomar outras decisões que

não sejam econômicas. A determinação da materialidade para as demonstrações

contábeis em uma auditoria das demonstrações contábeis de entidade do setor pú-

blico é, portanto, influenciada por lei, regulamentação ou outra autoridade e pelas

necessidades de informações financeiras de legisladores e do público em relação a

programas do setor público.

d) a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação de Demonstrações

Contábeis indica que, para entidade com fins lucrativos, considerando que são os

investidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento, o fornecimen-

to de demonstrações contábeis que atendam suas necessidades atende, também, a

maioria das necessidades dos outros usuários das demonstrações contábeis.

e) na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do

relatório de auditoria possuem conhecimento razoável de negócios, atividades eco-

nômicas, de contabilidade e a disposição de estudar as informações das demons-

trações contábeis com razoável diligência.

Questão 49    (FCC/TRF/5ª REG/ANALISTA/2018) Segundo as Normas Brasileiras

de Contabilidade, em relação à relevância e aos riscos identificados durante o pro-

cesso de auditoria, é correto afirmar que

a) indícios de erros repetitivos, desde que não sejam relevantes, não requerem o

aprofundamento dos exames de auditoria.

b) a definição de onde aplicar, ou não, procedimentos analíticos ou amostragem

independem do nível de relevância do item examinado.

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c) ao definir seu plano de auditoria, o profissional deve estabelecer um nível de

relevância aceitável na detecção de distorções.

d) independentemente da relevância dos itens auditados, se a Administração da

entidade negar-se a ajustar as demonstrações contábeis, o auditor deve emitir um

parecer adverso.

e) existe uma relação direta entre o nível estabelecido de relevância e o risco de

auditoria.

Letra c.

Esta questão trata da norma do CFC acerca de relevância já revogada, que é a NBC

T 11.6. A norma vigente acerca da materialidade ou relevância em auditoria das

demonstrações contábeis é a NBC TA 320.

De acordo com a referida norma, na fase de planejamento, ao definir seu plano de

auditoria, o auditor independente deve estabelecer um nível de relevância aceitável

para permitir a detecção de distorções relevantes.

Vale ressaltar que pela norma atualmente em vigor acerca de materialidade o nível

de materialidade para as demonstrações contábeis como um todo é estabelecido

quando da definição da estratégia global de auditoria.

a) segundo a norma, indícios de erros repetitivos, mesmo não-relevantes, individu-

almente, podem indicar deficiência nos controles internos, requerendo do auditor

independente o aprofundamento dos exames.

b
 ) ao definir seu plano de auditoria, o auditor independente deve levar em con-

ta os fatores que poderiam resultar em distorções relevantes nas demonstrações

contábeis sob exame. A avaliação do auditor independente, quanto à relevância de

rubricas específicas e classes de transações ou divulgações necessárias, ajuda-o a

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decidir sobre assuntos de planejamento de auditoria como, por exemplo: a) quais os

itens a examinar; b) onde aplicar, ou não, amostragem e procedimentos analíticos.

d) se a Administração da entidade negar-se a ajustar as demonstrações contábeis e

o auditor entender que as distorções são relevantes ele deve alterar o seu parecer.

e) existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de

relevância; isto é, quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor esta-

belecido como nível de relevância, e vice-versa.

Questão 50    (FCC/ISS/MANAUS/2019) Na avaliação de materialidade, é razoável

que o auditor assuma que os usuários de demonstrações financeiras

a) possuem aprofundado conhecimento de economia.

b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis

de materialidade.

c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.

d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.

e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.

Letra c.

A única alternativa correta é a letra “c”. Nos termos da NBC TA 320, a determina-

ção de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é

afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos

usuários das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor

assuma que os usuários: a) possuem conhecimento razoável de negócios, ativi-

dades econômicas, de contabilidade e a disposição de estudar as informações das

demonstrações contábeis com razoável diligência; b) entendem que as demons-

trações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas considerando níveis

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de materialidade; c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores

baseados no uso de estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos fu-

turos; e d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das

demonstrações contábeis.

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