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Graduação em Psicologia
Unidade curricular: Motivação e Emoção
Época: 2021.2
Professor: Wallace da Costa Brito
INTRODUÇÃO:
- APONTAMENTOS PRELIMINARES -
(Parte 3)
Apontamentos Preliminares
(Parte 3)
* Atenção: concentração mental em algo que se vê, escuta, fala ou faz. Tem
que ver com a predisposição adquirida para focalizar e responder a alguns
estímulos externos e internos. Também podemos considerá-la como a seleção
de alguns estímulos e a exclusão de outros, isto é, o direcionamento focalizado
para emitir uma resposta frente a um sinal ou informação captada e
inicialmente processada com a sensopercepção.
* Afeto: tem sido um termo usado para designar emoção ou sentimento. Por
vezes estes três se confundem e, por isso, faz-se necessário que passem pelo
crivo das especificações teóricas presentes no campo da psicologia. Uma
definição de cunho generalista e ampla é aquela que considera afeto referente a
qualquer categoria de sentimento ou emoção, distinguindo-se do pensamento
(ideia) e também da ação.
Além desta necessária observação, arriscamos aqui uma definição específica:
afeto significa sujeito a, dependente de. Do latim affectus, que significa ir
atrás. É o movimento do sujeito em busca do objeto de sua “fome”. Podemos
afirmar que o afeto remete ao modo como se toca, age, interfere (afetar) e
também ao que nos toca, sobre nós age e interfere (ser afetado). Neste sentido,
é plausível dizer que o contrário do afeto é a indiferença.
Apontamentos Preliminares
(Parte 3)
* Vontade: faculdade de praticar ou não qualquer ato que tenha relação com
um interesse. Passa, necessariamente, pelo crivo da razão. Por um lado,
mantém íntima relação com o sentimento, por outro, conserva uma permanente
conexão com o pensamento, a cognição e o juízo. É pela vontade que
expressamos nosso querer.
* Um algo a mais sobre a linguagem: é por ela que nos humanizamos. Somos
por ela inseridos na cultura. É um processo sobre o qual não exercemos
domínio, pois é ela que nos domina. Toda palavra demanda um conceito, que é
a explicação da coisa pela palavra. O que remete ao fato de que temos acesso
às coisas através da palavra. Só há conhecimento porque há linguagem. As
demandas por conhecimento são demandas linguísticas. As palavras não
expressam o conhecimento somente, elas fazem o conhecimento.
Quando uma dessas dimensões passa a ser exacerbada as outras duas serão,
simultaneamente, diminuídas ou preteridas. As consequências prejudiciais
podem ser as seguintes: se exageradamente tomados pela vitalidade e a ela
limitados podemos ser desmoderados, exaltados, frenéticos, hostis, severos,
brutais e até mesmo violentos. Se hipersensíveis, provavelmente estaremos
sobremaneira identificados com os outros, colocando-nos como dependentes,
sugestionáveis, frágeis, melindrosos e até ressentidos. Quando o problema é o
apego desmedido à racionalidade, com frequência ocorre de sermos
calculistas, preocupados, apreensivos, indecisos, hesitantes, aflitos e talvez até
mesmo atormentados e fanáticos.
Apontamentos Preliminares
(Parte 3)
* Sendo assim, cada qual de nós tem uma forma de subjetivação, isto é, uma
inevitável montagem e um típico arranjo em que o ser sujeito está
indefectivelmente grafado pela interioridade como um fato e pela tessitura
representacional como um paradigma.
Referências
BRITO, Wallace da Costa. Sobre os processos psicológicos: uma introdução. Nova Iguaçu/RJ:
anotações avulsas, 2021.
CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa. 4. ed. Rio de
Janeiro: Lexikon, 2010.
ESPERLING, Abraham; MARTIN, Kenneth. Introdução à psicologia. São Paulo: Pioneira, 2003.