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PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO

DE SAÚDE OCUPACIONAL

Coordenador: Kleiber Marciano Lima Bonfim


Médico do Trabalho
CRM – 7084 / RQE 3116

Validade: fevereiro de 2020 a janeiro 2021


PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

RAZÃO SOCIAL: Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar – ISGH

NOME FANTASIA: Hospital Regional Do Sertão Central - HRSC

ENDEREÇO: Rodovia CE 060 km 198 – Estrada do Algodão

CIDADE: Quixeramobim UF: CE CEP: 63.800-000 CNPJ: O5. 268.526/0016-57

TELEFONE: (88) 3406-1300 SITE: WWW.isgh.org.br

ATIVIDADE ECONOMICA: Atividades de atendimento hospitalar C.N.A.E: 8610-01

GRAU DE RISCO (NR4): 03 GRUPO: C-34

Nº TRABALHADORES: 1017 HOMENS: 263 MULHERES: 754

RESPONÁVEL PELA EMPRESA


Dr. Marcelo Theophilo Lima
Diretor Geral

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 2


SUMÁRIO

IT DESCRIÇAO PAG.
1 INTRODUÇÃO 5
2 OBJETIVOS 5
2.1 Objetivo Geral 5
2.2 Objetivos Específicos 6
3 DIRETRIZES DO PCMSO 6a7
4 RESPONSABILIDADES 7
4.1 Do Empregador 7
4.2 Do Empregado 8
4.3 Do Médico Coordenador 8
4.4 Do Médico Examinador 8
4.5 Realizações dos Exames Médicos 9
5 DADOS GERAIS DA EMPRESA 9
6 DESENVOLVIMENTO DO PCMSO 9
6.1 Exames Admissionais 10
6.2 Exames Periódicos 10
6.3 Exames de Mudança de Função 11
6.4 Exames Demissionais 11
6.5 Exames de Retorno ao Trabalho 11
6.6 Comprovações da Aptidão do Trabalhador 11 a12
REFERÊNCIA DE CONDUTA EM CASO DE 12
7 ALTERAÇÃO DOS EXAMES (Conf. NT01/10/96 )
8 ANTECIPAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS 13
RISCOS OCUPACIONAIS
9 ACIDENTE DE TRABALHO 14
9.1 Prevenções Pré-Exposicão 15 a16
9.2 Materiais Biológicos de Riscos 16
9.3 Acidente com Material Perfuro Cortante 17 a 18
10 PROGRAMA DE VACINAÇÃO 18 a 19
11 PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO 20 a 22
TUBERCULOSE OCUPACIONAL
12 ORIENTAÇÕES NA PROFILAXIA DA 22
VARICELA EM AMBIENTE HOSPITALAR
12.1 Transmissões 22
12.2 Indivíduos Imunes 23
13 PLANO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 27 a 28

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14 CRONOGRAMA PARA AS AÇÕES DE SAÚDE, 28 a 29
BEM ESTAR E QUALIDADE DE VIDA
15 QUADRO DE EXAMES OCUPACIONAL 29 a 46
16 RELATÓRIO ANUAL DO PCMSO 47
16.1 Exames clínicos ocupacionais, por função, no 47
período
17 ACIDENTES DE TRABALHO NO PERÍODO 48
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS 49

ANEXOS
I RECOMENDAÇÕES – ACIDENTES COM MATERIAIS
BIOLÓGICOS

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 4


1. INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora No 07 – NR 07 - faz referência ao Programa


de Controle Medico e Saúde Ocupacional – PCMSO e estabelece a
obrigatoriedade da sua elaboração e implantação com o objetivo de promover e
preservar a saúde do conjunto de seus trabalhadores.
O Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO é a parte
integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde
dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, principalmente com o
PPRA (NR-9) e a NR-32.
O Programa deverá promover ações integradas que consideram as
questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade dos trabalhadores,
privilegiando o instrumental clinico epidemiológico na abordagem da relação
entre a saúde e o trabalho, com objetivo de promover e preservar a saúde, tendo
em vista sua relação com o trabalho e seu ambiente.
O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico
precoce dos agravos à saúde relacionada ao trabalho, inclusive a natureza
subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais
ou danos irreversíveis a saúde dos trabalhadores.
Esta exigência esta juridicamente assegurada através dos Artigos 168 e
169 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, da Convenção no 161 da
Organização Internacional do Trabalho, Decreto 127, de
22/05/91 – Serviços de Saúde do Trabalho, respeitando os princípios éticos,
morais e técnicos, bem como de outros dispositivos complementares aprovados
pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, relativos a questão da Segurança
e Saúde no Trabalho, dando ênfase ao estabelecimento obrigatório de um
programa especifico que determine as diretrizes para o monitoramento individual
de cada trabalhador exposto.

2. OBJETIVOS

2.1 - Objetivos Gerais

O PCMSO tem por objetivos a promoção e a preservação da saúde do


trabalhador, devendo ser a tradução da Medicina do Trabalho no seu amplo
campo de atuação, com foco maior na promoção da saúde e contemplando a
prevenção em todos os níveis, ou seja, o objetivo maior do PCMSO e monitorar
os riscos encontrados no PPRA.

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2.2 - Objetivos Específicos

 Promover e preservar a saúde dos colaboradores privilegiando o


instrumental clinico epidemiológico na abordagem da relação entre a
saúde e o trabalho, considerando aspectos individuais e coletivos;
 Rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde dos servidores
relacionados ao trabalho, destacando o caráter preventivo;
 Ser parte do conjunto de iniciativas do órgão no campo da saúde do
funcionário;
 Indicar soluções para a melhoria dos ambientes de trabalho e da
organização das atividades, individual e coletivamente, a partir da
detecção dos problemas;
 Conscientizar a direção e os colaboradores quanto à importância do
aspecto preventivo para a manutenção da qualidade de vida dentro da
Organização;
 Contribuir para a melhoria continua da qualidade dos serviços prestados
aos clientes, através da preservação da saúde ocupacional dos
colaboradores;
 Formar, através dos registros dos exames médicos ocupacionais,
históricos de informações relativas as condições clinicas (físicas e
mentais) dos nossos colaboradores.
 Normatizar e padronizar ações voltadas ao controle médico e prevenção.

3. DIRETRIZES DO PCMSO

 Integrar o conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da


saúde dos trabalhadores, tendo como finalidade a promoção e
preservação da saúde dos empregados;
 Considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de
trabalhadores, privilegiando o instrumental clinico epidemiológico na
abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho;
 Ter caráter de prevenção, rastreamento periódico e diagnóstico precoce
dos agravos à saúde relacionada ao trabalho, inclusive de natureza
subclínica, além de constatação da existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis a saúde dos trabalhadores;
 Deverá ser planejado e implantado com base nos riscos a saúde dos
trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas
nas demais NR'S.
 Estabelecimento de diretrizes para rotinas de exames clínicos
ocupacionais e de protocolos de exames complementares adequados aos
dados obtidos das avaliações dos locais e postos de trabalho, com vistas
ao rastreamento diagnostico dos trabalhadores expostos a eventuais
riscos ambientais existentes;
 Identificar os eventuais agravos a saúde dos trabalhadores decorrentes
dos fatores de riscos ambientais e dos fatores humanos que os agravam,
inclusive os decorrentes da organização do trabalho;

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 Estabelecer parâmetros objetivos para as avaliações medicas com perfis
clínicos e complementares para controles de exposição aos eventuais
riscos, especialmente os químicos, físicos, biológico e ergonômico;
 Estabelecer a periodicidade dos exames clínicos ocupacionais, bem como
dos exames complementares a serem efetuados em cada posto de
trabalho;
 Oferecer subsídios e orientações a CIPA nas atividades educativas e
preventivas, para participação mais eficaz na prevenção da integridade e
saúde do trabalhador.

4. RESPONSABILIDADES

4.1 - Do Empregador

 Aprovar e garantir a execução do PCMSO, bem como zelar pela sua


eficácia;
 Zelar pela observação das condições sanitárias e de conforto nos locais
de trabalho, cujas ações estão previstas na Norma Regulamentadora n°
24.
 Garantir os recursos financeiros para a efetiva implementação do
PCMSO, inclusive custeando, sem ônus para o servidor, todos os
procedimentos relacionados ao Programa;
 Fornecer as informações necessárias a elaboração e execução do
PCMSO;
 Convocar os colaboradores para os exames médicos ocupacionais;
 Garantir a liberação dos funcionários para os procedimentos previstos no
PCMSO junto ao Médico do Trabalho;
 Exigir dos colaboradores o cumprimento das solicitações do Médico do
Trabalho;
 Emitir Registro de Acidente de Trabalho quando solicitado pelo Médico
Coordenador do PCMSO;
 Fornecer as empresas contratadas para terceirização de serviços,
informações relativas ao PCMSO, quando solicitadas;
 Controlar os riscos ambientais existentes nos locais de trabalho com
adoção de medidas de controle capazes de manter esses riscos dentro
dos parâmetros não danosos aos empregados;
 Monitorar a exposição dos empregados aos respectivos riscos;
 Realizar treinamento dos empregados para dar conhecimento dos riscos
existentes;
 Promover medidas de prevenção coletivas e quando necessário fornecer
e monitorar o uso de equipamentos de proteção individual – EPI.
Disponibilizar vestimentas privativas para todos os trabalhadores com
possibilidade de exposição a agentes biológicos as quais serão fornecidas
sem ônus para o empregado; conforme NR 32.2.4.6.

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4.2 - Do Empregado

 Colaborar com a execução do PCMSO, constituindo-se ato faltoso a


recusa injustificada ao cumprimento do disposto neste Programa;
 Submeter-se aos exames médicos previstos no PCMSO;
 Cumprir as orientações medica decorrentes da avaliação de sua saúde;
 Utilizar o Equipamento de Proteção Individual – EPI – fornecido pela
empresa;
 Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pela
empresa;
 Comunicar ao Médico Coordenador, quando acometido por problemas de
saúde.

4.3 - Do Médico Coordenador

 Coordenar e Supervisionar diretamente a execução do PCMSO;


 Dar ciência das doenças ocupacionais para que seja emitido Registro de
Acidente de Trabalho;
 Prestar esclarecimentos, quando solicitado, sobre os problemas de saúde
ocupacional dos colaboradores, respeitando o princípio ético do sigilo
medico;
 Realizar os exames médicos previstos para o PCMSO: admissionais,
periódicos, mudança de função, retorno ao trabalho e demissionais, ou
selecionar e orientar profissional medico familiarizado com os princípios
da patologia ocupacional e suas causas, para a execução dos mesmos;
 Zelar pela padronização dos exames médicos ocupacionais;
 Fornecer aos colaboradores informações referentes a profissionais e/ou
entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados para a
realização dos exames complementares previstos no PCMSO;
 Solicitar o afastamento do colaborador doente ou acidentado, conforme
exposição ao risco quando constatada doença profissional e relatar quais
medidas especificas de controle do fator causal podem ser adotadas.

4.4 - Do Médico Examinador

 Examinar o colaborador e registrar em prontuário próprio a anamnese


realizada;
 Dar ciência ao colaborador sobre o(s) resultado(s) do(s) exame(s) e
orienta-lo;
 Comunicar ao Médico Coordenador os casos de doenças ocupacionais;
 Seguir a rotina estabelecida pelo Médico Coordenador;
 Emitir o Atestado de Saúde Ocupacional.

Obs.: Quando o médico coordenador for também o médico examinador, o


mesmo acumula as responsabilidades supracitadas.

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4.5 - Realizações dos Exames Médicos

Médico/Tipo Nome CRM


Médico Coordenador Kleiber Marciano L. Bomfim 7084
Médico Examinador ---------------------------------------- -------

5. DADOS GERAIS DA EMPRESA

O Hospital Regional do Sertão Central se propõe a ser um hospital da


rede terciaria de assistência do Estado do Ceara atendendo exclusivamente a
clientela do SUS – Sistema Único de Saúde.

Conta com um quadro funcional com 1017 trabalhadores admitidos por


processo seletivo conforme critérios definidos pelo ISGH e atende a população
de 631.037 habitantes dos 20 municípios da Macrorregião de Saúde do Sertão
Central.

6. DESENVOLVIMENTO DO PCMSO

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos seguintes


exames médicos (NR-7, item 7.4.1):

a) Admissional;

b) Periódico;

c) Mudança de função;

d) Demissional;

e) Retorno ao trabalho.

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6.1 – Exames Admissionais

Serão realizados em todos os candidatos de acordo com a área/função.


Deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades,
considerando o ambiente de trabalho em que a atividade será exercida, seus
riscos e situações especiais. Os exames admissionais constarão de:

 Exames Clínicos - físico e mental;


 Anamnese Ocupacional: Serão pesquisadas doenças ocupacionais
preexistentes e doenças crônicas não ocupacionais, avaliando se as
mesmas são impeditivas ou não do exercício seguro das atividades
propostas, bem como para orientar o seguimento clinico e laboratorial do
empregado;
 Exames específicos: serão solicitados de acordo com a atividade
profissional a ser executada – vide tabela do setor.
 Os exames laboratoriais serão custeados pela empresa;
 Para cada exame admissional realizado, será emitido o Atestado de
Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias, sendo que, a primeira via ficara
arquivada no SESMT, no prontuário do trabalhador, e a Segunda via será
entregue ao mesmo.
 Os resultados obtidos nos exames clínicos e complementares serão
registrados no prontuário médico Individual do Trabalhador e arquivados
em separado durante o período de 20 (vinte) anos.

6.2 – Exames Periódicos

Exames clínicos e mentais deverão ser realizados em todos os


trabalhadores com periodicidade anual. Os exames complementares deverão
seguir as tabelas de cada setor, com periodicidade especifica para o grupo
uniforme de riscos inerentes a função exercida. Em casos excepcionais, que
impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou
ainda aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, a periodicidade ficara
a critério médico. O seguimento laboratorial e utilizado para o acompanhamento
do estado de saúde dos empregados, podendo detectar doenças não
relacionadas ao trabalho. Será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
em duas vias, sendo que, a primeira via ficara arquivada no SESMT, no
prontuário do trabalhador, e a segunda via será entregue ao mesmo. Após a
realização dos exames clínicos e subsidiários do trabalhador os mesmos serão

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colocados no prontuário medico e arquivados em separado durante o período de
20 (vinte) anos.

6.3 – Exames de Mudança de Função

Toda vez que um trabalhador mudar de função, posto de trabalho ou


setor que implique a sua exposição a riscos diferentes aqueles a que estava
exposto anteriormente, serão realizados os exames clínicos e subsidiados
inerentes a nova função, sendo emitido o Atestado de Saúde Ocupacional
(ASO) em duas vias, a primeira via ficara arquivada no SESMT, no prontuário
do trabalhador, e a segunda via será entregue ao mesmo. Após a realização
dos exames clínicos e subsidiários do trabalhador os mesmos serão colocados
no prontuário medico e arquivados em separado durante o período de 20
(vinte) anos.

6.4 – Exames Demissionais

Todo trabalhador demitido realizara os exames médicos antes do


desligamento definitivo, desde que, o último exame médico ocupacional tenha
sido realizado ha mais de 90 dias como empresa de grau de risco 3, segundo
Quadro I da NR-4. Será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em
duas vias, a primeira via ficara arquivada no SESMT, no prontuário do
Trabalhador, e a segunda via será entregue ao mesmo. Após a realização dos
exames clínicos e subsidiários do trabalhador os mesmos serão colocados no
prontuário medico e arquivados em separado durante o período de 20 (vinte)
anos.

6.5 – Exames de Retorno ao Trabalho

Toda vez que um funcionário ficar afastado do trabalho por um período


igual ou superior a 30 (trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, de natureza
ocupacional ou não, ou parto, serão realizados no primeiro dia de retorno ao
trabalho o exame médico clinico e subsidiário inerente a função.
Será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias, a primeira
via ficara arquivada no SESMT, no prontuário do trabalhador, e a segunda via
será entregue ao mesmo. Após a realização dos exames clínicos e subsidiários
do trabalhador os mesmos serão colocados no prontuário medico e arquivados
em separado durante o período de 20 (vinte) anos.

6.6 – Comprovações da Aptidão do Trabalhador

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A aptidão do trabalhador para o exercício da função será atestada pelo médico
encarregado dos exames ocupacionais obrigatórios, através do Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO, de emissão obrigatória, em duas vias, para cada um
dos exames ocupacionais previstos na Norma Regulamentadora n°7, assim
destinadas:
 Primeira via - A Empresa devera arquivar a primeira via do Atestado de
Saúde Ocupacional dos empregados nos locais de trabalho;
 Segunda via - obrigatoriamente entregue ao empregado mediante recibo
na primeira via;

O ASO deve conter:

1. Nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade, e sua


função;

2. Os riscos ocupacionais específicos existentes;

3. Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador,


incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;
4. O nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;

5. Definição de apto ou inapto para a função especifica que o trabalhador vai


exercer, exerce ou exerceu;

6. Nome, data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo


contendo seu numero de inscrição no Conselho Regional de Medicina.

Nota: O dado obtido nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames
complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados
em prontuário clinico individual, que ficara sob a responsabilidade do médico
coordenador do PCMSO.

7. REFERÊNCIA DE CONDUTA EM CASO DE ALTERAÇÃO DOS EXAMES:


(conforme Despacho da SSST – Nota Técnica – de 01/10/1996)

Em casos de alterações dos exames – clínicos e/ou complementares – será


avaliado o nexo com o trabalho e a capacidade laboral.

Se confirmado o nexo:

1. Será solicitada a empresa a emissão da CAT (Comunicação de Acidente do


Trabalho) para NOTIFICACAO, no caso de não ocorrer afastamento do trabalho
ou esse for inferior a 15 dias ou para solicitação de BENEFICIO ACIDENTARIO
no caso do afastamento do trabalho ser superior a 15 dias.

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Neste caso o trabalhador será encaminhado para a perícia medica do INSS. Com
referência ao afastamento do trabalho, sempre que viável, devera o médico do
trabalho optar por afastamento do risco e não do trabalho, mantendo o
trabalhador em outras atividades que não comprometam sua saúde e segurança.

2. Encaminhar o trabalhador para tratamento se, necessário, e acompanhar sua


evolução durante e após o tratamento.

3. A empresa será recomendada para ações técnicas e/ou administrativas de


prevenção quando pertinente.

Se não confirmado o nexo:

1. Encaminhamento do trabalhador para tratamento, se necessário, e


acompanhamento de sua evolução durante e após o tratamento.

2. Se for necessário afastamento do trabalho por período superior a 15 dias,


encaminhar o trabalhador para a perícia do INSS, com solicitação de benefício
previdenciário.

3. Embora, num primeiro momento, possa não existir nexo das alterações e/ou
doença com o trabalho, não deve o médico descuidar da avaliação das possíveis
repercussões deste sobre a atual condição clínica do trabalhador.

8. ANTECIPAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS RISCOS OCUPACIONAIS

O risco no local de trabalho pode ser definido como qualquer condição que possa
afetar, de maneira negativa, o bem estar e a saúde das pessoas expostas. Na
identificação dos riscos em qualquer atividade profissional e necessário
caracterização do local de trabalho identificando os agentes e o grupo de
trabalhadores potencialmente expostos aos mesmos. Os riscos ocupacionais a
que os trabalhadores podem estar submetidos são:

 Mecânicos – O Risco que pode causar contusões, fratura, perfuração,


cortes, escoriação, abrasão, queimaduras térmicas e químicas e choque
elétrico;
 Ergonômicos – Agentes e condições de trabalho capazes de causar
lesões musculoesqueléticas crônicas, dores na coluna, esforço visual e
intelectual;
 Químicos – Agentes ambientais que podem ser inalados, ingeridos ou
absorvidos pela pele e que causam danos ou doenças degenerativas;
 Físicos – Agentes ambientais como ruídos, temperaturas extremas,
radiações e umidade, que ao longo do tempo de exposição, causam
doenças e outros problemas como estafa e mal súbitos;

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 Biológicos – A exposição profissional a agentes biológicos, como vírus,
bactérias, protozoários, riquetsias, fungos e seus esporos, pode propiciar
o desenvolvimento de processo infeccioso de evolução aguda ou crônica.

RISCO RISCO RISCO RISCO RISCOS


FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO ERGONÔMICO ACIDENTES
Ruídos Poeiras Vírus Espaço Físico Arranjo Físico
Inadequado

Levantamento e Ferramentas
Vibrações Fumos Bactérias Transporte Inadequadas ou
Manual de Defeituosas
Peso
Radiações Ionizantes Exigência de Iluminação
Ionizantes Vapores Bacilos Postura Inadequada
Inadequada
Radiações Não Controle Rígido Probabilidade
Ionizantes Vapores Parasitas de de explosão
Produtividade e/ou Incêndio

Neblinas Imposição de Armazenamento


Frio Fungos Ritmos Inadequado
Excessivos

Jornada de Animais
Calor Gases Protozoários Trabalho Peçonhentos
prolongada

Substancias Monotonia e
Pressões Compostas ou Príons repetitividade Queimaduras
Anormais Produtos
Químicos

Os riscos seguem a premissa do PPRA, caso houver reavaliação ou nova


classificação deverá ser alterado. Para este programa foram considerados, alem
dos previstos na NR-09, os riscos ergonômicos e de acidentes.

9. ACIDENTE DE TRABALHO

Os serviços de saúde são compostos por ambientes de trabalho


complexos, apresentando, por isso mesmo, riscos variados a saúde dos
trabalhadores e também das pessoas que estejam recebendo assistência
medica nesses locais. Caso ocorra o acidente de trabalho o funcionário deverá
comunicar o ocorrido ao membro do SESMT do HRSC para a realização de
investigação de acidente, posterior abertura de CAT, e encaminhamento para
profilaxia e/ou tratamento.
A exposição profissional a agentes biológicos, como vírus, bactérias,
protozoários, riquetsias, fungos e seus esporos, pode propiciar o
desenvolvimento de processo infeccioso de evolução aguda ou crônica. A
transmissão do agente infeccioso ocorre a partir do contato direto com
suspensões de micropartículas de secreções ou excreções de líquidos no ar
atmosférico, sangue, humores orgânicos, veículos contaminados com água, leite
e alimentos ou, indiretamente, através de insetos vetores. A exposição esta
geralmente associada ao trabalho em unidades que prestam assistência médico-

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odontológico, laboratórios de análises clinicas, laboratórios de pesquisa, porem
pode ocorrer também em outros locais.
Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente
contaminados devem ser tratados como casos de emergência medica, uma vez
que as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam
ser indicado logo após a ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.

9.1 – Prevenções Pré-Exposição

Sem dúvida evitar acidentes e a melhor medida a ser adotada. Um


ambiente de trabalho estruturado e colaboradores bem treinados são
fundamentais neste aspecto, enfatizando a necessidade de se programar ações
educativas permanentes, que familiarizem os profissionais de saúde com as
precauções universais e os conscientizem da necessidade de emprega-las
adequadamente, como medida mais eficaz para a redução do risco de infecção
pelo HIV ou hepatite em ambiente ocupacional. É importante ressaltar que as
medidas profiláticas pós-exposição não são totalmente eficazes.
A prevenção pré-exposição envolve a atenção aos seguintes quesitos:

 Qualificação técnica adequada dos profissionais;


 Domínio das técnicas utilizadas;
 Condições de trabalho apropriadas;
 Uso de equipamentos de proteção individual quando necessário;
 Conhecimento das precauções básicas em biossegurança;
 Imunização adequada;
A questão da imunização sempre deve ser considerada prioritária. No Brasil,
a utilização da vacina para hepatite B e recomendada para todos os profissionais
de saúde. Após exposição ocupacional a material biológico, mesmo para
profissionais não imunizados, o uso da vacina, associado ou não a
gamaglobulina hiperimune para hepatite B, e uma medida que,
comprovadamente, reduz o risco de infecção. Precauções Básicas em
Biossegurança (PBB) são medidas de prevenção que devem ser utilizadas na
assistência a todos os pacientes onde houver manipulação de sangue,
secreções, excreções e contato com mucosas e pele não integra. Isso independe
do diagnostico definido ou presumido de doença infecciosa.
Todo paciente deve ser considerado como potencialmente contaminado. Essas
medidas incluem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.),
que tem a finalidade de reduzir a exposição do profissional a sangue ou fluidos
corpóreos, e os cuidados específicos recomendados para manipulação e
descarte de materiais perfuro cortantes contaminados por material orgânico.
Os equipamentos de proteção individual são: luvas, máscaras, gorros, óculos de
proteção, capotes (aventais) e botas, e atendem as seguintes indicações:

 Luvas: Sempre que houver possibilidade de contato com sangue,


secreções e excreções com mucosas ou com áreas de pele não integram
(ferimento, escaras, feridas cirúrgicas e outros);
 Máscaras, gorros e óculos de proteção: Durante a realização de
procedimentos em que haja possibilidade de respingo de sangue e outros
fluidos corpóreos nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional;

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 Capotes (aventais): devem ser utilizados durante os procedimentos com
possibilidade de contato com material biológico, inclusive em superfícies
contaminadas;
 Botas: proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade
significativa de material infectante (centros cirúrgicos, áreas de
necropsia e outros).

As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV


e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são definidas como:

 Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos


perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);

 Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos envolvendo


olho, nariz, boca ou genitália;

 Exposições cutâneas (pele não integra) – p.ex. contato com pele com
dermatite ou feridas abertas;

 Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando


envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o
indivíduo que provocou a lesão quanto aquele que tenha sido exposto.

9.2 – Materiais biológicos de riscos

 Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais


são considerados materiais biológicos envolvidos na transmissão do HIV.
O sangue é o que possui a maior concentração de partículas infectantes
do VHB, sendo o principal responsável pela transmissão do vírus entre
os trabalhadores da saúde;

 Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico,


líquor e líquido articular são fluidos e secreções corporais potencialmente
infectantes. Exposições devem ser avaliadas de forma individual, já que,
em geral, esses materiais são considerados como de baixo risco para
transmissão viral ocupacional;

 Suor, lagrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto


em ambientes odontológicos) são líquidos biológicos sem risco de
transmissão ocupacional. Nestes casos, as profilaxias e o
acompanhamento clinico laboratorial não são necessários. A presença de
sangue nestes líquidos torna-os materiais infectantes.

Além disso, qualquer contato sem barreira de proteção com material


concentrado de vírus (laboratórios de pesquisa, cultura de vírus e vírus em
grandes quantidades) deve ser considerada uma exposição ocupacional que
requer avaliação e acompanhamento.

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9.3 – Acidentes com material perfurocortante

Dentre os riscos a que o trabalhador dos serviços de saúde está exposto,


um que e bastante peculiar ao serviço de saúde é o de sofrer um acidente de
trabalho com material biológico envolvendo um perfurocortante.
Além de incluir o ferimento em si, a grande preocupação em um acidente desta
natureza e a possibilidade do colaborador vir a se infectar com um patógeno de
transmissão sanguínea, especialmente os vírus das hepatites B e C e do HIV.
As intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser
indicado logo após a ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
A exposição ocupacional a patógenos de transmissão sanguínea
provocada por acidentes com agulhas e outros materiais perfurocortante e um
problema grave, mas muitas vezes pode ser prevenida.
Recomendações específicas devem ser seguidas durante a realização de
procedimentos que envolvam a manipulação de material perfurocortante, ou
seja, artigos que podem causar perfuração, ferimentos ou cortes:

 Atenção durante a realização dos procedimentos;


 Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de
procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes;
 As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou
retiradas da seringa com as mãos;
 Não utilizar agulhas para outros fins como, por exemplo, fixar papéis;
 Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, laminas de bisturi,
vidrarias, entre outros), mesmo que estéril devem ser desprezados em
recipientes resistentes a perfuração e com tampa;
 Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser
colocados sempre próximos do local onde e realizado o procedimento.

A prevenção de acidentes de trabalho com material biológico e uma


importante etapa na prevenção da contaminação de trabalhadores da saúde por
patógenos de transmissão sanguínea. Dados epidemiológicos sobre os
acidentes, incluindo as circunstancias associadas com a transmissão
ocupacional, são essenciais para o direcionamento e a avaliação das
intervenções nos níveis local, regional e nacional.
Os acidentes percutâneos com exposição a material biológico estão
associados principalmente com a transmissão do vírus da hepatite B (HBV), do
vírus da hepatite C (HCV) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas
também podem estar envolvidos na transmissão de outras dezenas de
patógenos.
No HRSC, seguindo as orientações contidas na Normatização de
Comissões Obrigatórias instituídas pelo ISGH, foi implementado a Comissão de
Prevenção de Acidentes com produtos perfurocortantes – COPREV que constitui
um grupo técnico de caráter obrigatório nas instituições hospitalares segundo a

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 17


Portaria N.o 1.748, de 30 de agosto de 2011, que aprova o Anexo III da Norma
Regulamentadora 32 – Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com
Materiais Perfurocortantes. Esta comissão tem como objetivo reduzir os riscos
de acidentes com materiais perfurocortantes, com probabilidade de exposição a
agentes biológicos, por meio da elaboração, implementação e atualização de
plano de prevenção de riscos de acidentes com esses materiais.

10. PROGRAMA DE VACINAÇÃO

A vacinação é o procedimento médico que possibilita maior impacto na redução


da morbimortalidade, sendo ferramenta eficaz na proteção dos trabalhadores
contra os agentes infecciosos de doenças evitáveis.

Na definição do programa de vacinação do HRSC foi considerado:

 Risco biológico da função;


 Riscos individuais (doenças crônicas, idade etc.);
 Riscos do ambiente (situação epidemiológica local);
 Presença de surto;
 Riscos para o paciente (o trabalhador pode ser o veículo de transmissão);
 Vacinas obrigatórias pelo Ministério da Saúde (calendários do PNI);

As vacinas recomendadas a todos os profissionais que trabalham no HRSC


sejam em caráter assistencial ou administrativo são: Vacina contra Hepatite B,
Vacina contra Tétano/Difteria (DT adulto), influenza (gripe).

Vacina contra Hepatite B Três doses (0,1 e 6 meses)


Uma dose a cada dez anos, se
Vacina contra Tétano/Difteria (dT imunização básica. (dT adulto)
adulto) Esquema básico: três doses (0,2,4
meses)
Influenza Dose única anual

Devido aos colaboradores da área de saúde apresentar alto risco para a


infecção pelo VHB, torna se obrigatória à titulação de anticorpos anti-HBsAg,
para verificar se houve resposta satisfatória a vacina 30 a 60 dias após a última
dose do esquema vacinal (0,30 e 180 dias).
Titulações de anticorpos Anti-HBs maiores que 10UI/mL são considerados
reagentes, porem resultados entre 10,0 e 100,0 UI/ml devem ser confirmados
com um segundo teste após 30 dias. Habitualmente pacientes imunes
apresentam resultados maiores que 100,0 mUI/ml.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 18


SITUAÇÃO DO PROFISSIONAL ESQUEMA VACINAL
Nunca vacinado, presumidamente 0, 1, 6 meses, dose habitual1
suscetível
Sorologia (anti-HBs) negativa um a Repetir esquema acima
dois meses após a terceira dose
Sorologia (anti-HBs) negativa um a Não vacinar mais, considerar
dois meses após a terceira dose do suscetível não respondedor
segundo esquema
Sorologia (anti-HBs) negativa Aplicar uma dose e repetir a
passado muito tempo após a terceira sorologia um mês após;
dose do primeiro esquema Em caso positivo considerar
vacinado, em caso negativo
completar o esquema

1. Toda dose administrada deve ser considerada, complementando-se o


esquema em caso de interrupção com intervalo mínimo de dois meses entre as
doses.

Na admissão de todos os colaboradores e obrigatória a apresentação do


cartão de vacinação, comprovando o adequado estado vacinal. Uma cópia do
cartão de vacinação dos trabalhadores fica arquivada no prontuário medico do
trabalhador e disponível para os órgãos de fiscalização. Se no momento da
admissão o colaborador não apresentar as vacinas previstas atualizadas inicia-
se o esquema vacinal para Hepatite B e feito uma dose de reforço de difteria e
tétano (dT). As vacinas serão realizadas no HRSC e/ou nos postos de serviço
do Sistema Único de Saúde. A vacina tríplice viral e influenza são feita
anualmente em esquema de campanha articulada com a Secretaria de Saúde
do município.

Não constituem contraindicações à vacinação:

 As doenças benignas comuns, tais como infecções ou alergias


recorrentes das vias aéreas superiores, com tosse e/ou coriza, diarreia
leve ou moderada, doenças da pele (impetigo, escabiose, etc.);
 Desnutrição;
 Aplicação de vacina contra raiva em andamento;
 Aplicação de qualquer outra vacina do esquema básico;
 Doença neurológica estável;
 Antecedentes de convulsão;
 Tratamento sistêmico com corticosteroides durante curto período (< de 2
semanas) ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com
baixas ou moderadas doses;
 Alergias, exceto reações sistêmicas graves a componentes da vacina;
 Prematuridade ou baixo peso ao nascer;

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 19


 Internação hospitalar;
 História e/ou diagnostico pregresso de doenças infecciosas.

11. PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO TUBERCULOSE OCUPACIONAL

Devido às elevadas taxas de transmissão de M.tuberculosis no Brasil em


especial associada com escolas medicas, hospitais, serviços de emergência faz-
se de fundamental importância a adoção de medidas de controle para prevenção
da sua transmissão.
As medidas adotadas para controle da transmissão da tuberculose
ocupacional devem levar em consideração o tipo da instituição, sendo divididas
em 3 grupos:

 Medidas administrativas: compreendem investigação, diagnóstico e


tratamento precoce dos casos; planejamento para o controle da infecção;
treinamento e educação dos profissionais de saúde; triagem e avaliação
destes profissionais quanto ao risco de tuberculose infecção e doença;
 Medidas de controle ambiental: ventilação/exaustão do ambiente;
medidas de controle do fluxo aéreo, medidas para reduzir a contaminação
do ar e auxiliar na limpeza do ar, utilizando-se filtro HEPA (“high-efficiency
particulate air”) e UVGI (irradiação germicida ultravioleta);
 Medidas de proteção respiratória: utilização de mascaras respiratórias
especificas que podem reduzir o risco de exposição a infecção dos
profissionais de saúde, além do uso de máscaras cirúrgicas pelos
pacientes.

Recentemente, o conceito de risco ocupacional de transmissão da


tuberculose infecção foi expandido para ambiente de risco. Assim, o risco de
transmissão de tuberculose não se relaciona com o tipo de Unidade de Saúde
(Hospital, Unidade Primaria, etc.), mas sim com o fato do profissional da área de
saúde compartilhar o mesmo espaço físico com o portador de tuberculose em
uma forma infecciosa ou de ter contato com espécimes clinicas infectante.
O risco de infecção pelo M. tuberculosis do profissional da área de saúde
pode ser também avaliado a partir da classificação do ambiente de trabalho em
ambiente de baixo, médio e elevado risco de infecção. O risco e proporcional a
probabilidade de indivíduos portadores de tuberculose (TB) serem atendidos ou
circularem pela Unidade de Saúde. Desta forma, locais em que não se espera a
presença de indivíduos portadores de TB ou que não se manipule amostras que
possam ser infectadas pelo M.tuberculosis são considerados ambientes de baixo
risco de infecção. Locais em que existe a possibilidade de que pacientes
portadores de TB sejam atendidos ou que amostras clinicas que possam conter
o M.tuberculosis sejam examinadas são considerados ambientes de risco médio
de infecção. Local em que já tenha ocorrido a transmissão do M.tuberculosis de
uma pessoa para outra no ano anterior e considerado ambiente de alto risco.

As evidencias que sugerem transmissão de M.tuberculosis de pessoa para


pessoa são:

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 20


 Elevadas taxas de conversão do teste tuberculínico;
 Casos de profissionais da área de saúde com TB;
 Diagnostico tardio de caso de TB em Unidade de Saúde;
 Identificação de cepas idênticas de M.tuberculosis em dois casos de TB
através de métodos moleculares (DNA fingerprinting).

Sobre o risco ocupacional de tuberculose entre profissionais que trabalham


em Unidades de Saúde recomenda-se que as Unidades de Saúde com risco
moderado ou elevado de infecção pelo M.tuberculosis implementem medidas de
biossegurança especificas e diferenciadas para cada ambiente com risco de
transmissão de tuberculose infecção, como por exemplo: sala de espera de
atendimento médico, sala de indução de escarro, sala de atendimento de
sintomáticos respiratórios.
No momento da admissão, os profissionais da área de saúde
assintomáticos devem ser avaliados para TB infecção por meio do teste
tuberculínico. Aqueles com teste tuberculínico positivo ou que tenham sintomas
respiratórios devem ser avaliados para afastar a possibilidade de TB doença e
aqueles com teste tuberculínico cutâneo negativo devem ser avaliados para o
risco ocupacional de se infectar pelo M.tuberculosis.
O Risco ocupacional de Infecção pelo M.Tuberculosis em profissionais da
área de saúde e avaliado pela realização de inquérito tuberculínico anual entre
os profissionais de saúde, cujo teste tuberculínico foi negativo no momento da
admissão.
Conduta de avaliação de tuberculose infecção e tuberculose doença em
profissionais da área de saúde:

 Profissional da área de saúde que trabalha em Unidade de Saúde com


risco moderado ou elevado de infecção pelo M.tuberculosis deve realizar
teste tuberculínico na admissão;
 Profissional da área de saúde sintomático respiratório ou com teste
tuberculínico com enduração cutânea maior ou igual a 10 mm deve ser
investigado para tuberculose doença;
 Profissional da área de saúde cujo teste tuberculínico foi negativo deve
realizar inquérito tuberculínico anualmente; Para fins de inquérito
tuberculínico anual, a conversão e definida como aumento da enduração
do teste tuberculínico ≥ 10 mm em relação ao teste realizado 12 meses
antes.
O uso de máscaras específicas de proteção respiratória para prevenção de
transmissão da tuberculose e recomendado nas seguintes populações de
risco:

 Profissionais de saúde e visitantes que entram em quarto de isolamento


de paciente suspeito ou confirmado de tuberculose;
 Profissionais presentes durante procedimentos de indução de tosse ou
procedimentos que geram aerossóis, realizados em pacientes com
suspeita ou confirmação de tuberculose destacando-se os seguintes:
entonação orotraqueal; aspiração de vias aéreas; indução de escarro;
tratamento com aerossóis, como por exemplo, aplicação de pentamidina;
broncoscopia; laringoscopia; autopsias; aspiração gástrica ou passagem

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 21


de sonda induzindo tosse; procedimentos laboratoriais envolvendo
M.tuberculosis.
 Profissionais que atendem pacientes suspeitos ou confirmados, em
situações de emergência e também cuidados dentários;
 Profissionais que realizam procedimentos laboratoriais com material
suspeito ou confirmado para M.tuberculosis.

Nestes casos indica-se o uso da máscara respiratória com filtro N95 ou PFF-
2, pois testes com bactérias de tamanho similar ao M.tuberculosis mostraram
filtração de 99,5% ou mais, provendo ótima proteção contra tuberculose. Além
disso, são mais aceitáveis que outras classes de mascaras respiratórias, por
serem de fácil utilização, e interferirem pouco na comunicação com o paciente.

12. ORIENTAÇÕES NA PROFILAXIA DA VARICELA EM AMBIENTE


HOSPITALAR

A varicela e uma doença altamente contagiosa e a sua prevenção e


fundamental no ambiente hospitalar. Vários surtos de varicela já foram descritos
no meio hospitalar, portanto, e imprescindível o rápido diagnostico do paciente
com varicela ou herpes zoster disseminado. As primeiras lesões cutâneas
surgem preferencialmente no tronco, e se não for detectado, o diagnóstico
poderá ser retardado.
Assim que diagnosticado este paciente deve receber máscara cirúrgica
para reduzir o risco de transmissão e ser colocado imediatamente em
precauções de contato (luvas de procedimento e capote de mangas longas) e
para aerossol (uso da máscara respiratória com filtro N95 ou PFF-2) em um
quarto privativo. Indivíduos não imunes para varicela, expostos ao paciente
fonte, devem ser rapidamente identificados para a administração da profilaxia.
Quando a assistência do paciente com varicela for realizada por
profissionais de saúde imunes, não e necessário o uso de máscara. Caso o
profissional de saúde não seja imune, deve-se utilizar a máscara respiratória com
filtro N95 ou PFF-2. Em ambos os casos, a precaução de contato deve ser
respeitada, visto que o profissional pode carrear a varicela através do contato
ocasionando transmissão cruzada.

12.1 – Transmissões

A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, pelo contato direto ou


por secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis)
e, raramente, através de contato com lesões.
Também pode ser transmitida indiretamente, por objetos contaminados com
secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. O
período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias
após o surgimento do primeiro grupo de vesículas, ou até a transformação de
todas estas em crostas. A vacina contra varicela e segura e protege contra o
adoecimento ou desenvolvimento de forma grave da doença em 95% dos
vacinados.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 22


12.2 - Indivíduos imunes

São aqueles com passado de varicela ou herpes zoster, vacinação para


varicela (duas doses) ou comprovação sorológica (IgG) de imunidade por
adoecimento ou vacinação. Esses indivíduos não necessitam receber profilaxia
antivaricela.

Condutas após exposição de riscos ao vírus da varicela

1. Identificação do paciente fonte:

 Pacientes com quadro de varicela ou herpes zoster disseminado (> 20


lesões fora do dermátomo) ou acometimento > 2 dermátomos;
 Herpes zoster localizado em paciente imunossuprimido (transplantados,
pacientes com câncer, pacientes em uso de citostático, corticoide e
infecção pelo HIV);
 Exame do material da vesícula demonstrando células gigantes
multinucleadas (método de Tzanck);

2. Identificação dos indivíduos com exposição de risco no ambiente


hospitalar e indicação de vacinação:

Todo individuo com passado desconhecido ou negativo para varicela, sem


vacinação ou com sorologia negativa para varicela com exposição de risco tem
indicação de receber a profilaxia (vacina ou imunoglobulina).
Exposição de risco e definida como contato direto com exposição de gotículas
(face a face por pelo menos 5 minutos) ou que tenha frequentado a enfermaria
ou setor contiguo que compartilha a mesma ventilação (exposição por aerossol,
por ex. enfermaria em frente ao posto de enfermagem) do paciente fonte por um
período >1h.
O paciente não imune exposto pode ser potencialmente transmissor do
vírus por um período de 7 a 21 dias após a exposição. Na impossibilidade de
receber alta hospitalar, esse paciente deve permanecer em precauções
respiratórias (aerossol) por este período de transmissão. Para os indivíduos que
receberam imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAV) este período
deve se estender para 28 dias.

3. Indivíduos potencialmente expostos à varicela no ambiente hospitalar e


situações em que deve ser indicada a vacina contra a Varicela:

 Médicos, enfermeiras, alunos, estagiários, outros profissionais de saúde


(transporte,nutrição, fisioterapia);
 Familiares suscetíveis a doença que estejam em convívio comunitário ou
hospitalar com Imunocomprometidos; Pessoal de limpeza;
 Pacientes na mesma enfermaria e seus acompanhantes; Na situação de
internação do paciente em outro setor (p.ex. emergência) também
investigar os contactantes nas ultimas 48 h antes do diagnostico;

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 23


 Pacientes imunocomprometidos (leucemia linfocitica aguda e tumores
sólidos em remissão, pelo menos, 12 meses), desde que apresentem
resultado maior ou igual a 1.200 linfócitos/mm3, sem radioterapia; caso
esteja em quimioterapia, suspende-la por 7 dias antes e 7 dias depois da
vacinação;
 Pessoas candidatos a transplante de órgãos (fígado, rim, pulmão e outros
órgãos sólidos), pelo menos 3 semanas antes do ato cirúrgico
 Suscetíveis a doença, imunocompetentes, no momento da internação em
enfermaria onde haja caso de varicela.

4. Recomendações para vacinação e uso de imunoglobulina humana


antivaricela-zoster (IGHAV) em pacientes, acompanhantes e profissionais
de saúde não imunes à varicela após exposição de risco ao vírus no
ambiente hospitalar:

 Iniciar vacinação em 3 dias após a exposição (possivelmente até 5 dias


após), exceto quando contra indicado (mulheres grávidas, em pacientes
imunossuprimidos, em uso de corticoide ou salicilatos em doses elevadas
e pacientes com tuberculose ativa sem tratamento).

 Vacina para indivíduos > 12 anos: 2 doses de 0,5ml por via SC na região
deltoide. A segunda dose será feita com intervalo de 4 a 8 semanas.
Profissionais de saúde mesmo após a vacinação devem ser monitorados
quanto ao aparecimento de sinais e sintomas de adoecimento, tais como
febre, manifestações no trato respiratório superior e exantema, para
imediato afastamento do trabalho. Se o paciente permanecer
hospitalizado, colocá-lo em precauções para aerossol em quarto privativo
do 7o ao 21o dia após a exposição. Os acompanhantes não imunes
expostos não devem permanecer no hospital pelo mesmo período.

 A soroconversão ocorre em 99% após a segunda dose da vacina,


portanto, não está indicada a rotineira confirmação da presença do
anticorpo após a vacinação.

 Indivíduos com passado negativo para varicela frequentemente são


imunes e em 70 a 90% dos casos podem apresentar sorologia positiva
para varicela. Se a realização da dosagem do anticorpo no individuo
exposto estiver disponível num prazo de 48h (ideal) ou inferior a 96h
(prazo máximo) a desnecessária e onerosa administração da VZIG pode
ser evitada.
 Pacientes imunossuprimidos ou mulheres grávidas com exposição de
risco devem receber a imunoglobulina (VZIG) em 96h, neste caso as
precauções se prolongam para 28 dias.

5. Indicação de imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAV):

 Menores de 6 meses de idade (em caso de surto);


 Recém-nascidos de mães na quais a varicela surgiu nos últimos 5 (cinco)
dias de gestação ou nos 2 dois primeiros dias após o parto;

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 24


 Mulheres grávidas;
 Crianças/adultos imunocomprometidos (leucemia, cancer, corticoide em
elevadas doses ou outro imunossupressor). Deve ser utilizado no máximo
até 96 horas depois de ocorrido o contato, de preferência o mais
precocemente possível. Imunoglobulina humana antivaricela-zoster
(IGHAV):
 Ampola 125U (1,25mL)
 Dose 125U por cada 10 kg de peso, IM, dose máxima 625 U.
 Prazo máximo para a aplicação: 96h.
 Conservar na temperatura de 2 a 8oC.

IMUNIDADE HERPES ZOSTER ZOSTER VARICELA


Se localizado: Quarto privativo com porta
Precauções de contato até fechada e precauções de
Profissionais de saúde as lesões secarem; contato (6) até as lesões
Imunes a varicela (1) Se disseminado (4): secarem, não e necessário o
Quarto privativo e uso de máscara respiratória
precauções de contato; com filtro N95 ou PFF-2;
Herpes zoster disseminado ou localizado em paciente
imunossuprimido (5) e varicela:
 Precaução para aerossol (mascara respiratória com
Profissionais de saúde não filtro N95 ou PFF- 2) em quarto privativo com porta
imunes para varicela fechada (2);
 Precauções de contato (luvas e capote de mangas
longas);
 Iniciar a profilaxia após exposição de risco (3);

(1) Imunidade contra varicela: a) passado de varicela; ou b) comprovação de


imunização com duas doses da vacina antivaricela, com intervalo > que 1 mês
entre as doses; ou c) comprovação de sorologia positiva para varicela.

(2) Quarto privativo: Mesmo durante a ausência do paciente no quarto e


fundamental que a porta permaneça fechada e que o indivíduo não imune use o
respirador para entrar no quarto. Manter janelas abertas e ar refrigerado
desligado e portas fechadas.

(3) Exposição de risco: a) contato com paciente fonte face a face por mais que
5 min. b) permanência
por mais de 1h no mesmo ambiente ou ambiente próximo com a mesma
ventilação do paciente fonte. O profissional de saúde não imune não deve assistir
o paciente com varicela ou zoster disseminado.

(4) Herpes zoster disseminado: acometimento > a 2 dermátomos.

(5) Herpes zoster localizado em paciente imunossuprimido (AIDS,


transplantados, quimioterapia, pulsoterapia etc.):

1- Em enfermarias com pacientes imunossuprimidos: ⇒ manter as precauções


respiratórias e contato até as lesões secarem.
2- Em enfermaria sem pacientes susceptível ou imunossuprimido: ⇒ após 24h
de uso de aciclovir (10-12 mkg IV 8/8h ou 800mg VO 5X ao dia por 7 dias) e na

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 25


ausência de disseminação da doença, e possível proceder como zoster
localizado (retornar para enfermaria, retirando a precaução respiratória ⇒ manter
as lesões cobertas e precauções de contato até as lesões secarem.
(6) Precaução de contato: termina quando todas as lesões estiverem secas ou
com crostas, geralmente 5 dias no imunocompetente. O período de transmissão
no imunossuprimido pode ser mais prolongado.

6. Informações sobre a vacina:

 A vacina antivaricela e constituída por vírus vivo atenuado;


 Prazo para a administração: 3 dias após a exposição (possivelmente por
um prazo maior que 05 dias);
 Dose conforme a idade: De 12 meses a 12 anos: dose única 0,5 ml SC;
>12 anos: 2 doses (0,5ml) com intervalo de 4 a 8 semanas;
 Local e via de administração: região deltoide via subcutânea;
 Contraindicações: gravidez, infecção por HIV e pacientes
imunossuprimidos;
 Após a administração de sangue, plasma, imunoglobulina ou VZIG:
indivíduos só devem recebe- lá num prazo superior a 5 meses para evitar
a neutralização do vírus vivo atenuado da vacina;
 Indivíduos com história de anafilaxia a neomicina e gelatina não devem
receber a vacina;
 Efeitos adversos: febre, hiperemia, edema, dor, febre, exantema
variceliforme localizado (2 dias após) na região da injeção e exantema
generalizado (>2 semanas).

 7. Recomendações após o uso da vacina:


 Evitar o uso de salicilatos por 6 semanas após a vacinação;
 Interromper o uso de corticoide por pelo menos um mês antes de
vacinar;
 A vacina pode interferir na leitura do PPD. Se necessário, recomenda-se
a realização do teste tuberculínico 4 a 6 meses após a vacinação;
 Segundo o fabricante a mulher deve aguardar um prazo de 3 meses
para engravidar;
 Indivíduos com tuberculose ativa não tratada não devem receber a
vacina;
 Indivíduos vacinados devem ser informados quanto ao possível risco de
transmissão do vírus da vacina. Esta situação deve ser particularmente
considerada para os vacinados que desenvolvem o exantema e que
terão contato com mulheres gravidas não imunes ou imunossuprimidos.
 O risco de transmissão do vírus vivo atenuado da vacina e baixo, não
sendo, portanto, uma contraindicação para seu uso, pois o benefício da
vacina supera o risco potencial. Segundo o fabricante da vacina, o
período para se evitar contato com indivíduos com elevado risco de
infecção e de 6 semanas ou mais após a vacinação.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 26


8. Conservação da vacina:

A vacina deve ser conservada congelada numa temperatura entre 15oC


a 20oC negativos. A vacina deve ser usada imediatamente após a
reconstituição e desprezada se não utilizada em 30 minutos.

13. PLANO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

O HRSC possui plano de proteção radiológica que tem como objetivo


estabelecer um sistema de radioproteção, tendo em vista a assistência aos
colaboradores envolvidos nos trabalhos com radiação e as pessoas que
trabalham nas imediações do setor e possam estar expostas a radiação
ionizante. O controle ocupacional do Plano de Proteção Radiológica do HRSC
versa que:

 Todos os profissionais potencialmente expostos sejam monitorados


através de dosímetros individuais que serão usados durante todo o
período de trabalho;
 Os dosíimetros sejam de uso pessoal, intransferível e próprio da
instituição;
 Os dosímetros sejam posicionados na região do tronco, sem nenhum
objeto (carteira, caneta, papeis, etc.) se interpondo entre ele e o corpo do
usuário e com identificação visível e voltada para frente;
 Durante o uso do avental plumbifero, o dosímetro deve ficar posicionado
sobre o avental conforme definido na portaria no453/98;
 Os dosímetros devem ser guardados todos juntos ao dosímetro de
controle e em lugar de baixa umidade relativa, com temperatura amena e
longe de fontes de radiação ionizante;
 Os funcionários possuam arquivo individual com controle dos resultados;
 Os funcionários a serem admitidos realizem exame clinico ocupacional e
exames laboratoriais previstos para avaliação de seu estado de saúde;
 O histórico médico e dosímetrico anterior sejam considerados na
avaliação medica admissional;
 Os profissionais sejam submetidos a exames médicos e laboratoriais
periódicos;
 Na avaliação periódica sejam considerados os exames médicos e a
dosimetria acumulada no período.

Em caso de exposição acidental:

O colaborador deverá comunicar imediatamente ao supervisor de


proteção Radiológica e ao SESMT para que sejam tomadas as devidas
providencias;

 O dosímetro do colaborador deve ser encaminhado para o laboratório


para que seja feita a leitura de urgência;
 Se o limite anual previsto para os colaboradores (20mSv) for ultrapassado
o colaborador será afastado das suas funções até que a situação seja

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 27


normalizada e continuará a ser acompanhado pelo supervisor de proteção
radiológica e pelo SESMT.
 Serão solicitados hemograma e dosagem de plaquetas para avaliação
clínica do colaborador.

14. CRONOGRAMA PARA AS AÇÕES DE SAÚDE, BEM ESTAR E


QUALIDADE DE VIDA

 Elaboração do PCMSO no mês de fevereiro de 2020;


 Realização da avaliação clínica laboratorial (se necessário) no primeiro
semestre do ano de 2020;
 Controle e avaliação das atividades propostas semestralmente;
 Realizações do relatório anual no mês de janeiro de 2021;
 As atividades educacionais e de controle de saúde serão realizadas em
caráter periódico em campanhas sobre segurança e saúde no trabalho,
higiene pessoal e coletiva, alimentação, diabetes, hipertensão arterial,
doenças cardiovasculares, prevenção de câncer (ginecológico, prostático
e proctológico), moléstias infecto contagiosas, conservação da acuidade
visual e auditiva, entre outras; serão realizadas através de programas,
Campanhas, Palestras, Exposições, Feiras de Saúde, Atividades
artísticas (Música e Teatro), Comunicação Visual utilizando-se de
cartazes, baners, cartilhas, folders, etc.

PROGRAMA CINESIOTERAPIA LABORAL:


A Cinesioterapia Laboral aborda um conjunto de exercícios terapêuticos e
preventivos que se propõe a oferecer vários benefícios tanto para a empresa
como para os funcionários. O ritmo excessivo de trabalho associado às posturas
inadequadas, esforços físicos, movimentos repetitivos e condições físicas
impróprias dos postos de trabalho, provocam tensões no corpo que procriam a
falta de atenção nas atividades exercidas, induzindo a uma baixa produtividade
e aos acidentes de trabalho. A implantação do programa visa a melhoraria dos
aspectos relacionados à prevenção das doenças osteomioarticulares, no índice
de lesões, cansaço, concentração, produtividade assim como a melhoria da
disposição e da motivação para os profissionais que atuam no HRSC. O
programa consiste em convidar funcionários a responder um questionário onde
será traçado um perfil do mesmo, relacionando problemas de saúde pré-
existentes, estrutura ambiental do hospital e possíveis desconfortos e dores
associadas a alterações posturais. Depois de traçado o perfil do público alvo,
será desenvolvido atividades de relaxamento e alongamento pelos
fisioterapeutas. Além disso, a cinesioterapia laboral vem a favorecer melhorias
nas condições de trabalhos, através de atividades físicas, onde o principal elo
está em reencontrar o prazer pela vida, além de proporcionar uma forma de se
relacionar informalmente com o colega de trabalho.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 28


JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
AÇOES

Elaboração do x
PCMSO

Avaliação
Clinica e
Laboral
x X X x x x x x x X x x

Relatório x
Anual

Atividades x x x x x x x x x x x X
Educacionais

Ciclo Vacinal x x x x x x x x x x x X

OBS: O cronograma do PCMSO deverá estar em consonância com o PPRA.


Sendo executados orientações e treinamentos conforme solicitado.

15. QUADRO DE EXAMES OCUPACIONAL

1. Exames Admissionais: Serão solicitados a todo colaborador quando


admitidos no HRSC: Anti-HBs , Hemograma completo, Lipidograma (colesterol
total e frações e triglicerídeos), Glicemia de jejum, Rx de tórax.

2. Exames Demissionais: Será solicitado a todo colaborador em processo de


demissão: Hemograma completo, glicemia de jejum e B-HCG para
colaboradores do sexo feminino entre 18 e 50 anos.

3. Exames de retorno ao trabalho: Quando necessário serão solicitados pelo


Médico Coordenador do PCMSO levando-se em conta o motivo do afastamento
e/ou função exercida.

4. Exames de mudança de função: Quando necessário serão solicitados pelo


Medico Coordenador do PCMSO levando-se em conta a exposição a risco
diferente daquele que estava exposto na função anterior.

5. Exames periódicos: Conforme quadro abaixo.

6. Audiometria: Quando indicada será feita na admissão, 06 meses após a


admissão (audiometria sequencial) e posteriormente com periodicidade anual.
No exame demissional, caso não haja nenhum exame realizado nos últimos 90
dias.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 29


SETOR: APOIO E DIAGNÓSTICO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS EXAMES /


FUNÇOES OBSERVADOS DANOS À PERIODICIDADE
SAÚDE
Medico Radiologista Físico Neoplasias, doenças
Radiações ionizantes oculares e de pele Exames
Técnico em Admissionais
Enfermagem Ergonômicos Perturbações do
Trabalho noturno sono, distúrbios Exames Periódicos
Técnico de gastrointestinais. Anuais
Radiologia Acidente Avaliação clínica
Objetos cortantes e Doenças ocupacional
Supervisor perfurocortantes infecciosas, lesões Hemograma
Radiologia superficiais Glicose
Biológico T4 livre, TSH
Enfermeiro Fungos, vírus,
bactérias, Semestrais
Auxiliar protozoários e Doenças infecciosas Hemograma
Administrativo parasitas
Ergonômicos Perturbações do
Trabalho noturno sono, distúrbios Exames
gastrointestinais Admissionais
Médico
Endoscopista Acidente Doenças Exames Periódicos
Objetos cortantes e infecciosas, lesões
perfurocortantes superficiais Anuais
Técnico de Avaliação clínica
enfermagem ocupacional
Biológico Hemograma
Fungos, vírus, Doenças infecciosas Glicose
bactérias,
protozoários e
parasitas

Acidente Doenças Exames


Auxiliar Objetos cortantes e infecciosas, lesões Admissionais
administrativo perfurocortantes superficiais
Exames Periódicos
Anuais
Biológico Avaliação clínica
Fungos, vírus, Doenças infecciosas ocupacional
bactérias, Hemograma
protozoários e Glicose
parasitas

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 30


SETOR: AGÊNCIA TRANSFUSIONAL

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Médico Exames Admissionais
Hematologista
Biológico Doenças Exames Periódicos
Enfermeiro Fungos, vírus, infecciosas Anuais
bactérias, Avaliação clinica
Auxiliar protozoários e ocupacional
administrativo parasitas Hemograma
Glicose

Ergonômicos Perturbações do Exames Admissionais


Trabalho noturno sono, distúrbios
gastrointestinais Exames Periódicos
Anuais
Técnico de Acidente Doenças Avaliação clinica
enfermagem Objetos cortantes infecciosas, ocupacional
e perfurocortantes lesões Hemograma
Técnico de superficiais Glicose
laboratório
Biológico Doenças
Fungos, vírus, infecciosas
bactérias,
protozoários e
parasitas

SETOR: AMBULATÓRIO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Doenças Exames Admissionais
Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
bactérias, Avaliação clinica
Técnico em protozoários e ocupacional
Enfermagem parasitas Hemograma
Enfermeira Glicose
Acidente Doenças
Objetos cortantes e infecciosas,
perfurocortantes lesões
superficiais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 31


SETOR: ALMOXARIFADO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Biológico
Fungos, vírus, Doenças Exames Periódicos Anuais
Auxiliar bactérias, infecciosas Avaliação clinica
administrativo protozoários e ocupacional
parasitas Hemograma
Glicose

SETOR: NAF (NÚCLEO ADMINISTRATIVO FINANCEIRO)

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Gerente Exames Admissionais
Biológico Doenças
Auxiliar Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
administrativo bactérias, Avaliação clinica
protozoários e ocupacional
Assistente parasitas Hemograma
Administrativo Glicose

Auxiliar de
escritório-
Aprendiz

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 32


SETOR: NAC (NUCLEO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE)

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Gerente Exames Admissionais
Biológico Doenças
Auxiliar Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
administrativo bactérias, Avaliação clinica
protozoários e ocupacional
Assistente parasitas Hemograma
administrativo Glicose

Ascensorista Ergonômicos Perturbações do


Trabalho noturno sono, distúrbios
Controlador de gastrointestinais
entrada e saída

Porteiro

Recepcionista

Telefonista

Motorista de
ambulãncia

SETOR: CENTRO DE ESTUDOS

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais

Biológico Doenças Exames Periódicos Anuais


Coordenador Fungos, vírus, infecciosas Avaliação clinica
bactérias, ocupacional
protozoários e Hemograma
Auxiliar parasitas Glicose
administrativo

Enfermeiro

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 33


SETOR: OUVIDORIA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Ouvidor em
saúde Biológico Exames Periódicos Anuais
Fungos, vírus, Doenças Avaliação clinica
Auxiliar bactérias, infecciosas ocupacional
administrativo protozoários e Hemograma
parasitas Glicose

SETOR: SCIH

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Médico- Biológico Exames Admissionais
infectologista Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Enfermeiro protozoários e Avaliação clinica
parasitas ocupacional
Técnico em Hemograma
enfermagem Glicose

SETOR: CENTRO CIRÚRGICO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Doenças Exames Admissionais
Fungos, vírus, infecciosas
Médico Cirurgião bactérias, Exames Periódicos Anuais
protozoários e Avaliação clinica
MédicoTraumato- parasitas ocupacional
Ortopedista Hemograma
Glicose
Médico Acidente Doenças
Anestesista Quedas, cortes, infecciosas, lesão
escoriações. cutânea
Enfermeiro

Técnico em Ergonômico

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 34


Enfermagem Trabalho noturno Perturbações do
sono, distúrbios
Auxiliar de gastrointestinais
enfermagem

Auxiliar
administrativo

Físico Neoplasias, Exames Admissionais


Radiação doenças oculares
*Profissionais do ionizante e da pele Exames Periódicos Anuais
setor que Avaliação clinica
trabalham nas Ocupacional
cirurgias Hemograma, glicose, T4, TSH
traumato- Exames Periódicos
ortopédicas Semestral
Hemograma

SETOR: CLÍNICA MÉDICA / CIRÚRGICA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Médico Clinico Biológico Doenças Exames Admissionais
Fungos, vírus, infecciosas
Médico Cirurgião bactérias, Exames Periódicos Anuais
protozoários e Avaliação clinica
Enfermeiro parasitas ocupacional
Hemograma
Técnico em Glicose
enfermagem Acidente Doenças
Quedas, cortes, infecciosas, lesão
Fisioterapeuta escoriações. cutânea

Fonoaudiólogo
Ergonômico Perturbações do
Trabalho noturno sono, distúrbios
gastrointestinais

Exames Admissionais
Auxiliar de Biológico Doenças
escritório Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
bactérias,
protozoários e Avaliação clinica
parasitas ocupacional
Hemograma
Glicose

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 35


SETOR: ENGENHARIA CLÍNICA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Engenheiro Biológico Exames Admissionais
Clínico Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Auxiliar protozoários e Avaliação clinica
Administrativo parasitas ocupacional
Hemograma
Ergonômico Perturbações do Glicose
Técnico em Trabalho noturno sono, distúrbios
equipamentos *Auxiliar em gastrointestinais
biomédicos equipamentos

Auxiliar em Acidente Queimaduras,


equipamentos Choque elétrico fibrilação.
biomédicos *Técnico em
equipamentos

SETOR: FARMÁCIA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
Gerente de bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
farmácia protozoários e Avaliação clinica
parasitas ocupacional
Farmacêutico Hemograma
Ergonômico I Perturbações do Glicose
Auxiliar de Trabalho noturno sono, distúrbios
Farmácia I gastrointestinais

Auxiliar de Ergonômico II Distúrbios


Farmácia II Levantamento e osteomusculares
transporte manual relacionados ao
Auxiliar de de cargas trabalho-DORT
Farmácia- * Auxiliar de
saneantes Farmácia II

Auxiliar Químico
administrativo Alvejantes /
degermantes Dermatites
* Auxiliar de
Farmácia-
saneantes

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 36


SETOR: NUGESP

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais

Gerente de risco Biológico Doenças Exames Periódicos Anuais


Fungos, vírus, infecciosas Avaliação clinica
Auxiliar bactérias, ocupacional
Administrativo protozoários e Hemograma
parasitas Glicose
Asistente
Administrativo

Assessor técnico

Enfermeiro

SETOR: LABORATÓRIO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Ergonômico Perturbações do Exames Admissionais
Trabalho noturno sono, distúrbios
Biomédico gastrointestinais Exames Periódicos Anuais
Avaliação clinica
Auxiliar de Acidente Doenças ocupacional
laboratório Quedas, cortes, infecciosas, lesão Hemograma
escoriações; superficial Glicose
Técnico em
laboratório Biológico
Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas
protozoários e
parasitas

Exames Admissionais
Gerente de Biológico
Laboratório Fungos, vírus, Doenças Exames Periódicos Anuais
bactérias, infecciosas
Auxiliar protozoários e Avaliação clinica
administrativo parasitas Ocupacional
Hemograma
Glicose

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 37


SETOR: SESMT

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Medico do Biológico Exames Admissionais
trabalho Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Engenheiro de protozoários e Avaliação clinica
segurança do parasitas ocupacional
trabalho Hemograma
Glicose
Enfermeiro do
trabalho Acidente Doenças
Quedas, cortes, infecciosas, lesão
Técnico de escoriações; superficial
segurança
do trabalho

Técnico em
enfermagem do
trabalho

SETOR: NÚCLEO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (NTI)

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Técnico em
informática Biológico Exames Periódicos Anuais
Fungos, vírus, Doenças Avaliação clinica
Auxiliar de bactérias, infecciosas ocupacional
escritório - protozoários e Hemograma
aprendiz parasitas Glicose

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 38


SETOR: NUTRIÇÃO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais

Gerente de Biológico Exames Periódicos Anuais


Nutrição Fungos, vírus, Doenças Avaliação clinica
bactérias, infecciosas ocupacional
protozoários e Hemograma
Nutricionista parasitas Glicose

Auxiliar
administrativo
Copeira Exames Admissionais
Biológico +
Fungos, vírus, Doenças Parasitológico
bactérias, infecciosas de fezes
protozoários e Sorologia para Hepatite A.
parasitas
Exames Periódicos:
Anuais
Avaliacao
clinica ocupacional
Hemograma
Parasitológico
de fezes.

SETOR: RECURSOS HUMANOS

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
; Exames Admissionais
Analista de RH Biológico
Fungos, vírus, Doenças Exames Periódicos Anuais
Auxiliar bactérias, infecciosas Avaliação clinica
administrativo protozoários e ocupacional
parasitas Hemograma
Técnico em folha Glicose
de pagamento

Coordenador
Dep. Pessoal

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 39


SETOR: ROUPARIA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Biológico Doenças
Conferente Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Expedidor bactérias, Avaliação clinica
de roupas protozoários e ocupacional
parasitas Hemograma
Glicose
Ergonômico
Auxiliar Levantamento e Distúrbios
administrativo transporte manual osteomusculares
de cargas relacionados ao
* Conferente trabalho-DORT
Expedidor
de roupas

SETOR: UTI ADULTO / UTI NEONATAL

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
Médico bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Intensivista protozoários e Avaliação clinica
parasitas ocupacional
Médico Terapia Hemograma
intensiva NEO Glicose
Acidente Doenças
Enfermeiro perfurocortantes infecciosas, lesão
superficial
Técnico em
enfermagem Ergonômico
Trabalho noturno Perturbações do
Fisioterapeuta sono, distúrbios
gastrointestinais
Fonoaudiólogo

Exames Admissionais
Biológico Doenças Exames Periódicos Anua
Fungos, vírus, infecciosas Avaliação clinica
Auxiliar bactérias, ocupacional
adminstrativo protozoários e Hemograma
parasitas Glicose

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 40


SETOR: UNIDADE DE CUIDADOS ESPECIAIS (UCE)

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Médico Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Enfermeiro protozoários e Avaliação clinica
parasitas ocupacional
Técnico em Hemograma
Enfermagem Acidente Doenças Glicose
perfurocortantes infecciosas, lesão
Fisioterapeuta superficial

Fonoaudiólogo Ergonômico
Trabalho noturno Perturbações do
sono, distúrbios
gastrointestinais

SETOR: AVC AGUDO / SUBAGUDO


CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS
FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Biológico Doenças
Médico Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Neurologista bactérias, Avaliação clinica
protozoários e ocupacional
Enfermeiro parasitas Hemograma
Doenças Glicose
Técnico em Acidente infecciosas, lesão
Enfermagem perfurocontantes superficial

Fisioterapeuta Ergonômico
Trabalho noturno Perturbações do
Terapeuta sono, distúrbios
ocupacional gastrointestinais

Auxiliar de
escritório -
aprendiz

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 41


SETOR: CENTRO DE PARTO NORMAL/CENTRO CIRURGICO
OBSTÉTRICO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Doenças Exames Admissionais
Fungos, vírus, infecciosas
bactérias, Exames Periódicos Anuais
Médico protozoários e Avaliação clinica
parasitas Doenças ocupacional
Enfermeiro infecciosas, lesão Hemograma
Acidente superficial Glicose
Técnico em perfurocortantes
Enfermagem
Perturbações do
Ergonômico sono, distúrbios
Trabalho noturno gastrointestinais

SETOR: CLÍNICA OBSTÉTRICA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Biológico Doenças
Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Médico bactérias, Avaliação clinica
protozoários e Doenças ocupacional
Enfermeiro parasitas infecciosas, lesão Hemograma
superficial Glicose
Técnico em Acidente
Enfermagem perfurocortantes
Perturbações do
Fonoaudiólogo sono, distúrbios
Ergonômico gastrointestinais
Trabalho noturno

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 42


SETOR: CLÍNICA TRAUMATO-OROTPEDIA

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Médico Biológico Doenças
Traumato- Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
ortopedista bactérias, Avaliação clinica
protozoários e Doenças ocupacional
Enfermeiro parasitas infecciosas, lesão Hemograma
superficial Glicose
Técnico em Acidente
Enfermagem perfurocortantes
Perturbações do
Fisioterapeuta sono, distúrbios
Ergonômico gastrointestinais
Técnico em Trabalho noturno
gesso

SETOR: MANUTENÇÃO

CARGOS RISCOS POSSÍVEIS


OU OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
FUNÇÕES SAÚDE
Exames Admissionais
Tecnólogo Biológico Doenças
em Fungos, vírus, infecciosas Exames Periódicos Anuais
construção bactérias, Avaliação clinica
civil protozoários e ocupacional
parasitas Hemograma
Glicose
Auxiliar
administrativo
Biológico Doenças Exames Admissionais
Fungos, vírus, infecciosas
bactérias, Exames Periódicos Anuais
protozoários e Avaliação clinica
parasitas Doenças ocupacional
infecciosas, Hemograma
Eletricista Acidente lesão superficial, Glicose
Quedas, cortes, fraturas, ECG, EEG,
Choque elétrico, fibrilação Acuidade visual
Auxiliar de trabalho em altura;
manutenção
Ergonômico
Trabalho noturno Perturbações do
sono, distúrbios
gastrointestinais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 43


SETOR: SERVIÇO SOCIAL

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
Assistente bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Social protozoários Avaliação clinica
ocupacional
Auxiliar de Hemograma
escritório Glicose

SETOR: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERELIZAÇÃO (CME)

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Enfermeiro Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Auxiliar Protozoários Avaliação clinica
administrativo Perturbações do ocupacional
Ergonômico sono, distúrbios Hemograma
Trabalho noturno gastrointestinais Glicose
Audiometria

Físico Perda auditiva ,


Ruído estresse

Biológico Exames Admissionais


Fungos, vírus, Doenças
bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Técnico em Protozoários Avaliação clinica
Enfermagem ocupacional
Ergonômico Perturbações do Hemograma
Trabalho noturno sono, distúrbios Glicose
gastrointestinais Audiometria

Físico Perda auditiva,


Ruído estresse

Químico Dermatites,
Ácidos, corrosivos irritação dos olhos

Acidente Doenças
perfurocortantes infecciosas, lesão
superficial

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 44


SETOR: DIREÇÃO

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
Diretor de bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Gestão e protozoários e Avaliação clinica
atendimento parasitas ocupacional
hospitalar Hemograma
Glicose
Diretor de
processos
Assistenciais

Diretor geral

Coordenador
administrativo

Secretaria

SETOR: COORDENAÇÕES INTEGRADAS

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Exames Admissionais
Coordenador
Geral de Biológico Exames Periódicos Anuais
Enfermagem Fungos, vírus, Doenças Avaliação clinica
bactérias, infecciosas ocupacional
Coordenador protozoários e Hemograma
Fisioterapia parasitas Glicose

Coordenador
Fonoaudiologia

Coordenador
Serviço Social

Psicóloga
Hospitalar

Auxiliar
administrativo

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 45


SETOR: TRANSPORTE

CARGOS OU RISCOS POSSÍVEIS


FUNÇÕES OBSERVADOS DANOS À EXAMES/PERIODICIDADE
SAÚDE
Biológico Exames Admissionais
Fungos, vírus, Doenças
Técnico em bactérias, infecciosas Exames Periódicos Anuais
Enfermagem - protozoários e Avaliação clinica
transporte parasitas ocupacional
Hemograma
Auxiliar de Ergonômico Distúrbios Glicose
escritório Ação de osteomusculares
puxar/empurrar relacionados ao
cargas ou volumes trabalho-DORT
* Técnico em
Enfermagem -
transporte

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 46


16. RELATÓRIO ANUAL DO PCMSO

Este relatório será realizado em conformidade com o quadro III da NR-7,


discriminando os setores da empresa, o número e a natureza das avaliações
medicas e complementares realizadas, as estatísticas de resultados anormais e
planejamento de metas para o ano subsequente. Ele irá traçar um perfil da
saúde dos empregados da empresa e servira de base para nortear as ações de
saúde ficando a disposição para ser apresentado e discutido com a CIPA.

16.1 – Exames clínicos ocupacionais, por função, no período de


fevereiro/2020 a janeiro/2021

Natureza Exames Resultados Resultados Exames para o


SETOR do Realizados Anormais Anormais ano seguinte
Exame x100/ N anual
de exames
Admissão

Periódico

Retorno ao
Trabalho
Demissão

Mudança de
Função

Natureza Exames Resultados Resultados Exames para o


SETOR do Realizados Anormais Anormais ano seguinte
Exame x100/ N anual
de exames
Admissão

Periódico

Retorno ao
Trabalho
Demissão

Mudança de
Função

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 47


17. ACIDENTES DE TRABALHO NO PERÍODO DE FEVEREIRO 2020 A
JANEIRO 2021

Área/Local Houve
Registro Nº Da CAT Data Do Do Trabalho Afastamento Dias
Acidente Do Acidente SIM Não Perdidos

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO Página 48

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