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Qual o importância da Educação na formação de

cidadãos?
A importância da Educação vai além da transmissão de conhecimento teórico
das disciplinas curriculares, ela contribui para a formação cidadã dos
estudantes e promove a transformação do meio social para o bem comum.

A Escola, como principal instituição da educação formal, é um ambiente


social no qual as crianças vivenciam suas primeiras relações com seus
semelhantes e aprendem a conviver em sociedade.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define entre as competências


que os alunos precisam desenvolver ao longo da Educação Básica a
responsabilidade e a cidadania.

Para adquirir essa competência, as escolas precisam promover as seguintes


atitudes em sala de aula e no ambiente escolar:

“Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,


flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários” (BNCC, 2018).

As áreas do conhecimento que permitem trabalhar a cidadania e devem ter


atenção especial voltada a essa tarefa são: Ciências Humanas, Linguagens e
Ciências da Natureza.

Para estimular o desenvolvimento da cidadania na escola, segundo a BNCC, é


preciso proporcionar aos alunos as seguintes habilidades:

 Incorporação de direitos e responsabilidades: devem conseguir se


posicionar em relação a direitos e responsabilidades para além de seus
interesses individuais e considerando o bem comum;
 Tomada de decisões: precisam ter consciência sobre o impacto que
suas decisões têm nos grupos e na sociedade, responsabilizando-se por
suas ações para planejar e decidir coletivamente sobre questões que
afetam a todos;
 Ponderação sobre consequências: necessitam saber refletir sobre
situações concretas em que gatilhos emocionais, frustrações e ações das
pessoas impactam nas demais e no contexto, buscando formas de
aprimoramento;
 Análise e incorporação de valores próprios: diz respeito a vivenciar e
identificar valores importantes para si e para o coletivo. Considerar
seus valores em situações novas, ponderar sobre o correto a ser feito
antes de agir e, em seguida, agir de acordo com essa reflexão;
 Postura ética: reconhecer e ponderar valores conflitantes e dilemas
éticos antes de se posicionar e tomar decisões;
 Participação social e liderança: realizar projetos escolares e
comunitários, mobilizando pessoas e recursos. Assumir liderança
compartilhada em grupos e na escola;
 Solução de problemas ambíguos e complexos: ficar confortável e
sentir interesse em lidar com desafios do mundo real que demandam
novas abordagens ou soluções.

A educação escolar também desenvolve as competências socioemocionais, as


quais estimulam as habilidades necessárias para construir relações sociais
saudáveis.

Essas competências envolvem os aspectos comportamental e relacional dos


indivíduos, formando uma inteligência interpessoal, ou seja, a capacidade de
compreender os outros, exercer empatia e se relacionar bem, com postura de
liderança e habilidade para resolver problemas, mediar conflitos, identificar as
necessidades alheias e ajudar.

As habilidades do futuro também já têm sido trabalhadas nas escolas, as quais


pretendem formar profissionais capacitados que atuem em prol da evolução e
do bem comum.

Pesquisas atuais afirmam que é importante investir em uma educação com


foco no desenvolvimento de habilidades interpessoais, não somente técnicas,
pois de nada adianta o profissional ter o conhecimento e não saber se
relacionar com as pessoas.

O Projeto de Vida, outra competência da BNCC, também contribui com a


formação cidadã dos alunos no processo educativo, pois permite que se
conheçam melhor e, consequentemente, conheçam melhor os outros.

No âmbito social, o Projeto de Vida trabalha as relações interpessoais,


cidadania, responsabilidade, empatia, cooperação, ética, trabalho em equipe,
resolução de problemas comuns e ajuda aos semelhantes.

Em resumo, a escola é o espaço formador e orientador para a cidadania


consciente, crítica e participativa, que considera e compreende os estudantes
como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações com outras
pessoas ao longo da vida.

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