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OBS: Algumas doenças genéticas provocam alteração na PRPP síntese, fazendo com que haja uma
superprodução de purinas.
Mutação na HGPRTase (o GMP inibe a produção de 5-fosforribosilamina, sendo assim mutação na ensima
irá fazer com que ao invés de inibir estimule) e na adenosina fosforibosiltranferase afetam a via de salvação
das purinas e aumentam os níveis de PRPP.
Mais da metade do urato é eliminada pelos rins, e o restante pelos intestinos, onde bactérias se
utilizam dele. Nos rins, o urato é filtrado e quase totalmente reabsorvido no túbulo proximal. Mais
adiante, ocorrem secreção e absorção, de forma que a remoção global de urato totaliza cerca de 10%
do total filtrado, isto é, 90% ficam retidos no organismo. Normalmente, a excreção de urato aumenta
se a carga filtrada é aumentada. Devido à função do rim no metabolismo do urato, doenças renais
podem levar à retenção de urato e precipitação de urato no rim (pedras) e urina. As purinas da dieta
totalizam cerca de 20% do urato excretado. Portanto, a restrição de purinas na dieta (menos carne e
vinho tinto) pode reduzir os níveis de urato a somente 10-20%.
- A maioria das pessoas com hiperuricemia permanece assintomática por toda vida, mas não existe gotas
sem hiperuricemia:
A concentração plasmática de urato é, em média, mais alta em homens do que em
mulheres, tende a aumentar com a idade e é geralmente elevada em indivíduos obesos e
em indivíduos de classes socioeconômicas mais altas. O risco de gota, uma doença
dolorosa resultante da precipitação de cristais de urato de sódio nas articulações e na
derme, aumenta com maiores concentrações plasmáticas de urato. Esta pode-se dever à
formação aumentada ou à excreção diminuída de ácido úrico, ou ambas. A excreção renal
diminuída de urato pode resultar de uma redução na filtração e/ou secreção. Muitos fatores
(incluindo drogas e álcool) também afetam o processamento tubular de uratos e podem
causar ou aumentar a hiperuricemia.
- Há preferência por articulações distais (pés, tornozelos, joelhos, mãos, punhos, cotovelos) devido à menor
temperatura destas (facilita precipitação dos cristais).
- Mecanismo de ataque agudo: os cristais provocam afluxo de neutrófilos que, na tentativa de fagocitá-los,
liberam enzimas proteolíticas e radicais livres, dando origem aos sinais inflamatórios. Também há ativação do
complemento.
- Dietas ricas em purinas incluem alimentos ricos em núcleos celulares: carnes, vísceras (p.ex. fígado),
crustáceos (camarão) e bebidas fermentadas. A cerveja é rica em purinas porque contém leveduras, usadas
na fermentação.
TIPOS:
- Gota primária:
Ocorre por diminuição da excreção do ácido úrico (devido a deficiência na excreção renal) ou por
aumento da produção de purinas.
Geralmente possui uma causa genética. Ex: Síndrome de Lesch-Nykon (por defeito enzimático leva
aumento da produção de purinas).
Característica em pacientes com insuficiência renal crônica, que fazem quimioterapia (ou que
consomem altas quantidades de álcool ou alimentos ricos em proteínas).
Encontrados principalmente nos alimentos ricos em proteínas e quando consumidos em excesso,
podem elevar os níveis de ácido úrico, podendo acarretar problemas como gota e litíase renal.
FISIOPATOLOGIA:
Hiperprodução:
- Causas:
. Idiopática: ocorre naturalmente.
. Deficiência enzimática: deficiência de HGPRT-ase, atividade excessiva de PRPP-sintetase.
. Quimioterapia.
. Dieta rica em proteína.
. Consumo elevado de bebida alcóolica: gera excesso de lactato altera a função do URAT-1,
diminuindo a excreção de ácido úrico.
. Extresse oxidativo: trauma, crirurgias ou infecções.
INSPEÇÃO:
Deve-se observar:
Alinhamento: o alinhamento patelar é avaliado observando o ângulo Q, que é o ângulo formado entre
uma linha imaginária que passa longitudinalmente pelo tendão patelar e outra traçada da espinha
ilíaca ântero-superior passando pelo centro da patela. Este ângulo superior a 20º é considerado
aumentado e pode ter relação com as disfunções da articulação femoropatelar.
Presença de derrame.
Edema.
Equimoses.
Atrofias musculares.
Deformidades e alterações dinâmicas: varo e valgo.
Marchas.
PALPAÇÃO:
- Sinal de tecla: esta manobra realiza-se com o joelho em extensão (esticado) sobre uma superfície. O
examinador encaixa a curvatura da articulação entre o primeiro e segundo dedo da mão na margem superior
da patela e faz pressão para baixo. Se existir líquido, este vai-se acumular atrás da patela. Quando se faz
pressão na face anterior da patelaa, esta afunda e quando se alivia a pressão, esta volta a subir.
https://www.youtube.com/watch?v=l-yFVA3AIPw
MOBILIZAÇÃO:
Movimentos passivos: deve-se aplicar uma pressão excessiva para testar a sensação final da
amplitude do movimento . Na flexão a articulação tem aproximação tecidual enquanto na extensão e
rotações medial e lateral é distensão tecidual.
- Teste de inclinação passiva da patela: A manobra consiste na inclinação passiva da patela com o joelho
estendido e quadríceps relaxado. Inclinações patelares inferiores a 15º podem levar a dor femoropatelar.
- Teste de deslocamento lateral da patela: A manobra consiste na contração ativa do quadríceps enquanto
o examinador avalia o deslocamento da patela. Normalmente, a patela desloca-se em igual proporção cranial
e lateralmente. Se o deslocamento lateral é superior ao cranial há predominância da ação lateral do
quadríceps, caracterizando o teste positivo.
- Teste da compressão patelar: a patela é comprimida contra o sulco troclear com o joelho em
extensão e em 30º de flexão. Dor e crepitação sugerem condromalácia (amolecimento da
cartilagem), artrose ou instabilidade femoropatelar.
TESTE DE MCMURRAY:
- É realizado com o paciente sentado sobre a mesa com a perna a pendente e os joelhos fletidos a 90º. A
manobra consiste na realização passiva da rotação medial e lateral da perna.
- Dor ou estalido junto a interlinha articular sugere lesão do menisco correspondente.
- O sinal de Smillie é dor na interlinha que aparece à pressão digital. Este sinal positivo sugere lesão meniscal.
https://www.youtube.com/watch?v=8swCGlUq8oI
• Fase irritativa:
- Toda inflamação começa com os
fenômenos irritativos.
- O agente inflamatório (a agressão) irrita
porque: (a) é de natureza biológica e
carrega, produz ou excreta PAMP; (b) é de
qualquer natureza e induz os tecidos
agredidos a liberar moléculas que indicam a
presença de agressão (alarminas). Nos dois
casos, as moléculas sinalizadoras de
agressão (PAMP e alarminas) atuam em
receptores celulares e induzem a liberação
de mediadores que desencadeiam os
demais fenômenos inflamatórios.
• Fase Vascular:
- Ocorre vasodilatação arteriolar (ação da histamina; Em consequência, há aumento do fluxo de sangue
para a área agredida, gerando hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido).
• Fase exudativa:
- Consistem na saída dos elementos do sangue - plasma e células - do leito vascular para o interstício.
-1° Exsudação plasmática: a circulação linfática torna-se sobrecarregada, e seus vasos
comprimidos ou deformados pelo exsudato, perdem a eficiência de drenagem, agravando a
retenção de água no interstício. Tudo isso contribui para a formação do edema inflamatório.
- 2°: Exsudação celular: leucócitos deixam o centro da coluna sanguínea e passam a ocupar a
periferia do vaso. Em seguida, aderem frouxamente ao endotélio, deslocando-se sobre a
superfície endotelial (fenômeno de captura e rolamento); logo depois, são ativados, aderem
firmemente ao endotélio e sobre ele se espraiam (fenômeno de adesão e espraiamento);
finalmente, migram através da parede de vênulas, passando entre as células endoteliais
(migração ou diapedese). Os leucócitos saem dos vasos por processo ativo, enquanto hemácias
e plaquetas o fazem de modo passivo, através de lesões existentes na parede vascular.
Fase alternativa:
- Degenerações e necrose.
- Degenerações e/ou necrose em inflamações, no entanto, resultam principalmente de trombose na microcirculação,
da atividade de produtos das células do exsudato ou de fenômenos imunitários.
• Fase reparativa: fase que o tecido é reparado através da regeneração (células idênticas às mortas na inflamação) ou
cicatrização (formação de tecido fibroso).