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03-02-2011
Sistemas Penitenciários
2. Finalidades da Pena:
A teoria preventiva pode redundar em penas indefinidas (aqui, a pena deixa de ser
proporcional à gravidade do crime praticado).
Direito Penal
1- Principio da legalidade:
O Princípio da legalidade é um princípio jurídico fundamental que estabelece que o Estado
deva se submeter ao império da lei. O princípio da legalidade é a expressão maior do Estado
Democrático de Direito, a garantia vital de que a sociedade não está presa às vontades
particulares, pessoais, daquele que governa. No Direito penal, o princípio da legalidade se
desdobra em outros dois: princípio da anterioridade da lei penal e princípio da reserva
legal. Por anterioridade da lei penal, entende-se que não se pode impor uma pena a um fato
praticado antes da edição desta lei, exceto se for a benefício do réu. Já a reserva legal,
estabelece não existir delito fora da definição da norma escrita.
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Existem duas maneiras de viver: Pode viver como se nada fosse um milagre, ou viver
3- Principio da proporcionalidade:
O princípio da proporcionalidade, basicamente, se propõe a eleger a solução mais razoável
para o problema jurídico concreto, dentro das circunstâncias sociais, econômicas, culturais e
políticas que envolvem a questão, sem se afastar dos parâmetros legais. Sua utilização
permite que a interpretação do direito possa captar a riqueza das circunstâncias fáticas dos
diferentes conflitos sociais, o que não poderia ser feito se a lei fosse interpretada “ao pé da
letra”, ou pelo seu mero texto legal.
- Elaboração da lei
Principio da proporcionalidade - No momento da condenação (quem condena é o juiz
de
Conhecimento)
Tem que ser observado - Na execução da pena (quem observa o principio é o juiz
De execução)
Juiz de execução = É aquele que quando o processo já transitado em julgado desce vai para
de execuções criminais, esse juiz cuida do processo, fiscalizando o tempo que o sujeito ta
cumprindo, todos os detalhes da prisão, acompanha o comportamento do preso.
4- Principio da pessoalidade:
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RECLUSÃO DETENÇÃO
Regime inicial Fechado, Fechado (caso excepcional
Semi-aberto, previsto na Lei 9.034/95, art. 10),
Aberto Semi-aberto, aberto
Medida de Internação Pode haver tratamento
segurança ambulatorial * cuidado com a
Resolução 117 ou 113 - conferir,
do CNJ que quer abolir a
internação, deve-se sempre
preferir o tratamento
ambulatorial.
Interceptação Admitida na reclusão Não é admitida na detenção;
telefônica
No caso de concurso material (mais de uma ação, pratica dois ou mais crimes) aplicando
cumulativamente as penas de reclusão e detenção executa-se primeiro a reclusão (Art.69 e
Art.76 CP).
Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de
detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime
fechado.
OBS: Segundo sumula 719 do STF, caso o juiz queira aplicar um regime mais grave do que a
pena permitir ele deverá fazer uma justificação idônea.
OBS 2: Nos termos da sumula 718 a opinião do julgador sobre a gravidade do fato não
constitui motivação idônea para imposição de regime mais severo.
No caso de omissão na sentença sobre o regime de pena, o juiz da execução deverá
observar simplesmente a regra do parágrafo 2, Art.33.
Caso não tenha vaga no regime semi aberto, o condenado irá cumprir a pena no regime
aberto, não podendo ir para o regime fechado, pois assim iria se caracterizar o
constrangimento ilegal.
PROGRESSAO DE REGIME:
Critério subjetivo: bom comportamento, atestado pelo diretor do estabelecimento prisional.
Critério objetivo: ter cumprido 1/6 (um sexto da pena).
Um sexto da pena, é lapso temporal para os crimes comuns, já para os crimes hediondos
esse lapso temporal passa para 2/5 (dois quintos) 40%, caso seja reincidente 3/5 (três
quintos) 60%.
Progressão por salto não é permitida na legislação brasileira.
Se o juiz decretar a pena de detenção e o sujeito comete uma falta dentro do presídio, o juiz
pode regredir o seu regime, inclusive para o fechado.
REGRESSAO DE REGIME:
Ocorrerá quando:
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a
transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
i – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
ii – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em
execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§1
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Faltas graves:
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
i – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
ii – fugir;
iii – possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
iV – provocar acidente de trabalho;
V – descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
Vi – inobservar os deveres previstos nos incisos ii e V do artigo 39 desta lei;
Vii – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Caso ocorram esses fatos que comprometem a regressão do regime, ele tem que abrir a
audiência de justificação, em respeito do principio contraditória ampla defesa.
- Art.33, parágrafo 1, a
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Penas Restritivas:
Espécies:
1) Prestação Pecuniária
2) Perda de bens e valores
3) Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas
4) Interdição temporária de direitos
5) Limitação de fim de semana
- No que diz respeito ao delito de consumo de drogas, tipificado no Art. 28 da Lei n:
11.343/2006, o tempo de cumprimento a pena restritiva de direitos será de 5 (cinco) ou
10 (dez) meses, de acordo com as hipóteses constantes em seus parágrafo 3 e 4, haja
vista não possuir a natureza de pena substitutiva à privação da sua liberdade, afastando-
se, nesse caso, o Art. 55 do Código Penal. Todos os crimes contidos na lei antidrogas em
que o juiz estipular uma pena abaixo de quatro anos serão possíveis por força de julgados
do STF.
1- Prestação Pecuniária:
A prestação pecuniária, segundo o parágrafo: 1 do Art. 45 do Código Penal, consiste no
pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada,
com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo
nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos.
O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de pecuniária,
vários detalhes devem ser observados:
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Pena de multa
A pena de multa ela não é uma pena restritiva de direito. Ela é uma pena autônoma, ela
não precisa de outra. Pode ser aplicada apenas a multa não sendo obrigatoriamente
com outros tipos de pena, mas podendo ser cumulada com os outros tipos de pena.
(Art. 49, C.P)
Fixação Da Pena:
Nas duas primeiras fases, as duas características fundamentais e distintas da restante são: não
há quantum definido pela lei e o juiz deve, pelo menos, ater-se aos limites máximo e mínimo da escala
penal (cf. súmula 231/STJ).
Já na terceira fase, há quantum definido na lei para o aumento ou a diminuição da pena e os
limites da escala penal podem ser ultrapassados (tanto mínimo quanto máximo). Não há um artigo que
concentre essas circunstâncias especiais, como ocorre com as outras circunstâncias, pois estão em
artigos esparsos tanto da Parte Geral quanto da Parte Especial do CP: Ex.: Art. 14, § único, 28, § 2º, 70,
71 § único, 21, 26 § único, 16, 29 § 1º e 155 § 1◦.
1º Verificar se há qualificadora (crime simples x crime qualificado), uma vez que, por alterar a própria
escala penal, não pode ser considerada em nenhuma das três fases. Exceção: a segunda qualificadora
será considerada na 2ª fase (se houver previsão expressa) ou na 1ª fase (nas circunstâncias judiciais
denominadas circunstâncias);
2 º Para a fixação da pena-base, sempre se parte do mínimo estabelecido na escala penal, procurando
considerar sempre as circunstâncias judiciais, sendo oito no total.
Ao final, aplica-se a pena-base. Como será dito, a doutrina, apesar de não haver definição pelo
legislador, aponta que a pena média (aquela que é o resultado da divisão por dois da soma da pena
mínima com a máxima) é o limite para o aumento na primeira fase, se forem desfavoráveis as
circunstâncias judiciais. Se forem favoráveis, não haverá alteração da pena mínima, já que o limite
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mínimo, na primeira fase, não pode ser ultrapassado. Verificar que para cada circunstância desfavorável,
como será
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São elas:
A culpabilidade,
Os antecedentes,
A conduta social,
A personalidade do agente,
Os motivos,
As circunstâncias e conseqüências do crime,
Bem como o comportamento da vítima.
4º Na terceira fase, podem-se efetuar tantas operações quantas forem as causas de aumento ou
diminuição. Ex: com uma causa de aumento e uma de diminuição, haverá duas operações: uma para
aumentar e outra para diminuir.
Concurso de crimes.
Arts. 69, 70, 71 do código Penal.
Art. 69 = Concurso Material. É quando nós temos mais de uma ação ou omissão e
pratica de dois ou mais crimes.
Requisitos:
Mais de uma ação ou omissão
Pratica de dois ou mais crimes.
Conseqüências:
Aplicação cumulativa das penas.
Espécies:
Próprio ou perfeito = que acontece quando um dos delitos foi cometido
na forma culposa.
Impróprio ou imperfeito = Os crimes são cometido somente na forma
dolosa.
Heterogêneo = Quando as infrações são diversas
Homogêneo = São crimes de mesma espécie ou crimes idênticos. Um
pode ser um delito simples e outro qualificado.
Art. 71 = Crime Continuado:
Requisitos:
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