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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

R. MANUEL ALVES GARCIA, 130 - JANDIRA - SP - CENTRAL DE ATENDIMENTO (11) 4789-8299


SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ÍNDICE

 Métodos de Manutenção ................................................................................


 Procedimento para Rejuvenescimento de Máquinas Elétricas ........................
 Exemplo de Ordem de Serviço (OS) para Diversos Tipos de Motores .............
 Princípio de Funcionamento da Máquina Elétrica - CC, Curvas Características
 Componente da Máquina Elétrica ...................................................................
 Esquema de Ligação da Máquina Elétrica .......................................................
 Servomotores CC e Brushless ......................................................................
 Sistema de Isolação e Efeito Corona ..............................................................
 Vibração ........................................................................................................
 Limites de Excentricidade; Concentricidade e Perpendicularidade .................
 Montagem dos Mancais e Ajustes ...................................................................
 Alinhamento ...................................................................................................
 Lubrificação ...................................................................................................
 Planilhas de Cálculo .......................................................................................
- Verificação e Determinação da Lubrificação dos Mancais
- Cálculo da vida dos Rolamentos e Esforços na Ponta de Eixo
- Cálculo para Substituição da ponta do Eixo
 Retentores .....................................................................................................
 Sistema de Isolação Motores Alimentados com Inversores de Frequência .....
 As Máquinas Elétricas com Comutador Escovas, Folgas, Comutação ..............
 Ventilação em Máquinas Elétricas ...................................................................
 Aplicação e Dimensionamento Rolamento e Ponta de Eixo ...........................
 Tacômetros ....................................................................................................
 Encoders Incremental e Absoluto ...................................................................
 Resolver ..........................................................................................................

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Métodos de Manutenção

• Corretiva: Rodar até quebrar.

• Preventiva: Manutenção em intervalos programados.

• Preditiva: Monitoramento de parâmetros e suas tendências

TERCERIZAÇÃO

As crescentes dificuldades técnicas para resolução dos problemas


diários e a economia em Recursos Humanos caros, que eram
esporadicamente utilizados, sugeriram a dispensa de ótimos profissionais
e a utilização de terceiros para qualquer necessidade.

Evidentemente, a melhor escolha é uma solução intermediária.


Exigir, como acontece em várias empresas, que o profissional
de manutenção conheça mecânica, transmissão (de calor, magnetismo),
eletrotécnica, eletrônica de potência e digital é uma visão distorcida
da realidade.
Sempre haverá necessidade de especialistas, que devem ser
homologados, avaliados e utilizados na área de sua especialização.

Portanto, qualquer atividade industrial, precisará de um corpo de


profissionais estáveis, conhecedores das várias nuanças dos processos
internos, mas que também possam decidir com clareza, aspectos
técnicos e econômicos e onde recorrer em caso de necessidades não
contempladas na sua organização.

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PROCEDIMENTOS PARA REJUVENESCIMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS.


 Avaliação visual preliminar de todos os componentes da máquina elétrica.
 Medição e registro dos seguintes itens:
 resistência de isolação do sistema isolante:
 indice de polarização:
 tensão aplicada:
 resistência ôhmica em todos os enrolamento: de armadura, do campo, dos pólos
auxiliares e compensação, dinamo taquimétrico e freio dinâmico / ou de segurança:
 verificação dimensional do eixo e do run-out.

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 Ensaio em vazio:
 verificação dos parâmetros elétricos do motor c.c e dos outros acessórios (tacômerto,
freio, detectores de temperatura, etc):
 verificação e ensaios do nível de vibração em velocidade e amplitude conforme ISO
2373 no grau N:
 verificação do circuíto de ventilação (ventilador, dutos, filtros, etc):
 verificação do sistema de relubrificação dos mancais:
 ruídos de rolamentos, escovas e outros:
 verificação de juntas de vedação.

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 Desmontagem:
 lavagem completa à quente e secagem em estufa:
 reavaliação do sistema isolante com novos ensaios:
 impregnação com resina adequada à classe de isolação da máquina e secagem em
estufa do estator e rotor:
 avaliação do estado do comutador
 usinagem do comutador com ferramenta de diamante (L.T.C máximo de 0,010mm e
salto de lâmina máximo de 0,005mm)
 rebaixo de mica
 balanceamento dinâmico conforme ISO (qualidade de balanceamento G.2.5):
 verificação dimensional da caixa para alojamento dos rolamentos e ajuste do eixo para
rolamentos radiais ou outros:
 avaliação das molas, escovas, rolamentos e porta-escovas, troca se necessários após a
negociação com cliente.

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 Montagem e ensaios finais:


 verificação da batida axial e radial das flanges de acoplamento:
 verificação e registro dos parâmentros elétricos (tensão, corrente, RPM, etc):
 medição e registro da vibração:
 ensaios e medição do ripple do taco:
 ensaios de comutação com reversão plena da armadura em malha fechada com o
tacogerador com corrente nominal de armadura até 350/400A:
 ensaios de aquecimento com carga nominal são negociados com cliente antecipadamente.
Utilizamos o laboratório da Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e
Energia.

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MOTORES DE INDUÇÃO E BRUSHLESS
Cliente: Nota Fiscal: Data: OS:
TESTE DE RECEBIMENTO TIPO: INDUÇÃO ( ) BRUSHLESS ( ) SPINDLE ( )
R.Isol. estator: M Taco: M Prot. Térmico: M Resolver: M
RES.ÔHMICA () estator . .  TACO . .  Prot. Térmico 
RESOLVER seno  cos  exc.  °C Taco Brushless DC ( )
Tensão aplicada: ESTATOR V mA TACO V mA Freio: V A 
Nm M
ENSAIO EM VAZIO: COMO GERADOR ( ) COMO MOTOR ( ) V mA
MOTOR TACO
Hz V I1 I2 I3 V1 V2 V3
RPM Observação

Batida radial LA LO Flange: batida axial Excentricidade


ESQUEMA DE LIGAÇÃO NO RECEBIMENTO: ( ) VER FOLHA ANEXA

VIBRAÇÃO: VLA / mm/s VLO / mm/s / RPM


HLA / mm/s HLO / mm/s
ALA / mm/s ALO / mm/s ( ) COM POLIA
DEFEITOS ENCONTRADOS:
MOTOR TACO BLOWER
 Tampa com folga LA LC  Tampa com folga LA LC  Baixa isolação
 Cabos de ligação danificado  Cabos de ligação danificado  Bobina aberta / curto
 Excesso de pó/óleo  Excesso de pó/óleo  Sobreaquecimento
 Baixa isolação  Baixa isolação  Rolamento danificado LA LC
 Sobreaquecimento  Sobreaquecimento  Eixo danificado
 Estator aberto/curto  Eixo danificado  Ventilador do motor danif./falta
 Rotor de gaiola com barra falhada  Rolamento danificado LA LC  Vibração excessiva
 Eixo danificado  Desmagnetizado  Travando / raspando / não roda
 Rolamento danificado LA LC  Estator em curto / Bobina aberta
 Desmagnetizado Temos mag. S N OUTROS
 Sensor danificado FREIO  Encoder danificado
 Rotor bobibado aberto/curto  Baixa isolação  Resolver danificado
 Vibração excessiva  Raspando  Acoplamento danificado
 Porta-escova danif./falta Qtde:  Pastilhas, molas, lona, danif./falta Qtde:  Escovas: dim. x x
 Cabos do rotor reisolar/trocar  Área de contato do freio c/ estrias Tipo: Pressão:
 Bornes da caixa de ligação reparar/ trocar  Sem torque / pouco torque  Hall danificado
 Retentor de óleo danificado Qtde:  Bobina aberta / curto 

SERVIÇOS A SEREM EXECUTADO:


 Lavar e secar todos os componentes  Trocar imã ( ) motor ( ) taco ( ) freio
 Reimpregnação ( ) motor ( ) taco ( ) freio ( )blower  Trocar freio
 Magnetização ( ) motor ( ) taco  Reparar o eixo ( ) motor ( ) taco ( )blower
 Trocar cabos de ligação ( ) motor ( ) taco ( ) freio ( )blower  Trocar encoder / consertar
 Trocar anéis coletores:  Trocar resolver / consertar
 Trocar sensor tipo ( ) NTC ( ) PTC ( ) TERM.  Embuchar tampa ( ) motor ( ) taco ( )blower
 Balanceamento ( ) motor ( ) taco ( )blower  Trocar rolamento ( ) motor LA LC
 Trocar retentor Qtde: ( ) taco LA LC
 Rebobinagem ( ) motor ( ) taco ( ) freio ( )blower ( ) resolver ( ) blower LA LC
 Trocar mola Qtde:  Montagem
 Trocar porta-escovas ( ) motor Qtde:  Ensaio Final

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MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS

 Escovas  motor ( ) temos ( ) providenciar Qtde:  Porta-escovas  motor ( ) temos ( ) providenciar Qtde:
Valor R$ Visto Valor R$ Visto
 Rolamentos  motor  taco  blower  Molas  motor  blower
( ) temos ( ) providenciar Qtde: ( ) temos ( ) providenciar Qtde:
Valor R$ Visto Valor R$ Visto
 Escovas  motor ( ) temos ( ) providenciar Qtde:  Anéis coletores  motor ( ) temos ( ) providenciar Qtde:
Valor R$ Visto Valor R$ Visto

ESTATOR VERIFICAÇÃO DA MONTAGEM


Res. Ôhmica Est. / /
Res. Ôhmica Rot. / /
Res. Isol. Est. / /
Res. Isol. Rot. / /
Prot. Térmic. / /
Resolver / /
Outros

ROTOR

Montador
Balanceamento
Responsável

VERIFICAÇÃO APÓSMONTAGEM
Batida Eixo LP LO
Batida eixo flange
Concentricidade - flange

DADOS DE BOBINAGEM
N° Polos
N° Ranhuras
N° espirais/bobina
Fio
Passo
Ligação

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MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA
Cliente: Nota Fiscal: Data: / / OS:
Mod./Typ. N° série Fabricante
V arm. / I arm. / Vc / Ic /
RPM b/máx. / Pot / n° polos
TACO V/KRPM VF IF Torque F Nm VB IB Lig. B
DEFEITOS ENCONTRADOS
 Excesso de pó/óleo  M  T  B  F  Excentricidade do eixo  M  T  B
 Cabos de ligação danificado  M  T  B  F  Molas danificadas  M  T Qtde:
 Comutador com estrias/danif./curto  M  T  Acoplamento danificado
 Eixo danificado  M  T  B  Sapata polar danificada
 Tampas com folga M LA LO T LA LO B LA LO  Porta-escova danificada  M Qtde.  T Qtde.
 Colo do rolamento c/ folga M LA LO T LA LO B LA LO  Tampa porta-escova danificada  M Qtde.  T Qtde.
 Escovas gastas/danif.  M Qtde.  T Qtde.  Resistência de aquecimento do motor danificada
 Excentricidade do comutador  M T  Sensor danificado Qtde:
 Baixa isolação  PP  PA  ES  EP  EC  AR  ET  EB  Retentor danificado  M  T  B Qtde:
 Aberto  PP  PA  ES  EP  EC  AR  ET  EB  Rolamento danificado M T B LA LC
 Curto  PP  PA  ES  EP  EC  AR  ET  EF  EB LA LC LA LC
 Sobreaquecimento PP  PA ES  EP  EC  AR  ET  EB LA LC LA LC
Eixo LA batida radial Folga Axial LA LC LA LC
Eixo LTaco batida radial: xx x Tipo: Pressão:
Outros:

SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS


 Lavar e secar os componentes  Rolamento danificado M T B LA LC
 Reboninar PP  PA  ES  EP  EC  AR  ET  EF  EB LA LC LA LC
 Reimpregnar  PP  PA  ES  EP  EC  AR  ET  EF  EB LA LC LA LC
 Reparar eixo  MLA  MLO  TLA  TLO  BLA  BLO LA LC LA LC
 Metalizar eixo  M T B  Usinagem comutador M T  disco freio  tampas
 Balancear  M  T  B  POLIA  VENT. ( )  Trocar retentor M T B
 Trocarcabos PP  PA  ES  EP  EC  AR  T  F  B  Trocar sensor M T B
 Trocar cabos  T  B F  Trocar imã T F
 Magnetização  taco  freio  Montagem
 Reparar imã  taco  freio  Trocas comutador  M  T
 Trocar escovas  M Qtde.:  T Qtde.:  Ensaio final
 Trocar porta-escovas  M Qtde.:  T Qtde.:  Embalagem
 Trocar molas  M Qtde.:  T Qtde.:  Pintura
 Embuchar tampas  M LA LO  Peso  Kg
 T LA LO
 B LA LO
Outros:

MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS:


 Escovas M A P Qtde: VT Visto: T A P Qtde: VT Visto:
 Termostato M T A P Qtde: V T Visto: Retentor M T A P Qtde: VT Visto:
 Porta-escovas M A P Qtde: VT Visto: T A P Qtde: VT Visto:
 Molas M A P Qtde: VT Visto: T A P Qtde: VT Visto: F A P Qtde: VT Visto:
 Comutador M A P Q t de: VT Visto: T A P Qt de: VT Visto:
A P Qtde: VT Visto A P Qtde: VT Visto
A P Qtde: VT Visto A P Qtde: VT Visto
A P Qtde: VT Visto A P Qtde: VT Visto
A P Qtde: VT Visto A P Qtde: VT Visto

M = motor / T = tacômetro / B = blower / F = freio / PP = pólos principais / PA = pólos auxiliares / ES = enrol/to série / EP = enrol/to paralelo
EC = enrol/to compensador / AR = enrol/to armadura / ET = enrol/to tacômetro / EF = enrol/to freio / MLA = motor lado acioname nto
MLO = motor lado oposto / TLA = tacômetro lado acionamento / TLO = tacômetro lado oposto / BLA = motor do blower lado acionamen to
BLO = motor do blower lado oposto / VENT = ventilador / A = temos no almoxarifado / P = providenciar / VT = valor total / C = camp o
RPM b/máx. = rotação básica/ máxima.

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MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA
Peças rebobinadas conf. P10B e NTI 82 - Rigidez Dielétrica Verificação damontagem:
Rotor aprov.  Reprov.  Res. Isol a ºC R. CAMPO  M
Estator aprov.  Reprov.  Res. Isol a ºC R. Isol. COM M R. Prot. TERM. 
PP PA EC Eixo batida
TATU ROTOR
radial Folga axial
Motor aprov.  Reprov.  Res. Isol a Cº
Flange batida radial axial
Taco aprov.  Reprov.  Res. Isol a Cº
Batida radial do comutador /
LIGAÇÃO EQUIPOTENCIAL TESTE COMUTADOR: Lâmina/Lâmina:
Passo Fio Passo = 2Z Z = nº lâminas Rig. Dielét: Responsável:
ROTOR

MOTOR Nº TACO
1 52 103
2 53 104
3 54 105
4 55 106
5 56 107
6 57 108
7 58 109
8 59 110
9 60 111
10 61 112 Nº RANH Nº LAM. Nº PÓLOS Nº BOB Nº ESP/BOB
11 62 113
12 63 114 PASSO RANH 1- PASSO COM 1- CONDUTOR NU mm CLASSE ISOL
13 64 115
PESO ENR Kg INCL. RANH. MEIKO RANH. C/ NºBOB/RANH
14 65 116
15 66 117 Balanceamento Resp.:
16 67 118
17 68 119
18 69 120
19 70 121
Rotor: armadura
20 71 122
21 72 123
22 73 124
23 74 125
24 75 126
25 76 127
26 77 128
27 78 129
28 79 130
29 80 131
30 81 132 Montador do comutador: Montador do motor:
31 82 133
32 83 134
33 84 135
ESTATOR
34 85 136
35 86 137
36 87 138
37 88 139
38 89 140
39 90 141
40 91 142
41 92 143
42 93 144
43 94 145
44 95 146
45 96 147
Após as impregnações, as medidas AA e AO tendem a diminuir, portanto deixar
46 97 148
uma folga razoável durante a bobinagem em branco.
47 98 149
48 99 150
BA mm AA mm CA mm
49 100 151
50 101 152 BO mm AO mm CO mm
51 102 153

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

LEI DE FARADAY

Fluxo magnético - criado por um imã ou por uma bobina.

Ø - símbolo do fluxo
e - símbolo da força eletromotriz (F.E.M.)
ou “tensão”
N - número de espiras da bobina

Se o fluxo magnético concatenado (que a bobina enxerga) com uma bobina


estiver variando, aparece uma tensão (tensão induzida) nos terminais da bobina
(a e b). e = -N d
dt
Obs.: Se a bobina estiver fechada, aparece uma corrente (corrente induzida).

Para a máquina de corrente contínua: e = z Ø rps (e = V - Ra ia) z = número


de condutores totais - proporcional ao número de espirais.

Ø fluxo magnético
rps = rotação / segundo - dá a taxa de variação do fluxo
Ra = resitência de armadura
Ia = corrente de armadura

LEI DE LORENZ
Uma quantidade de carga elétrica (corrente), animada com uma velocida-
de, numa região de campo magnético, fica sujeita a uma força mecânica.

Aplica-se a regra da mão esquerda, indicador = fluxo, dedão = força, médio


= corrente

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Curvas Características de motores CC com Ímã Permanente

As Curvas Tensão x Rotação são representadas nas figuras abaixo:

Tensão
(V)

Fig. 1 RPM

Na figura 2 é representada a curva Conjugado x Corrente.

C
Conjugado
(Nm)

Fig. 2 I (Amperes)

Fica evidenciado que a rotação para um determinado motor


depende da tensão aplicada na armadura enquanto o conjugado
fornecido depende exclusivamente da corrente – (fluxo praticamente
constante).

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Estas constatações, para utilitário, são de suma importância para avaliar


o comportamento dos servomotores quando estes são instalados e acionam uma
determinada máquina.

Verificando na plaqueta o valor KT (Nm/A) e medindo a corrente com um


amperímetro, pode-se determinar o conjugado resistivo que o motor, em um
determinado instante, deve fornecer.

Para verificar se o servomotor é adequado para um determinado ciclo de


trabalho, é interessante registrar a corrente todo o ciclo a ser analisado, podendo
assim calcular o conjugado equivalente a avaliar o motor do ponto de vista térmico.

O motor pode estar desmagnetizado precisando de uma corrente mais elevada


para fornecer um determinado conjugado.

As perdas Joule variam com o quadrado da corrente, podendo nestas


condições, gerar uma degradação térmica com a conseqüente inutilização do motor.

Uma boa prática para determinar se o motor está desmagnetizado é verificar


a rotação e a tensão ao mesmo tempo – Catálogos de vários fabricantes indicam
f.e.m (Ke) que é a tensão gerada a 1000RPM.

A equação que relaciona a f.e.m com a tensão de armadura é a seguinte:

V = E + RaI

Onde: Ra = Resistência de armadura + resistência das escovas.


I = Corrente da armadura.
E = f.c.e.m
V = Tensão nos bornes da armadura.

C (Nm) = K • A = Nm • A = Nm
A

MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA COM CAMPO ENROLADO

• Princípio de operação e características.

São motores de velocidade ajustável cuja variação pode ser obtida pela
mudança de tensão de armadura e/ou pela variação do fluxo no entreferro (circuito
de excitação).

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Com advento do uso de retificadores (ver fig. 3), estes tipos de


motores encontram larga aplicação no acionamento de equipamentos
industriais.

Esquema básico de ligação de um Motor CC de excitação independente

A velocidade do motor é diretamente proporcional à tensão da armadura,


mantendo o fluxo no entreferro constante, assim como o conjugado
eletromagnético é diretamente proporcional a corrente de armadura.

RPM = K1 V C=K2 Ia Ø

K e K = Constantes que dependem dos dados construtivos da máquina.


Ø = Fluxo magnético por lado.
RPM = Rotação por minuto.

Nestes tipos de motores pode-se variar a corrente de excitação e de


conseqüência o fluxo.

A velocidade do motor é inversamente proporcional ao fluxo do entreferro.

Velocidades superiores a nominal podem ser conseguidas pela diminuição


da corrente de campo, mantendo-se a tensão de armadura constante.

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CURVAS CARACTERÍSTICAS DO MOTOR C.C COM


EXCITAÇÃO INDEPENDENTE

Relações fundamentais: Va – R a i a = E = Z Ø RPS P=0,1047 .C.RPM (W,Nm)


T=ZØI
2

Há 04 regi ões básicas de


funcionamento:

REGIÃO 1: A veloci dade é


controlada pela tensão de
armadura. O fluxo é constante
(campo nominal): a corrente de
partida é constante e igual à
nominal, o que implica que o
conjugado também é nominal. A
potência (P=E Ia) cresce
proporcionalmente à velocidade.

REGIÃO 2: Região de
enfraquecimento de campo: a
tensão e corrente de armadura são
constantes, o que implica que a
potência é constante (E= Va -
RaIa . P = E Ia)

REGIÃO 3: Região de
enfraquecimento do campo, porém
dentro do limite de comutação das
escovas, o que estabelece uma
redução da corrente de armadura
com aumento da velocidade,
mesmo com tensão constante. O
conjugado e a potência também
são reduzidos devido à corrente.

REGIÃO 4: Limite de velocidade


devido às caracte rí sti cas
mecânicas da máquina.

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COMPONENTES DA MÁQUINA DE C.C

Pólos Principais: são compostos de um núcleo e sapata polar, os quais


podem ser de ferro com boa permeabilidade magnética. Os pólos são
bobinados e quando são percorridos pela corrente de excitação, gera um
fluxo magnético, que se fecha pelo entreferro, rotor, pólos e carcaça.

Rotor (ou armadura): é construído de chapas finas (0,35 a 0,60mm


de espessura) com ranhuras estampadas onde se localizam os enrolamentos,
que podem ser imbricado ou ondulado. Cada elemento do enrolamento é
ligado a uma determinada lâmina do comutador o qual está montado no eixo
do rotor. O comutador é formado de lâminas de cobre isoladas entre si por
mica.

Escovas e porta – escovas: sobre o comutador desligam escova, que


são montados sobre anéis / barras de sustentação e fixados na carcaça.

Interpólos: são pequenos pólos situados entre os pólos principais e


seus enrolamentos são ligados em série com os do rotor através das
escovas.

Os pólos principais quando excitados produzem um campo


uniformemente distribuído, porém com carga, o enrolamento do rotor produz
um campo transversal que influencia o campo principal resultado num
campo distorcido gerando uma deformação em forma de S. Este fenômeno
é chamado de REAÇÃO DO INDUZIDO.

Sem carga a zona neutra se encontra perpendicularmente ao eixo


magnético principal, porém com carga a zona neutra muda de posição de
acordo com o valor da corrente (absorvida – motor ou gerada – gerador).

Além desse fenômeno, quando uma bobina é comutada, a lâmina do


comutador passa pela zona neutra e sua corrente é invertida nesse instante.
Durante esse transitório a bobina é curto circuitada e surge uma tensão de
auto indução, que tenta evitar a inversão da corrente. Esses fenômenos
podem gerar faiscamento nas escovas e em pouco tempo inutilizar a
máquina. Para evitar este faiscamento em máquinas pequenas com um único
sentido de rotação, desloca-se as escovas de um determinado ângulo. Para as
demais máquinas de c.c. os interpólos além de anular o efeito de reação de
armadura, provocam nos condutores comutador, uma
f.e.m adicionais iguais e contrarias as de auto indução melhorando o nível
de faiscamento.

Enrolamento de compensação: são enrolamentos colocados e


distribuídos na região das sapatas dos pólos principais. São percorridos pela
corrente de armadura e agem para anular o efeito transversal da reação da
armadura. São utilizados em máquinas maiores e aptos para grandes
variações de carga, auxiliando ainda mais a comutação e a diminuição dos
faiscamentos.
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15
SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

• MOTORES COM CAMPO DE IMÃ PERMANENTE

- Corrente Contínua

• MOTORES COM CAMPO ENROLADO

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Peças polares principais


Bobinas de excitação
principal (Indutor)

Interpolos
(polos auxiliares)

Bobinas auxiliares

Carcaça de aço
(Estator)

Rotor (armadura)
de aço silícto
laminado.

Iexc
(C.C)

Condutores do
enrolamento
Iexc
induzido

Carcaça
Peça polar
Porta-escovas

Bandagem

Comutador

Bobinas de
excitação
principal

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ENSAIO DAS LIGAÇÕES DOS PÓLOS AUXILIARES E


DOS ENROLAMENTOS COMPENSADORES

N.B.: A polaridades dos pólos auxiliares deverá ser igual ao pólo principal
que o precede quando funciona como motor é ao contrário quando funciona como
dínamo.
Os enrolamentos compensadores devem ter o sentido de corrente contrário
daquele da armadura, conforme figura abaixo:

RESULTADO DO ENSAIO: X APROVADO REPROVADO

MOTIVO:

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

SERVOMOTORES DE IMÃ PERMANENTE DE CORRENTE CONTÍNUA

Os servomotores de corrente contínua até pouco tempo dominavam na


aplicação de máquinas operatrizes tais como: tornos, frezadora, centro de usinagem
e em todas as aplicações onde necessitam controle de velocidade.

O rotor ou armadura é feito de chapa de aço silício. O comutador e o


enrolamento são similares às máquinas de corrente contínua, entretanto o campo é
criado por imãs permanentes em geral de ferrite de estrôncio, ao invés de sê-lo por
enrolamento.

As máquinas elétricas sempre originam normas bem definidas e padronizadas,


que porém, as existentes não são suficientes e satisfatórias para este tipo de máquina
elétrica.

Termos como pulsação de rotação e limite de comutação não são considerados


nem normalizados.

É bom ressaltar, a falta de especialização, até de profissionais como ótima


prática no cálculo de máquinas elétricas, no trato de motores de imãs permanentes.

Atualmente, existe uma grande variedade de imãs. Usa-se alnico, ferrite de


estrôncio e de bário, samário/cobalto, niodimio-ferro-boro com infinitas combinações
e arranjos.

Para a magnetização deste material precisam magnetizadores de até 10.000


JOULES ou mais e dispositivos apropriados, além de conhecer a característica
intrínseca B= f(H) do material em objeto.

Todos estes materiais podem ser desmagnetizados e na aplicação de


servomotores existem três causas:

1ª) aquecimento do material até a temperatura de Curie.

2ª) deixar passar no motor picos de correntes elevados que geram um campo
em quadratura como eixo magnético dos pólos.

3ª) para variação da relutância do circuito magnético (desmontagem do


motor e somente e determinados tipos de materiais).

Na montagem de servomotores encontra-se quase sempre associados dínamo


taquimétrico ou um encoder.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

BRUSHLESS DC/AC SERVOMOTORS

O Brushless DC/AC servomotor como evidentemente é sugerido pela sua


denominação, é um motor sem escovas, sem anéis ou comutador conectados aos
enrolamentos do rotor, ao contrário de motores ou servomotores de corrente
contínua.

Estes motores são chamados de “brushless DC” para diferenciá-los de


motores de indução denominados “brushless AC”, pois somente os primeiros
apresentam uma característica conjugado em função da rotação aos motores de
imãs permanentes de corrente contínua.

Há vários arranjos para monitorar a velocidade, a posição e a comutação


eletrônica o que torna às vezes o conserto e a reposição de peças problemáticas.

Estes tipos de motores apresentam configuração que podemos definir


“invertida” com respeito aos motores de corrente contínua, pois os pólos de imã
permanente (terras raras) são alojados no rotor e os enrolamentos no estator
permitindo uma fácil dissipação de calor, e motores menores com momento de
inércia do rotor mais reduzido. Com estas características estes motores são bem
apropriados onde o ciclo de trabalho exige aceleração / desaceleração elevada.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

SISTEMA DE ISOLAÇÃO

Função: Isolação elétrica.

Características principais: suportar altas temperaturas, ser bom


condutor de calor, travar adequadamente os fios condutores entre si e contra a
massa, ter baixa higroscópia e suportar bem os agentes externos do ambiente.

Elevação de temperatura permitida: classe de temperatura

CLASSE TEMPERATURA  t PARA RESISTÊNCIA


Pto. mais quente Fechado Aberto

Classe 0 90ºC 45

Classe A 105ºC 60 65

Classe B 130ºC 80 85

Classe F 155ºC 105 110

Classe H 180ºC 125 135

Baseia na temperatura ambiente de 40ºC

Resistência de isolação: é o quociente entre uma tensão contínua aplicada,


dividida pela corrente resultante que passa pelos materiais isolantes, num certo
instante de tempo. O tempo recomendado é de 1 minuto e 10 minutos. O aparelho
utilizado para essa medição é o “Megômetro”, os quais são fabricados nas faixas
de 100 a 5000V. a correta seleção da tensão é baseada na tensão nominal do
equipamento a ser testado.

Como regra geral emprega-se:

V Nominal < 100V 440V 2400V 4160V


Tensão do Megômetro 100-250 V 500-1000 V 1000-2500 V 1000-5000 V

Essa corrente resultante é constituída de 02 partes: corrente pela superfície


da isolação e corrente pelo volume da isolação.
A corrente pelo volume da isolação pode ser subdividida em 02 partes:
corrente capacitiva e corrente de absorção.

t t t t
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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

A resistência de isolação varia em geral, diretamente com a espessura e


inversamente com a área da superfície da isolação.

Fatores que influenciam a Resistência de isolação:


1 – condição da superfície
2 – umidade
3 – temperatura (*)
4 - magnitude da tensão
5 – duração da aplicação do teste
6 – carga residual do enrolamento

(*) a resistência de isolação varia inversamente com a temperatura. A


recomendação mínima para o valor da resistência de isolação é RM = KV + 1,
onde:
RM – Resistência de isolação (em megôhms) corrigida a 40ºC.
KV – tensão nominal da máquina (rms em KV)

A correção com a temperatura pode ser feita conforme:


Rc = Kt x RT Rc – resistência de isolação (M) corrigida para 40ºC
RT – resistência de isolação medida a uma temperatura t
Kt – co-eficiente na temperatura t

Exemplo: motor c.c – Varm = 480V – Vcampo = 300V


Resistência mínima de isolação a 40ºC: Rm = 0,48 KV + 1 = 1,48 M
Resistência de isolação medida com enrolamento a 60ºC: RT = 5M
Rc = 4x5 = 20m a 40ºC

100
Kt
50

10

1,0

0,5
OBS.: Com boa aproximação pode-
se dizer que a cada 10ºC de redução
na temperatura a resistência de
Multiplicar pelo coeficiente Kt40C a resistência
isolação dobra.
0,1
R do rolamento medida na temperatura 1
t
para converte-la a temperatura de 40ºC

0,05 R40C ÷ R1 x Kt40C

10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 ºC

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Índice de polarização: é a relação entre a resistência de isolação a 10


minutos pela resistência de isolação a 1 minuto.

A resistência de isolação de um enrolamento seco e em boas condições


pode continuar aumentando por horas, num teste contínuo mantendo a tensão
aplicada, todavia, em 10 minutos a 15 minutos, geralmente já fica praticamente
constante.

Se o enrolamento estiver úmido, contaminado ou sujo, o valor final é


atingido em 1 a 2 minutos após a aplicação de tensão. A inclinação da curva é uma
indicação do índice de polarização.

1000

800
700
600
500
400
O valor recomendado para o índice
300
de polarização é:
INSULATION RESISTANCE MECOHM 5

200

100

80
70
60
50
CLASSE A - 1,5
40 CLASSE B - 2,0 (armaduras > 1,6)
30 CLASSE F - 2,0
20

10
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.7 1.0 2 3 4 5 6 7 10
TIME . M INUTES

A observação dos valores da resistência de isolação dos enrolamentos de


uma máquina elétrica é uma indicação valiosa para se avaliar suas condições.

Para uma máquina estar em condições de operação ou receber testes de


tensão aplicada recomenda-se que a resistência de isolação ou o índice de
polarização estejam acima do valor mínimo recomendado. Porém para as máquinas
vitais ou maiores que 10.000 KVA ambos os valores devem ser maiores que o
mínimo recomendado.

Teste de rigidez dielétrica: todo motor novo deve suportar o teste de


tensão aplicada, por 1 minuto, conforme tabela abaixo:

Tensão nominal (V) Potência Tensão aplicada

< 250 V < 500 W 1000 V


> 250 V > 500 W 2 x Vn + 1000 V

Obs.: Para motores usados recomenda-se 65% dos valores da tabela.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

VIBRAÇÃO

As vibrações afetam o bom desempenho de um equipamento e não devem


ser toleradas. Em uma máquina elétrica vibrações altas provocam:
Esforços que tendem a produzir uma falha na estrutura do sistema de
isolação.
- Afrouxamento das amarrações, das bandagens, das cunhas e estacas.
- Trincamento da resina (ou verniz) na película da impregnação.
- Condutores começam a vibrar.
- Abrasão
- Curto entre espiras e/ou massa
- Parada total

Adicionalmente as vibrações provocam:


- Faiscamento nas escovas, o que aquece o cobre do comutador/coletor, há
endurecimento/encruamento
- Trincas
- Curto e/ou quebra dos lides
- Falha prematura dos mancais (rolamentos e deslizantes)
- Roçamento do rotor no estator
- Quebra de acoplamento e de eixo

CAUSA DA VIBRAÇÃO

* Fonte motor:
Desbalanceamento mecânico ou elétrico do rotor/estator
Elementos soltos ou móveis
Deformação na carcaça ou tampas
Rolamentos ou mancais defeituosos
Ressonância

* Fonte externa ao motor:


Desbalanceamento da carga
Fundações
Alinhamento entre carga e motor (acoplamento)
Partes adjacentes em ressonância

LIMITES RECOMENDADOS DE VIBRAÇÃO PARA UMA MÁQUINA


NORMA NEMA DESLOCAMENTO PICO A PICO (mm) NORMA ABNT - Veloc. Eficaz (mm/s) Grau N
Carcaça - altura ponta de eixo RPM CARCAÇA
PRM 315 MM > 315MM 56 A 132 160 A 225 >225
600 - 1800 1,8 1,8 2,8
4000 - 3200 0,025 0,025
1800 - 3600 1,8 2,8 4,5
3200 - 1600 0,040 0,040
1600 - 1000 0,050 0,050
< 1000 0,063 0,063

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

LIMITES RECOMENDADOS DE VIBRAÇÃO PARA UMA MÁQUINA

OBS.:
x = A sen wt (deslocamento)

x = Aw cos wt (velocidade) x = dx
dt

x = Aw2 sen wt (aceleração) x = dx


dt

A = valor de pico (Vp)

Vpp = 2 Vp = 2 2 Vef

Para servomotores recomenda-se os limites a seguir:

CLASSE RPM < 5 Nm 5 - 30 Nm > 30 Nm


N (normal) > 1800 - 3600 1,80 2,80 4,50
R (reduzida) > 1800 0,71 1,12 1,80
< 3600 1,12 1,80 2,80

valores p/ Vef (velocidade eficaz) em mm/s

A figura a seguir é muito útil:


10.0
9.0
8.0 VER Y ROUGH
7.0 SHD ULO BE
6.0 COR RETT ED
SLIGHTLY
5.0 ROUGH
PEAK-TO-PEAK VIBRATION DISPLACEMENT (MILS)

4.0
NOR MA L
3.0

GOOD
2.0

1.0
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4

0.3

0.2

0.1
100 500 1.000 5000 10.000
RUNNING SPEED (RPM)

RPM DE TRABALHO

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

* A melhor maneira de se determinar se a causa da vibração é por


desbalanceamento, ressonância ou de origem elétrica, é observar cuidadosamente
a variação da vibração no instante do desligamento do motor.

Origem elétrica = desaparece instantaneamente


Origem ressonante = cai rapidamente
Origem de desbalanceamento = cai de acordo com a queda da rotação

Limites recomendados de vibração para graus R e S

NORMA ABNT - Veloc. Eficaz (mm/s)


CARCAÇA
GRAU RPM 56 A 132 160 A 225 250 A 400
R 600 - 1800 0,71 1,12 1,8
1800 - 3600 1,12 1,8 2,8
S 600 - 1800 0,45 0,71 1,12
1800 - 3600 0,71 1,12 1,8

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE


E SOLUÇÃO DAS VIBRAÇÕES

* Determinar e registrar as condições de operação, tais como: pontos de


medição (manter consistência), rotações, tensão, corrente e a temperatura dos
mancais e do motor.

* Registre cuidadosamente os níveis de vibração nos pontos de medição,


sempre nas mesmas condições de operação. Os pontos recomendados são aqueles
mais próximos dos mancais nas direções: horizontal, vertical e axial.

* Verifique: parafusos soltos ou mal apertados. Calços soltos ou mal fixados.


Se forem encontradas folgas, o motor deve ser realinhado. O motor deve estar
igualmente e firmemente suportado.

* Verifique a vibração (hor) na base do motor, se esta exceder 40% da


vibração dos mancais na linha do centro de eixo, a base do motor pode estar fraca
ou ressonante, ver gráfico.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Tabela de Identificação de Falhas

TIPO DE DEFEITO FREQUÊNCIA PERDOMINANTE OBSERVAÇÕES


Desbalanceamento 1xN Causas mais comuns de problemas de
vibração em máquinas. (Predominante
na direção radial)
Desalinhamento 1 x N Sempre Segunda principal causa de vibração
2 x N Comumente em máquinas.
3&4xN Raramente (direção radial e axial)
Defeitos em rolamentos Frequência de impactos dos Níveis de vibração aleatórios, com
(Bolas, rolos, etc.) elementos do rolamento. características de choques.
Frequência de impactos (Hz):
Defeito na Pista Externa (BPFO):

Vibração, também em altas


frequências (2 a 60 KHz)
N = número de relacionadas com ressonância das
elementos rodantes pistas dos rolamentos.
fr = rotação relativa
entre as pistas
internas e externas.
PD = diâmetro primitivo
BD = diâmetro da pista

Folga entre mancais e Sub-harmônicos exatos da rotação


alojamento do eixo: (1/2 ou 1/3 x N)
“Oil Whirl” Aproximadamente metade da Aplicável apenas a mancais de
rotação do eixo deslizamento, em máquinas de alta
(42% a 48% x N) rotação.
“Oil Whip” Sub-harmônico coincidente com a Aplicável apenas a mancais de
velocidade crítica do eíxo. deslizamento em máquinas com
velocidade de rotação superior a duas
vezes a velocidade crítica do eixo.
Defeitos em Frequências de engrenamento dos Bandas laterais em torno da frequência
Engrenagens dentes (N d x N) e harmônicos de engrenamento indica modulação na
frequência correspondente ao
N - Número de dentes espaçamento entre as frequências das
d
bandas laterais.
Folgas mecânicas Múltiplos da velocidade de rotação Sub-harmônicos, em alguns casos
do eixo

Vibração devido as Múltiplos da velocidade de rotação


correias da correia e harmônicos.
Máquinas alternativas Múltiplos da velocidade de rotação
do eixo
Vibração em motores 1 x Nel. Vibração com características de
elétricos 1 x 1rot. batimento, devido à proximidade entre a
60 a 120 Hz. velocidade de rotação do eixo e a
velocidade de rotação do campo
magnético.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

MONTAGEM DOS MANCAIS

Indicamos a seguir, uma montagem usual como mancais de rolamentos de


uma carreira de esfera:

Observa-se a diferença construtiva entre o mancal livre e o fixo.

Ao proceder-se à montagem dos mancais, é de fundamental importância


observar a não permutação de peças entre os mancais, tampas, anéis, etc., pois
mesmo após a montagem o eixo esteja livre ao movimento manual, pode ocorrer
que com o rotor quente o rotor venha a ser travado. O eventual bloqueio axial
provoca um esforço axial excessivo seguido por um sobreaquecimento que pode
produzir o tratamento do rotor por deformação permanente dos mancais.

Outra forma de travamento pode ocorrer no sentido radial pela eliminação


das folgas, portanto, no caso de reposição de rolamentos é importante atender as
características de folga do rolamento original (C3;C4, etc.).

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Outra configuração que ocorre com freqüência é mostrada abaixo:

• Neste caso, no lado polia há 2 rolamentos, um de rolos (para suportar os


esforços radiais) e outro de esferas (suporta esforços axiais e posiciona o eixo em
relação à tampa – flange e freio eventual).

• O mancal do lado oposto de permitir a expansão térmica do eixo e pode


ou não ter anel mola.

• Para o rolamento de esferas deve haver uma folga de pelo menos o


dobro da eventual folga do rolamento de rolos (normalmente 0,07 a 0,12mm).

• Ver tabela para ajustes de rolamentos.

• Para a montagem dos rolamentos, aquecê-los com um de 80/90ºC.

Obs.: Dilatação: =
-6
- variação de comprimento ou diâmetro : aço - 12.10
-6
- comprimento ou diâmetro inicial A - 24.10
– variação de temperatura -6

- coeficiente de dilatação linear (1/ºC) Cu - 16,5.10

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Exemplo:
+25
Medida do eixo 40+9 tolerância em µ m

Medida do rolamento 40+0


-12

Ajuste + 25 c/ -12 + 37 interferência


+ 9 c/ 0 +9 interferência

• O aquecimento dos rolamentos deve ser feito com o controle de sua


temperatura, e deve ser evitado um super aquecimento localizado. Consegue-se
um aquecimento seguro com equipamentos a indução, estufas e banhos de óleo.
Não aquecer acima de 125ºC, pois podem causar mudanças na estrutura do material.

• Na montagem de acoplamentos e polias procede-se de maneira


semelhante. Às vezes na prática devido ao seu formato aquece-se com maçarico
a gás metano.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

AJUSTES PARA ASSENTO DO MANCAL – EMBUCHAMENTO

Ø Nominal 6 10 18 30 50 80 120 150 180 250


10 18 30 50 80 120 150 180 250 315

Tampa

Tolerância do 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Rolamento -8 -8 -9 -11 -13 -15 -18 -25 -30 -35
Usinagem Normal +8 +10 +12 +14 +18 +22 +26 +26 +30 +36
J7 -7 -8 -9 -11 -12 -13 -14 -14 -16 -16
Usinagem +5 +6 +6 +7 +9 +10 +12 +12 +13 +16
Alternativa K7 -10 -12 -15 -8 -21 -25 -28 -28 -33 -36

Eixo

Tolerância do 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Rolamento -8 -8 -10 -12 -15 -20 -25 -25 -30 -35
Usinagem Normal +10 +12 +15 +18 +21 +25 +28 +28 +33 +36
K6 +1 +1 +2 +2 +2 +3 +3 +3 +4 +4
Usinagem +15 +18 +21 +25 +30 +35 +40 +40 +46 +52
Alternativa M6 +6 +7 +8 +9 +11 +13 +15 +15 +17 +20

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

OS VALORES TÍPICOS PARA PARALELISMOS E


ANGULARIDADE DOS EIXOS É DE 0,05mm (IDEAL 0,03mm)

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

LIMITES PARA EXCENTRICIDADE, CONCENTRICIDADE E


PERPENDICULARIDADDE – EIXO x FLANGE

1 – Excentricidade do eixo:

Verificar em todos os motores após sua montagem, a excentricidade (batida


radial diferença entre maior e menor leitura do relógio comparador), do eixo em
relação à tampa/flange conforme figura, é comparar com os limites abaixo:

Excentricidade da ponta de eixo com diâmetro “D”

D< 10mm ---- 30µm*

> 10 a < 18 ---- 35

> 18 a < 30 ---- 40

> 30 a < 50 ---- 50

> 50 a < 80 ---- 60

> 80 a < 120 ---- 70

* Para classe precisa (com acordo entre fabricante e usuário) adota-se


até 50% desses valores)

2 – Excentricidade e perpendicularidade:

Verificar em todos os motores após sua montagem, a concentricidade do Õ


de encaixe do flange, e perpendicularidade da superfície de apoio de flange com
elação ao eixo.

> 55 a < 115 ---- 80µm*

> 115 a < 266 ---- 100µm*

> 266 a < 500 ---- 125µm*

> 500 a < 740 ---- 160µm*

> 740 a < 1080 ---- 200µm*

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

LUBRIFICAÇÃO

• Com graxa
• Com óleo

As graxas são utilizadas na maioria das aplicações. Há vantagens sobre o


óleo, é retida mais facilmente no rolamento e contribui para vedar o rolamento
contra contaminantes, umidade ou água.

Na lubrificação inicial, o espaço livre do rolamento deve ser totalmente


preenchido com graxa e o espaço livre de seu alojamento deve ser preenchido
parcialmente em cerca de 30 a 50% do volume total.
O excesso de graxa provoca um rápido aumento da temperatura, podendo
danificar o mancal.

Para a relubrificação seguir os dados do fabricante quanto à quantidade de


graxa e intervalos de relubrificação, pois esses dados dependem de uma série de
fatores e estão relacionados entre si, tais como: tipo de rolamento, velocidade,
temperatura, tipos de graxa, espaço ao redor do rolamento e meio ambiente.

Na ausência dessas informações, deve-se seguir as recomendações dos


fabricantes de rolamentos as quais são baseadas em dados estatísticos e teste
de longa duração. Ver diagrama 1 (SKF).

Diagrama 1 – SKF – para graxas com sabão à base de lítio.

R. MANUEL ALVES GARCIA, 130 - JANDIRA - SP - CENTRAL DE ATENDIMENTO (11) 4789-8299 3234
SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

- Usar 0,5 tf.


- Curvas temperatura < 70ºC. Para cada 15ºC de aumento na
temperatura, reduzir para metade o intervalo obtido.
- Para eixos verticais, reduzir para metade o intervalo obtido.
- Para tf < 6 meses, após 3 relubrificações, substituir toda graxa.
- Para tf > 6 meses, substituir toda graxa.

• Quantidade de graxa na relubrificação (Q)

Q = 0,005 DB (g)
D = Ø ext. do rolamento (mm)
B – largura total do rolamento (mm)

Ver alguns arranjos de mancais:

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Designação e Características de Graxas Lubrificantes

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Utiliza-se lubrificação a óleo nos rolamentos, quando a temperatura e


velocidade elevadas não permitem a utilização da graxa.
Como método de lubrificação, podemos citar:

1 - Banho de óleo
2 - Assimilação de óleo
3 - Jato de óleo (v> 15m/s)
4 - Atomização

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

VERIFICAÇÃO E DETERMINAÇÃO NA LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS

Aplicação: Motores com velocidades altas e alta temperatura

OS 11.784 Cliente Data: 08/09/2000

Rolamentos utilizados: LP = NU232E LO= 6232


Dados Necessários:

Temperatura: até 150º = Isoflex Topas NB52


Obs.: Usar até acabar: Isoflex NBU-15 (130º) e Isoflex ALL Time SL2 -150º (p/
vida, curva 2 a 70ºC).

Atenção:
Caso a rotação do motor for
superior que a rotação máxima
permitida para o rolamento, não
se pode garantir a vida da graxa
nem do rolamento.

Espaço livre no rolamento LP: E= 282,33 cm³


Espaço livre no rolamento LO E= 346,43 cm³
~
= 1g/cm³)
Quantidade de graxa LP = 47,05 gramas ou cm³ (d e nsi d a d e
Quantidade de graxa LO = 57,74 gramas ou cm³ (d e nsi d a d e
~
= 1g/cm³)

Valor periférico: Vp = 918,45 m/min (limite = 750)


Valor periférico: Vp = 918,45 m/min (limite = 750)

Fator de rotação: FR = 292.500,00 mm/ min (limite = 300.000)


Fator de rotação: FR = 292.500,00 mm/ min (limite = 300.000)

Atenção: Para mancais que trabalham com alta temperatura e Vp < 900 e FR <
500.1 usar a Kluber Asonic HQ72-102 para 180ºC. Caso os parâmetros forem maiores
consultar engenharia (p/ vida, curva 2 a 110ºC).

Fator para cálculo da vida ou período de relubrificação (Max. De 2 vezes)


pelo gráfico – pg. 31

Vida ou período de relubrif. LP = 0 hs


LO = 0 hs
Ng / N.KL = LP = 1,38461538
LO = 2,63076923

Para rolamento de esferas =


Para rolam. c/ contato angular =
Para rolam. de rolos ou agulhas = 1,0
Para rolam. de escova de rolos = 1,0
Para rolam. auto compensador de rolos = 0,8

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

OS 0 Cliente 0 Data: 00/00/0000

P (cv) = 46 RPM = 2050 S Carga = 1.2 D (cm) = 20 Acoplamento p/ correia:


L = 25 a = 72 b = 12 c= 60 V= K = 1,4
D1 = 4.8 D2 = 6 D3 = 6.5 D4 = 7 Dentada = K = 1,2
Plana = K = 3
X1 = 12 X2 = 17 X3 = 20 X4 = 25
DP = 10 K= 1.4 K1 = 1.5 Z= 3.33
Bg (indução entreferro) = 7000 PP (peso polia) = 1 Serviço:
Rol. LP = nu 312 Rol. LO = 6211 COLP = 16000 COLo = 2980 Leve = K1 = 1,2
CLP = 15200 CLO = 4450 F2 = 0.14 Médio = K1 = 1,5
Pesado = k1 = 1,8

F2 = 1 circuito = 0,2
2 circuitos =0,14 Z = esferas = 3
4 circuitos ou mais = 0,02 rolo = 3,33

T (Nom) = 1.600,63 Kgf/cm


F1 = 674,79
F= 675,79
PR ROTOR = 61,66 Kgf
DR = 3,51 Kgf (Desbalanc. Dinâmico)
DM = 151,89 Kgf (Desbalanc. Magnético)
PO = 217,06 Kgf

Cálculo das reações no rolamento:

RLP1 = 919,47
RLO1 = -26,63
RLP2 = 702,41
RLO2 = -243,69

Cálculo da vida dos rolamentos:

Se FA (axial) < 0,19 R (reação radial no rolamento) CE = R

VLP1 = 92.689,50 H VLO1 = 37.947.942,31 H


VLP2 = 227.228,44 H VLP2 = 49.506,00 H

Se FA > 0,19 R ver tabela de Rolamentos CE = XR + YFa

X = 0,56 Y = 2,28 Fa (força axial) = 185

CELP1 = 936,71 CELP2 = 815,15 VLP1 = 87.132,20 H VLP2 = 138.418,14 H


CELO1 = 436,71 CELO2 = 558,26 VLO1 = 8.601,51 H VLO2 = 4.117,53 H

Cálculo dos esforços na ponta de eixo:

Acoplamento direto: tDmax = 0,74 Kgf/mm2 < 3Kgf/mm2

Tensão de cizalhamento máximo nos diâmetros exigidos:

Seção 1: tc1 max = 3,81 Kgf/mm2 < 3Kgf/mm2


Seção 2: tc2 max = 2,74 Kgf/mm2
Seção 3: tc3 max = 2,53 Kgf/mm2
Seção 4: tc4 max = 2,52 Kgf/mm2

Tensão normal máximo nos diâmetros exigidos:

Seção 1: tn1 = 7,55 Kgf/mm2 < 6Kgf/mm2


Seção 2: tn2= 5,45 Kgf/mm2
Seção 3: tn3 = 5,04 Kgf/mm2
Seção 4: tn4 = 5,04 Kgf/mm2

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Cliente: Petrobrás Data:

P= 260 CV
RPM = 2000
D (Ø menor, no engaste) = 6 cm
D1 (Ø menor, no engaste) = 8,2 cm
D2 (Ø externo) = 13,2 cm
L (comp. do engaste) 5,8 cm

Mat. Aço SAE 1045 (187 - 223HB) < 300Kg/cm2


Aço ABNT 4340 (269 - 320HB) < 450Kg/cm2

Verificação antes da montagem: Medir, anotar e verificar a interferência média.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

MONTAGEM

É usual montar os retentores com a mola voltada para o fluido a ser vedado,
mas em certos sistemas, os retentores são montados de modo que permitam a
saída de fluido (graxa), a fim de evitar a entrada de partículas abrasivas no
interior dos sistemas. Não esquecer de recobrir o lábio de vedação de óleo ou
graxa limpa, para lubrificar o lábio e facilitar a montagem.

É importante que as peças do equipamento não apresentam rebarbas,


amassamentos ou partículas abrasivas, para não danificar o lábio de vedação
quando da montagem.
Existem três maneiras de evitar que, na troca do retentor, o mesmo gire
sob a pista formada pelo retentor anterior, provocando desgaste prematuro no
retentor novo.

1- utiliza-se uma bucha como pista do retentor


2- utiliza-se um anel espaçador no alojamento do
retentor.
3- Usina-se a profundidade do alojamento do
retentor.

O freqüente descuido na montagem provoca danos


sérios aos lábios de vedação, que podem ser eliminados
com o auxilio de dispositivos.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

INSTRUÇÕES PARA BUCHAS (E EIXOS) PARA RETENTORES:

1 - Calcule a velocidade periférica na região de atrito conforme:

V =  . 0,024 . 3000 (max) (m/s) D - Ø do eixo em m


60

Exemplo: Servo de 4,5m - 3000rpm D= 24mm = 0,024m

 . 0,024 . 3000 = 3,77rpm


60

2 - Compare a velocidade obtida com a velocidade permitida do material:

material do retentor velocidade temperatura


NBR - borracha nitrílica < 12m/s -50ºC a 110ºC
ACM - borracha poliacrílica < 22m/s
FFM - Viton < 30 m/s -23ºC a 250ºC

Exemplo: No caso 3,77 m/s < 12 m/s = usar borracha nitrílica.

3 - o diâmetro da bucha (ou eixo) admite tolerância h11. Em buchas (ou


eixos) novos adotar h8.
A dureza superficial deve estar 45 a 60 HRC.

Ø 6 a 10 10 a 18 18 a 30 30 a 50 50 a 80 80 a 120 emmm
h8 0 0 0 0 0 0 em µm
-22 -27 -33 -39 -46 -54
h11 0 0 0 0 0 0 em µm
-90 -110 -130 -160 -190 -220

A rugosidade deve estar com Ra < 1,2 µm (RT < 4µm - ). As bordas
devem estar bem arredondadas para não machucar os lábios do retentor na sua
montagem.
Medir a batida radial, (excentricidade) deve ser < 0,03mm.

1- Se a pista da bucha, verificar a possibilidade de se deslocar axialmente


a bucha e/ou retentor de 2/3mm colocando-se calço.

O retentor deve ser montado cuidadosamente sem ferir os lábios, os quais


devem ser lubrificados com vaselina ou graxa do mancal, após seu ensaio. Evitar
ligar o motor, pois na ausência do óleo lubrificante do retentor (o qual está na
máquina acionada) este pode se queimar e/ou danificar a bucha ou eixo.

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SISTEMA DE ISOLAÇÃO PARA MOTORES ALIMENTADOS


COM INVERSORES DE FREQUÊNCIA

Cuidados especiais nas aplicações de motores alimentados com


inversores de freqüência.

Com mais freqüência temos visto “motores” de indução aplicados em sistema


com variação de velocidade. Há, nessas aplicações, potenciais novos problemas,
os quais devem ser bem entendidos e solucionados para resultar num bom sistema.
Essas dificuldades adicionais estão relacionadas com:

• Curtos e falhas prematuras no sistema isolante e enrolamentos.


• Ruídos elétricos (conteúdo harmônico).
• Falha prematura dos mancais (rolamentos / lubrificante).
• Ventilação.

SISTEMA DE ISOLAÇÃO

O principal perigo são os picos de tensão causados pelos inversores PWM


(Pulse Widht Modulated) que utilizam os transitores de potencia IGBT ou SCR’s. É
produzido um “trem” de pulsos que “simula” a tensão e freqüência desejada ver
figura 1. O número e a largura de cada pulso varia e é modulado de tal maneira
que o valor eficaz dos pulsos inferiores foram obtidos (com osciloscópio) na saída
do inversor, e os superiores são da interação com um motor elétrico. Os resultados
são picos de tensão com aproximadamente o dobro de tensão e freqüências mais
altas.

Assim para esses motores, o sistema de isolação sofre modificações, caso


a caso, tais como:

• Fio com esmalte especial Spike – Resistant Magnet Wire (maior conteúdo
inorgânico), ver figuras 3 e 4.
• Configuração diferente do enrolamento para evitar cruzamento de fios de
fases diferentes.
• Isoladores com lay-out otimizados.

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FALHA PREMATURA DOS MANCAIS

Principais motivos:

• Os motores de eixo árvore de máquinas operatrizes ou sistemas


automatizados estão sendo aplicados com rotação cada vez mais altas, algumas
atingem 20 a 30% acima da rotação recomendada para fabricante dos rolamentos.
• Com rotações altas a lubrificação fica menos eficiente.
• Temperatura elevada do motor (perda no ferro) e mancais.
• Possível corrente pelos mancais.

Principais cuidados:

• É necessário se calcular a vida dos rolamentos LP e LO levando em conta


a temperatura estimada dos mancais. Identificar mancais corretos.
• Cálculo da vida, identificação do tipo de lubrificante e sistema de
relubrificação.
• Avaliar necessidade de isolamento de mancal.

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AS MÁQUINAS ELÉTRICAS COM COMUTADOR

Em máquinas de comutador as escovas em vez de deslizar sobre uma


superfície lisa e homogênea devem funcionar satisfatoriamente sobre uma superfície
que consiste em barras estreitas separadas por mica ou espaço livre.

O problema de manter um contato contínuo depende das propriedades


elásticas escova/comutador, da patina que se forma na pista, da pressão da mola,
da excentricidade do comutador, do poder abrasivo das escovas, do escalonamento
em sentido axial das escovas assim como do seu posicionamento na circunferência.

A montagem do porta-escova quando colocado incorretamente provoca um


pequeno ângulo de reação provocando uma movimentação contínua da escova.

Outro item importante são as folgas entre escovas e porta-escovas.

A ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA NO COMUTADOR

Em todos os tipos de máquinas elétricas há uma conversão de energia com


inevitáveis perdas que se manifestam em forma de aquecimento.

A dissipação do calor ocorre em três modos:

1) Por condução (das partes mais quentes para as mais frias);


2) Por radiação no ambiente;
3) Por conversão (por meio de corrente de ar ou outro meio refrigerante).

Nas máquinas com comutador o calor é produzido por atrito e por perdas
elétricas devido à comutação.

O aumento de temperatura depende da qualidade das escovas, da superfície


de resfriamento do comutador, do tipo de ventilação e da velocidade periférica.

É bom reiterar que as escovas sendo de material amorfo apresentam um


coeficiente de temperatura negativo, que com aumento da temperatura diminui a
resistência especifica do material que acarreta um agravamento do grau de qualidade
da comutação.

Outro valor determinante para uma boa comutação é a densidade de


corrente.

É comum que fabricantes de motores usem uma limitada série de porta-


escovas que teoricamente satisfaz as aplicações de quase todos os motores
fabricados, porém dependendo da aplicação temos encontrado valores não
apropriados.

É recomendável verificar o valor de corrente predominante do ciclo e adequar


a densidade de corrente a estes valores (precisando eliminar algumas escovas).

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EFEITO DA POLARIDADE

O desgaste do coletor embaixo da escova catódica (negativa no motor /


positiva no gerador) é maior que na polaridade oposta. Este fenômeno deve-se a
transferência de metal por condução iônica de forma similar como ocorre na
galvanoplastia.

Este fenômeno se observa especialmente nos anéis que alimentam o campo


dos geradores síncronos, pois os anéis são fisicamente separados.

A queda de tensão na escova catódica é menor da outra. Nas escovas


eletrografiticas esta diferença é pequena enquanto nas escovas de carvão ou
grafite natural a diferença pode ser de 20%. O coeficiente de atrito é independente
da polaridade.

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE

Na partida a queda de tensão é de 30% maior de quando o comutador


começa ter uma discreta velocidade.

O coeficiente de atrito diminui com aumento de velocidade enquanto a


queda de tensão embaixo das escovas tende a aumentar quando a velocidade
aumenta. A aceleração a que é submetida à escova aumenta devido as
irregularidades das superfícies e, portanto, aumenta a amplitude da vibração e a
separação entre escova e comutador. Por este motivo aumenta a queda de contato
~ 10%) e reduz-se o coeficiente de atrito (25%).
(=

DISTRIBUIÇÃO DA CORRENTE ENTRE ESCOVAS EM PARALELO

Escovas em paralelo encontram-se nas lâminas do comutador com o mesmo


potencial elétrico e as escovas deveriam ser percorridas pelo mesmo valor de
corrente.

Os valores das correntes, porém são determinados pela resistência ôhmica


dos rabichos, do material das escovas e da resistência das superfícies de contato.

As resistências ôhmicas são desprezíveis em comparação as de contatos.


Podemos afirmar que as correntes nas escovas serão inversamente proporcionais
a sua resistência de contato.

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Consideremos um exemplo onde a resistência de contato durante


o funcionamento tenha aumentado 5% e uma outra diminuindo invés 5%.

Neste caso haverá uma alteração de distribuição de ± 20%.

Este fenômeno fica ainda mais pronunciado tanto quanto as


escovas trabalham com altas densidades de corrente.

As variações da pressão especifica no comutador também são


suficientes para gerar perturbações graves.

É evidente que se existe qualquer causa que provoca uma


diferença persistente de distribuição de corrente entre as escovas, a escova
que conduz mais corrente aquecerá mais, desgastando-se mais
rapidamente que as outras.

No recebimento de máquinas para revisão encontramos nos ensaios


elétricos preliminares até 2 vezes mais corrente em uma escova em relação
a outra.

A resistência de contato é um dos fatores mais importantes que


causam falhas em máquinas ou circuitos elétricos, pois há uma grande
concentração de potencia calórica em espaço reduzido.

A seguir, um exemplo que mostra o que acontece na prática:

Um contato de um parafuso devido a falta de limpeza ou falta de


pressão apresenta uma resistência de contato de 0,01  e está sendo
percorrido de 100 amperes.

Por efeito joule (RI²) os Watts dissipados serão de 0,01 x 100² =


100 Watts, valor que em pouco tempo carboniza e destrói a ligação.

A seguir daremos alguns conceitos básicos que deverão nortear


as providências e os cuidados a serem tomados.

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A resistência de contato a paridade de materiais e do grau de limpeza


diminui conforme a pressão especifica aumenta.

Esta resistência é praticamente independente do valor da superfície de


contato, pois é determinada pelo valor mais alto da pressão especifica que se
verifica em um determinado ponto.

O aumento de superfície de contato conforme o aumento da corrente é


determinante para o valor de calor dissipado.

Portanto em todas as conexões elétricas é muito importante realizar uma


acurada limpeza e garantir uma pressão específica elevada procurando, porém
que durante o exercício esta seja mantida, pois diminuindo a pressão aumenta o
calor da resistência de contato aumentando em seguida o calor, dano origem a um
processo progressivo e destrutivo.

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DAS ESCOVAS

As principais qualidades de escovas utilizadas nas máquinas elétricas são:

1) Escovas duras ou amorfa

Características principais: altamente polidoras, mas de baixa capacidade


elétrica e térmica. São usadas em máquinas onde as condições ambientais são
adversas (gases: sulfídricos, clorados, soda, etc.)

2) Escovas de baquelite - grafite

Características principais: alta resistência mecânica e elétrica. São usadas


pela sua alta capacidade de comutação e são também polidora. Apresentam
elevadas quedas de contato.

3) Escovas de grafite natural

Características principais: elevada resistência à abrasão térmica e alta


resistência especifica.

4) Escovas de eletrografite

Características principais: boa condutividade térmica e elétrica. Mediana


capacidade de polimento.

5) Escovas metálicas

Características principais: peso elevado (cobre, chumbo ou estanho, grafite),


baixo coeficiente de atrito, densidade de corrente elevada.

Os tipos de escovas acima mencionadas se diferenciam e muito do ponto


de vista de fabricação e utilização, devendo, portanto, tomar os máximos cuidados
na recolocação de novas escovas ao fim de usar a qualidade recomendada pelo
fabricante ou pela engenharia da Thema.

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UTILIZAÇÃO DAS ESCOVAS

Escovas de grafite natural ou baquelite grafite

• Escovas de elevada resistividade (até 460 micro 0hm x m)


• Utilizadas quando os motores de C.C. são alimentados por
conversores CA/CC tiristorizado com entrada de rede monofásica (ripple de
corrente muito alto).
• Alta capacidade de comutação
• Densidade de corrente de até 9A/cm 2 em operação continua
• Operação razoável com baixa carga
• Desgaste acentuado

Escovas de eletrografite

• Ampla gama de qualidades disponíveis


• Resistividade pode variar entre 10 à 120 micro 0hm x m
• Motores de C.C. alimentados por conversores tiristorizados com
entrada de rede trifásica (baixa ondulação)
• Capacidade de comutação variável conforme a qualidade
• Alta capacidade de sobrecarga (de 28 á 50 A/cm2)
• Desgaste acentuado com densidade de corrente baixa << 7 A/cm2
• Boa durabilidade com densidade de corrente de até 12 A/cm 2 em
operação continua
• Grande resistência a temperatura elevadas.

Escovas metálicas

• Escovas de cobre grafite utilizadas em motores alimentados em baixa


tensão ou por bateria.
• Escovas de prata – grafite usadas em tacogeradores
• Densidade de corrente de até 25 A/cm 2 em regime contínuo.

Dimensões e controles

Quando ocorrer substituição das escovas, além de verificar a qualidade e


as suas dimensões, é muito importante mediar à queda da tensão máxima nas
conexões flexíveis e a resistência à tração destas (veja tabela anexa).

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RESISTENCIA MÍNIMA À TRAÇÃO E QUEDA MÁXIMA


NAS CONEXÕES FLEXÍVEIS

Diâmetro da Resistência mínima Corrente de Queda de tensão máxima


à tração nas
conexão flexível ensaio nas conexões flexíveis
conexões flexíveis
(mm) (Kgf) (A) (mV)

1,00 5 5
1,25 10 8
1,50 15 11
1,75 20 14
2,00 25 18
2,25 30 21
2,50 24 24
2,75 29 17
3,00 43 30
3,25 47 33
3,50 51 37 25 15 5
3,75 54 40
4,00 57 43
4,25 60 46
4,50 63 49
4,75 65 52
5,00 67 55
5,25 69 58
5,50 71 61
5,75 73 65
6,00 74 68

* Controle: Inspeção no recebimento e exigir certificado de qualidade na compra.

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NÍVEIS DE FAISCAMENTO
Representação Índice Designação

1 Negro

11
Faíscas intermitentes
4

11
Algumas faíscas
2

13
Numerosas faíscas
4

2 Faíscas com projeções


intermitentes

21 Faíscas com
4 algumas projeções

21 Faíscas com
2 numerosas projeções

3 Faíscas com
acentuadas projeções

Faíscas sem projeções


Faíscas com projeções

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DIMENSÕES DAS ESCOVAS PARA COMUTADORES

As escovas para comutadores têm suas dimensões indicadas como:

t = dimensão tangencial (largura)


a = dimensão axial (comprimento)
r = dimensão radial (altura)

Na N.T.I. nº 59 está indicada a folga entre escova e porta-escova que é um


fator primordial para uma comutação sem problema. Escova com pouca folga pode
ficar presa no porta-escova e anular a pressão da mola, se muito folgada, a
escova se movimenta de modo desordenado saindo da pista e dificultando a
formação do filme protetor (patina).

Dependendo das dimensões das escovas a folga mínima varia entre 0,05mm
até 0,12mm e a folga máxima varia entre 0,15mm até 0,33mm. Emprega-se um
micrometro para medir t e a (precisão 0,01mm) e um paquímetro para a altura r
(precisão 0,1mm).

Para as escovas de metalgrafite e de grafite natural, que sofrem maior


dilatação com a temperatura, as folgas poderão ser um pouco maiores.

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Escovas - Folga com porta-escovas

1 - Nomenclatura normalizada das dimensões de uma escova.

t = dimensão tangencial
a = dimensão axial
r = dimensão radial

t x a x r - Sequência das Dimensões

comutador ou anel

2 - Tolerâncias Dimensionais e Folga escova com porta-escova (µm)

Dimensão Tolerância Tolerância Folga


Nominal MM Porta-Escova (µm) Escova

t a

max. min. max. min. max. min.

4a5 +68 +20 -110 -30 178 50

6 a 10 +83 +25 -110 -30 193 55

11 a 16 +102 +32 -130 -40 232 72

20 a 25 +124 +40 -130 -40 254 80

30 a 50 +150 +50 -150 -50 300 100

60 a 80 +180 +60 -150 -50 330 110

3 - Verificar as dimensões dos itens recebidos e comparar com a tabela.


Caso esteja em desacordo avisar diretoria.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO NA COMUTAÇÃO

Um indicador muito importante na operação das máquinas contínua é a


verificação da comutação.

A observação do nível de faiscamento associada com a verificação dos


vários tipos de desgaste das escovas do comutador assim como a coloração e as
características da patina, pode auxiliar na tomada de medidas corretivas quando
necessário.

Para identificação destes problemas será interessante usar uma


nomenclatura apropriada nas observações que são realizadas no comutador.

Comutador:

“Comutador com Trilha” (Threading)

O comutador aparenta como se estivesse sido rosqueado e com filetes


deformados: transferência de metal excessiva

“Comutador com Desgaste na Pista” (Grooving)

Sulcos na pista causados pela ação abrasiva das escovas.

Arraste de Cobre no Comutador (Cooper Drag)

Uma anormal drenagem e arraste nos cantos das laminas. Estas condições
podem causar “Flash Over”.

Comutador com Estrias (Streaking)

Sinais leves de transferência de metal para as escovas deixando o comutador


estriado.

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55
SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

VENTILAÇÃO EM MÁQUINAS ELÉTRICAS

- Métodos de resfriamento onde o ar externo entra em contato com as


partes ativas da máquina.

Em uma máquina elétrica com rendimento de 90%, significa que tem-se


10% de perdas, as quais geram calor. Essas perdas são: perda por efeito Joule nos
enrolamentos, perda no ferro e de atrito. O calor gerado deve ser dissipado para
não haver sobreaquecimento nos enrolamentos e nos mancais. Isto é conseguido
pela passagem de ar nesses elementos.

• A vazão de ar necessária para refrigerar uma máquina elétrica é cerca de


50 a 60 l/seg. por KW de perda da máquina (considera-se temperatura do ar de
entrada < 40ºC e altitude < 1000m).

• O ventilador ou sistema de ventilação, deve fornecer a vazão acima e


vencer todas as quedas de pressão (resistência à passagem do ar) existentes em
todo o circuito do ar, desde sua entrada até a saída.

Na figura pode-se observar as passagens de ar de uma maquina típica.

A – Área de entrada do ar
I – Área dos dutos sob o comutador
H – Área de furos da armadura
B – Área de passagem entre bobinas do estator
DeE – Áreas de entrada para o ventilador, superior e inferior
respectivamente
F – Área de passagem na saída sob à tampa
G – Área de saída do ar

• As quedas de pressão deve ser avaliadas, em função da geometria das


áreas de passagem do ar (áreas, curvas, ângulos retos, restrições, comprimento
e velocidade do ar). A queda de pressão no interior do motor, deve ser conseguida
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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

com o fabricante, ser avaliada através de cálculos ou estimativa de motores


semelhantes.

• Segue alguns valores típicos de queda de pressão no interior de alguns


motores de corrente contínua – valores por carcaça.

Obs.: 1 bar = 1,02ATM = 1,02 Kgf/cm2 = 750 mm Hg

• Para uma vazão de 50 a 60 1/s/Kw perda, há um aquecimento médio do


ar de 17/18°C. Assim, se houver uma diferença > 18°C entre a entrada e saída do
ar, há sobrecarga no motor ou falta quantidade de ar.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

• Arranjo série e paralelo de ventiladores

• Formatos para defletores

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

• Algumas configurações de motores de indução

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

AR FRIO

AR FRIO

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

APLICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO – ROLAMENTO E PONTA DE EIXO

Solicitação da ponta do eixo

- Formulação básica
a – acoplamento direto
b – acoplamento por polia

- Formulação Básica
Movimento linear → F=ma (N=Kg . m/s2), P=F.V (W=N . m/s)

Movimento circular → T=J (Nm=Kgm2 . rd/s2) P=T.w (W=Nm . vd/s2)


1CV=736W 1HP=746W W= 2 RPM .T
60
1Kgf=9,81N
P=T.w → T= → P → 736.60.CV = T(n.m) = 7032.Cv → T(kgfm)= 716.Cv
w 2  RPM RPM RPM
T=F.R → F= T → F = 2T
R D

a - Acoplamento Direto
Tensão máxima de torção máx.  5,1.T D = Diâmetro da ponta de
eixo do motor.

T- Torque nominal do motor
T = 716.cv (Kgf.m)
RPM
2
Para aço carbono 1045/50. Adota-se max. < 3.0Kgf/mm (Cálculo
conservatório e fatores de concentração normais para rolamentos SKF, NSK, ...)

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55
SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

X – coeficiente de carga radial


Y – coeficiente de carga axial
Obs.: Para aplicações onde o rolamento fica estacionário, oscilante ou
em rotações muito baixas, torna-se a carga estática equivalente.
Po = XoFr + Yo Fa

Força da Polia: F = 2.T . K . Fc . Fs


D
K – coeficiente de abraçamento = 1,17 (para ângulos entre 108º a 180º)
Fc – fator de carga = (Leve – 1,2, Médio – 1,5, Pesado – 1,8)
Fs - fator de segurança 1,2

Exemplo: Motor de 125Kw – 2000 RPM – Ø = 75 E = 170 E’ = 70

Rolamentos 6216 / 6216 – serviço pesado; Ø Polia = 200 mm


Considerar faxial = 150 Kgf

Para rolamento lado oposto: normalmente recebe a carga axial

Fa/Fr = 150/409.7 = 0,366 > e  X = 0,56 Y = 1,92 Cr = 7400 Kgf

6
Lh = = 60.2000
1010 (7400)
(
P = 0,56 . 409,7 + 1,92 . 150 = 517,4 Kgf
6 517,4 3
3
= 24380=
Cor = 5400 Kgf

Lh . 7400 24380
60.2000 (517,4)

Para rolamento lado polia Fa/Fr   : X = 1, Y = 0 P = 1. 1945 = 1945 Kgf

(
66 3 3
LhLh
= 10
= 10 . 7400
(7400) =!? 559 h !?
= 559 h
60.2000
60.2000 1945
(1945)

Com rolamentos de rolos    Cr =



19400
Kgf

(
6 3.33
= h 17657 h Obs.: Ø polia = 250 mm  Lh ~
6 3.33
Lh Lh
= = 10 . 19400
10 . (19400) = 17657 Obs.: Ø polia = 250 mm  Lh =3700
37000
h h
60.2000 1945
60.2000 (1945)

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Verificação da ponta de eixo


2 2
a) Torção → máx. = 5,1 . 60,8 .1000 = 0,605 Kgf/mm < 3,0 Kgf/mm
3
80

b) Flexo - Torção 2 2 2
Tensão de cizalhamento máxima máx = 5.1 M +T < 3,0 Kgf/mm
3
D

2 2 2
Tensão normal máxima máx = 16 M + M + T < 6,0 Kgf/mm
3
D

3
M = F . d → M = 1536 . 0,24 = 368 Kgf/m = 368 . 10 Kgf/mm
3 2 3 2 2
máx. = 5,1 (368 .10) + (60,8 . 10 ) = 3,71 Kgf/mm !?
3
80
3 3 2 3 2 2
máx. = 5,1 368 . 10 + (368 .10 ) + (60,8 . 10 ) = 7,37 Kgf/mm !?
3
80

Soluções:

1 – O ponto de aplicação da força foi considerada na extremidade da ponta


de eixo. O correto é posicionar a polia, encostada no “ombro” do eixo, de tal
maneira que o ponto de aplicação fique o mais próximo possível do rolamento do
motor. (Máx. = 2,44 Kgf/mm2 , Máx.= 4,81 Kgf/mm2)

2 – Modificar o material de eixo (ABNT 4340 – Max. < 4,3 Kgf/mm2 e Max
< 8,0 Kgf/mm2)

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS

Diâmetro do Furo 80 - 105mm

ROLAMENTOS FIXOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ROLAMENTOS ROLOS CILÍNDRICOS

ROLAMENTOS ROLOS CILÍNDRICOS

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

TACÔMETROS

Os tacômetros são pequenos geradores elétricos montados numa segunda


ponta do motor e fornecem informações sobre a rotação, através da tensão gerada
em seus terminais.

Os tacômetros de C.C de imã permanente são muito usados e são os de


melhor qualidade.

Os tacômetros podem ser divididos em 4 classes, de acordo com a precisão


do sinal gerado:

1) Geradores de alta estabilidade;


2) Geradores estável;
3) Geradores compensados;
4) Geradores não compensados.

1) Geradores de Alta Estabilidade

Estes tacômetros geram um erro de 0,01% por ºC da mudança de


temperatura. O imã usado é de grande estabilidade térmica como alnico 8 e alnico
5. Custo elevado e força coercitiva baixa.

2) Geradores Estável

Erro de temperatura na faixa de 0,02% por ºC de variação. Usa-se também


alnico 5.

3) Geradores Compensados

Erro de temperatura na faixa de 0,05% por ºC de variação. É utilizada imã


de ferrite de estronço ou de bário com N.T.C. em séries com as escovas.

4) Geradores não Compensados

Erro de temperatura na faixa de 0,2% por ºC. É utilizado material cerâmico.


Utilizado muito em servomotores e motores de C.C. para eixo árvore.
Os tacômetros trabalham geralmente em malha fechada monitorando a
velocidade do conjunto motor / máquina acionada.

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TDChogenerator 1HU1 052

All motors are equipped with a permanent-field DC tachogenerator


which is incorporated info the endshield at the B-end. Its armature
is friction-locked on to the motor is available as the actual value
of speed. The stator and armature of the tachogenerator are
easily interchangeable.

The voltage and temperature compensation of the tachogenerator


are optimized fot the rated burden of: 3.3 k . Note: it the
curden is changed (permissible range: 10 k R8 <80 k ) it
will change the voltage and have an adverse effect on the
temperature compensation.
Technical data of the Tachogenerator:
( for rated speed and rated burden)

Rated voltage 20 V DC
Rated current 1,5 mA
Rated speed 1000 rev/min
Rated burden 13,3 k©
Voltage tolerance ± 8%
Temperature compensation ±1%
Voltage deviation
in temperature range
+ 20...100° C

Riple factor
Linearity error
Reversing error
} of
the
voltage
<1.0%
<0.2%
<0.2%
} over the
whole
speed range

Speed range 0 to 6000 rev/min


(in both directions)
Maximum current 10 mA
Insulation class F

Brush life 15,000 hours max.

Order No. 1HU1 052

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Technical data Technical data


Type designation GT 9.06/420 K Type designation TDP 0.09 S-3
Type of construction A4 Type of construction B 10
Degree of protection IP 00; Degree of protection IP 56
mounting on DC motor gives IP Rated voltage at 1000 rev/min 40 V
55 No-load voltage at 1000 rev/min 44 V
Rated voltage at 1000 rev/min 20V Tolerance for rated voltage +6%
No-load voltage at 1000 rev/min 20,8V Permited rated current at 800 to
+ 8% 3000 rev/min 10mA
Tolerance for rated voltage
Permited rated current at 800 to Thermal limit current 40mA
3000 rev/min 3 mA Max. speed. 9000rev/min
Thermal limit current 30 mA Armature resistence at 20ºC 360 
Max. speed. 6000 rev/min Rated output at 1000 rev/min 400 mW
Armature resistence at 20ºC apporx. 255 Proportional-output speed range 800 to 3000 rev/min
Rated output at 1000 rev/min 60 mW Polarity unidirectional
Polarity unidirecional Number of poles 2
Number of poles 4 Number of slots 12
Number of slots 33 Number of segments 24
Number of segments 33 Harmonic voltage approx. 0,8% fron 150 to 3000
Harmonic voltage U~ ma 0.4% rev/min
Upp = 2%
Linearity error 0.15%
Linearity error 0.15%
Temperature stability +0.05% per 10K
Temperature stability +0.2% per 10 K
Reversing error +0.1%
Reversing error +0.1%
Carbon brushes per generatior 2 in No., AG 35, 5x4x8.5mm
Carbon brushes per generatior 4 in No., AG 35, 6x4x8 mm

Brush life approx. 20.000 hours at 1000


Brush life approx. 15,000 hours at 1000 rev/min
rev/min
Weight, total 1.2 kg
Weight, armature approx. 155 g “G30”
Ordering data
frame approx. 330 g
Order No, for repeat orders: TDP 0.09 S-3-3T6 191
Ordering data “G31”
Order No, for repeat orders: GT 9.06/420 K-316 190

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ENCODERS INCREMENTAIS

Consistem em um disco dividido em setores alternadamente opacos e


transparentes. Tal disco é solidário ao eixo de transdutor. Uma fonte de luz é
posicionada em um lado do disco e um detector de luz do outro (tal detector
transforma luz em sinais elétricos) ver. Fig .2.10

Fig 2.10 Enconder Incremental

Conforme o eixo sensor gira o disco interrompe o feixe de luz e produz uma
onda quadrada cuja freqüência é proporcional a velocidade do eixo. A contagem
dos pulsos a partir de uma determinada posição do eixo do transdutor informa a
posição angular do eixo.

Note-se que os encoders incrementais não dão a informação da posição


absoluta do eixo mais sim da variação da posição.

Pode-se usar duas fontes de luz e dois sensores ópticos para gerar dois
sinais elétricos de forma quadrada defasadas de 90º elétricos. A partir destes
dois sinais é possível saber-se a direção da rotação do eixo.

O número de pulsos de onda quadrada gerada por revolução do eixo depende


da construção do encoder e varia de 100 a 6000.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

ENCODERS ABSOLUTOS

Neste dispositivo o disco é dividido em N setores, cada setor sendo dividido


em regiões opacas e transparentes. Sobre cada uma das N regiões são colocados
N fontes de luz e sensores ópticos. A colocação das regiões opacas e claras é feita
de tal modo que é possível através dos sinais elétricos gerados pelos sensores
saber-se a posição angular do eixo em termos absolutos (Fig. 2.11)

Fig 2.11 Encoder Absoluto.

Encoders absolutos são geralmente mais caros que os encoders


incrementais.

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

SYNCRO (RESOLVER)

É o termo genérico para uma família de transdutores cujos membros podem


ser conectados de diversos modos para formar sistemas de medida da posição
angular de motores. Todos estes dispositivos se baseiam essencialmente no
principio do transformador rotativo.

Construtivamente os syncros são parecidos com motores AC. Em seu estator


são colocados três enrolamentos defasados de 120º graus. Tais enrolamentos são
ligados em estrela e seus terminais são disponíveis como saída do dispositivo. O
rotor destes transdutores é constituído por uma bobina que pode ser alimentada
com freqüência de 60 Hz, 400Hz ou 3KHz através de anéis condutores colocados
no eixo.

Quando em funcionamento os syncros produzem como saída uma tensão


de freqüência igual a que se alimenta o rotor porém modulada em amplitude com
a freqüência de rotação do eixo do dispositivo. Cada um dos três enrolamentos do
rotor produz uma saída modulada com uma defasagem de 120º elétricos das
outras duas saídas (Fig. 2.12)

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Fig. 2.12 Desenho Esquemático de um syncro e sinais por ele gerados.

A sequencia de fase dos sinais que modulam a freqüência de alimentação


do rotor traz a informação da direção da rotação do sistema (Anti-horário ou
horário). Por outro lado o valor instantâneo destes sinais informa a posição angular
e sua freqüência a velocidade angular do dispositivo.

RESOLVERS

São um tipo de syncro em que os enrolamentos dos estatores estão


defasados de 90º. Devido a essa defasagem os resolvers produzem em saída o
sinal de alimentação do rotor modulado pelo seno e pelo cosseno da posição
angular do seu eixo (Fig 2.13).

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SEMINÁRIO SOBRE MOTORES E SERVOMOTORES CC E CA

Fig. 2.13 Desenho esquemático de um resolver e sinais por ele gerados.

SYNCROS E RESOLVERS BRUSHLESS

Nos syncros e Resolvers brushless não existem anéis condutores para


alimentar o rotor. O sinal de alimentação do rotor é transferido através de um
transformador circular montado internamente ao transdutor. O primário de tal
transformador está no estator e o secundário no rotor. A amplitude, freqüência e
fase do sinal a ser transferido não sofre influência da posição angular do rotor.

A não existência de anéis condutores faz com que tais sensores tenham
uma vida útil maior, menos defeitos,acarretando menos gastos de manutenção.
Atualmente os sensores mais usados em acionamentos onde é necessária elevada
precisão são os resolvers Bruhless.

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FREIOS EM MOTORES E SERVOMOTORES

• Freios de servomotores (Holding Brake)

São freios de “estacionamento” e de segurança, devem atuar somente


quando o eixo do motor estiver parado ou numa emergência, bem como na falta
de energia.

Não foram projetados para Frear as inércias de um sistema. Os freios


também devem liberar o eixo do servo, antes de sua partida ou aceleração.

São construídos com molas ou com imãs permanentes, quando a bobina é


energizada o freio é liberado. Normalmente, são colocados internamente ao motor,
tendo dimensões bem reduzidas. O conjugado frenante é obtido pelo atrito metal-
metal e as tensões mais freqüentes são: 24V cc – 60V cc e 90V cc. Ver figura
abaixo:

• Freios de serviço

São de maior porte e potência. O conjugado frenante é obtido normalmente


pelo atrito metal-lona e quando a bobina é energizada, há a atração da armadura
e a ação frenante.

Normalmente são montadas externamente ao motor, ou é um moto freio.

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