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BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DO TDAH

Joyce Lourênia Magni da Silva 1; Mariana Santos da Silva 1;


Sandra Cristina Catelan Mainardes2.

RESUMO: Considerando que a indicação de terapia farmacológica para o


TDAH pode encontrar resistência por parte dos pais e que, falar sobre uma
terapêutica medicamentosa sempre causa polêmica, principalmente se a
medicação tem função de alterar de alguma maneira a função cerebral
objetiva -se a necessidade de levantamentos no que diz respeito aos benefícios
da psicoterapia no caso de Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH). A coleta destes dados foi obtida em sites científicos e bibliografia
atualizada e pertinente sobre o assunto. Evidenciou-se quanto ao uso de
fármacos que em 80% dos casos pode ajudar a pessoa a concentrar-se
melhor, a reduzir sua ansiedade, irritabilidade, oscilações de humor e a
controlar seus impulsos. Quando se pensa nas causas ou origem das
dificuldades de um TDAH, incluindo não só a baixa auto -estima, como também
problemas práticos, como desorganização, não se pode jamais esquecer que a
origem é biológica. Em suma, em algum momento iriam desenvolver uma
desagradável autopercepção de inadequação e incapacidade. Embora a
terapia farmacológica seja tão favoráve l, alguns pais têm receio em administrar
tais medicações, “com medo que o filho desenvolva dependência”, ou por que
querem tentar uma outra possibilidade que não a medicamentosa. A
psicoterapia comportamental cognitiva vem de encontro com esta expectativa.
É necessário que a psicoterapia, para casos de TDAH, seja diretiva, objetiva,
estruturada e orientada a metas. Todas as formas de terapia compartilham
alguns objetivos - melhorar a qualidade de vida do cliente, obter mais
satisfação com relacionamentos, com trabalho e consigo mesmo. A terapia de
integração sensorial, a psicoterapia, o tratamento psicopedagógico e, quando
possível, a terapia cognitivo -comportamental, também é utilizada ou associada
à medicação. Além disso, é necessária a adequação do tipo do tratamento à
época escolar. Existem também resultados obtidos pela musicoterapia,
constatando alterações neuropsicológicas e fisiológicas. A música mostra-se
importante na regulação da pressão (sangüínea) arterial, levou a redução
significativa do comportamento durante a atividade, e proporcionou o
envolvimento de várias funções cerebrais mediante a neurotransmissão
dopaminérgica; além disso, apresentou efetiva “retificação” dos sintomas em
várias doenças que envolvem disfunção dopaminérgica.

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1. Acadêmicas do curso de bacharelado em psicologia do Centro Universitário de Maringá
(Cesumar); Maringá, Paraná joyce.magni@hotmail.com;mariana@unicampo.coop.br

2. docente do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e da Universidade Paranaense

Observa-se, entretanto que, a interação ciência-arte se fortalece a cada dia,


principalmente ao se buscar de alternativas para melhorar a qualidade de vida
das pessoas. O avanço nos meios de investigação científica tem permitido
responder a perguntas que outrora ficavam no campo especulativo, sem
possibilidades de verificação, às vezes por deficiência na escolha do método
de investigação. Assim, a interação entre a neurologia e a fisiologia, biologia,
psicologia, psiquiatria, pediatria, aproxima profissionais de diversas áreas em
prol da compreensão dos problemas e do encontro de alternativas de
“qualidade de vida”. A partir de referenciais bibliográficos podemos identificar
aspectos como a utilização da Terapia Comportamental Cognitiva e a obtenção
de melhorias através desta abordagem psicoterápica. Concluindo através disso
que, o uso de medicamentos no Déficit de Atenção deve ser visto como uma
ferramenta a mais na busca de uma melhor qualidade de vida, mas que a
terapia comportamental cognitiva pode proporcionar excelente resultados
desde que aplicada de forma assertiva.

PALAVRAS-CHAVE: Hiperatividade, Déficit de Atenção, Psicoterapia,


Tratamento.

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