Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
FUNDAMENTOS DE BIOMECÂNICA
1
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Sumário
FUNDAMENTOS DE BIOMECÂNICA
1 INTRODUÇÃO 3
3 INDICADORES FISIOLÓGICOS 12
5 INDICADORES SUBJETIVOS 27
6 ARTICULAÇÃO DO OMBRO 29
7 ARTICULAÇÃO DO COTOVELO 37
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
2
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
1. INTRODUÇÃO
2.1 Antropometria
(medida do homem)
3
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
4
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
5
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Ligamentos: Tecido
conjuntivo, une os ossos,
estabiliza a articulação e
impede movimento em
planos indesejáveis,
além de limitar a
amplitude dos
movimentos
considerados normais
(Figura 2).
Figura 2: Vista das estruturas que compõem o
joelho
6
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Bolsa sinovial: Elemento que se interpõe às peças que se articulam, para que
haja o grau desejável de movimento. Nas junturas sinoviais o principal meio de
união é representado pela cápsula articular, espécie de manguito que envolve
a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam.
Figura 3: Principais
planos de secção corporal
7
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
8
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
9
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
10
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
c) Rotação:
movimento em que o
segmento gira em torno de
um eixo longitudinal
(vertical).
Nos membros, existe uma
rotação medial quando a
face anterior do membro
gira em direção ao plano
mediano do corpo, e uma
rotação lateral no
movimento oposto (Figura
9).
Figura 9: Movimentos de rotação da
perna
11
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
3. INDICADORES FISIOLÓGICOS
12
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
13
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
14
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
15
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
16
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
17
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
18
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
19
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
20
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
21
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Postura sentada
Para prevenir acidentes de trabalho, numa atividade em que ao
indivíduo exige-se a postura sentada, deve-se considerar, por exemplo,
que (Figuras 12 e 13):
1) o ângulo entre braço e antebraço deve estar próximo de 90 graus;
22
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
23
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Manuseio de carga
O manuseio de carga compreende os movimentos de levantar,
abaixar, empurrar e puxar, e combina dois fatores de risco para a coluna
vertebral:
a. movimentos da coluna (flexão com ou sem rotação)
b. a carga em si
A coluna vertebral suporta toda a estrutura corporal, além
de direcionar sua movimentação. É constituída de 33 ossos, as
vértebras, sobrepostos um ao outro, e dividida em regiões: cervical
(pescoço), com 7 vértebras; torácica, com 12 vértebras; lombar, com 5;
sacral, também com 5 vértebras mas fundidas num só osso denominado
sacro; região do cóccix, com 4 vértebras, que também estão fundidas
num só osso (Figura 14).
24
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
4.5.1 OWAS
O método OWAS (Ovako Working Posture Analysing
System) é um modelo simples para o registro e análise de posturas
corporais em situação ocupacional. É utilizado para caracterizar a
qualidade e a quantidade de posturas de trabalho, para avaliar sua
carga musculoesquelética, e para estabelecer as razões que geram más
posturas de trabalho. Uma vez que as cargas tenham sido
determinadas, pode-se verificar as necessidades de melhorias no posto
de trabalho.
Para se obter o resultado, deve-se realizar o registro das posturas
do indivíduo e, para isso, o corpo é dividido em segmentos: costas,
membros superiores, e membros inferiores. Existe uma lista de posições
possíveis para cada segmento, sendo representado por um número.
Após a identificação da posição do corpo, pelo número final, há ainda a
classificação quanto à carga manuseada. O resultado é confrontado em
diferentes categorias de ação.
O método OWAS é bastante utilizado para análise de trabalho
pesado, que envolve manuseio de carga. Leva em consideração
grandes articulações, sem muita precisão quanto aos detalhes
25
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
4.5.2 RULA
É um método desenvolvido para identificação de riscos de
disfunções relacionadas a posturas extremas e esforço repetitivo, com
ênfase nos membros superiores. É sensível para registro da postura
sentada, dando boa avaliação de uma situação sedentária.
Trabalha com os segmentos ombros, antebraço, punho, pescoço,
tronco e pernas. Para cada ângulo obtido há um valor correspondente
em um menu, sendo as informações cruzadas em tabelas.
4.5.3 NIOSH
O National Institute for Occupational Safety and Health, nos EUA,
tem desenvolvido modelos para registro de atividades envolvendo
manuseio de peso. Utiliza, para tanto, critérios psico-físicos,
biomecânicos e fisiológicos, sempre levando em consideração as
posturas do indivíduo e sua relação com a carga que transporta.
4.5.4 Modelagens
Ultimamente têm surgido softwares próprios para modelagens
posturais em diferentes atividades. São importantes para modelar
(estimar/calcular) forças internas geradas em diferentes posturas e
situações de esforço físico a que o corpo se submete.
Um programa biomecânico bastante utilizado atualmente é o “3D
Static Strength Prediction Program” desenvolvido pela Universidade de
Michigan. Este programa fornece parâmetros como pressão intra-discal,
porcentagem da população capaz de se submeter ao esforço analisado,
força em diferentes grupos musculares do tronco e dos membros
superiores, torques presentes em diferentes articulações, força de atrito
no chão, força de cisalhamento no platô vertebral. Através de filmagem
faz-se o registro das posturas, analisa-se as angulações e o modelo
26
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
6. INDICADORES SUBJETIVOS
Escala de Borg
6 Nenhum esforço sequer
7
Extremamente leve
8
9 Muito leve
10
27
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
11 Leve
12
13 Um pouco difícil
14
15 Difícil/Pesado
16
18 Muito pesado
18
19 Extremamente pesado
20 Esforço máximo/ Exaustão
28
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
6. ARTICULAÇÃO DO OMBRO
6.1 Ossos
Os ossos que formam o ombro são a escápula (omoplata), localizada
posteriormente; a clavícula, localizada anteriormente, e o úmero, que é o osso
longo do braço.
6.2 Músculos
Vários músculos trabalham em conjunto na tentativa de manter o ombro
estável ou permitir os amplos movimentos das articulações locais. São eles:
- Deltóide - Serrátil anterior
- Supraespinhoso - Bíceps braquial
- Infraespinhoso - Tríceps
- Redondo menor - Trapézio
- Redondo maior - Grande dorsal
- Elevador da escápula - Rombóide maior
- Peitoral maior - Rombóide menor
- Peitoral menor - Subclávio
29
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
6.3 Ligamentos
Os principais ligamentos (Figura 15), que unem as estruturas
ósseas do ombro são:
- ligamento córaco-umeral
- ligamento gleno-umeral
- ligamento coracóide
- ligamento espino-glenoidiano
Outros ligamentos menores, mas não menos importantes são:
- ligamento esternoclavicular
- ligamento interclavicular
- ligamento costoclavicular
6.4 Nervos
Os nervos responsáveis pelas informações sensitivas e motoras do
cinturão escapular são originados dos pares cranianos (ramos nervosos
craniais) e do plexo braquial (raízes nervosas situadas na região do pescoço,
na coluna cervical).
6.5 Irrigação
O principal tronco de irrigação do membro superior é a artéria axilar
(ramo da carótida), que emite ramos conforme vai se dirigindo para as regiões
mais próximas do ombro. Na altura do músculo redondo maior, esta artéria
30
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Articulação subdeltoideana
- É uma articulação no sentido fisiológico (mecanicamente ligada à
articulação gleno-umeral)
Articulação escápulo-torácica
- Também é uma articulação no sentido fisiológico e acompanha as duas
seguintes
Articulação acrômio-clavicular
- Articulação verdadeira, com a clavícula tendendo a se sobrepor ao
acrômio, o que é impedido pelo ligamento coracoclavicular.
31
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Articulação esterno-costo-clavicular
- É uma articulação verdadeira, local de união entre a cintura escapular e
o tronco.
- Neste local há um disco articular, que se fixa na clavícula e na primeira
cartilagem costal. Este disco mais os ligamentos esternoclaviculares,
interclavicular e costoclavicular impedem o deslocamento medial da
clavícula durante um impacto sobre o ombro suficiente para fraturar este
osso.
Movimentos da escápula
- A cintura escapular só tem um ponto articular de contato com o
esqueleto axial, que é a articulação esternoclavicular. Assim, os
deslocamentos da escápula são fundamentais para ampliar os
movimentos do membro superior.
- Os movimentos da escápula são:
• elevação (músculos trapézio, elevador da escápula, rombóides
maior e menor)
• depressão (músculos trapézio, peitoral menor, subclávio, grande
dorsal, peitoral maior)
• protrusão (p/ frente) (músculos serrátil anterior e peitoral maior)
• retração (p/ trás) (músculos trapézio, romboides maior e menor e
grande dorsal)
• rotação superior (músculos trapézio e serrátil anterior)
32
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Movimentos do ombro
Os movimentos realizados na articulação do ombro, acrescidos dos
movimentos da escápula, são movimentos do membro superior como um todo
(ombro, cotovelo e mão). No entanto, quando o membro se torna fixado, os
movimentos do ombro passam a deslocar o tronco.
33
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
34
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
35
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Bursite subacromial
A bolsa subacromial, localizada entre o músculo supraespinhoso e o
acrômio (uma proeminência da escápula) é comumente afetada por
inflamações.
Pode ser causada, principalmente, por movimentos repetitivos com o
braço no nível do ombro ou acima dele, o que provoca acúmulo de líquido na
bursa e a efusão leva à pressão nos tecidos e dor na parte anterior e superior
do ombro. Um outro motivo pode ser a inflamação em um tendão adjacente,
que pode estender-se e incluir a bursa.
Normalmente, além de dor na parte anterior e superior do ombro, a
pessoa sente dor que se inicia quando o braço é movido para cima e para fora
(abdução) e a articulação do ombro é rodada.
36
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Síndrome do pinçamento
Trata-se do pinçamento/aprisionamento dos tecidos moles localizados
entre a cabeça do úmero e o espaço formado pelo acrômio e o ligamento
coracoacromial. Neste limitado espaço, encontram-se os tendões dos músculos
supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular, tendão longo
do bíceps e a bursa. Durante os movimentos repetitivos do braço elevado
acima do plano horizontal, os tendões e a bursa se atritam contra o ligamento
coracoacromial e essa irritação mecânica provoca ou aumenta a inflamação. O
impacto repetitivo causa alargamento das partes moles e leva à reação
inflamatória crônica.
A pessoa sente fortes dores particularmente quando os braços são
movidos para cima e para fora em um ângulo entre 80 e 120o do corpo. Pode
haver também aumento da sensibilidade sobre a parte superior da cabeça do
úmero e a mobilidade é bastante prejudicada.
Também é conhecida como síndrome do ombro do nadador.
7. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
37
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
7.1 Ossos
São três os ossos que participam da articulação do cotovelo: o úmero
(no braço), o rádio e a ulna (respectivamente localizados lateral e medialmente
no antebraço).
7.2 Músculos
Os músculos do cotovelo estão separados em duas porções (anterior e
posterior):
- Bíceps braquial - Ancôneo
- Braquial - Pronador redondo
- Braquioradial - Pronador quadrado*
- Tríceps braquial - Supinador
* Este músculo está localizado no quarto distal do antebraço
Há também músculos que se originam no cotovelo e têm ação no
punho e mão, como os extensores e flexores do carpo.
7.3 Ligamentos
Os ligamentos do cotovelo (Figura 19), que têm como função manter as
superfícies articulares em contato, são:
- ligamento anular (une o rádio à ulna)
- ligamentos colaterais, ulnar e radial (ou medial e lateral)
Há ainda a cápsula articular e uma membrana interóssea (conexão
elástica) que liga a diáfise (porção central dos ossos longos) radial e ulnar.
38
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
7.4 Nervos
Os nervos que atuam no cotovelo são provenientes do plexo braquial,
com destaque para os nervos radial, mediano e ulnar.
7.5 Irrigação
As artérias que irrigam o cotovelo são formadas a partir de ramos da
artéria braquial, destacando-se as artérias ulnar e radial. As veias principais,
seguindo o trajeto das artérias radial e ulnar, são a basílica e a cefálica.
39
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
40
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
41
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Movimentos de prono-supinação
A prono-supinação (Figura 22) é um dos movimentos mais importantes
do membro superior, pois é indispensável ao controle da mão, desempenhando
um papel essencial em todas as ações da mão, particularmente por ocasião do
trabalho.
Esse movimento permite, por exemplo, a utilização de uma chave de
fenda, onde o eixo da ferramenta coincide com o eixo de prono-supinação.
Na posição de supinação, os ossos rádio e ulna estão paralelos. Essa
posição é limitada pela tensão dos ligamentos e da membrana interóssea. Os
músculos supinadores são o bíceps braquial e o supinador. A supinação chega
a 90o.
Na posição de pronação, os ossos rádio e ulna estão cruzados, com o
rádio se sobrepondo à ulna. A limitação, neste caso, ocorre por contato, pelo
fato da membrana interóssea enrolar-se sobre a ulna, também tem a
interposição agora dos músculos flexores. Os músculos pronadores são o
pronador quadrado (principal) e o pronador redondo. O movimento
o
normalmente atinge 90 .
42
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
43
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
44
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
8.1 Ossos
São oito ossos, dispostos em duas fileiras, proximal e distal, que
constituem o carpo: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,
trapezóide, capitato, hamato.
Há o esqueleto da mão propriamente dita, que constitui o metacarpo,
compreendendo 5 ossos numerados de I (polegar) a V (dedo mínimo).
Finalmente, o esqueleto dos dedos, representado pelas falanges. Cada
dedo possui três falanges (proximal, média e distal), com exceção do polegar,
no qual falta a falange média.
Considerando o punho isoladamente, há que se considerar ainda as
porções distais dos ossos rádio e ulna.
8.2 Músculos
Há músculos que movem a mão e músculos que movem os dedos. Há
músculos que podem, ainda, atuar sobre a mão e sobre os dedos, pois seus
tendões de inserção cruzam a articulação do punho.
Músculos da mão/punho
Estes músculos (Figura 23) formam duas massas, medial e lateral, que
limitam a fossa do cotovelo. São os músculos mediais:
- flexor radial do carpo
- flexor ulnar do carpo
- palmar longo
São os músculos laterais:
- extensor radial longo do carpo
- extensor radial curto do carpo
- extensor ulnar do carpo
45
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
46
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
47
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
8.3 Ligamentos
Vários ligamentos mantêm a estabilidade e mobilidade do punho e dos
dedos (Figura 24).
- ligamentos colaterais radial e ulnar do carpo
- ligamentos radiocárpicos palmar e dorsal
- ligamentos interósseos (entre os ossos da fileira proximal e distal do
carpo)
- ligamentos intercárpicos (liga ossos cárpicos vizinhos)
- ligamentos carpom etacárpicos dorsais e palmares
- ligamentos metacárpicos palmares e dorsais
- ligamentos metacárpicos interósseos
- ligamentos metacárpicos transversos profundos
- ligamentos colaterais
8.4 Nervos
Os nervos ulnar, radial e mediano chegam à mão após atravessar todo o
antebraço e emitem ramos para os dedos.
8.5 Irrigação
As artérias radial e ulnar emitem ramos colaterais para os dedos
formando uma rede complexa de arteríolas.
Articulação rádio-cárpica
- É envolvida pela cápsula articular
- Entre a extremidade inferior do rádio e os ossos da fileira superior do
carpo
48
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Articulação médio-cárpica
- Compreende as articulações entre os ossos do carpo
- Dão maior flexibilidade ao carpo e suplementam os movimentos da
articulação radiocárpica
Articulações carpometacárpicas
- Com exceção da articulação carpometacárpica do polegar, as demais
são junturas sinoviais sem movimento isolado, atuando juntamente com
os ossos do carpo
- A articulação carpometacárpica do polegar se faz entre o osso trapézio e
o primeiro metacárpico conferindo bastante mobilidade ao polegar
Articulações metacarpofalangeanas
- Permitem movimentos de flexão e extensão dos dedos, além de
inclinação lateral
Articulações interfalangeanas
- São junturas do tipo dobradiça, possuindo somente um grau de
liberdade
- Lesões nas articulações interfalangeanas proximais causam sérios
prejuízos funcionais para a mão
49
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Movimento de circundução
É a combinação dos movimentos de flexo-extensão com os movimentos
de adução-abdução do punho. Trata-se, dessa forma, de um movimento que se
efetua simultaneamente em relação aos dois eixos da articulação do punho.
50
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
51
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
52
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
53
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
54
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
55
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
56
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
57
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, R.M. & LEVY, M.N. Fisiologia, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
3.ed., 988 pag., 1996.
CIRIELLO, V.M. & SNOOK, S.H. A Study of Size, Distance, Height and
Frequency Effects on Manual Handling Tasks. Human Factors, v.25(5),
p.473-83, 1983.
KAPANDJI, I.A. Fisiologia articular – membro superior. São Paulo: Manole, v.1,
5a.ed., 296p., 1990.
LEITE, P.F. Fisiologia do exercício, São Paulo: Robe, 3.ed., 300 pag., 1993.
58
Programa de Ergonomia da Embraer
Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
WATERS, T. et al. Revised NIOSH equation for the design and evaluation of
manual lifting tasks. Ergonomics, v.36, n.7, p.749-76, 1993.
59