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*510111401*
ano
C. Produto
Geologia
Geologia
Biologia e Geologia
Biologia e
10
ano
10
ano
Geologia
Biologia e
Planeta com Vida BIOLOGIA (Volume 2)
MODELO DIDÁCTICO
Bem-vindo ao Ensino Secundário!
Na nova disciplina de Biologia e Geologia, os conteúdos serão explo-
rados em dois manuais.
Para mais facilmente perceber como poderá tirar partido deste
manual, fazemos agora uma breve apresentação da sua estrutura.
No manual são desenvolvidas cinco unidades, organizadas da seguinte
forma:
10 10
ano
ano
Geologia
Geologia
Biologia e
Biologia e
unidade 3 de energia pelos seres vivos Os conceitos de vida, de ser vivo e de célula encontram-se intimamente relacionados.
Embora os ecossistemas nos mostrem que existe uma grande diversidade de seres vivos,
C
verifica-se uma uniformidade na constituição destes, já que todos são compostos por célu-
las que desempenham um papel primordial na manutenção do equilíbrio do organismo.
Assim sendo, todos os seres vivos têm de obter matéria orgânica com regularidade,
A apresentação dos conteúdos inicia-se com a As células podem recorrer a diferentes processos para transformar a matéria
que chega até elas em energia.
exploração de imagens e uma actividade de diagnóstico. De que forma obtêm estes seres vivos a energia de que necessitam?
que destaca ideias fundamentais para a exploração dos Qual é o processo celular responsável
pela produção destes alimentos?
conteúdos da unidade. G
150 BIOLOGIA A vida e os seres vivos unidade 3 Transformação e utilização de energia pelos seres vivos 151
membrana plasmática plasma Quais são as principais diferenças Nas células procarióticas não existem organitos constituídos por A RETER
membrane
entre células procarióticas e eucarióticas? membranas e o material genético (DNA) encontra-se espalhado numa As células procarióticas não
protoplasma protoplasm região da célula designada como nucleóide (não existe membrana possuem organitos constituídos
ácido desoxirribonucleico por membrana. Nas células
Podemos verificar que todas as células possuem uma membra- nuclear). Nas células eucarióticas existem vários organitos constituí-
deoxyribonucleic acid eucarióticas, o material
Páginas informativas na envolvente — membrana plasmática — que as separa do dos por membranas, criando nestas células diversos compartimentos. genético está no interior
meio externo, um citoplasma constituído por um meio interno O material genético está inserido no interior do núcleo, que tem uma do núcleo e existem organitos
individualizados por membrana.
aquoso — protoplasma —, por organitos onde se realizam várias membrana que o separa do citoplasma envolvente.
funções e a molécula controladora dessas actividades — o ácido Entre as células eucarióticas animais e vegetais existem também
desoxirribonucleico (DNA). algumas diferenças: as células vegetais (adultas e diferenciadas) pos-
Todos os seres vivos que possuem células procarióticas são uni- suem cloroplastos e parede celular, que não existem nas células
celulares. Os seres vivos com células eucarióticas podem ser unice- animais, e têm vacúolos de grandes dimensões, enquanto as célu-
O texto informativo apresenta uma linguagem lulares ou multicelulares. las animais possuem vacúolos pequenos, têm lisossomas, centrío-
los e podem ter flagelos, raramente existentes nas células vegetais.
ACTIVIDADE
SÍNTESE DOS CONSTITUINTES CELULARES E DAS SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES
simples e clara, sem nunca perder o rigor científico. DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS PROCARIÓTICAS E CÉLULAS EUCARIÓTICAS
1. Observe com atenção a figura 13, que mostra as principais diferenças entre os diferentes tipos de células.
Constituintes celulares Descrição/Função
Célula
procariótica
Célula eucariótica
Animal Vegetal
Parede celular
Cápsula
Cromatina
Lisossoma
C1 C2 Cromatina X
RE Rugoso Nucléolo Núcleo genético controlador das funções
Mitocôndria
Membrana nuclear celulares.
Parede celular
Vacúolo
Ribossomas
central
Membrana plasmática
Parede da célula adjacente Limitado pela membrana
Núcleo
2
872546 002-005_Apresentacao 28/2/07 11:40 Page 3
Páginas informativas
• respeitar as regras de
• 4 copos descartáveis. • 2 aipos completos (com folhas).
segurança do laboratório.
Fig. 19 Observação de fenómenos de • Bisturi. • 30 g de açúcar branco.
capilaridade. Quanto mais estreito • Lupa de mão. • Corante vermelho (vermelho neutro).
é o diâmetro do tubo, maior é a altura • Tina de vidro.
atingida pela água. • 2 conta-gotas.
• Papel de filtro.
São os fenómenos de coesão e de adesão que justificam a subida
• Etiquetas.
A RETER de água por capilaridade.
• Colher de sobremesa.
actividades que visam a aplicação dos conhecimentos paredes das células do xilema
que poderão explicar a subida
da seiva xilémica na maior
parte das plantas.
Pela Teoria da Tensão-coesão-adesão (Fig. 20), o movimento da
3 — Coloque 250 mL de água em dois copos.
4 — A um dos copos adicione o açúcar e dissolva-o
completamente, com o auxílio da colher.
água no xilema pode ser explicado da seguinte forma: 5 — Coloque etiquetas nos copos (A e B), de modo
Nota importante: É fundamental que o material utilizado seja descartável e utilizado pela primeira vez, e que
O movimento da água é prolongado
a montagem seja efectuada num local do laboratório afastado de qualquer fonte de possível contaminação e em
através das células do mesófilo, até B
se atingirem as células do xilema. condições de assepsia.
investigação a partir de outras fontes de informação. à adesão destas às paredes 5 — Deixe assim durante três dias, observando
das células xilémicas. e registando diariamente as alterações.
C 6 — No final, faça cortes finos da parte superior
de cada um dos ramos e observe-os à lupa.
As forças de tensão prolongam-se
para as células da raiz, e, Fig. 22 Montagem experimental.
como consequência, ocorre
a absorção radicular. Discussão
1 — A que atribui o sabor da rodela de aipo que provou na Parte 1 desta actividade?
Fig. 20 Movimento de água numa árvore. Fenómeno da transpiração (A); 2 — Discuta a importância das folhas no processo de transporte.
propriedades de coesão e adesão da água (B); absorção de água do solo (C). 3 — Interprete os resultados obtidos, de acordo com as teorias estudadas.
ACTIVIDADES
Conceitos/Palavras-chave Regulação nos seres vivos
Necessários Essenciais Complementares
1. Tendo em conta os conceitos/palavras-chave elabore um mapa de conceitos sobre o tema
• Sinapse • Homeostasia • Endotermia • Potencial «A regulação nervosa e hormonal nos animais».
Palavras-chave e síntese
• Nefrónio • Sistema • Ectotermia de membrana
• Filtração aberto/fechado • Retroalimentação • Potencial de acção 2. Observe a figura, que representa uma sinapse entre dois neurónios, e responda às questões.
• Reabsorção • Neurónio positiva/negativa • Despolarização 2.1 Seleccione o número da imagem que está
• Nervo • Vasodilatação • Repolarização associado a cada um dos constituintes
• Secreção
apresentados.
• Impulso nervoso • Vasoconstrição • Sudorese
A — Dendrite.
• Neurotransmissor • Hormona (ADH) • Tremores
B — Canal de cálcio.
• Termorregulação • Osmorregulação • Piloerecção
C — Neurotransmissor.
8
Na+
Ca++ 1
2
3
4
• Células-flamejantes
G — Membrana pré-sináptica. 9
Actividades
Refira duas vantagens deste processo para o indivíduo.
Síntese de conhecimentos 2.5 Qual é o papel do Ca2⫹ durante a transmissão do impulso nervoso?
• A homeostasia permite que os seres vivos mantenham a composição do meio interno constante. 3. Considere os seguintes dados e responda às questões.
• O sistema nervoso é formado pelo tecido nervoso, constituído pelas células da glia e pelos neurónios, A — A acetilcolina é um neurotransmissor envolvido nas sinapses neuromusculares.
que apresentam as seguintes propriedades: excitabilidade e condutividade. B — O veneno curare impede a acção da acetilcolina sobre as células musculares.
• A propagação do impulso nervoso ao longo do axónio é de natureza electroquímica. C — Determinadas tribos de índios usam veneno curare para embeberem as setas que usam
As actividades iniciam-se com um diagrama de con- • A termorregulação permite manter a temperatura corporal dentro de parâmetros compatíveis com a vida. para caçar.
• Os animais que mantêm a temperatura corporal constante designam-se homeotérmicos, enquanto 3.1 Explicite a acção da acetilcolina sobre as células musculares.
os que sofrem variações de temperatura interna se designam poiquilotérmicos. 3.2 Explique a razão por que alguns animais, quando atingidos pelas setas índias, acabam
• Quando o calor interno de um animal se deve à actividade metabólica, este designa-se por endotérmico, por morrer.
Grau de permeabilidade
mente ao longo do manual.
• Os mecanismos de osmorregulação permitem manter o equilíbrio da água e de solutos no organismo.
da membrana
0
• Os animais osmoconformantes possuem fluidos corporais com concentrações de solutos iguais à A B K+
exploração de fotografias e gráficos, entre outros, rela- • No nefrónio realiza-se a filtração, a reabsorção e a secreção.
• A permeabilidade do rim para a água é controlada pela hormona ADH (hormona antidiurética).
b) potencial de acção;
c) repolarização;
d) despolarização.
cionam diferentes conteúdos da unidade. 228 BIOLOGIA A vida e os seres vivos unidade 3 T r a n s f o r m a ç ã o e uutni li idzaadçeã o4 d eReengeurlga içaã o
p enl o s s e r e s v i v o s 229
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
E quando as proteínas das membranas estão «doentes»? Como é que um ser vivo resiste
As proteínas da membrana desempenham DOC. B — Fibrose cística às suas próprias enzimas digestivas?
um papel fundamental no transporte de subs- As enzimas são proteínas, produzidas pelas DOC. A
CTSA
Os doentes com fibrose cística apresentam
tâncias essenciais para a manutenção da vida células, especializadas em catalisar reacções
alterações nos aparelhos digestivo e respirató- As células gástricas do estômago produ-
da célula e do próprio indivíduo. Por vezes, químicas. Permitem que reacções que levariam
rio, apresentando má absorção de nutrientes, zem pepsinogénio e libertam-no. Em simultâ-
ocorrem malformações a este nível, verificando- muito tempo a ocorrer se desenrolem em curtos
baixo peso e infecções respiratórias frequentes. neo, outras células do estômago segregam ácido
-se situações de doença para os indivíduos que espaços de tempo. São específicas, só actuan-
Nos indivíduos normais, existem nas membra- clorídrico, o que faz baixar o pH do meio. Num
as possuem. Na espécie humana, existem algu- do sobre um determinado substrato ou grupo
nas das células dos epitélios proteínas transpor- meio com pH ácido, o pepsinogénio sofre uma
mas doenças que têm por base alterações de de substratos.
tadoras — canais iónicos do cloro. Nestes indiví- clivagem de 44 a.a. numa das suas porções ter-
algumas proteínas das membranas. Como
duos, os canais iónicos abrem deixando sair C‘⫺, Na digestão, as enzimas desempenham um minais. Deste modo torna-se activo e passa a
exemplo, temos a hipercolesterolemia familiar
nologia, no dia-a-dia, na sociedade e no Ambiente. cias utilizáveis pela célula: não conseguem,
contudo, fazer entrar o colesterol dentro das célu-
las que o metabolizam, nomeadamente nas
Cl-
H2O
Cl-
H2O
referentes a enzimas, concretamente de protea-
ses envolvidas na digestão humana — a pepsina
e a tripsina.
nogénio em tripsina (autocatálise).
Só na forma de tripsina a enzima é capaz
de degradar as proteínas dos alimentos em ami-
noácidos, que o intestino consegue absorver.
células do fígado. O colesterol movimenta-se na
Cl-
corrente sanguínea ligado a uma lipoproteína de H2O PURVES; ORIANS; HELLER; SADAVA —
baixa densidade, a LDL. Quando estas chegam Life — The Science of Biology, 2004 (adaptado)
muco espesso muco fluido
canal iónico
às células do fígado, a LDL, carregando o coles- de cloro A
célula produtora
terol, liga-se a receptores específicos da mem- de ácido clorídrico
ácido
rente dos de uma proteína receptora normal), pepsinogénio centro
activo
perdendo a especificidade para a LDL, o que
pep
a
muco espesso muco muito espesso
posterior acumulação no sangue. B
HCl
Fig. 2 Célula epitelial normal (A) e célula de um
indivíduo com fibrose cística (B). sequência retirada
célula produtora
de enzimas
ACTIVIDADES
A B
Fig. 3 Processo de activação do pepsinogénio em pepsina.
receptor
LDL
de LDL 1. Em que medida os factos descritos nos documentos
A e B justificam a importância da manutenção ACTIVIDADES
da estrutura das proteínas para o bom desempenho
das suas funções?
LDL no sangue 1. Depois de analisados os documentos, indique quais são as estratégias que os seres vivos utilizam para
2. Que mecanismos de transportes de substâncias para preservar as suas células das enzimas por si produzidas.
Fig. 1 Célula de fígado normal (A) e célula de um
a célula são referidos nos documentos A e B?
doente com hipercolesterolemia. 2. Se os seres vivos não tivessem desenvolvido estas estratégias, que consequências poderiam sofrer?
102 BIOLOGIA A vida e os seres vivos u nu indi adda ed e2 1D i sOt rbi tbeuni ç ã o d e
a matéria 103
CIÊNCIA NO DIA-A-DIA
Brilho de lábios Cárie dentária
A tabela que se segue contém duas receitas diferentes para a elaboração caseira de produtos As bactérias que habitam na nossa boca são as causadoras das cáries dentárias. As cáries
de cosmética. começaram a ser um problema desde que a expansão do cultivo da cana-de-açúcar, no século XVIII,
Ciência no dia-a-dia
O bâton é mais duro que o lip gloss, o qual é brando e cremoso. fomentou o consumo de açúcar.
Dentes
Hoje em dia, sabemos muito sobre as
cáries. Por exemplo:
• As bactérias causadoras das cáries
alimentam-se de açúcar. 2
LIP GLOSS BÂTON
• O açúcar transforma-se em ácidos. 1
Ingredientes: Ingredientes: • Os ácidos atacam a superfície dentária. 3
5 g de óleo de rícino 5 g de óleo de rícino • Escovar os dentes contribui para
Situações onde poderá verificar, uma vez mais, que 0,2 g de cera de abelha
0,2 g de cera de palma
1 colher de café de corante
1 g de cera de abelha
1 g de cera de palma
1 colher de café de corante
prevenir a formação de cáries. 1 — Açúcar
2 — Ácido
3 — Minerais do
1 gota de aroma alimentar 1 gota de aroma alimentar 1. esmalte protector
do dente
a Biologia é fundamental no quotidiano (exercícios adap- Instruções: Instruções: Que papel desempenham as bactérias no aparecimento das cáries dentárias?
Aquecer o azeite e as ceras em Aquecer o azeite e as ceras em A — As bactérias produzem esmalte. C — As bactérias produzem minerais.
banho-maria até obter uma mistura banho-maria até obter uma mistura B — As bactérias produzem açúcar. D — As bactérias produzem ácidos.
homogénea. Adicionar o corante homogénea. Adicionar o corante
e o aroma, misturando bem. e o aroma, misturando bem. 2.
tados do PISA — Programa de Avaliação Internacional O gráfico da figura mostra o consumo de açúcar e a quantidade de cáries em diversos países.
Cada país aparece representado no gráfico por um ponto.
Qual das seguintes afirmações está de acordo com os dados do gráfico?
1. A — Nalguns países, as pessoas
de Alunos). Para fabricar os bâtons e os lip gloss, misturam-se azeites e ceras e adiciona-se corante e aroma.
O bâton que se obtém com esta receita é duro e de difícil uso. Que modificações introduziria
escovam os dentes com
mais frequência do que
10
9
Percentagem média de número de cáries
nas proporções dos ingredientes, de modo a obter um bâton mais macio? noutros.
8
por pessoa nos distintos países
Os óleos e as ceras são substâncias que se misturam bem entre si. Contudo, os óleos não se probabilidades de ter 6
misturam com a água e as ceras não são solúveis na água. cáries. 5
O que é provável que aconteça ao verter-se uma grande quantidade de água na mistura do lip C — Nos últimos anos, a taxa
4
gloss, quando esta está a ser aquecida? de cáries aumentou
A — Obtém-se uma mistura mais macia e cremosa. em muitos países. 3
248 BIOLOGIA A vida e os seres vivos unidade 4 Regulação nos seres vivos 249
3
872546 002-005_Apresentacao 28/2/07 11:41 Page 4
ÍNDICE
BIOLOGIA
A vida e os seres vivos
0 1 A biosfera p. 12
0 1 1 Diversidade p. 12
0 1 2 Organização p. 14
0 1 3 Extinção e conservação p. 17
ACTIVIDADES p. 22
0 2 A célula p. 24
0 2 1 Unidade estrutural e funcional p. 24
0 2 2 Constituintes básicos p. 32
ACTIVIDADES p. 49
CTSA p. 52
1 1 Obtenção de energia
pelos seres heterotróficos p. 58
1 1 1 Unicelularidade versus pluricelularidade p. 58
1 1 2 Ingestão, digestão e absorção p. 76
ACTIVIDADES p. 80
1 2 Obtenção de matéria pelos seres
autotróficos p. 84
1 2 1 Fotossíntese p. 84
1 2 2 Quimiossíntese p. 98
ACTIVIDADES p. 100
CTSA p. 102
4
872546 002-005_Apresentacao 28/2/07 11:41 Page 5
ACTIVIDADES p. 128
2 2 O transporte nos animais p. 132
2 2 1 Sistemas de transporte p. 134
2 2 2 Fluidos circulantes p. 143
ACTIVIDADES p. 146
CTSA p. 148
Transformação e utilização
unidade 3 de energia pelos seres vivos p. 148
3 1 Fermentação p. 159
3 2 Respiração aeróbia p. 162
ACTIVIDADES p. 171
3 3 Trocas gasosas em seres
multicelulares p. 174
ACTIVIDADES p. 190
CTSA p. 192
4 1 Regulação nervosa
e hormonal nos animais p. 198
4 1 1 Termorregulação p. 208
4 1 2 Osmorregulação p. 214
ACTIVIDADES p. 229
4 2 Hormonas vegetais p. 232
ACTIVIDADES p. 243
CTSA p. 244
GLOSSÁRIO p. 250
BIBLIOGRAFIA p. 254
5
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Unidade0_P006-023 28/2/07 10:43 Page 7
BIOLOGIA
A vida e os seres vivos
unidade 0
Diversidade na biosfera
0 1 A biosfera 12
0 2 A célula 24
Unidade0_P006-023 28/2/07 10:44 Page 10
B
Será que existem interligações
entre os seres vivos deste
ecossistema?
C D
E F G
INTRODUÇÃO
A Terra é o único planeta, conhecido até à data, onde existe vida. Determinados facto-
res, como uma temperatura amena e a presença de atmosfera e de água no estado líquido,
permitiram que a vida surgisse no nosso planeta e que aqui se tivesse fixado e espalhado
por toda a sua superfície.
Podemos encontrar seres vivos não só na zona superficial da Terra, mas também nas
zonas mais profundas dos oceanos, a cerca de 11 km de profundidade, nos locais corres-
pondentes às fossas abissais, e ainda na atmosfera, até aproximadamente 10 km de altitude.
A B C
D E
Fig. 1 Exemplos de ecossistemas terrestres: recife de coral (A); deserto (B); floresta (C); Antárctida (D); savana (E).
0 1 1 Diversidade
CURIOSIDADE ACTIVIDADE
Sabia que cerca de 80 % das espé-
cies registadas no Reino Animal VIDA NA TERRA
são de insectos? Os escaravelhos
1. Analise as imagens da página anterior e responda às questões
representam cerca de 350 mil es-
pécies e as borboletas e traças cer- seguintes.
ca de 150 mil. 1.1 Em qual(quais) dos locais representados existe:
a) menor diversidade de seres vivos?
b) maior diversidade de seres vivos?
1.2 Que causas podem explicar a heterogeneidade da
distribuição dos seres vivos na Terra?
1.3 Comente a seguinte afirmação: «Mesmo em ambientes
muito inóspitos, haverá sempre seres vivos capazes
de neles habitarem.»
ACTIVIDADE
A B C D E F
REINOS
Archaea Eukarya
(procariontes) (eucariontes)
Bactéria
(procariontes) DOMÍNIOS
CURIOSIDADE
A Península Ibérica é um local pri-
Organismos vilegiado em biodiversidade: além
ancestrais
das espécies endémicas, habitam
Fig. 3 Árvore da vida, elaborada segundo o sistema de classificação que divide os seres aqui cerca de 40 % das espécies
vivos em três Domínios. presentes no continente europeu.
0 1 2 Organização
A B C
E D
F G H
L J I
Fig. 4 Possível organização no mundo vivo. Os átomos e as moléculas combinam-se para dar origem às células — estas são
os sistemas vivos mais simples.
1.1 Atribua a cada um dos termos e respectivos significados sistema de órgãos organ system
uma das letras da figura 4. comunidade community
cadeia alimentar food chain Das relações bióticas fazem parte as relações alimentares (Fig. 5),
produtor primary producer que interligam todos os seres do ecossistema, através de complica-
macroconsumidor consumer das teias alimentares, onde se podem isolar várias cadeias alimen-
microconsumidor decomposer tares.
Numa cadeia alimentar, os seres vivos desempenham um de
três papéis:
• Produtores, seres autotróficos, capazes de produzir alimento,
sintetizando matéria orgânica a partir da matéria inorgânica.
São exemplo de seres produtores as plantas, as algas e algu-
mas bactérias;
• Macroconsumidores, seres heterotróficos, que sendo inca-
pazes de sintetizar matéria orgânica, têm de se alimentar de
matéria já elaborada, consumindo directamente os produto-
res (herbívoros) ou outros macroconsumidores (carnívoros).
São exemplo de macroconsumidores os animais e os proto-
zoários;
• Microconsumidores, vulgarmente designados por decom-
positores, conseguem transformar matéria orgânica em maté-
ria inorgânica, devolvendo ao meio substâncias minerais,
essenciais para que os produtores renovem as cadeias ali-
mentares. São exemplo de microconsumidores a maioria das
bactérias e os fungos.
Cada população representa um elo de uma cadeia alimentar. As
alterações numéricas numa determinada população reflectem-se
nos restantes elos da cadeia alimentar, provocando desequilíbrio nos
ecossistemas.
CURIOSIDADE
Todas as espécies são interdepen-
dentes — a perda de uma espécie
C
pode ter consequências inimagi-
náveis sobre os outros membros
da comunidade; é o caso da ave
dodó, extinta no séc. XVIII, que se
alimentava de sementes de uma
árvore, a calvária, actualmente tam-
bém em risco de desaparecer.
A semente desta árvore só conse-
guia germinar depois de o dodó se
alimentar do seu fruto e de «gas- Fig. 5 Relações alimentares entre seres vivos do mesmo ecossistema. Os produtores (A)
tar» a casca grossa da semente. fabricam matéria orgânica por meio de processos de fotossíntese. Esta matéria
Hoje existem apenas treze exem- é, depois, transferida para os macroconsumidores (B). Os microconsumidores (C)
plares da árvore calvária. transformam matéria orgânica dos animais mortos e dos restos de plantas
em matéria inorgânica, que fica de novo disponível para os produtores.
0 1 3 Conservação e extinção
ACTIVIDADE
Extin Extin
Extin
em m ção em m ção
em m ção assa Extin assa
assa
700 em m ção
500
400
300
Trilobites 200
Dinossauros
Amonites
Peixes
Mamíferos
Corais
Crinóides
Fig. 6 História da vida na Terra — extinções em massa.
1.1 Identifique os seres vivos que tenham sido vítimas de extinções em massa.
1.2 Enumere algumas causas que, na sua opinião, poderão ter contribuído para a extinção destes seres
vivos.
1.3 Leia com atenção a frase seguinte: «Actualmente, a extinção das espécies é um tema preocupante
para a comunidade científica.»
1.3.1 Qual é a diferença significativa entre as extinções actuais e as do passado?
1.3.2 Refira algumas consequências da extinção das espécies para a Humanidade.
PESQUISAR E DIVULGAR
De que modo poderá o Homem contribuir
para a conservação das espécies actuais? Investigue as espécies nacionais
que se extinguiram ou que
se encontram ameaçadas
Estando o Homem consciente das graves consequências resul- de extinção. Determine os
tantes da extinção das espécies, deverá actuar no sentido da conser- comportamentos humanos que
vação da biodiversidade. Esta acção poderá ser concretizada: estiveram na base do problema.
SAÍDA DE CAMPO
DIVERSIDADE
A
Objectivos
• Reconhecer a diversidade de seres vivos existentes nos ambientes
estudados.
• Relacionar os seres vivos com os factores abióticos dos ambientes
em estudo.
• Recolher fotografias e/ou exemplares vivos nos ambientes em estudo.
• Identificar os seres vivos observados.
Ammophila arenaria — estorno.
• Sensibilizar para a conservação da Natureza.
Material
C
• Máquina fotográfica.
• Caderno de apontamentos.
• Lápis.
• Lupa de mão.
• Binóculos.
Tarefas a realizar
Pedipaper fotográfico — as espécies vegetais das dunas.
1 — Esquematize numa folha A4 um corte transversal das dunas,
identificando: duna primária, duna secundária e depressão
entre dunas (consulte o seu professor ou bibliografia adequada).
2 — Observe, com atenção, a vegetação das dunas. Fotografe
as diferentes espécies.
3 — Identifique as espécies encontradas.
4 — Observe os animais das dunas (sobre as plantas e sobre a areia)
e os seus vestígios (pegadas, excrementos, penas, pêlos).
Fotografe as diferentes espécies.
D E F G
H I J
Trabalho final
Organize as fotografias e elabore um póster ou exposição, pedindo a colaboração do seu professor
de TIC. Divulgue-o à comunidade escolar.
Material
• Máquina fotográfica.
• Caderno de apontamentos.
• Lápis.
• Lupa de mão.
• Binóculos.
• Frascos de vidro.
• Sensores para determinação da temperatura, pH, luminosidade e oxigénio dissolvido.
Tarefas a realizar
1 — Seleccione, em pontos distintos, as estações de amostragem que o seu professor considerar
suficientes.
2 — Caracterize, de forma global, cada estação.
3 — Determine os valores dos factores abióticos, em cada estação de amostragem, com o auxílio
dos sensores.
4 — Recolha água e plantas aquáticas com o objectivo de as deixar posteriormente em infusão.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• A Terra é um planeta com vida. A biosfera designa todos os seres vivos da Terra, todos
os locais por eles habitados e as inter-relações que se estabelecem entre os seres vivos
e entre estes e o meio.
• Os seres vivos são muito distintos uns dos outros, existindo grande biodiversidade.
• A célula é o sistema biológico mais simples, e resulta da organização de diferentes
átomos e moléculas.
• Os sistemas biológicos estão organizados em unidades ordenadas. Da mais simples
para a mais complexa: célula, tecido, órgão, sistema de órgãos, organismo, população,
comunidade, ecossistema e biosfera.
• Os seres vivos estabelecem relações com o meio — relações abióticas — e entre si —
relações bióticas. As relações alimentares são exemplo de relações bióticas.
• Numa cadeia alimentar existem:
— produtores;
— macroconsumidores;
— microconsumidores.
• A extinção das espécies tem vindo a aumentar e é cada vez mais da responsabilidade
do Homem.
• A conservação das espécies é a única forma de preservar a biodiversidade.
ACTIVIDADES
Diversidade na biosfera
1. Complete o mapa de conceitos relativos aos conteúdos desta subunidade.
BIOSFERA
Organizada
Diversidade A
hierarquicamente
em pelo que
é necessário
B Conservação
constituídos por
estabelecem
C Comunidades dentro de si
Relações bióticas
exemplo constituídas por exemplo
Humidade D E
G
Organismos Cadeias
alimentares
constituídos por
Solo de onde fazem
H parte
constituídos por
I J Macroconsumidores L
M Plantas N O
constituídos por
constituídas por
constituídas por
Átomos
2. De entre as opções que se seguem, escolha a que representa um termo que englobe todos os outros.
A — Ecossistema. B — População. C — Comunidade. D — Célula.
3. Seleccione a opção que representa um termo que faça parte integrante de todos os outros.
A — Célula. B — Ecossistema. C — População. D — Indivíduo.
4. Sequencie as unidades de organização hierárquica dos seres vivos, da mais simples à mais complexa.
A — Ecossistema. B — População. C — Comunidade. D — Átomo. E — Célula.
5. Dos termos que se seguem, seleccione aquele que, além de contemplar uma componente viva,
integra também uma componente não-viva.
A — Espécie. B — Ecossistema. C — População. D — Molécula.
6. Seleccione a opção que permite preencher os espaços, de modo a obter uma afirmação correcta.
«Todos os seres vivos são constituídos por mas nem todos apresentam .»
A — moléculas […] células C — populações […] células
B — células […] órgãos D — células […] moléculas
8. Classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes, que se referem
a uma população.
A — Os seres vivos da mesma população partilham o mesmo espaço.
B — Os seres vivos da população pertencem a espécies diferentes.
C — Os seres vivos da mesma população não podem reproduzir-se entre si.
D — A unidade hierárquica imediatamente superior à população é o ecossistema.
E — Uma população pode ser constituída por seres unicelulares da mesma espécie.
11. Enumere dois comportamentos que a Humanidade pode adoptar no sentido da conservação
das espécies.
0 2 A célula
PESQUISAR E DIVULGAR A unidade estrutural e funcional dos seres vivos designa-se célu-
la. A maioria não é visível à vista desarmada. No entanto, algumas
Investigue e construa um friso
cronológico com a sequência
células têm dimensões suficientemente grandes para poderem ser
dos factos que mais observadas sem recurso a qualquer instrumento de observação. Por
contribuíram para a evolução exemplo, a célula-ovo de galinha, com vários centímetros de diâme-
do conceito de célula, bem tro, permite ser observada à vista desarmada.
como para a descoberta
Foi a evolução dos instrumentos de observação, a partir do
da sua constituição
e funcionamento.
final do século XVII, que permitiu que se conseguisse visualizar a
maioria das células, que são de dimensões muito reduzidas.
Sugestão de alguns sites:
Os primeiros microscópios eram aparelhos que não permitiam
• www.cienciaviva.pt
visualizar os objectos com nitidez e precisão, pois os contornos das
• www.invivo.fiocruz.br/celula/
historia imagens ficavam bastante deformados; ao longo do tempo, tem-se
construído microscópios com imagens cada vez mais nítidas e mais
pormenorizadas, permitindo inclusive, com o uso do microscópio
electrónico (ME), a visualização da ultra-estrutura das células —
particularidades estruturais de todos os componentes. O ME tem
um poder de resolução (capacidade de observar com nitidez dois
pontos que se encontram muito próximos) bastante maior do que
o microscópio óptico composto (MOC) (Fig. 8).
A B
CURIOSIDADE
O microscópio confocal laser (MCL)
é uma nova arma para estudar
doenças como o cancro. A sua
principal vantagem, relativamente
aos outros microscópios, consiste
na visualização de estruturas de
forma virtual, não sendo necessá-
rio cortar o material em lâminas
finas evitando a alteração de estru- C
turas. Esta nova tecnologia usa anti-
corpos ligados a moléculas fluores-
centes que aderem às proteínas das
estruturas em estudo.
Células observadas ao MCL Fig. 8 Imagens ao microscópio. Células de batata evidenciando amiloplastos através
evidenciando o citoesqueleto celular. do microscópio óptico composto (A); Grão de pólen visto ao microscópio electrónico
de varrimento (B); Células em divisão vistas ao microscópio confocal laser (C).
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Conceitos Resultados
Procedimento
Parte 1
1 — Recorte a letra G de um jornal e monte o recorte entre a lâmina e a lamela com água.
2 — Observe a preparação na objectiva de menor ampliação.
3 — Desenhe a letra tal como a observa na preparação e tal como a observa ao microscópio.
4 — Desloque a preparação, na platina, para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda,
anotando as observações.
5 — Observe a mesma preparação com a objectiva de ampliação imediatamente superior
e desenhe a observação.
6 — Seleccione a objectiva de maior ampliação, observe e esquematize os resultados.
Parte 2
1 — Numa lâmina, coloque uma gota de água, de seguida sobreponha em cruz dois fragmentos
de linhas de cores contrastantes e, por fim, coloque uma lamela sobre a preparação.
2 — Observe esta preparação ao microscópio, tentando focar em simultâneo as duas linhas,
no seu ponto de cruzamento. Registe o que observa.
3 — Observe a mesma preparação com a objectiva de ampliação imediatamente superior.
Registe o que observa.
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
Parte 1
1 — Retire, com a ajuda de uma pinça, um fragmento da epiderme da parte côncava de uma escama
do bolbo da cebola.
2 — Coloque o fragmento num vidro de relógio onde, previamente, colocou umas gotas de solução
de Ringer.
3 — Com a ajuda de uma tesoura, corte o fragmento da epiderme da cebola em três segmentos.
4 — Faça uma preparação para observação microscópica com cada um dos fragmentos, utilizando
como meio de montagem:
A — solução de Ringer;
B — solução de azul-de-metileno;
C — solução de vermelho neutro.
5 — Observe cada uma das preparações em ampliações de valor crescente.
6 — Seleccione a objectiva de 40x e elabore esquemas legendados das várias preparações.
A B C
Fig. 9 Epiderme da cebola, em solução de Ringer (A); em solução de Ringer corada com vermelho neutro (B)
e com azul-de-metileno (C).
Parte 2
1 — Com a ajuda de um palito, raspe a parte interna da cavidade bucal.
2 — Faça uma preparação microscópica com este material, utilizando soro fisiológico como meio
de montagem.
3 — Observe ao MOC nas objectivas de várias ampliações.
4 — Seleccione a objectiva de 40x e elabore um esquema legendado da sua observação.
5 — Na preparação anteriormente elaborada, coloque duas gotas de azul-de-metileno num dos lados
da lamela e arraste o corante, colocando no lado oposto da lamela uma tira de papel de filtro.
A B
Fig. 10 Epitélio bucal em soro fisiológico (A) e em soro fisiológico corado com azul-de-metileno (B).
Nota: Não se esqueça do facto de que as células, apesar de serem pequenas e finas, possuírem três dimensões, pelo
que deve fazer observações dos vários planos das células, utilizando, para tal, pequenos movimentos do parafuso
micrométrico.
Discussão
1 — Compare a forma das células da epiderme da cebola com as do epitélio bucal, tentando encontrar
uma justificação para as diferenças observadas.
2 — Compare as observações efectuadas em ambos os materiais biológicos na ausência e na presença
de corantes.
3 — Identifique as estruturas evidenciadas aquando da utilização de cada um dos corantes.
4 — Compare as células vegetais e animais observadas, apontando os aspectos comuns e os aspectos
divergentes.
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Discussão
1 — Compare os seres vivos encontrados e as densidades das suas populações entre a superfície
e o fundo da infusão.
2 — Compare novamente os seres vivos encontrados e as densidades das suas populações ao fim
de alguns dias.
3 — Tente explicar a razão por que utilizou água do riacho e não água da rede pública na preparação
da infusão.
A B
ACTIVIDADE
1. Observe com atenção a figura 13, que mostra as principais diferenças entre os diferentes tipos de células.
Cápsula
Pili
Flagelo
Cromatina
B1 B2 Retículo RE Liso
Nucléolo Núcleo
endoplasmático RE Rugoso
Membrana nuclear
Mitocôndria
Centrossoma
(2 centríolos) Ribossoma
Lisossoma
Complexo de Golgi
Microvilosidades
Membrana plasmática
RE Liso
C1 C2 Cromatina
RE Rugoso Nucléolo Núcleo
Mitocôndria
Membrana nuclear
Parede celular
Vacúolo
Ribossomas
central
Membrana plasmática
Parede da célula adjacente
Cloroplasto Tonoplasto Complexo de Golgi
Fig. 13 Diferentes tipos de células (não se encontram representadas à escala). Microfotografia ao microscópio electrónico
(ME) de Escherichia coli a dividir-se (A1), e esquema de uma bactéria (A2); microfotografia de uma célula animal
ao MOC (B1) e esquema (B2); microfotografia ao MOC de uma célula vegetal (C1) e esquema (C2).
(degradação/destruição)
X
de nutrientes, organitos
envelhecidos e bactérias.
OXIGÉNIO 65 %
Fig. 16 As ligações entre as moléculas de água nos estados gasoso, líquido e sólido.
CURIOSIDADE A água não é uma molécula exclusiva dos seres vivos; no entan-
Certos órgãos das plantas pos- to, outras moléculas encontram-se exclusivamente nestes — as bio-
suem também elevadas percenta- moléculas.
gens de água: a batata, caule sub-
terrâneo, possui cerca de 80 %, e
O carbono, elemento químico predominante nestas moléculas,
o tomate, fruto, pode chegar aos apresenta uma característica invulgar: consegue formar um elevado
95 %. número de compostos, devido ao facto de estabelecer quatro liga-
ções estáveis e ainda de conseguir formar cadeias de comprimento
muito variável.
Estes compostos orgânicos oferecem uma variedade impressio-
nante aos seres vivos e possuem uma estrutura onde predomina
um «esqueleto» de carbono.
100
85
Fracção do peso total da célula (%)
80
65
60
40
25
20
10 10
5 5
2 1 0,5
0
Água Proteínas Lípidos Polissacáridos Ácidos
nucleicos
Compostos
ACTIVIDADE
CARACTERÍSTICAS ÁTOMOS
DAS BIOMOLÉCULAS
A Carbono B Hidrogénio
• Moléculas de grandes dimensões.
Combinam-se
e formam
MONÓMEROS
POLÍMEROS
Combinam-se N
e constituem
os organitos
da célula.
Glúcidos
Os glúcidos são biomoléculas que, por hidrólise, resultam em
monómeros — oses ou monossacáridos.
Possuem uma fórmula geral Cn(H2O)n sendo, por isso, designa-
dos também por hidratos de carbono, em que o valor de n pode
variar de 3 a 7, sendo mais comuns na célula os glúcidos com cinco
carbonos — pentoses — e os que apresentam seis carbonos —
hexoses.
A glucose (ou glicose) e a frutose (duas hexoses), assim como a
ribose e a desoxirribose (pentoses, constituintes dos ácidos nuclei- A RETER
cos), são muito vulgares nas células (Fig. 19). A glucose, a frutose (hexoses),
Os monossacáridos podem ligar-se uns aos outros por ligações a ribose e a desoxirribose
(pentoses) são os monossacáridos
químicas — ligações glicosídicas —, formando moléculas de maio- mais comuns nas células.
res dimensões e complexidade, com funções bem determinadas.
A sacarose é um exemplo de um dissacárido resultante da liga-
ção entre uma molécula de glucose e outra de frutose (Fig. 20).
Outros glúcidos, importantes para as células, são os polissacári-
dos, formados por um número de monómeros bastante mais elevado.
CH2OH
C O CH2OH O
H H H H
O OH
C C C C C
HO OH H OH OH H H OH CH2OH
C C C C
Glucose H OH Frutose OH H R
CH2OH O CH2OH O
H H H
C C C C C
OH H H H OH OH H H H OH
C C C C
Ribose OH OH Desoxirribose OH H
Fig. 19 Alguns dos monossacáridos mais abundantes nas células.
CH2OH
C O CH2OH O
H H H H
C C C C
HO OH H O H HO CH2OH
C C C C
H
Sacarose H OH OH H
Fig. 20 As ligações glicosídicas permitem a união entre monossacáridos. Quando
se juntam apenas dois monossacáridos, forma-se um dissacárido.
Celulose
Fig. 21 A quitina é um glúcido complexo (polissacárido) com função estrutural presente no exosqueleto dos insectos (A). A celulose (B)
constitui as paredes celulares das células vegetais.
A B
Amido
Glicogénio
Fig. 22 Os polissacáridos encontram-se armazenados em tecidos animais, como os músculos (sob a forma de glicogénio,
com funções de reserva) (A), e também nas células vegetais (sob a forma de amido) (B).
Os lípidos
Os lípidos mais abundantes nas células são formados pela com-
binação de ácidos gordos com uma molécula de álcool — glicerol.
Esta associação de moléculas é mantida por ligações éster (Fig. 23).
Caracterizam-se por, geralmente, serem insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos como o éter ou o clorofórmio.
Na sua constituição podem entrar apenas átomos de carbono,
hidrogénio e oxigénio — lípidos simples — ou, ainda, o azoto,
o enxofre ou o fósforo — lípidos complexos.
R CO OH + H OR’
Ácido
cido gordo Álcool
lcool
R CO O R’
Ligação éster
H2O
Fig. 23 Formação de um lípido. O radical R representa os restantes átomos das
moléculas, sendo R o do ácido gordo e R´ o do glicerol.
A
Glicerol Ligação éster
H O H H H H H H H H H H H H H H H
Glicerol
H C OH Ligação
C C Céster
C C C C C C C C C C C C C H
H
HOH HOO H
C H H
H H
H H
H H
H H
H HH H H H
H HH H
H H
H H
H H
H H
H
HOH C C C C C C C CÁcido
C Cgordo
cido C C C C C C C H
HOH C
HOH HO H
C H H H H H H H H H H H H H H
H
C OH O
H H Ácido gordo
B Ácido palmítico (saturado)
H H
C O OO
H
H C O O Ácido
Á esteárico (saturado)
cido palmítico
H C O O
H C O Ácido
cido oleico
Ácido (insaturado)
esteárico (saturado)
H C O O
H
HGlicerol
C O Ácido
cido oleico (insaturado)
3 H2O
H
Glicerol 3 H2O
Fig. 24 Glicérido. Uma molécula de glicerol liga-se através de uma ligação éster (A)
a três moléculas de ácidos gordos (B).
A H O H H H H H H H H H H H H H H H H H
H C O C C C C C C C C C C C C C C C C C C H
H H H H H H H H H H H H H H H H H
O H H H H H H H H H H H H H H H H H
O H C O C C C C C C C C C C C C C C C C C C H
R O P O C H H H H H H H H H H H H H H H H H H
O H
2 ácidos
cidos gordos
Radical Grupo Glicerol
B fosfato
A RETER
Proteínas
Estas moléculas, muito abundantes nas células, apresentam
uma grande variedade de estruturas. Desempenham diferentes
funções: estruturais (constituintes das membranas celulares), de
transporte de substâncias, enzimáticas, de mobilidade e defesa do
organismo (imunidade), entre outras.
PROTEÍNA
FUNÇÃO
(exemplos)
Insulina Hormona
Hemoglobina Transporte de oxigénio
Pressão osmótica
Albumina (plasma)
Transporte: iões, fármacos
Lisozima Enzima
O OH
Grupo carboxilo
C
H
Grupo amina
N C H
H
C H
Radical
H OH
Fig. 26 Fórmula estrutural de um aminoácido (serina). Fig. 27 Representação espacial da serina.
Um átomo de carbono em posição central, ao qual se ligam:
um hidrogénio, um grupo amina, um grupo carboxilo
e um radical que varia de aminoácido para aminoácido.
H R1 H R2
H N C C OH + H N C C OH
H O H O
Aminoácido 1 Aminoácido 2
ACTIVIDADE
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
H C H H C O H H C H H C H H C H
O H H C H C O H C H
H O H C O
O H O H
Fig. 29 Fórmulas estruturais planas dos 20 aminoácidos que podem ser encontrados na constituição das proteínas.
O R
C C
H H N H
C Estrutura primária
H O
N C
R C
C R C H
O N
H O H C
N H N
R
H H C R C
O
O Folha pregueada
C
R N H
C C N
H
R C
C HO
C N H R
H
C
H O C H
O N
Hélice O H C
H N R
O
C C
R
H H
H O
Estrutura terciária
C
N C H
R
Estrutura quaternária
Estrutura secundária
DIVERSIDADE DE PROTEÍNAS
n
Fe l
Va p
As u
Gl s
i
i H u
Gl Le
Iso l s
Va Ci
u r
Gl u i e
Gl s Gl S His
Ci Le
u
Ci
s
a l Glu a
V Al
a
Al r l u
Le u
Se Va
si Le
C Tir Va
l
r
Se u Tir Ci
s
Le
lu il Glu
G G g
u p Ar li
Le u As G n
Gl Cadeia B
r Fe n
Ti Fe r
s
Ci p Ti
e
As Tr o
Pr s
CURIOSIDADE Li
a
Cadeia A Al
O facto de se possuir cabelo liso
ou ondulado depende da estrutu-
ra de uma proteína. As várias mo-
Fig. 30 As duas cadeias da proteína insulina.
léculas de queratina (proteína do
cabelo) estabelecem ligações pro- 1.1 O que permite afirmar que as duas cadeias de insulina são
teicas diversas que originam for- diferentes?
mas diferentes de cabelos.
Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos são responsáveis pela transmissão das
características de uma célula para outra, sempre que ocorre divisão
celular. No entanto, são também estas moléculas as principais res-
ponsáveis pela gestão de todas as actividades celulares.
A RETER
CONSTITUINTES
DNA RNA
DOS NUCLEÓTIDOS
Ácido fosfórico Ácido fosfórico Ácido fosfórico
Glúcido (pentose) Desoxirribose Ribose
Uma das quatro bases: Uma das quatro bases:
Bases azotadas adenina, timina, citosina, adenina, uracilo,
guanina citosina, guanina
BASE P BASE
BASE + = + P =
Ribose ou Nucleótido
desoxirribose
NH 2 O O
C H3C C C
HC N C NH HC NH
HC C HC C HC C
O O O
N N N
Citosina (C) H Timina (T) H Uracilo (U) H
NH2 O
C C
N N
C N C NH
HC HC
C CH C C
N N NH 2
N N
Adenina (A) H Guanina (G) H
Fig. 31 Um nucleótido é sempre constituído por uma molécula de ácido fosfórico ligada
a uma pentose e esta, por sua vez, ligada a uma base azotada.
O
A B
HN
OH O T
NH
P
N
O
A
O O
HN
P O
P
G NH N C
NH O
O
P
O
O NH
P
A N HN T
O
NH O
P O C O
N P
HN
G
O
HN
P O
OH
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Prepare previamente a banana, triturando-a num almofariz.
2 — Para cada um dos alimentos (leite, macerado de banana e azeite), proceda do seguinte modo:
B — Teste do lugol
1 — Coloque num tubo de ensaio 2 mL de alimento (no caso da banana, use uma pequena
porção).
2 — Adicione 2 gotas de soluto de lugol.
3 — Registe os resultados.
C — Teste do biureto
1 — Coloque num tubo de ensaio 2 mL de alimento (no caso da banana, use uma pequena porção).
2 — Adicione 2 mL de hidróxido de sódio e agite.
3 — Adicione 3 gotas de sulfato de cobre.
4 — Agite os tubos e coloque-os em repouso.
5 — Registe os resultados.
Discussão
1 — Interprete os resultados obtidos em A, B, C e D.
2 — Compare as composições relativas, em nutrientes, dos diferentes alimentos pesquisados.
IDENTIFICAÇÃO DE BIOMOLÉCULAS
O licor de Fehling tem na sua constituição sulfato de cobre, que,
no estado oxidado, confere a cor azul à solução. Quando reduzido,
o cobre separa-se e precipita sob a forma de iões Cu+, formando-se
um precipitado cor de tijolo. A maior parte dos glúcidos simples tem
capacidades redutoras (isto é, facilidade em perder electrões).
Na presença de açúcares redutores, o licor de Fehling altera a sua cor
azul, formando-se o precipitado cor de tijolo.
O soluto de lugol é uma substância acastanhada que, na presença
de amido, cora de azul-escuro. O lugol pode ser substituído por água
iodada, verificando-se os mesmos resultados.
No teste do biureto, o sulfato de cobre, em solução alcalina,
na presença de substâncias com ligações peptídicas, leva à formação
de flocos azuis de hidróxido de sódio, que precipitam, formando-se
de seguida um anel violeta.
O sudão III é uma substância corada, de natureza apolar. Possui grande
afinidade com os lípidos, ligando-se a eles. Por este facto, os lípidos
ficam marcados com a sua cor, que persiste mesmo após lavagem com
água. O sudão III cora os lípidos de vermelho.
Conceitos/Palavras-chave
Essenciais
Síntese de conhecimentos
• São células mais • São células mais • Não possuem parede • Possuem parede
simples e de menores complexas e de celular. celular.
dimensões. maiores dimensões. • Possuem vacúolos de • Geralmente possuem
• Não possuem • Possuem núcleo pequenas dimensões. vacúolos de grandes
membrana nuclear. individualizado por • Possuem lisossomas. dimensões.
• Não possuem uma membrana • Possuem centríolos. • Geralmente possuem
organitos constituídos nuclear. cloroplastos.
por membranas. • Possuem organitos
constituídos por
membranas.
ACTIVIDADES
A célula
1. Complete o mapa de conceitos relativos aos conteúdos desta subunidade.
podem ser
Procarióticas Eucarióticas
possuem
existem em possuem
Bactérias Parede B C D
celular
Arqueobactérias onde existe pode ser
Membrana revestida
plasmática
Parede celular
Nucleóide
(DNA) Membrana
DNA
nuclear
Ribossomas
Protoplasma
Organitos
(meio aquoso)
podem ser
Retículo
endoplasmático
Complexo
de Golgi
Ribossomas
Centríolos
só existem
Cloroplastos
só existem
Nas células
H
ACTIVIDADES
ACTIVIDADES
A
3. Observe a figura, que diz respeito a dois tipos
de células, e responda às questões. 11
3
3.1 Faça a legenda da figura.
3.2 Justifique a seguinte afirmação:
5
«As células representadas são células 9
B
eucarióticas.» 1
7
3.3 Faça corresponder as letras A e B
da figura ao tipo de célula:
11
a) célula vegetal; 8
2 4
b) célula animal.
6
10
7
9
COLUNA A COLUNA B
1 — Mitocôndria K — Síntese proteica
2 — Cloroplasto X — Regula a entrada de substâncias na célula
3 — Retículo endoplasmático rugoso Y — Realiza fotossíntese
4 — Lisossomas W — Realiza respiração celular
5 — Membrana plasmática Z — Realiza digestão de substâncias
organizados em
Substâncias
Biomoléculas
inorgânicas
Glúcidos
organizados em como sejam
A
Polímeros como
Proteínas Água B
que são
agregados de C
que se associam
para formar
Nucleótidos
D
E ex.s
Ácidos gordos e glicerol
7. As frases que se seguem dizem respeito à molécula de água. Seleccione a opção incorrecta.
A molécula de água…
A — … é um bom solvente.
B — … apresenta polaridade.
C — … ajuda a regular a temperatura dos seres vivos.
D — … forma o meio ideal para as reacções químicas mas nunca intervém nelas.
E — … é um importante transportador de substâncias entre as células e o meio extracelular.
I. Os ácidos nucleicos são polímeros de ribose e desoxirribose com funções de controlo da célula.
II. O DNA e o RNA apenas diferem no glúcido que os constitui.
III. Em cada nucleótido ocorre apenas uma base azotada.
Chave:
A — As afirmações são todas falsas.
B — As afirmações II e III são verdadeiras; a I é falsa.
C — As afirmações I e III são verdadeiras; a II é falsa.
D — As afirmações I e II são falsas; a III é verdadeira.
B Fornecimento de energia.
CHAVE
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
Qualquer pessoa na minha profissão sentiria o pois tem de ser primeiro divulgado na comunida-
mesmo.» Afirmou ainda que a raia já possui um de científica.
nome científico, que não pode ser já revelado, http://tsf.sapo.pt/online/ciência/interior.asp?id_artigo=TSF174708
(adaptado)
ACTIVIDADES
1. Como explica, que ainda nos dias de hoje, se estejam a descobrir novas espécies?
2. Numa altura em que a comunidade científica se debate com o problema da extinção das espécies,
qual é a importância da descoberta desta investigadora?
3. Sempre que uma espécie é descoberta, antes de ser apresentada à sociedade tem de ser previamente
divulgada na comunidade científica. Qual lhe parece ser a justificação para este procedimento?
unidade 1
Obtenção de matéria
1 1 Obtenção de matéria
pelos seres heterotróficos 58
1 2 Obtenção de matéria
pelos seres autotróficos 84
unidade
A
1 B
Obtenção de matéria
C D
INTRODUÇÃO
A B
C D
Fig. 1 As plantas (A) utilizam a energia solar; as bactérias sulfurosas (B) utilizam a energia química para produzirem
os seus compostos orgânicos. Os fungos (C) são microconsumidores; os animais são macroconsumidores (D).
PESQUISAR E DIVULGAR
Membrana plasmática
A célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos e é
limitada pela membrana plasmática que separa o meio exterior à
célula (extracelular) do seu meio interno (intracelular).
Apesar de assegurar a individualidade da célula e de permitir
a manutenção do seu meio interno, a membrana plasmática é
uma estrutura muito fina, com aproximadamente 7,5 nm de espes-
sura (1 nm ⫽ 10⫺9 m), sendo unicamente possível a sua observa-
ção ao microscópio electrónico (Fig. 5).
Exterior da célula
Interior da célula
Fig. 6 Modelo de ultra-estrutura da membrana plasmática de Singer e Nicholson — modelo do mosaico fluido.
Água
Água
Fig. 7 As moléculas de
fosfolípidos são anfipáticas;
possuem uma parte polar
e outra apolar. Em contacto
com a água, formam uma
bicamada.
A B
Fig. 8 Movimentos dos fosfolípidos.
A — Movimento lateral; B — Movimento em «flip-flop».
ACTIVIDADE
Proteínas membranares sujeitas
à acção de corantes distintos
MOBILIDADE DAS PROTEÍNAS DE MEMBRANA
A RETER
MEMBRANA PLASMÁTICA
Constituintes da membrana Função
Bicamada fosfolipídica Barreira selectiva
Transporte
Proteínas Receptores de substâncias
Actividade enzimática
Glúcidos (superfície externa) Receptores de mensageiros químicos
Difusão facilitada
ACTIVIDADE
1. Analise a figura que representa, de forma esquemática, o comportamento de células animais e vegetais
quando colocadas em meios com diferentes concentrações. Responda às questões.
H2HO2O
H2O H2HO2O
H2O
H2HO2O
H2O H2HO2O
H2O
Células animais
Vacúolo
Células vegetais
H2HO2O
H2O H2HO2O
H2O
Fig. 11 Modificações das células animais e vegetais quando colocadas em meios com diferentes concentrações.
Fig. 12 Células de elódea quando colocadas num meio hipotónico (A) e quando
colocadas num meio hipertónico (B).
A RETER
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Rasgue na diagonal uma pétala e, com uma pinça, retire uma pequena porção de epiderme.
2 — Deite uma gota de soluto de Ringer sobre uma lâmina e coloque o fragmento da pétala. Cubra
com uma lamela.
3 — Observe ao MOC e esquematize algumas células.
4 — Com o conta-gotas, coloque uma gota de solução de NaC‘ num dos bordos da lamela. No bordo
oposto da lamela, absorva o meio de montagem, de forma a substituir o soluto de Ringer pelo NaC‘.
5 — Observe ao MOC, durante, aproximadamente, cinco minutos. Registe o que observar.
6 — Em seguida, utilizando a técnica do ponto 4, faça penetrar água destilada na preparação,
retirando a solução de NaC‘ com papel de filtro.
7 — Observe novamente ao MOC, durante cerca de cinco minutos. Registe o que observar.
Discussão
1 — Sabendo que a coloração é devida a certos pigmentos que se encontram no interior do vacúolo,
como interpreta as diferenças registadas no ponto 5?
2 — Como explica os resultados encontrados quando efectuou o ponto 7?
Difusão
Algumas moléculas apolares de pequenas dimensões e alguns
iões conseguem atravessar a membrana. Este processo é designado
por difusão simples e ocorre sempre de acordo com os gradientes
de concentração, isto é, os solutos movimentam-se das zonas onde
existem em maior concentração para as zonas onde existem em
menor concentração.
A difusão simples não exige transportadores nem consumo
de energia. A velocidade com que ocorre está directamente relacio-
nada com as diferenças de concentração entre o meio externo e
interno, sendo tanto maior quanto maior for essa diferença.
Difusão facilitada
Algumas moléculas polares, entre as quais a glucose, alguns
aminoácidos e algumas vitaminas atravessam a membrana plasmá-
tica a favor dos gradientes de concentração. Este transporte apre-
senta, contudo, diferenças relativamente à difusão simples.
ACTIVIDADE
DIFUSÃO FACILITADA
Doc. 2
Velocidade de transporte
A
B
Concentração
Fig. 13 Variação da velocidade de difusão relativamente à variação da concentração
de uma substância segundo a difusão facilitada (A) e a difusão simples (B).
A difusão da glucose é expressa pelo traçado A.
Doc. 3
glu Exterior da célula
co
se Proteína transportadora de glucose
A proteína A glucose
liga-se à glucose atravessa a proteína A proteína
altera a sua
configuração
A glucose
é libertada
A proteína retoma a sua
configuração inicial Interior da célula
Fig. 14 Esquema representativo da hipótese da difusão facilitada.
Transporte activo
Todos os processos de transporte estudados até agora têm em
comum o facto de contribuírem para a uniformização das concen-
trações de solutos e solventes entre o meio intra e extracelular.
Mas o meio intracelular não apresenta todos os constituintes
em concentrações semelhantes ao meio extracelular.
ACTIVIDADE
TRANSPORTE ACTIVO
Exterior da célula:
rico em sódio,
pobre em potássio
Bomba de sódio e potássio Na+
K+ Na+
Na+ Na+
K+ Na+
Na+ K+
K+
P P K+
Na+ P
Na+ K+
ATP ADP
Interior da célula:
Na+ rico em potássio,
pobre em sódio
Fig. 15 Transporte activo de iões Na⫹ e K⫹ contra os gradientes de concentração.
Endocitose e exocitose
As macromoléculas (proteínas, polissacáridos, etc.) são dema-
siado grandes para poderem atravessar a membrana. Tal facto
assegura, por um lado, a integridade das células, impedindo, por
exemplo, uma hemácia de perder a sua hemoglobina ou uma célula
muscular de perder as suas proteínas essenciais. Contudo, esta
situação, se não pudesse ser contornada, poderia originar proble-
mas sérios a células que segregam enzimas e que têm de as libertar,
ou a seres unicelulares que se alimentam por ingestão de partículas
de grandes dimensões.
Algumas macromoléculas e partículas, ou até mesmo pequenas
células, podem introduzir-se nas células eucarióticas através de um
processo que se designa por endocitose. Neste processo, ocorrem
invaginações da membrana plasmática, formando-se vesículas que
encerram dentro de si as substâncias a transportar. Estas vesículas
libertam-se posteriormente da membrana e migram para o interior
da célula.
no citoplasma. Citoplasma
A Produtos de B
secreção
Membrana
plasmática
Citoplasma
Núcleo
Vesícula
secretora
A RETER
TRANSPORTE CARACTERÍSTICAS
Passagem da água, através
de membrana semipermeável, a favor
do gradiente de concentração.
Água
Osmose
Difusão simples
Sem consumo de energia
Substâncias
Difusão facilitada
Mediado
Passagem de substâncias através
de membrana contra o gradiente
de concentração, mediada por proteínas
transportadoras e gasto de energia.
Endocitose
Macromoléculas
Exocitose
Sistema endomembranar
A maior parte do volume de uma célula eucariótica é ocupado
pelo sistema endomembranar, que é constituído pelo retículo
endoplasmático, pelo complexo de Golgi e pela membrana nuclear.
Estes organitos têm continuidade uns nos outros. É possível obser-
var ao microscópio electrónico vesículas que abandonam a mem-
brana nuclear e se juntam para formar o retículo endoplasmático,
bem como vesículas que se libertam deste último para iniciar a for-
mação do complexo de Golgi.
ACTIVIDADE
CONTINUIDADE MEMBRANAR
3 minutos
vesícula de
secreção
complexo
de Golgi
retículo
endoplasmático núcleo
rugoso
37 minutos
117 minutos
Retículo endoplasmático
rugoso
Lúmen
Retículo endoplasmático
liso
dem.
No complexo de Golgi, as proteínas recebi- Proteínas para usar
dentro das células
Lisossomas
Os lisossomas são formados a partir de vesículas libertadas do
complexo de Golgi e contêm enzimas hidrolíticas. Estão envolvidos
no processo de digestão celular.
Quando uma célula se alimenta por fagocito-
se, o alimento entra na célula rodeado por por-
ções de membrana, formando um fagossoma.
A este junta-se um lisossoma primário (gerado Lisossoma primário
da célula.
Fig. 22 Os lisossomas são os locais onde ocorre a digestão
de moléculas no interior da célula.
A RETER
Digestão Digestão
Digestão que ocorre extracelular intracelular
em cavidades Há animais que fazem Nos animais mais
próprias do anteceder a digestão simples, a digestão
organismo, mas fora intracelular de uma ocorre, tal como
das células. digestão extracelular. nos seres
unicelulares,
exclusivamente
dentro das células.
Absorção
Passagem das moléculas, agora de pequenas dimensões, através das
paredes dos órgãos digestivos. Nos animais mais simples, a absorção
faz-se directamente para as células, enquanto nos mais evoluídos
a absorção ocorre entre o órgão digestivo e o sistema de transporte,
e é este que posteriormente faz chegar os nutrientes às células.
ACTIVIDADE
A B
COMO VARIAM OS SISTEMAS DIGESTIVOS Tubo digestivo
NO REINO ANIMAL? incompleto
A hidra (Fig. 24) apresenta um tubo digestivo muito simples, cavidade gastrovascular gastrovascular
com uma única abertura — boca, por onde entra o alimento, e por cavity
Fig. 24 Hidra.
Fig. 25 Planária.
Fig. 27 Vilosidades
intestinais.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
ACTIVIDADES
TRANSPORTE
pode ser
Transporte
Não mediado A
de partículas
pode ser pode ser pode ser
Difusão
B C D Exocitose E
simples
que é que é pode ser
F
Transporte G
de soluto
realizam-se realiza-se H
Membrana
plasmática
constituída por
I J L
4
1
3
2
3
2
1
2.2 Identifique o número da figura que representa a molécula com as características referidas.
A — Molécula completamente hidrofílica.
B — Molécula anfipática que se dispõe em dupla camada.
C — Moléculas que facilitam a difusão de moléculas polares.
D — Moléculas com uma porção hidrofílica e outra hidrofóbica, constituídas por aminoácidos.
E — Moléculas que permitem a passagem de pequenas substâncias apolares.
A B C
3.1 Atribua uma letra das figuras a cada uma das afirmações que se seguem.
I. Célula plasmolisada.
II. Célula colocada em meio isotónico.
III. Célula colocada em meio hipertónico.
IV. Célula colocada em meio hipotónico.
V. Célula túrgida.
3.2 Poderá a célula representada pela letra C sofrer lise celular? Justifique a sua resposta.
ACTIVIDADES
6. De uma única batata, utilizando um furador de rolhas, foram obtidos três cilindros, que foram
cortados de modo a apresentarem pesos muito próximos. Foram ainda preparadas duas soluções
de sacarose. Cada um dos cilindros de batata, depois de devidamente pesado, foi colocado num
de três gobelés: A — água distilada; B — solução de sacarose a 10 %; C — solução de sacarose
a 20 %.
Passados 60 minutos, retiraram-se os cilindros, que foram rapidamente enxugados em papel
absorvente (para retirar o excesso de água) e pesados.
Os resultados obtidos encontram-se no quadro seguinte.
6.1 Seleccione a opção correcta. Os cilindros 1, 2 e 3 foram colocados respectivamente nos gobelés…
I. A, B e C.
II. C, A e B.
III. B, A e C.
IV. B, C e A.
V. A, C e B.
6.2 Analise as afirmações que se seguem e depois seleccione a opção que melhor as caracteriza.
7. Seleccione a opção correcta. As vesículas de secreção libertam o seu conteúdo para o exterior
da célula através de fenómenos de…
A — … transporte activo.
B — … fagocitose.
C — … difusão facilitada.
D — … exocitose.
b
4
a
TERMOS
A — Absorção.
B — Ingestão.
C — Digestão.
AFIRMAÇÕES
I. Fagocitose.
II. Transformação de macromoléculas em monómeros.
III. Introdução de alimento na boca.
IV. Requer a intervenção de enzimas hidrolíticas.
V. Passagem de pequenas moléculas, que resultaram
da actividade de enzimas hidrolíticas, através da
membrana de determinados órgãos do sistema digestivo.
CHAVE
A — Hidra.
B — Minhoca.
C — Hidra e minhoca.
D — Nem a hidra nem a minhoca.
AFIRMAÇÕES
I. Possui cavidade gastrovascular.
II. Possui exclusivamente digestão intracelular.
III. Possui digestão extracelular.
IV. Tubo digestivo completo.
V. Possui uma única abertura no tubo digestivo.
Energia solar
1 2 1 Fotossíntese
Raiz
H2O
ACTIVIDADE
1. Na Grécia antiga sabia-se que solos fertilizados permitiam o crescimento das plantas, pelo que se acreditava
que o desenvolvimento destas dependia apenas dos nutrientes que estas «comiam» a partir do solo.
Na tentativa de esclarecer esta hipótese, Van Helmont executou a seguinte experiência, em 1648.
Água
gua da chuva
5 anos
+ +
1.1 Os dados obtidos na experiência apoiam a hipótese original? Justifique a sua resposta.
1.2 Van Helmont deduziu, a partir desta experiência, que o crescimento das plantas se deve apenas
à presença da água. Critique a conclusão tirada por Van Helmont.
1.3 Identifique as variáveis que não foram controladas durante a experiência.
1.4 Proponha um percurso investigativo que permita demonstrar que a conclusão retirada por Van
Helmont estava incorrecta.
ACTIVIDADE
1. Na tentativa de perceber qual era o papel das plantas na renovação do ar, Joseph Priestley montou
a seguinte actividade experimental.
A B C
Fig. 31 Experiência de Priestley que demonstrou que a chama de uma vela se apaga dentro de uma campânula (A);
o rato morre dentro de uma campânula (B) e o rato sobrevive se estiver acompanhado de uma planta dentro
da campânula (C).
Citoplasma
Membrana do núcleo
Mitocôndria
Cloroplasto
Parede
celular
Membrana plasmática
Membrana externa
Membrana
interna
Estroma
Tilacóide
Fig. 32 Da folha ao tilacóide. Folha em corte transversal (A). Esquema de uma célula vegetal com os cloroplastos (B). Organização
interna de um cloroplasto (C) com as membranas e o espaço entre elas — estroma. Os tilacóides (D) possuem membrana (E), que
inclui muitas moléculas de pigmentos e um espaço interior.
PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS
Designação Coloração Ocorrência
Todos os eucariontes
Pigmento primário Clorofila a Verde-relva
fotossintéticos e cianobactérias
Clorofila b Verde-azulado Plantas e algas verdes
Carotenóides:
Todos os cloroplastos
carotenos Vermelho, laranja, amarelo
Pigmentos acessórios e nas cianobactérias
xantofilas
Cloroplastos das algas vermelhas
Ficobilinas Vermelho, azul
e nas cianobactérias
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Princípios
• As plantas realizam a fotossíntese
porque possuem pigmentos capazes
de captar a energia luminosa;
• Os pigmentos fotossintéticos são Resultados
variados e podem distinguir-se pelas
cores que revelam.
Conceitos (a completar)
•
•
•
•
•
Procedimento
1 — Macere num almofariz, juntamente com uma porção de areia, algumas folhas de agrião.
2 — Adicione 15 mL de álcool a 95º e misture bem. Verifique e registe a cor da solução.
3 — Filtre, usando um funil de vidro e outro de papel de filtro, o conteúdo do almofariz para um
gobelé.
4 — Verta este filtrado para uma caixa de Petri e introduza na solução um rectângulo (5 cm x 8 cm)
de papel de cromatografia, dobrado em ângulo recto.
5 — Aguarde cerca de 15 minutos e registe as alterações (consulte a tabela da página anterior).
Nota: Pode utilizar folhas de qualquer outra planta verde. O papel de filtro poderá substituir o de cromatografia
e o álcool a 70º é uma alternativa ao que foi referido anteriormente.
ondas
Raios gama Ultravioletas (UV) Infravermelhos (IV) de rádio
100
Espectro de acção
da fotossíntese
Taxa de fotossíntese (%)
80
60
A
100 40
80 Clorofila b 20
60 0
Carotenóides
Absorção (%)
40
Clorofila a
20 B
ACTIVIDADE
1. Em 1882, Engelmann utilizou uma alga verde filamentosa — Spirogyra — e bactérias aeróbias
(consomem oxigénio na respiração) para tentar relacionar os comprimentos de onda da luz com
a eficácia da fotossíntese.
Numa lâmina, onde colocou a alga, espalhou uniformemente as bactérias e cobriu com a lamela.
Depois, adaptou um prisma óptico ao microscópio, de modo a obter a decomposição da luz
a incidir sobre a preparação.
Ao fim de algum tempo, observou a preparação e verificou que as bactérias se tinham deslocado
e se encontravam aglomeradas.
Analise os resultados da experiência e responda às questões.
Fig. 35 Experiência de Engelmann. Lâmina com distribuição das bactérias no fim da experiência. As bactérias
acumulam-se sobre a alga de modo desigual. A curva representa a variação da fotossíntese com a variação
do comprimento de onda.
ACTIVIDADE
Luz
CO2 ⴙ 2H2S (CH2O) ⴙ H2O ⴙ 2S
Luz
CO2 ⴙ 2H2O (CH2O) ⴙ H2O ⴙ O2
1
H2O 2Hⴙ ⴙ 2eⴚ ⴙ O
2 2
FASE FOTOQUÍMICA
Na membrana dos tilacóides existem muitas moléculas de pigmentos
(agrupadas em fotossistemas) capazes de absorver energia (na forma
de fotões).
Essa energia é transferida de molécula em molécula até chegar a duas
muito especiais: clorofilas a.
Cada clorofila, ao receber aquela energia, passa um dos seus electrões
para uma outra molécula (aceitador de electrões). A energia contida
nesse electrão pode assim ser utilizada em reacções químicas. Por isto
se diz que a energia luminosa é convertida em energia química.
Conhecem-se dois tipos destas associações moleculares de pigmentos:
o fotossistema I e o fotossistema II que funcionam em conjunto,
aumentando assim a sua eficácia. Realmente, enquanto a molécula
de clorofila a do fotossistema II é especializada em absorver energia
luminosa com comprimento de onda de 680 nanómetros, a clorofila a
do fotossistema I é mais eficaz
na captação de energia da luz
Moléculas
Energia luminosa
de pigmentos com 700 nanómetros.
Esta transferência de energia,
de umas moléculas para outras,
permite o armazenamento em
moléculas capazes de acumular
energia química e a sua
transferência para outro local
do cloroplasto onde é necessária,
Transferência
ou seja, para o local onde
de energia ocorrem as reacções
responsáveis por produzir,
l o r o fil a a efectivamente, a matéria
C
orgânica que a célula vegetal,
como todas as outras, necessita
e-
Receptor para sobreviver.
de electrões
Transferência de energia durante
a fotossíntese. Organização das moléculas
de pigmentos na membrana dos tilacóides.
Aceitador de e-
Aceitador de e-
Aceitador de e-
P700
Aceitador de e-
Aceitador de e- H+
Aceitador de e-
P680
Aceitador de e- 2e-
H2O Aceitador de e-
2e- Complexo NADP++ H+
energia 2H+ citocromo b6/f
luminosa NADPH
1/2O2 Aceitador de e-
2e-
P680 H+ P700
H+ +
H
H+
ATP
Fotossistema II Fotossistema I
O fluxo de electrões ao longo dos aceitadores gera energia para ocorrer a fosforilação do ADP em ATP.
1
H2O O2 ⴙ 2Hⴙ ⴙ 2eⴚ
2
ADP ⴙ Pi ATP
2e-
2e- 2e-
B
E
Aceitador
2H+ + 1/2O2
de e- NADP redutase
H+
H2O H+ Fotossistema I ATP sintase
Fotossistema II
H+ H+
H+ H+
H+ H
+
H+ H+
H+ H+ H+ H+
Interior do tilacóide: H+
elevada concentração de protões (H+)
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Material
• Tina. • Papel de limpeza.
• 2 gobelés. • Água.
• 3 caixas de Petri. • Álcool.
• Placa de aquecimento. • Água iodada.
• Tesoura. • Etiquetas.
• Pinça. • Planta em vaso (por exemplo: sardinheira).
• Papel de alumínio.
Procedimento
1 — Coloque o vaso com a planta no escuro (armário) durante dois dias.
2 — Retire do armário e tape totalmente uma folha com papel de alumínio, enquanto outra deve ser
tapada apenas parcialmente.
3 — Deposite a montagem, durante 24 horas, num local bem iluminado e com temperatura elevada.
4 — Proceda ao corte de três folhas: uma que tenha estado destapada (A), a que esteve parcialmente
tapada (B) e aquela que esteve totalmente tapada (C).
5 — Coloque as três folhas em água a ferver, durante um minuto.
6 — De seguida, coloque as folhas (uma de cada vez) em álcool, que foi levado à ebulição
em banho-maria, até ficarem esbranquiçadas.
7 — Retire as folhas do álcool e coloque-as nas caixas de Petri (que devem ser identificadas com
as letras das folhas A, B e C) onde deitou a água iodada.
8 — Observe, registe e interprete os resultados.
A B
Fig. 36 Planta (sardinheira) envasada e com folha tapada com papel de alumínio (A); aspecto da folha
que esteve parcialmente tapada após contacto com a água iodada: apenas a região que esteve à luz
corou (B).
Discussão
1 — Qual é a razão do uso do álcool e da água iodada?
2 — O que terá sido utilizado como controlo do trabalho?
3 — Interprete os resultados obtidos em A, B e C.
4 — Que conclusão se pode tirar desta actividade?
5 — «As reacções químicas que ocorrem nas células são catalisadas por enzimas que, a temperaturas
demasiado baixas, ficam inactivas.»
5.1 Refira as alterações que deveria introduzir neste trabalho, de modo a provar esta afirmação.
5.2 Que resultados esperaria encontrar?
Grãos de amido
Grana
Tilacóides Estroma
Fig. 37 Cloroplasto com vários grãos de amido (glúcido de reserva das plantas).
ACTIVIDADE
1. O ciclo de Calvin permite conhecer as moléculas intervenientes na formação de uma molécula de glicose.
Os valores da figura seguinte referem-se a três voltas do ciclo.
Analise o esquema e responda às questões.
Reacções 6 NADPH
fotoquímicas 6 ATP
3 moléculas de
dióxido de carbono
3 ATP 3 moléculas de
3x1C
intermediário instável
3x6C
6 moléculas de
3 moléculas de 3-fosfoglicerato (PGA)
ribulose 1,5 bisfosfato (RuBP) 6x3C
3x5C
1a fase
Fixação do 6 ATP
3 ADP carbono
6 ADP
3 ATP
3a fase 2a fase
Regeneração Produção de
5 moléculas de do aceitador compostos 6 moléculas de
gliceraldeído 3-fosfato (PGAL) orgânicos 1,3-bisfosfoglicerato
5x3C 6x3C
Síntese de amido,
de aminoácidos, de glícidos 6 H+ + 6 NADPH
e de ácidos gordos
6 NADP+
1 molécula de 6 moléculas de
gliceraldeído 3-fosfato (PGAL) gliceraldeído 3-fosfato (PGAL)
1x3C 6x3C
Fig. 38 As reacções desta fase — fase química — desenrolam-se de modo cíclico ocorrendo
regeneração do composto aceitador do dióxido de carbono — ciclo de Calvin.
FOTOSSÍNTESE
• Totalmente dependente da luz.
Fase fotoquímica
necessárias às reacções.
• É utilizada a energia do ATP elaborado na 1.ª fase.
• É utilizado o poder redutor do NADPH para produção de compostos
orgânicos.
• O dióxido de carbono é incorporado, ligando-se a uma molécula orgânica.
• Há formação de matéria orgânica.
BUCHANAN; GRUISSEM; JONES — Biochemistry and Molecular Biology of Plants.
American Society of Plant Physiologists, Maryland: 2000.
L. TAIZ; E. ZEIGER — Plant Physiology. Sinauer Associates, Inc., Publishers.
Massachusetts: 2006.
Energia luminosa
Transporte
de electrões
Clorofila
H2O O2
Tilacóides
Fase
química
Matéria
CO2 orgânica
Ciclo de Calvin
Estroma
Energia luminosa
6CO2 ⴙ 12H2O C6H12O6 ⴙ 6O2 ⴙ 6H2O
Dióxido Água Glucose Oxigénio Água
de carbono
1 2 2 Quimiossíntese
QUIMIOSSÍNTESE
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• Os seres autotróficos são os únicos que conseguem sintetizar a matéria orgânica à custa
de compostos inorgânicos do meio ambiente e, por isso, são os produtores nas cadeias
alimentares.
• Os seres fotoautotróficos utilizam a energia solar para realizar a síntese de matéria num
processo designado por fotossíntese (transformam a energia luminosa em energia
química).
ACTIVIDADES
SERES AUTOTRÓFICOS
produzem
Matéria
orgânica
utilizando
uns outros
A
Energia
de compostos
inorgânicos
realizam
realizam
Luz
requer C
Clorofila
Fase
fotoquímica
ATP
forma NADPH
que decorre E
D utilizados
em duas fases
que ocorre no Luz
CHAVE AFIRMAÇÕES
A — Fase fotoquímica. I. Só ocorre às escuras.
B — Fase química. II. Consome CO2.
C — Ambas as fases. III. Produz O2.
D — Nenhuma das fases. IV. A água é desdobrada.
V. Há consumo de energia.
A B
A B
4.1 As afirmações que se seguem estão relacionadas com os resultados obtidos na experiência.
Analise-os e seleccione a opção que melhor as caracteriza.
I. Se há luz, há fotossíntese.
II. A única razão para ocorrer fotossíntese no local A é a exposição à luz.
III. No local B, não existem bactérias aeróbias, porque aí, devido à ausência
de cloroplasto, não ocorreu fotossíntese.
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
baixa densidade, a LDL. Quando estas chegam muco espesso muco fluido
canal iónico
às células do fígado, a LDL, carregando o coles- de cloro A
terol, liga-se a receptores específicos da mem-
brana plasmática das células do fígado, e por
endocitose introduz-se dentro do citoplasma
destas. Os doentes de FH possuem estes recep- Cl-
Cl- H2O
H2O
tores alterados (dos 840 a.a., apenas um é dife-
rente dos de uma proteína receptora normal),
perdendo a especificidade para a LDL, o que
impede a entrada de colesterol na célula e a sua
muco espesso muco muito espesso
posterior acumulação no sangue. B
ACTIVIDADES
A B
receptor
LDL
de LDL 1. Em que medida os factos descritos nos documentos
A e B justificam a importância da manutenção
da estrutura das proteínas para o bom desempenho
das suas funções?
LDL no sangue
2. Que mecanismos de transportes de substâncias para
Fig. 1 Célula de fígado normal (A) e célula de um
a célula são referidos nos documentos A e B?
doente com hipercolesterolemia.
célula produtora
de ácido clorídrico
HCl
io
pepsina (enzima activa) én
pH
og
p e p si n
ácido
pepsinogénio centro
activo
pep
sin
HCl
sequência retirada
célula produtora
de enzimas
ACTIVIDADES
1. Depois de analisados os documentos, indique quais são as estratégias que os seres vivos utilizam para
preservar as suas células das enzimas por si produzidas.
2. Se os seres vivos não tivessem desenvolvido estas estratégias, que consequências poderiam sofrer?
unidade 2
Distribuição da matéria
B
A
C D
INTRODUÇÃO
Fig. 1 Transporte nos animais e nas plantas. Animais e plantas têm sistemas próprios para o transporte de diferentes
substâncias. Assim como nos animais evoluídos o sangue venoso não se mistura com o arterial, também
nas plantas as seivas bruta e elaborada circulam em tecidos diferentes.
0
Cenozóico
Briófitas (musgos)
Filicineas (fetos)
Gimnospérmicas (coníferas)
Angiospérmicas
Radiação das
plantas com flor
100
Mesozóico
200
500
Milhões de anos
Fig. 2 Evolução das plantas. Todas as plantas têm uma origem comum. As plantas vasculares (com sistema de transporte) surgiram
no Paleozóico.
A B
Xilema
Este tecido, organizado em feixes, apresenta uma constituição
heterogénea (Fig. 4), e possui quatro tipos de células.
CÉLULAS DO XILEMA
Vasos lenhosos
Fibras lenhosas Parênquima lenhoso
Traqueídos Elementos de vasos
Células mortas, longas Células mortas, curtas e Constituídas por células Único tecido do xilema que
e estreitas, dispostas topo largas, dispostas topo a topo. mortas, longas e estreitas, é constituído por células
a topo e cujas paredes Formam cordões celulares com paredes espessas vivas, que desempenham,
transversais não da raiz até à folha, devido à lenhificadas, o que lhes essencialmente, funções
desapareceram. O contacto inexistência (parcial ou total) confere a rigidez necessária de reserva e apresentam
entre si é assegurado por de parede celular para assegurar a função paredes espessadas.
poros. transversal. de suporte.
A B C
Traqueídos
Elementos
de vasos
Floema
Este tecido está também localizado em feixes. É igualmente um
tecido heterogéneo (Fig. 5), constituído por quatro tipos de células.
CÉLULAS DO FLOEMA
Elementos dos tubos crivosos Células de companhia Fibras Células parênquimatosas
Células vivas, alongadas, Células vivas associadas Células mortas, alongadas, Células vivas pouco
ligadas topo a topo e cuja às células dos tubos crivosos de comprimento variável, diferenciadas e com
parede transversal apresenta mantêm com estas ligações que conferem resistência funções de reserva.
perfurações — placa crivosa citoplasmáticas e auxiliam-nas e suporte a todos
— que garantem a passagem na sua função. os restantes tecidos.
da seiva elaborada de umas
células para as outras.
A B
Placa
Células
crivosa
companhia
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Discussão
1 — Elabore um esboço que represente o aspecto provável das nervuras (posição relativa
e dimensões) num corte transversal, observado ao microscópio óptico dessa mesma folha.
Material
• Microscópio óptico.
• Preparações definitivas de cortes transversais de raiz, caule e folha de dicotiledóneas.
Procedimento
1 — Observe ao microscópio óptico as preparações definitivas.
2 — Inicie a observação com a objectiva de menor ampliação, e elabore um esquema do que observa.
3 — Aumente gradualmente a ampliação e, com maior pormenor, observe e esquematize
os diferentes tecidos.
4 — Compare as suas observações com as imagens apresentadas e localize os tecidos condutores
dos três órgãos da planta, raiz (Fig. 7), caule (Fig. 8) e folha (Fig. 9).
A B
Endoderme
Pêlo radicular
Fig. 7 Corte transversal de raiz de dicotiledónea. Corte completo (A); cilindro central (B); esquema (C).
Parênquima
cortical
A B C
Parênquima
Epiderme
medular
Xilema
Feixe medular
Floema
Fig. 8 Corte transversal de caule de dicotiledónea. Fotografia microscópica (A);
pormenor de um feixe vascular (B); esquema geral (C).
Cutícula
Epiderme
B
página superior
Parênquima clorofilino
em paliçada Xilema
Mesófilo
Parênquima clorofilino
lacunoso Floema
Estoma
Epiderme
página inferior
Fig. 9 Corte transversal de folha de dicotiledónea.
Fotografia microscópica (A); esquema evidenciando
os vários tecidos (B).
Discussão
1 — Indique a localização do xilema, relativamente ao floema, nos três órgãos.
2 — Compare a localização relativa dos tecidos de transporte nos diferentes órgãos vegetais
observados.
ACTIVIDADE
Zona cortical
TRANSPORTE RADIAL Endoderme
Meio hipotónico
1. Observe com atenção o esquema, que Zona medular
representa um corte transversal de raiz de
uma planta, mostrando valores de pressão
osmótica nas suas células. Responda
às questões.
1.1 Descreva o sentido do movimento Pêlo absorvente
da água. Justifique.
1.2 Qual será a função dos pêlos 3,10 ⫻ 105 Pa
0,7 ⫻ 10 Pa
5 1,5 ⫻ 105 Pa
1,4 ⫻ 105 Pa
Fig. 10 Variação da pressão osmótica em células de raiz.
A B
Fig. 12 Sistema radicular de uma macieira (Malus sp.). Extensão em largura (A)
e extensão em profundidade (B).
O TRANSPORTE DA ÁGUA
A água pode deslocar-se através da zona cortical das raízes, pelas
paredes celulósicas das células e pelos espaços intercelulares — via
apoplasto —, ou através do interior das células — via simplasto —,
entrando nas células através dos plasmodesmos.
Na endoderme, a água penetra unicamente via simplasto, pois existem
espessamentos de suberina (substância impermeável) nas paredes
laterais das células desta camada. Pode, assim, considerar-se que a
endoderme controla a composição química dos constituintes da planta
que entram no seu cilindro central e são essenciais para a sua vida.
Qual é a explicação
para a subida da água no xilema?
PRESSÃO RADICULAR
A B
CURIOSIDADE Mercúrio
Fig. 14 Gutação.
ACTIVIDADE
1. Recorrendo a técnicas especiais, foi possível determinar os valores que estão na base da construção
destes gráficos. Analise-os e responda às questões seguintes.
Velocidade de deslocação da água
50
40
30
20
10
Fig. 16 Relação entre a transpiração
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 e a absorção de água ao longo
Tempo (horas) de um dia.
1.1 Da análise do gráfico da figura 15, o que pode concluir sobre o local onde se inicia o movimento
de água nas plantas?
1.2 Que relação se pode estabelecer entre a taxa de transpiração e a taxa de absorção?
1.3 Qual dos dois fenómenos, transpiração ou absorção, parece dar início ao processo de circulação
de água na planta estudada?
1.4 Poderão os resultados experimentais expressos nestes gráficos ser explicados pela teoria da pressão
radicular?
ACTIVIDADE LABORATORIAL
OBSERVAÇÃO DE ESTOMAS
Não se esqueça de:
Material • usar bata;
• respeitar as regras de
• Microscópio óptico. • Conta-gotas.
segurança do laboratório.
• Bisturi. • Papel de filtro.
• Lâminas e lamelas. • Água destilada.
• Pinça. • Tradescantia (erva-da-fortuna).
Procedimento
1 — Com a ajuda do bisturi e da pinça, faça um golpe na página inferior da folha.
2 — Destaque um pequeno pedaço de epiderme, tentando que tenha uma espessura muito reduzida.
3 — Faça a montagem entre lâmina e lamela com uma gota de água, evitando que a epiderme fique
com dobras.
4 — Observe ao microscópio óptico, utilizando a objectiva de menor ampliação, até localizar
os estomas.
5 — Utilize uma sequência de objectivas com maior ampliação, de modo a visualizar todas as células
constituintes desta estrutura.
6 — Elabore um esquema, devidamente legendado, da sua melhor observação.
A B
Câmara estomática
Estoma
Célula-guarda
Câmara estomática
Células-guarda
Fig. 17 Estomas. Observação microscópica de epiderme de folha evidenciando os estomas (A); fotografia
de corte transversal de epiderme e tecidos subjacentes, observando-se as várias estruturas do estoma (B);
esquema de um estoma (C).
Discussão
1 — Compare o estoma observado com o da figura 17 e relacione a forma das células estomáticas
com a dimensão do ostíolo.
2 — Que conclusão pode tirar sobre a troca de gases e a saída de água nessa planta, no momento em
que executou o protocolo?
A B
Ostíolo
Célula-guarda
ou estomática
FACTORES ABIÓTICOS/TRANSPIRAÇÃO
Quando a folha perde água por transpiração, o conteúdo das
suas células fica mais concentrado, pelo que estas necessitam de AUMENTO EFEITO
DO FACTOR NA TAXA DE
repor o seu nível de água. Gera-se, então, uma força de sucção — AMBIENTAL TRANSPIRAÇÃO
tensão — que vai fazer movimentar a água das células vizinhas até Temperatura Aumenta
aos estomas. Esta força de sucção propaga-se até às células do xile- Concentração
de CO2 Diminui
ma (elementos de vaso e traqueídos), onde a água se movimenta.
Humidade
É a transpiração que provoca a tensão suficiente para desenca- Diminui
do ar
dear o movimento da água. Mas como se propagará ao resto da Humidade
Aumenta
planta? Que mecanismos permitirão justificar que a água seja do solo
«puxada» na folha e que, de seguida, se comporte como uma coluna Vento Aumenta
Luminosidade Aumenta
contínua que pode atingir dezenas de metros?
As respostas a estas questões parecem estar nas características
da molécula de água. Esta é constituída por um átomo de oxigénio
e dois de hidrogénio, comportando-se como um dipolo eléctrico.
A molécula de água é extremamente reactiva (é considerada o sol-
vente universal) e estabelece com muita facilidade ligações por pon-
tes de hidrogénio com qualquer molécula que apresente polaridade,
nomeadamente outras moléculas de água. Por esta razão, as molécu-
las de água mantêm-se unidas umas às outras, revelando assim uma
grande força de coesão (capacidade de se manterem unidas entre si),
CURIOSIDADE
responsável pela manutenção das colunas de água.
A ohia, árvore nativa do Havai,
As moléculas de água apresentam ainda a capacidade de se que vive nas encostas dos vulcões,
ligarem a moléculas polares existentes na parede do xilema (lenhi- apresenta folhas com estomas re-
na e celulose). Esta força de união entre a água e outras moléculas é colhidos, protegendo-se assim do
contacto directo com o ar seco.
designada por adesão.
unidade 2 Distribuição da matéria 119
Unidade2_P104-129 28/2/07 10:49 Page 120
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
Parte 1
1 — Lave dois ramos de aipo, com folhas, e coloque-os numa tina de vidro, ao ar, durante dois dias.
2 — Ao fim dos dois dias, observe o aspecto dos ramos (rigidez/flacidez).
3 — Coloque 250 mL de água em dois copos.
4 — A um dos copos adicione o açúcar e dissolva-o
completamente, com o auxílio da colher.
5 — Coloque etiquetas nos copos (A e B), de modo
a registar qual é o que tem água açucarada.
6 — Corte um pequeno fragmento da parte inferior
dos dois ramos de aipo.
7 — Deposite em cada um dos copos um ramo de
aipo e deixe assim durante dois dias.
8 — Dois dias depois, pressione os ramos e verifique
de novo o seu aspecto (rigidez/flacidez).
9 — Corte uma pequena rodela da parte superior
de cada ramo, de uma zona sem folhas, Fig. 21 Aspecto dos dois ramos de aipo, após
e prove-a. dois dias.
Nota importante: É fundamental que o material utilizado seja descartável e utilizado pela primeira vez, e que
a montagem seja efectuada num local do laboratório afastado de qualquer fonte de possível contaminação e em
condições de assepsia.
Parte 2
1 — Coloque 250 mL de água e duas ou três gotas
de corante vermelho em dois copos descartáveis.
2 — Corte um pequeno fragmento da parte inferior
de outros dois ramos de aipo.
3 — Num dos aipos, deixe todas as folhas,
e, no outro, retire as folhas por completo.
4 — Coloque cada um dos ramos no respectivo
copo com água e corante.
5 — Deixe assim durante três dias, observando
e registando diariamente as alterações.
6 — No final, faça cortes finos da parte superior
de cada um dos ramos e observe-os à lupa.
Discussão
1 — A que atribui o sabor da rodela de aipo que provou na Parte 1 desta actividade?
2 — Discuta a importância das folhas no processo de transporte.
3 — Interprete os resultados obtidos, de acordo com as teorias estudadas.
2 1 2 Transporte no floema
ACTIVIDADE
EXPERIÊNCIA DE MALPIGHI
1. No século XVII, o italiano Marcelo Malpighi retirou um anel de casca a uma planta, assegurando que todos
os tecidos exteriores ao xilema, incluindo o floema, fossem extraídos. Teve ainda o cuidado de retirar
todas as folhas da zona inferior ao anel. Passados alguns dias, pôde observar que todas as folhas e ramos
situados acima do anel se encontravam viçosos, e que o rebordo superior do anel se encontrava dilatado
e cicatrizado, o que não acontecia com o rebordo inferior.
A B
A experiência de Malpighi permitiu concluir que o floema é seiva floémica phloem sap
o tecido onde circulam os compostos orgânicos, os quais, a par de
outras substâncias, formam a seiva elaborada, também designada
seiva floémica.
A B C
exudado
xilema
floema
Fig. 24 Estilete do afídeo inserido nas células do floema (A); afídeo excretando seiva
(B); após o corte do estilete, a seiva continua a fluir (C).
fluxo de massa mass flow Em 1930, o fisiologista Ernest Münch formulou pela primeira
vez a hipótese da circulação floémica através de um fluxo de
massa, que seria consequência das diferenças de concentração
entre os órgãos produtores de compostos orgânicos e os órgãos
consumidores ou armazenadores.
ACTIVIDADE
C
EXPERIÊNCIA DE MÜNCH
Entrada de água
FLOEMA XILEMA
Fonte Elevada
de sacarose pressão
de água
Alta
concentração
Célula da fonte
de sacarose
A
B
Açúcar
Água
Água
Placa crivosa
Armazenamento
Célula de células do floema é bastante elevada,
de sacarose
armazenamento forçando a água a deslocar-se das
Baixa células do xilema para as células
pressão
de água
do floema. Nos órgãos de consumo,
ou armazenamento, a sacarose é retirada
das células floémicas, com consequente
Baixa C D
diminuição da sua concentração, o que
concentração
de sacarose provoca o movimento da água de novo
para as células do xilema.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
ACTIVIDADES
Tecidos
de transporte Transporte Transporte
de seiva xilémica de seiva floémica
2. Das opções seguintes, seleccione aquela que não traduz adaptações das células do xilema
à função que desempenham.
A — Células com diâmetro estreito.
B — Ausência de conteúdo citoplasmático nas células responsáveis pelo transporte.
C — Paredes celulares espessas.
D — Paredes celulares transversais perfuradas.
TERMOS
A — Exsudação
B — Gutação
C — Coesão
D — Adesão
E — Tensão
AFIRMAÇÕES
I. Perda de água no estado líquido através de hidátodos.
II. Força que une as moléculas de água umas às outras.
III. Saída de água em regiões que sofreram podas recentes.
IV. Força que une as moléculas de água às moléculas da parede
celular das células do xilema.
V. Força de sucção que desencadeia o movimento de água.
4. Analise o texto que se segue e procure uma justificação integrada numa das teorias estudadas
sobre o transporte de substâncias nas plantas.
«Quando se extrai um pedaço de córtex de uma árvore em transpiração, e se faz um corte num
elemento do xilema, não sai água pelo corte; pelo contrário, quando se põe uma gota de água
no corte ela é absorvida.»
5. Considere que se colocam cravos brancos num recipiente com água corada com
azul-de-metileno.
Que alterações prevê que se registem na coloração das pétalas dos cravos, passado algum
tempo? Justifique a sua previsão.
ACTIVIDADES
ACTIVIDADES
A B
Mercúrio
A — O vaso de barro é fervido para sair o ar, e, ao mesmo tempo, a água aquecida atravessa
a parede porosa do vaso e enche o tubo de vidro.
B — À medida que se dá a evaporação, o mercúrio vai subindo no tubo, mesmo para além
dos 76 cm3 devidos à pressão atmosférica normal.
6.1 Estabeleça a relação entre as estruturas da experiência e as estruturas da planta que estas
pretendem simular.
8. Observe atentamente a figura, que representa uma técnica de poda peculiar, aplicada em videiras,
designada por «anelamento das videiras». Responda às questões.
8.1 Como justifica que, após a aplicação desta técnica, as uvas cresçam mais rapidamente
e os bagos fiquem normalmente suculentos e doces?
8.2 Seleccione a opção correcta. Com a aplicação desta técnica, o horticultor consegue…
A — … interromper o transporte no floema dos locais de produção para os locais de consumo.
B — … interromper o transporte descendente do floema, não alterando o transporte no xilema.
C — … interromper o transporte no floema e no xilema entre as zonas separadas pelo anel.
D — … interromper o acesso de água aos frutos, permitindo a concentração dos açúcares.
8.3 Esta técnica é aplicada apenas em alguns ramos. Encontre uma justificação lógica para
que nem todos os ramos sejam sujeitos a este tratamento.
9. Observe com atenção a figura, que representa as paredes transversais de determinadas células,
e responda às questões.
A B
Faringe
Cavidade gastrovascular
Nutrientes
Oxigénio
Produtos de excreção
Dióxido de carbono
Aberto Fechado
ACTIVIDADE
Coração
Corações laterais
Hemocélio
O coração destes animais, de forma tubular e com posição dorsal, sistema de transporte fechado closed
recebe a hemolinfa e, com uma contracção, impulsiona-a para a aorta transport system
dorsal. Daqui é expulsa para o hemocélio banhando os vários órgãos capilares capillaries
A Ostíolos
ACTIVIDADE
A C
B D
Peixes Répteis
Anfíbios Mamíferos
1.1 Qual é a principal alteração registada ao nível dos corações dos vertebrados?
1.2 Para executar uma volta completa ao corpo, quantas vezes passa o sangue pelo coração em cada
um deles?
1.3 Em qual dos esquemas deverá existir mistura entre o sangue venoso e arterial?
1.4 Em qual dos esquemas pode ser atingida uma maior rendibilização da circulação?
ACTIVIDADE LABORATORIAL
CORAÇÕES DE VERTEBRADOS
Não se esqueça de:
• usar bata;
• respeitar as regras de
Teoria Em que diferem Conclusão
segurança do laboratório.
Transporte nos animais. os corações
dos peixes
e dos
mamíferos?
Princípios
• Os vertebrados têm um sistema
circulatório fechado.
• Nos peixes, a circulação é simples.
• Nos mamíferos, a circulação é dupla
e completa. Resultados
Conceitos
Aurícula, ventrículo, circulação simples,
circulação dupla, circulação completa.
Procedimento
1 — Coloque o cação no tabuleiro, com a face ventral para cima.
2 — Com a ajuda do bisturi, faça um corte na face ventral do peixe, de modo a expor o interior do
corpo do animal.
3 — Observe o coração do animal e compare com a fotografia.
4 — Esquematize e construa uma legenda.
5 — Coloque o coração de porco no tabuleiro, com a face ventral para cima (o sulco oblíquo é mais
visível nesta face).
6 — Utilizando o bisturi, corte longitudinalmente o coração.
7 — Observe o coração e compare-o com o da fotografia.
8 — Esquematize e construa uma legenda.
Aurícula
Ventrículo
circulação simples single circulation Nos peixes, o coração é constituído por uma aurícula e por um
sístole systole ventrículo. Por esta razão, o sangue completa uma volta total ao
corpo, passando uma única vez pelo coração. Diz-se, por isso, que
nos peixes a circulação é simples.
Ao coração dos peixes chega sangue venoso, que é recebido
A RETER
pela aurícula, que o bombeia para o ventrículo. Este, após contrac-
Na circulação simples, ção — sístole —, pressiona o sangue em direcção às superfícies
o sangue passa pelo coração
apenas uma vez em cada volta.
respiratórias. Aí, o sangue é arterializado (recebe oxigénio) e parte
em direcção a todas as células do corpo (Fig. 36).
Capilares branquiais
Ventrículo Aurícula
Fig. 36 Sistema circulatório dos peixes. O coração tem duas cavidades, onde circula
o sangue venoso.
Nos anfíbios, o coração apresenta três cavidades, duas aurícu- circulação dupla double circulation
las e um ventrículo. A possibilidade de receber dois tipos de sangue circulação incompleta incomplete
permite a estes animais desenvolverem uma circulação dupla, na circulation
Capilares
pulmonares
AD AE
V V
Fig. 37 Sistema circulatório dos anfíbios. O coração tem três cavidades e permite uma A RETER
circulação dupla. A mistura de sangue, que ocorre no ventrículo, torna a circulação
incompleta. Na circulação dupla, o sangue
atravessa duas vezes o coração,
sob a forma de sangue venoso
O facto de existir um único ventrículo nos anfíbios, que recebe e sangue arterial.
simultaneamente sangue arterial e venoso, pode levar a uma mistu-
ra parcial destes dois tipos de sangue, pelo que se diz que a circu-
lação é incompleta. Este facto parece ser minorado pela forma
como o coração se organiza fisiologicamente, havendo uma abertura
compassada das válvulas, que separam as aurículas do ventrículo.
A RETER
Os anfíbios e os répteis
apresentam circulação dupla
e incompleta.
CURIOSIDADE
Michael Hammer, caçador profis-
sional de fósseis, descobriu no Da-
cota do Sul, em 1993, uma peça
dura como uma pedra, que é um
coração de um dinossauro herbí-
Capilares pulmonares
voro bípede, que viveu no Norte
dos Estados Unidos há 66 milhões
de anos. Agora, um estudo da uni-
versidade do estado da Carolina
do Norte, publicado na Science, re-
velou que este coração, tal como o
das aves e mamíferos, e ao contrá-
rio do dos répteis, possui dois ven-
AD AE
trículos, o que o torna semelhante
ao dos animais de sangue quente.
V V
provavelmente, o motivo por que estes animais atingem taxas Na circulação completa,
o sangue arterial não se mistura
metabólicas de tal forma elevadas que conseguem, por exemplo,
com o sangue venoso.
manter a temperatura corporal constante.
Capilares
pulmonares
AD AE
VD VE
A RETER
Fig. 39 Sistema circulatório dos mamíferos. O coração dos mamíferos tem quatro
cavidades, pelo que estes animais apresentam circulação dupla e completa.
Capilar
Válvula
Arteríola
Vénula
Artéria Veia
Rede de capilares
Fig. 40 Vasos sanguíneos. Nos sistemas circulatórios fechados, o sangue sai do coração
por artérias que se ramificam em arteríolas e capilares. Estes vasos reúnem-se em
vénulas e estas em veias, que trazem o sangue de volta ao coração.
2 2 2 Fluidos circulantes
Sangue
No sangue (Fig. 41), é possível encontrar elevada quantidade de
plasma (mais de 50 %), e diversas estruturas; nomeadamente hemá-
ceas, leucócitos e plaquetas sanguíneas.
PLASMA (55 %)
Meio aquoso onde circulam
nutrientes, produtos de
excreção, gases, hormonas,
anticorpos, proteínas, etc.
HEMÁCIAS
Células responsáveis
pelo transporte de
oxigénio e de dióxido
de carbono.
Sangue. Sangue centrifugado.
Fragmentos celulares
envolvidos nos processos
de coagulação.
Células envolvidas
nos processos de defesa
Embora o sangue assegure o transporte das substâncias e as do organismo.
funções relacionadas com a manutenção da integridade e equilíbrio
do organismo, o contacto directo com as células não é da responsa-
bilidade deste fluido.
Linfa
Ao nível dos capilares, a saída de plasma e de leucócitos — cons-
tituintes da linfa — encontra-se facilitada pelo facto de estes vasos
apresentarem uma única camada de células formando a sua parede
interna (Fig. 42).
Linfa intersticial
Células
Leucócito
PESQUISAR E DIVULGAR
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
ACTIVIDADES
Aberto Fechado
3. Estabeleça a correspondência correcta entre o tipo de circulação e o(s) animal(ais) que a possui(em).
SISTEMA CIRCULATÓRIO
A — Sistema circulatório aberto.
B — Sistema circulatório fechado, circulação simples.
C — Sistema circulatório fechado, circulação dupla completa.
D — Sistema circulatório fechado, circulação dupla incompleta.
ANIMAL
1 — Carapau.
2 — Mosca.
3 — Galinha.
4 — Lagarto.
5 — Rato.
5. Identifique dentro de cada conjunto de quatro termos, o que não tem lógica quando agrupado
com os restantes.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
A — Sistema circulatório fechado/aberto.
B — Circulação completa/incompleta.
C — Circulação dupla/simples.
BENEFÍCIO
1 — O sangue circula a maior velocidade.
2 — O sangue circula com maior pressão.
3 — O sangue oxigenado não se mistura com o sangue venoso.
4 — A gestão da distribuição do sangue é mais eficaz.
8. Relacione a característica dos mamíferos, referida no texto, com o seu sistema circulatório.
«Os mamíferos são animais homeotérmicos, isto é, mantêm a temperatura do corpo constante,
gastando para tal muita energia.»
9. A chave dicotómica que se segue distingue os animais representados pelo sistema circulatório.
Identifique as características contrastantes que estiveram na base da sua construção.
Barata
Minhoca
Sardinha
Rã
4
Gato
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
DOC. 1 Técnicas
«Plástico
no tratamento
verde»
A de«plástico
expressão problemas cardiovasculares
verde» assume um As aplicações do plás-
CURIOSIDADE
significado de grande interesse ambiental. Trata-se tico verde Algumas espécies de bam-
A aterosclerose é um processo crónico ini- Na não se restrin-
cirurgia de bus chegam a crescer mais
de umpor
ciado tipodeposição
de plásticolípidos
extraídoe da cana-de-açúcar,
lesão das paredes gem às embalagens
«bypass» coronário,deutili-
ali-
de 90 cm num único dia.
conhecido por PHB (polibetahidroxibutirato).
dos vasos sanguíneos que levam à inflamação A e mentos
zada e vasilhame;
feito um enxerto, já na
se
resina reproduz as características
acumulação novas camadas destes físicas, quími-
nutrientes, prevê a sua utilização
artéria afectada, de um em
cas e mecânicas até
continuamente, da maioria
chegar dos
ao polímeros
ponto em sinté-
que, artigos sanguíneo
vaso domésticos, (artéria
cosmé-
ticos
por invasão do lúmen dos vasos,o polietileno.
derivados do petróleo, como o fluxo san- ticos, higiene pessoal e in-
guíneoDurante muito tempo, o plástico foi produzi-
é limitado. clusive
A medicamentos. B
do à Nem
base sempre
de resinas
os sintéticas
medicamentoscomoconseguem
o poliéster, No Japão, a indús-
ocontrolar
polipropileno e o polietileno, materiais
a angina e, por vezes, o risco de de de-
en- tria automóvel está a de-
composição extremamente lenta no ambiente
farte é bastante elevado pelo que se recorre a senvolver um novo tipo de
(um
uma saco de plástico
angioplastia comcomum
balão pode
ou à demorar
realizaçãocem
de material, no qual as resinas vegetais são associa-
anos a degradar-se).
uma cirurgia de «bypass» coronário. das ao bambu, cujas fibras conferem rigidez ao
Fig. 15 Esquema
material. que mostra
O objectivo o balão ainda
é o fabrico por insuflar
de peças para
Em 1930, descobriu-se
Na angioplastia que
dilata-se bactérias
a artéria do gé-
afectada (A), em seguida insuflado, esmagando a placa e
nero Rhizobium, em simbiose com algumas plan- equipar o interior dos automóveis e há já perspec-
com um cateter que é inserido numa artéria da libertando o stent (B) e por fim o stent unido à
tas (beterraba, batata edecana-de-açúcar), eram tivasparede
de apresentação
do vaso (C).
de um protótipo em 2007.
virilha ou do antebraço modo fazê-lo chegar
capazes http://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/recycling-polymers/sorting.php
ao local adetratar.
realizar
Nafermentação
extremidade e produzir o PHB.é
deste cateter http://www.conpet.gov.br
Surgeum
colocado então um plástico
pequeno balãobiodegradável
que, ao atingir (ini-a http://temas.buscaki.com.br/agronegocios
cia o processo
posição correcta,deé decomposição no ambiente
insuflado, dilatando assim a (adaptado)
em 60 dias), que pode ser reciclado dezenas
artéria.
de vezes,
Mais sem necessitar passou
recentemente, de altasutilizar-se
temperaturas,
uma ACTIVIDADES
mantendo as suas características.
pequena prótese de metal, stent, para Os cientistas
garantir
já testaram
dilatação em laboratório
ampla indivíduos,este material e verifi-
incapacidade e até 1. Tendo em conta que as bactérias Rhizobium
caram
a morte. A angina de peitoe permitirdea carbono
que as emissões de dióxido susten- se encontram no solo, e que as plantas às quais
para
taçãoa daatmosfera
parede podem diminuir
da artéria. cercade
A partir de 2002
50 % elas se associam produzem um tipo de resina
relativamente
acumulação novas à produção
camadas de destes
plásticonutrientes
derivado com características particulares, como se poderá
do petróleo. Os investigadores acreditam
começaram a stents impregnados acumulação que relacionar a simbiose referida no texto com
esta poderá ser uma das formas de
de novas camadas nutrientes com modo evitar combater a circulação de matérias na planta?
ocicatrização
avanço do exagerada
aquecimento globalestenose.
ou nova e reduzir a de-
2. Refira algumas aplicações tradicionais dos fluidos
pendência do petróleo. das plantas.
ACTIVIDADES
ACTIVIDADE 3
unidade 3
Transformação e utilização
de energia pelos seres vivos
3 1 Fermentação 159
3 3 Trocas gasosas
em seres multicelulares 174
Transformação e utilização
unidade 3 de energia pelos seres vivos
C
A B
E D
INTRODUÇÃO
Fig. 1 A energia solar entra nos ecossistemas através das plantas e de outros organismos fotossintéticos e, a partir
daí, vai fluindo entre os restantes seres vivos.
NH2
Adenina
C
N
N C
CH
HC C
O O O N N
O- P O P O P O CH2 O
O- O- O- C C
H H Ribose
H H
C C
OH OH
Fig. 4 Quer nos animais quer nas plantas, ocorrem movimentos que requerem energia
por parte das células.
Reacções Exergónicas
(libertação de energia)
ENERGIA
Reacções Endergónicas
(consumo de energia)
O O
R C + NH4+ R C
O- NH2
A RETER
glutamato glutamina
O metabolismo celular é o
Fig. 5 A síntese do aminoácido glutamina requer energia, pelo que ocorre acoplada conjunto de todas as reacções
(em associação) com a hidrólise de ATP, reacção que liberta energia suficiente químicas que ocorrem na célula.
para ocorrer o processo.
ACTIVIDADE
AS VIAS METABÓLICAS
1. O esquema seguinte representa um conjunto de três reacções químicas que ocorrem em cadeia, ou seja,
uma via metabólica. Analise-o atentamente e responda às questões.
X Y Z
1.a Reacção 2.a Reacção 3.a Reacção
Fig. 6 As reacções que ocorrem na célula são, geralmente, em série. O produto de uma reacção vai ser o substrato
da reacção seguinte.
1.1 Sabendo que, numa reacção química, catalisada por uma enzima, existe um substrato inicial e um
produto final, refira:
a) o substrato da primeira reacção;
b) o produto da segunda reacção;
c) o que acontecerá se na célula não houver enzima 3 disponível;
d) o que poderá levar à acumulação do produto intermediário B.
TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA
Quando é degradada, a matéria orgânica liberta a energia que tem
armazenada. A molécula de ATP é capaz de captar e armazenar essa
energia, acoplando-se a síntese de ATP à reacção catabólica em questão.
Como são efectivadas estas transferências de energia?
As reacções de oxidação-redução, que são muito importantes no
metabolismo celular, são a resposta para esta questão. Ao dar-se início
à degradação de uma molécula orgânica, esta é progressivamente
oxidada, iniciando-se transferências de protões e electrões de umas
moléculas para outras, libertando energia.
Os electrões que são libertados de uma molécula têm de ser aceites por
outra, o que explica o facto de estas reacções ocorrerem em cadeia.
Quando uma molécula perde electrões, sofre uma oxidação e, quando
outra os recebe, sofre uma redução. O segundo fenómeno
é consequência do primeiro fenómeno: estes acontecem
simultaneamente, daí falar-se em oxidação-redução.
Reacção de oxidação-redução.
ACTIVIDADE
A B
500 mL
150 mL
Resultados
CRESCIMENTO
ASPECTO DA
CHEIRO DA POPULAÇÃO
ÁGUA DE CAL
DE LEVEDURAS
Aumento
Dispositivo A Cheiro a álcool Turva do número
de leveduras
Aumento
Ausência
do número
Dispositivo B de cheiro Turva
de leveduras
característico
(superior a A)
Fermentação alcoólica
Leveduras
C6H12O6 2(C2H5OH) ⫹ 2CO2 ⫹ energia
Glucose Álcool etílico Dióxido
de carbono
Respiração aeróbia
Leveduras
C6H12O6 ⫹ O2 6H2O ⫹ 6CO2 ⫹ energia
Glucose Oxigénio Água Dióxido
de carbono
Glicólise
Em todos os fenómenos de degradação da glucose atrás referi-
dos, a primeira etapa é sempre a glicólise, que se inicia com a molé-
cula da glucose e termina com o ácido pirúvico ou piruvato (Fig. 9).
glucose
ACTIVIDADE
Fase de activação Fase de rendimento
CH2OH CH2O P
GLICÓLISE C O
H C OH 2x
H H gliceraldeído-3-fosfato
H
C C C O
1. Observe o esquema e responda às questões. HO
OH H OH H
C C 2 P
1.1 Tendo em consideração a finalidade deste H OH ATP 2 NAD+
glucose
fenómeno, explique porque se chama ao CH2O P
ADP
+H
2 NADH
+
2x
conjunto de reacções representado à H
C O
H
1,3 bisfosfoglicerato
H
esquerda da seta «fase de activação» C C 2 ADP
OH H OH
e ao conjunto da direita «fase de HO
C C
2 ATP
rendimento». H OH
2x
glucose-6-fosfato 3-fosfoglicerato
1.2 Qual é o balanço energético da glicólise?
1.3 Que molécula(s) é(são) reduzida(s) neste frutose-6-fosfato
processo? ATP
ADP 2x
2-fosfoglicerato
frutose-1,6-bisfosfato
2 H2O
2x
fosfoenolpiruvato
Fig. 10 A glicólise é a via 2 ADP
A RETER
NADⴙ e NADH
A molécula NAD⫹ surge na fase de rendimento e converte-se
em NADH ⫹ H⫹. Esta molécula, nicotinamida adenina dinucleótido,
é reduzida, recebendo electrões e protões, que transporta para outras
fases do processo de degradação da matéria orgânica.
NADⴙ ⴙ 2eⴚ ⴙ 2Hⴙ ➞ NADH ⴙ Hⴙ
3 1 Fermentação
Na resolução da actividade da página 155 ficou por explicar o
cheiro a álcool, que não pode ser atribuído à glicólise.
Na ausência de oxigénio, o ácido pirúvico sofre redução por
acção da molécula de NADH formada na glicólise.
Os produtos finais destas reacções químicas podem variar con-
soante o organismo onde decorre o processo. Assim, no caso das
leveduras (por exemplo, Saccharomyces cerevisae, fermento de
padeiro), o ácido pirúvico é descarboxilado (perde CO2) e reduzido,
transformando-se em álcool etílico, dizendo-se que ocorreu fer-
mentação alcoólica (Fig. 12A).
No entanto, em algumas bactérias (por exemplo, Lactobacillus
bulgaricus, do iogurte) e até nas células musculares do Homem
ocorre a redução do piruvato, sem existir descarboxilação, o que
origina ácido láctico, designando-se este processo por fermentação
láctica (Fig. 12B).
A B
Fig. 12 Os dois tipos de fermentação têm em comum o conjunto de reacções que constituem a glicólise (a glucose dá origem ao ácido
pirúvico). No entanto, as transformações sofridas pelo ácido pirúvico são diferentes, originando produtos finais distintos.
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Prepare soluções de glucose a 5 % e a 30 % (5 g de glucose em 100 mL de água e 30 g
de glucose em 100 mL de água).
2 — Prepare uma suspensão de leveduras a 20 % (20 g de fermento de padeiro em 100 mL de água).
3 — Agite a suspensão de leveduras, retire uma gota e faça uma preparação microscópica. Observe-a
ao MOC com a objectiva de 40x. Conte o número de leveduras que aparecem no campo de visão
e registe esse valor.
4 — Prepare três Erlenmeyers da seguinte forma:
A — 100 mL de água ⫹ 10 mL
de suspensão de leveduras.
B — 100 mL de solução de glucose
a 5 % ⫹ 10 mL de suspensão
de leveduras.
C — 100 mL de solução de glucose
a 30 % ⫹ 10 mL de suspensão
de leveduras.
5 — Coloque um balão de borracha no topo
de cada Erlenmeyer.
6 — Guarde os Erlenmeyers em local com
temperatura amena.
7 — Vinte e quatro horas depois:
a) registe a variação no volume dos balões;
b) analise e registe o cheiro exalado de cada Fig. 13 Resultados.
balão;
c) retire uma gota da solução do dispositivo A, faça uma preparação microscópica e observe
ao MOC na objectiva de 40x, conte o número de leveduras que aparecem no campo de visão
e registe. Repita o procedimento para os dispositivos B e C.
Discussão
1 — Justifique a utilização de soluções de glucose.
2 — Discuta o papel desempenhado pelo dispositivo A.
3 — Justifique a variação do número de leveduras registado nos diversos dispositivos,
relacionando-os entre si, bem como com o valor registado inicialmente na suspensão
de leveduras.
4 — Justifique as diferentes variações no volume dos balões dos dispositivos, relacionando-os
com as condições inerentes a cada um.
5 — Interprete o cheiro, ou ausência do mesmo, em cada dispositivo, relacionando-o
com as condições de montagem de cada um.
Conclusão
1 — Que conclusões retira quanto:
a) às condições necessárias para que ocorra a fermentação;
b) às condições ideais de concentração de substrato;
c) ao tipo de fermentação realizada.
A B
C D
PESQUISAR E DIVULGAR
Fig. 14 O fabrico da cerveja e do pão (A e B) envolvem a realização da fermentação
alcoólica, enquanto o iogurte (C) é obtido por fermentação láctica e o vinagre (D) Pesquise, recorrendo a diversas
por fermentação acética. fontes, seleccionando livros,
revistas ou sites da Internet
No entanto, embora estes processos sejam pouco rendíveis em relacionados com o papel
da fermentação, numa das
termos energéticos (são formadas apenas duas moléculas de ATP),
seguintes indústrias alimentares:
originam produtos finais ainda muito energéticos. As células
• fábrica de cerveja;
musculares humanas recorrem à fermentação láctica com muita • fábrica de vinho;
frequência. Quando o oxigénio que chega às células não é o sufi- • fábrica de pão;
ciente para garantir a degradação da glucose necessária para suprir • fábrica de iogurtes.
as exigências energéticas, a célula inicia o processo de fermentação Identifique o(s)
láctica, já que, apesar do baixo rendimento energético, é mais um microrganismo(s) envolvido(s),
modo de obter energia. O problema que surge como consequência o(s) substrato(s) utilizado(s),
deste acontecimento é o aparecimento de cãibras, uma vez que a as técnicas aplicadas, o tipo
de fermentação ocorrido, bem
acumulação do ácido láctico nas células se torna dolorosa, só desa-
como as implicações desta
parecendo a dor quando este composto sai da célula e é levado pelo indústria na sociedade.
sangue para o fígado, a fim de ser metabolizado.
unidade 3 Transformação e utilização de energia pelos seres vivos 161
Unidade3_P148-173 28/2/07 10:51 Page 162
3 2 Respiração aeróbia
Para muitos seres vivos, a fermentação como modo de obten-
ção de energia não seria eficaz para as suas necessidades. Muitos
seres conseguem aproveitar melhor a energia da glucose degradan-
do de modo mais eficiente o ácido pirúvico formado no final da gli-
cólise (Fig. 15). Possuindo como aceitador final de electrões o oxigé-
nio, estes seres vivos dão um destino diferente ao ácido pirúvico
obtendo como produtos finais água e dióxido de carbono, compos-
tos pouco energéticos, e conseguindo alcançar muito maior quanti-
dade de energia.
Glucose
ADP + Pi
ATP
Piruvato
Ácido
cido láctico ou etanol + CO2
e- , H+
ADP + Pi
Coenzimas e-
ADP + Pi ATP
Ciclo de Krebs
ATP
e-
Cadeia transportadora de electrões
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Identifique 5 copos de precipitação com as letras de A a E e prepare-os da seguinte forma:
A — 100 mL de solução de cloreto de sódio ⫹ 10 mL de solução de azul-de-metileno
com 5 amêijoas vivas;
B — 100 mL de solução de cloreto de sódio ⫹ 10 mL de solução de azul-de-metileno
com 5 amêijoas previamente cozidas;
C — 100 mL de solução de Ringer ⫹ 10 mL de solução de azul-de-metileno com 5 rodelas
de cenoura crua ;
D — 100 mL de solução de Ringer ⫹ 10 mL de solução de azul-de-metileno com 5 rodelas
de cenoura previamente cozida;
E — 100 mL de solução de Ringer ⫹ 10 mL de solução de azul-de-metileno.
2 — Adicione a cada copo um pouco de óleo, de modo a que toda a superfície fique coberta por uma
película.
3 — Observe e registe a cor da solução dos vários copos.
4 — Coloque os copos em banho-maria a 20°C durante uma hora.
5 — Observe e registe de novo a cor da solução dos vários copos.
Fig. 16 Resultados.
Discussão
1 — Justifique a utilização de soluções de:
a) cloreto de sódio nos copos A e B;
b) solução de Ringer nos copos C e D;
c) azul-de-metileno nos vários copos.
2 — Justifique a cobertura dos vários copos com óleo.
3 — Identifique o papel desempenhado pelo dispositivo E.
4 — Compare e interprete os resultados obtidos em:
a) A e B;
b) C e D;
c) A e C.
Membrana
externa
CURIOSIDADE
• As mitocôndrias de qualquer Cristas
Matriz
indivíduo são sempre herda-
das da mãe, já que é o óvulo
que fornece o citoplasma e os
seus organitos, quando ocor-
re a fecundação e a formação
do ovo.
• As mitocôndrias possuem DNA
(mtDNA). Quando ocorre algum Membrana
erro nesta molécula, esse pro- interna
blema é transmissível de mãe
Ribossomas
para filho. DNA mitocondrial
Fig. 17 A mitocôndria é um organito com um sistema de dupla membrana
em que a interna sofre invaginações designadas cristas mitocondriais. O seu meio
interno — matriz — possui DNA e ribossomas.
ACTIVIDADE
1. Analise o esquema, que representa o conjunto de reacções que ocorrem em aerobiose a seguir
à glicólise, e responda às questões.
Coenzima A
Ácido
pirúvico
NAD+ CO2 Acetil-CoA
NADH + H+ Ácido Ácido
oxaloacético cítrico
Oxidação do
ácido pirúvico NADH + H+
NAD+
NAD+
NADH + H+
H2O
CO2
NAD+
FADH2
NADH + H+
FAD
CO2
ATP ADP
FAD (flavina adenina
dinucleótido) é uma molécula com
funções equivalentes às de NAD⫹
Fig. 18 O ciclo de Krebs engloba um conjunto de reacções que termina com a regeneração do ácido oxaloacético e onde
ocorrem reacções de oxidação-redução, de descarboxilação, e é produzida energia.
1.1 Por alteração de uma molécula de ácido pirúvico, quantas moléculas se formam de:
a) dióxido de carbono;
b) NADH e FADH2;
c) ATP.
1.2 O ciclo de Krebs inicia-se com uma reacção entre dois compostos. Identifique-os.
1.3 Quantas moléculas de dióxido de carbono se libertam, cada vez que uma molécula de glucose
é degradada por respiração aeróbia?
Membrana
mitocondrial
externa
Espaço
intermembranar
Membrana e-
mitocondrial e- e-
interna
e-
FADH2 FAD O2 H2O
NADH + H+ NAD+
Os electrões são transferidos
Matriz para o oxigénio molecular que os recebe,
mitocondrial juntamente com os protões, para formar água
Fig. 20 As moléculas transportadoras de electrões existentes na membrana interna
mitocondrial recebem os electrões cedidos pelo NADH, que se transforma
em NAD⫹. Os protões são bombeados para o espaço intermembranar.
Espaço H+ H+ H+
intermembranar H+
H+
H+ H+
ATP sintase
Membrana
mitocondrial
interna
ADP + Pi
Gradiente
electroquímico ATP
Matriz
mitocondrial H+
Os protões voltam a entrar na matriz mitocondrial a favor do gradiente
electroquímico e a energia gerada possibilita a síntese de ATP.
Na matriz mitocondrial
Oxidação do piruvato
Ciclo de Krebs
As diversas etapas da respiração aeróbia ocorrem em
Na membrana interna locais distintos da célula. Nos procariontes que realizam
da mitocôndria respiração aeróbia, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória No citoplasma
Cadeia respiratória não podem ocorrer na mitocôndria, uma vez que nestes Glicólise
seres não existem organitos com membranas. Fermentação
Ciclo de Krebs
Piruvato
RESPIRAÇÃO FERMENTAÇÃO
ADP + Pi
Ciclo de Krebs
ATP
e-
Cadeia transportadora de electrões
Fig. 21 Localização dos fenómenos respiratórios nas células eucariótica
e procarióticas.
Respiração aeróbia
SALDO DA RESPIRAÇÃO AERÓBIA
MATRIZ DA CADEIA
CITOPLASMA
MITOCÔNDRIA RESPIRATÓRIA
A membrana interna
2 ATP-------- --------------------- 2 ATP
mitocondrial é impermeável
------------------→
Glicólise 2 NADH ----- --------------------- 5 ATP----------→ 5 ATP ao NADH, formado na glicólise.
ou 3 ATP -----→ ou 3 ATP Contudo, existem mecanismos
Ácido Pirúvico que permitem indirectamente
a Acetil Co - A 2 x (1 NADH)---- → 2 x (2,5 ATP) 5 ATP
a formação na matriz
2 x (1 ATP) ------ -------------------- 2 ATP mitocondrial de moléculas de
Ciclo de Krebs 2 x (3 NADH)---- → 2 x (7,5ATP) 15 ATP NADH ou de FADH2, por cada
2 x (1 FADH2)— → 2 x (1,5ATP) 3 ATP NADH formado no citoplasma.
NICHOLLS, D., G.; FERGUSON, S., J.; — Bioenergetics 3. Academic Press. 2002 30 ATP Assim, o valor máximo
TAIZ, L.; ZEIGER, E. — Plant Physiology. Sinauer Associates, Inc., Publishers. Total ou
Massachusetts: 2006.
de 32 ATP por cada molécula
32 ATP
de glucose resulta da formação
de NADH (cada molécula
Para a síntese de uma molécula de ATP, a partir do seu anteces- origina 2,5 ATP) e o valor
sor ADP e Pi, são necessárias cerca de 30,5 kJ, pelo que, para for- de 30 ATP resulta da formação
de FADH2 (cada molécula dá
mar 32 ATP, foram apenas utilizadas 976 kJ das 2867 kJ da glucose,
origem 1,5 ATP).
tendo a restante energia sido dissipada sob a forma de calor.
Fermentação
SALDO DA FERMENTAÇÃO
Através da fermentação apenas 2,5 % da energia contida numa
molécula de glucose é conservada, sob a forma de ATP. A activação da glicose implica
o consumo de duas moléculas
de ATP, o que obriga a retirar
essas duas moléculas ao total
GASTOS PRODUZIDOS
formado, quatro moléculas
Glicólise 2 ATP 4 ATP de ATP. Assim sendo, o saldo
da fermentação é de duas
Redução do pirúvico 0 0 moléculas de ATP.
Saldo 2 ATP
A RETER
GASTOS PRODUZIDOS SALDO
Todos os seres vivos necessitam
Respiração aeróbia 2 32 ou 34 30 ou 32 de transformar a matéria
orgânica, que fabricam
Fermentação 2 4 2 ou recebem do meio, para
retirar dela a energia necessária
ao bom funcionamento das
suas células.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• Todos os seres vivos necessitam de transformar a matéria orgânica, que fabricam ou retiram do meio,
de modo a receber energia que esta contém.
• O metabolismo celular, conjunto de todas as reacções que ocorrem na célula, pode dividir-se em
anabolismo e catabolismo.
• As reacções que decorrem na célula acontecem em cadeia, constituindo o que se designa por vias
metabólicas.
• Os seres vivos que realizam unicamente a fermentação para degradar a matéria orgânica e obter
energia são anaeróbios obrigatórios. Os seres que são capazes de degradar a glucose na ausência
de oxigénio mas também o conseguem utilizar, se estiver presente, realizando a respiração aeróbia são
seres anaeróbios facultativos.
• A glicólise é a primeira etapa da oxidação da glucose e é comum aos dois processos catabólicos —
fermentação e respiração celular — sendo produzidas duas moléculas de ATP e ácido pirúvico.
• Dependendo do organismo, na ausência de oxigénio o ácido pirúvico é reduzido, podendo originar
ácido láctico (fermentação láctica) ou álcool etílico e dióxido de carbono (fermentação alcoólica).
• Nos dois tipos de fermentação, o saldo energético é de 2 ATP. Estes dois processos são usados
no fabrico de alimentos.
• Na respiração aeróbia, ocorre, a seguir à glicólise, a formação de outros compostos (Acetil-CoA)
que vão sofrer alterações no ciclo de Krebs e originar NADH que leva protões e electrões para a cadeia
respiratória.
• As fases seguintes à glicólise ocorrem num organito celular, a mitocôndria.
• O balanço energético da respiração aeróbia é de 30 ou 32 ATP por molécula de glucose.
• A respiração aeróbia é um processo mais rendível do que a fermentação, porque a célula obtém, de
forma gradual, mais energia a partir da mesma quantidade de substrato — uma molécula de glucose.
ACTIVIDADES
2. Das opções seguintes, seleccione aquela que traduz a razão de alguns seres realizarem
fermentação láctica.
A — Consumo de 2 ATP.
B — Produção de produtos alimentares.
C — Libertação de dióxido de carbono.
D — Obtenção de energia a partir da matéria orgânica, na ausência de oxigénio.
TERMOS
A — Respiração aeróbia.
B — Fermentação láctica.
C — Fermentação alcoólica.
D — Fotossíntese.
AFIRMAÇÕES
I. Formação de dióxido de carbono.
II. Gasto de dióxido de carbono.
III. Produção de matéria orgânica.
IV. Formação de ácido láctico.
V. Formação de ATP.
DISPOSITIVO A B
CONDIÇÕES
EM QUE DECORRE Anaerobiose Aerobiose
A EXPERIÊNCIA
TAXA
DE REPRODUÇÃO Baixa Alta
DAS LEVEDURAS
NÍVEL
DE PRODUÇÃO Baixo Alto
DE ENERGIA
ACTIVIDADES
4.3 Tendo em conta os dados relativos ao consumo de glucose e de produção de energia, infira
sobre a rendibilidade energética dos processos A e B.
4.4 Refira a designação atribuída a um ser vivo que:
a) realize o processo ocorrido no dispositivo A;
b) realize o processo ocorrido no dispositivo B;
c) realize ambos os processos.
6.1 Identifique o processo metabólico utilizado pelas bactérias a que o texto se refere.
6.2 Quais são as vantagens da realização deste processo para as bactérias?
6.3 Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.
Numa montagem experimental para comprovar este fenómeno, uma forma de acompanhar
os resultados seria…
A — … acompanhar o crescimento das colónias de bactérias.
B — … utilizar água de cal.
C — … utilizar indicadores da variação da quantidade de oxigénio (ex.: azul-de-metileno).
D — … registar as variações do pH do meio.
E — … registar as variações do cheiro.
6.4 Justifique a classificação atribuída às afirmações B e D da questão anterior.
CHAVE
A — A afirmação é apoiada pelos dados.
B — A afirmação é contrariada pelos dados.
C — A afirmação não tem relação com os dados.
I. A hipoxia é um tipo de sintomatologia que surge devido à falta de oxigénio nas células.
II. Quando há necessidade de aclimatação, as células deixam de realizar respiração.
III. A circulação sanguínea adapta-se, até certo ponto, às condições ambientais, de modo
a compensar as carências de oxigénio.
IV. As adaptações do organismo aquando da aclimatação têm como finalidade uma maior
captação de oxigénio.
V. O número de glóbulos brancos aumenta com a altitude.
8.2 Seleccione uma frase do texto que reforce a seguinte afirmação:
«A quantidade de oxigénio no ar condiciona o funcionamento do aparelho cardio-respiratório.»
8.3 Seleccione a opção correcta. As mitocôndrias são organitos celulares onde ocorre:
A — Redução do ácido pirúvico.
B — Glicólise.
C — Formação do ácido pirúvico.
D — Formação de água.
E — Formação de 30 ou 32 ATP por molécula de glucose.
8.4 Classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações.
A — No ciclo de Krebs existem enzimas de oxidação-redução.
B — Na mitocôndria formam-se 32 ATP por molécula de glucose.
C — A glicólise faz parte de uma via metabólica.
D — O aumento do número de hemácias favorece a captação de oxigénio.
8.5 Complete a afirmação seguinte, escolhendo a opção correcta.
A respiração aeróbia permite extrair uma boa parte da energia da glucose que é utilizada
para a produção de…
A — … calor.
B — … ATP.
C — … calor e ATP.
D — … ácido láctico.
E — … água e dióxido de carbono.
3 3 Trocas gasosas
em seres multicelulares
Todos os seres vivos que realizam respiração aeróbia utilizam
oxigénio do meio ambiente e produzem dióxido de carbono, que
lançam para o ambiente. Estas trocas gasosas são realizadas por
difusão através das superfícies respiratórias.
ACTIVIDADE
NECESSIDADE DE OXIGÉNIO
Homem: Minhoca:
Área superficial — 180 dm2 Área superficial — 0,36 dm2
Volume — 68 dm3 Volume — 0,0048 dm3
Área superficial 180 Área superficial 0,36
⫽ ⫽ 2,65 ⫽ ⫽ 75
Volume 68 Volume 0,0048
Células-guarda
ou estomáticas
Células de companhia
ACTIVIDADE
A B
Vacúolo H2O
H2O
Ostíolo
Células-guarda
Fig. 28 Variação da abertura do estoma.
Lentícula (fotografia).
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Prepare três fragmentos de Tradescancia, colocando-os num copo de precipitação com água
durante vinte e quatro horas, nas seguintes condições:
a) A e B com luz artificial;
b) C em local obscuro.
2 — Pincele com o verniz uma zona da página inferior de uma folha da planta A. Deixe secar, retire
a película do verniz e monte-a entre a lâmina e a lamela. Observe os estomas ao MOC
e esquematize os resultados.
3 — Repita o procedimento utilizado em 2, utilizando a planta C.
4 — Sujeite uma folha da planta B à acção de um secador de cabelo durante quinze minutos.
De seguida, envernize a zona da folha previamente sujeita à acção do secador. Deixe secar, retire
a película de verniz e faça uma preparação para observação microscópica. Observe ao MOC
e esquematize os resultados.
Discussão
1 — Compare e justifique os resultados obtidos com as plantas:
a) A e B;
b) A e C.
Conclusão
1 — No controlo de abertura dos estomas, qual é a influência do factor ambiental:
a) luz/escuridão?
b) vento?
ACTIVIDADE
A B
Secção da
superfície
respiratória
(tegumento que
cobre o corpo)
Capilares
Capilares Superfície
respiratória Superfície CO2
CO2 (brânquias) corporal
O2 O2
C D
Células do
organismo
Superfície
corporal
Superfície
corporal O2
Superfície
respiratória
(pulmões)
CO2 O2
Superfície
respiratória CO2 Capilares
(traqueias)
Fig. 30 Superfícies respiratórias da minhoca (A); de peixe (B); do grilo (C); do texugo (D).
Tegumento outer layer of cells A difusão de gases nos animais pode ocorrer directamente
entre a superfície respiratória e as células, como no caso dos insec-
tos, designando-se neste caso por difusão directa, ou pode ocorrer
entre a superfície respiratória e o líquido circulante, no caso dos
restantes grupos animais, designando-se por difusão indirecta.
ACTIVIDADE
Sangue
Filamento
branquial
Água
Água
O2
O2
O2
Fluxo de água
entre as lamelas
Fluxo sanguíneo
através das lamelas
A RETER
Fig. 33 Mecanismo de contracorrente.
O mecanismo de contracorrente
permite rendibilizar
a oxigenação do sangue,
Este mecanismo de contracorrente é tão eficaz que o sangue
nos peixes.
retira da água mais de 80 % do oxigénio dissolvido transportado.
A B
Traquíolas
Sacos de ar Traqueia
Célula
Espiráculo
Espiráculos
Traqueias
A B
Fluido
A RETER
ACTIVIDADE
A B
Cavidade nasal Faringe
Bronquíolo
Pulmão direito
Pulmão esquerdo
Brônquio
Bronquíolo
Alvéolos
Alvéolos
pulmonares
Traqueia
Ar
C Sacos aéreos
anteriores
Pulmão
Traqueia
Sacos aéreos
posteriores
INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO
Sacos aéreos cheios de ar Sacos aéreos vazios,
pulmões cheios de ar
Fig. 36 Constituição do sistema respiratório do Homem (A); pormenor do pulmão — alvéolos pulmonares (B);
constituição do sistema respiratório da ave (C).
1.1 Descreva os percursos do ar nos sistemas respiratórios do homem e da ave, desde que entra
até que sai do organismo.
1.2 Qual será o trajecto mais eficiente? Justifique a sua resposta.
alvéolo
A B
Músculos
intercostais
ar
O2 CO2
Costelas
capilar
Diafragma
Inspiração
Expiração
u n i d a d e 3 T r a n s f o r m a ç ã o e u t i l i z a ç ã o d e e n e r g i a p e l o s s e r e s v i v o s 187
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Conceitos Resultados
Procedimento
1 — Coloque um peixe (por exemplo, carapau) num tabuleiro de dissecação.
2 — Levante e corte o opérculo do peixe e observe as brânquias.
3 — Registe as observações através de esquemas ou fotografias digitais.
4 — Coloque um aparelho respiratório de um mamífero
(por exemplo, um borrego ou coelho) num
tabuleiro de dissecação.
5 — Observe os pulmões e registe as observações
através de esquemas ou fotografias digitais.
6 — Corte um fragmento do pulmão e observe-o
à lupa. Esquematize os resultados obtidos.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• Os seres vivos necessitam de realizar trocas gasosas com o seu meio ambiente. As trocas
gasosas designam-se por hematose.
• As superfícies respiratórias devem ter uma extensa área, ser finas e húmidas.
• Há animais, como as minhocas, que podem utilizar como superfície respiratória o tegumento.
• Há animais que, por serem de grandes dimensões, têm necessidade de possuir superfícies
respiratórias especializadas.
• Os peixes realizam a sua hematose através das brânquias. Nestas, o fluxo de água é contrário
ao sentido do sangue das suas lamelas (contracorrente), o que torna a difusão muito eficaz.
• Os insectos possuem traqueias que transportam o ar directamente para as células, onde ocorre
a hematose.
• Nos pulmões dos mamíferos existem milhões de alvéolos pulmonares, onde ocorre a hematose.
Os movimentos respiratórios de inspiração e expiração permitem renovar o ar dentro dos
alvéolos, mas não o renovam totalmente (ar residual).
• Nos pulmões das aves, existem parabrônquios (estruturas tubulares) onde ocorre a hematose.
Associados aos pulmões, existem sacos aéreos que participam na renovação do ar nos
pulmões; além disso, constituem reservas de ar e tornam o corpo da ave menos denso.
O ar passa unidireccionalmente pelos parabrônquios.
• A difusão de gases nos animais pode ser directa nos insectos, em que a hematose é realizada
directamente com as células, ou indirecta, no caso dos peixes, mamíferos e aves, em que a
hematose é realizada com o sangue que vai transportar o oxigénio da superfície respiratória
para as células e o dióxido de carbono das células para a superfície respiratória.
ACTIVIDADES
Estoma I Estoma II
CONCENTRAÇÃO
DE IÕES K⫹
reduzida D
QUANTIDADE
DE MOLÉCULAS DE H2O
A elevada
ESTADO
B E
DA CÉLULA-GUARDA
ESTADO
C F
DO ESTOMA
Chave
Planta A
dia enevoado Luz
Escuridão
4.1 Refira a diferença observada no gráfico com a planta A, num dia com sol e num dia
enevoado.
4.1.1 Apresente uma explicação para o facto observado na alínea anterior.
4.2 A planta B vive no deserto. Refira o comportamento dos seus estomas ao longo do dia.
4.3 Tendo em conta o comportamento de abertura/fecho dos estomas, refira uma vantagem
para a planta B.
6. Leia com atenção os textos A e B e responda às questões que lhe são propostas.
Texto A
A rã é um animal anfíbio. Durante a fase larvar, possui brânquias. Os adultos respiram por pulmões
e através da pele. Têm pulmões muito simples e com uma pequena superfície respiratória.
Os anfíbios são os únicos vertebrados terrestres que apresentam pele nua.
Texto B
No adulto, a contribuição de cada superfície respiratória (pulmões e pele) varia ao longo do ano,
como pode ser visto no gráfico.
Volume
de gás
pele CO2
pele O2
pulmão O2
pulmão CO2
J F M A M J J A S O N D
Meses
6.1 Refira uma superfície respiratória apresentada pela rã ao longo da sua vida igual à de:
a) uma minhoca;
b) um peixe;
c) um pardal.
6.2 Identifique nos textos o meio em que a rã passa os primeiros tempos da sua vida.
6.2.1 Qual é o dado que lhe permitiu tirar essa conclusão?
6.3 Seleccione a opção correcta.
A principal razão para a rã adulta recorrer, não só aos pulmões, mas também à sua superfície
corporal, para realizar as suas trocas gasosas é…
A — … a elevada taxa metabólica da rã.
B — … a presença de pulmões reduzidos.
C — … o facto de ter pele nua.
D — Nenhuma das opções anteriores.
6.4 Sabendo que numa determinada altura do ano o volume de entrada de O2 pelos pulmões supera
o volume entrado através da superfície corporal, resolva as questões.
6.4.1 Identifique esse período do ano.
6.4.2 Elabore uma hipótese justificativa para este facto.
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
ACTIVIDADES
DOC. 2 Angioplastia com balão
1. Analise o texto seguinte e responda à questão.
A «Um dos aspectos
aterosclerose é ummais importantes
processo na ini-
crónico competição de corrida média ou de longa distância é o ritmo.
ciado por deposição lípidos lesão das paredes com grande velocidade ou inicia uma disparada final
Se um atleta inicia uma corrida de resistência
muito
dos vasos cedo, o ácido
sanguíneos queláctico
levam vai acumular em
à inflamação e grandes quantidades e as reservas de glicogénio
diminuirão rapidamente […] devemos
acumulação de novas camadas destes nutrien- retardar ao máximo o aparecimento de fadiga.»
tes, continuamente,
1.1 Comente a até chegar
técnica ao anteriormente
descrita ponto em e aplicada ao treino de corredores de provas de fundo
tendo dos
que, por invasão comovasos,
base as informações
o fluxo sanguíneoiniciais.
é
limitado. Nem osempre
2. Analise gráfico os medicamentos
acima, tenha em contaconse-
as informações fornecidas e explique de que modo um atleta
guem controlar
consegueacorrer
angina e, por vezes,
oitocentos metroso durante
risco dedois minutos com consumo de O2 inferior àquele que seria
enfartenecessário.
é bastante elevado pelo que se recorre a
uma3.angioplastia com balãopara
Refira as repercussões ou àorealização de
estado de saúde do indivíduo não exercitado, da prática de exercício
uma cirurgia lípidos de «bypass» coronário.
físico curto e intenso, em situações: Na
angioplastia dilata-se a artéria afectada com um
a) pontuais;
cateter que é inserido numa artéria da virilha ou
b) frequentes.
do antebraço de modo a fazê-lo chegar local a
tratar. Na extremidade deste cateter é colocado Fig. 16 Evoluções das plantas.
DOC. 3
2 Novas camadas
«Asma»
de nutrientes
A asma é uma doença inflamatória crónica Na angioplastia dilata-se a artéria afectada
das vias respiratórias, com dois componentes Fig.
com3um Os inaladores,
cateter que com é um
inserido numa artéria da
ou mais medicamentos,
principais: virilha do antebraço de modo a fazê-lo chegar
relaxam os músculos dos
Constrição é a contracção exagerada/aperto ao local a tratar. Na extremidade deste cateter é
brônquios e bronquíolos,
dos músculos em redor das vias aéreas; colocado um pequeno
provocando o alívio dos balão que, ao atingir a
posição correcta, é insuflado, dilatando assim a
sintomas.
Inflamação é o edema/inchaço das vias
artéria.
aéreas. A asma trata-se principalmente pela edu-
Mais recentemente passou utilizar-se uma
Nesta doença, as vias que conduzem o ar cação do indivíduo asmático. O asmático deve:
pequena prótese de metal, stent, para garantir
desde a laringe até aos alvéolos estão sempre • evitar os factores desencadeantes
dilatação ampla indivíduos, incapacidade e(estí-
até
inflamadas (de forma crónica), não se limitando mulos);
a morte. A angina de peitoe permitir a susten-
a um episódio de infecção ou de agressão do
tação• da
seguir as indicações
parede do A
da artéria. médico;
partir de 2002
organismo. Existe edema da mucosa brônquica, • monitorizar a evolução da sua doença; a
acumulação de novas camadas começaram
hiperprodução de muco nas vias aéreas e a
stents impregnados acumulação dea crise
• procurar ajuda médica quando novasé
contracção da musculatura lisa das vias aéreas, mais grave do que o habitual ou não cessa
Fig. 17 Evoluções das plantas. Todas as plantas têm camadas destes nutrientes com de modo evitar
com consequente diminuição do seu diâmetro com os factores de
uma origem comum. As plantas (com sistema de cicatrização exagerada oualívio
novarecomendados.
estenose.
(broncospasmo). Isto resulta em vários sinto-
transporte) surgiram no Paleozóico. A revista científica britânica The Lancet pro-
mas: dispneia (falta de ar), aperto torácico, tosse Na cirurgia a «bypass» coronário, utilizada
põe a abolição do termo «asma». De acordo
feito um enxerto, na artéria afectada, de um com
e pieira, principalmente
A aterosclerose é umà noite.
processo crónico ini- os cientistas,
vaso sanguíneoa asma nãodaé uma
(artéria parededoença única,
torácica ou
ciadoApor
asma pode afectar
deposição qualquer
de lípidos pessoa,
e lesão mas
das pare- mas sim um conjunto de sintomas de distintas
longas mesmo a obstrução do vaso debilitado.
tem dos
des maiorvasos
prevalência na população
sanguíneos que levaminfantil e
à infla- causas e características. A tosse e a dificuldade
juvenil, eafectando
mação acumulaçãoperto
dede 150 camadas
novas milhões de pes-
destes em respirar, consequências de uma inflamação
soas nos países
nutrientes, desenvolvidos.
continuamente, Em ao
até chegar Portugal,
ponto nas vias respiratórias, podem ser provocadas por
estima-se
em que, porque invasão
mais de do
600lúmen
mil pessoas sofram
dos vasos, o diversos factores, da mesma forma que as pes-
desta sanguíneo
fluxo doença. é limitado. soas com asma podem sofrer crises por diferen-
Embora
Nem seja uma
sempre doença crónica,
os medicamentos a asma
conseguem tes motivos, manifestar sintomas distintos e res-
não se manifesta
controlar angina e,todos os dias.
por vezes, As manifesta-
o risco de enfarte ponder ao tratamento de forma desigual.
éções desta elevado
bastante doença pelo
podemqueser
sedesencadeadas
recorre a uma «Talvez a asma como sintoma seja, de facto,
por estímulos,com
angioplastia como, porou
balão exemplo:
à realização de uma apenas a manifestação clínica de doenças distin-
cirurgia de «bypass» coronário.
• ácaros; tas», indica o editorial da revista, questionando
• pólens; se, «em vez de confundir cientistas, médicos e
• pêlos de animais; pacientes ainda mais», não será hora de «elimi-
• fumo de tabaco; nar este nome, que perdeu a sua utilidade».
• alguns conservantes sulfurados utilizados O termo «asma» deriva da palavra grega que
em alimentos embalados e enlatados; significa «respirar com a boca aberta, ou ofegar».
• poluição do ambiente e do ar; Para a revista, este conceito é vago. «Até ao
• factores profissionais como poeiras de século XIX, a febre era considerada uma doença;
madeira, da indústria química e de plásti- talvez em 20, 30 ou 50 anos vejamos o mesmo
cos ou detergentes de lavandaria. acontecer com a asma», argumenta a revista.
A asma pode ter vários graus de gravidade, http://www.cienciapt.net, 28/08/2006 (adaptado)
consoante a frequência, a intensidade dos sin-
tomas e a necessidade de utilizar medicamen- ACTIVIDADES
tos.
1. Qual lhe parece ser o impacto desta doença
A B na economia mundial? Justifique.
2. Além dos referidos no texto, a asma tem ainda
outros factores desencadeantes. Pesquise e refira
outros factores que também contribuem para esta
doença.
Fig. 2 Vias respiratórias: saudáveis (A); doentes (B). 3. Qual é sua opinião sobre a notícia da revista The
Lancet?
unidade 4
4 1 Regulação nervosa
e hormonal nos animais 198
B C D E
De que forma mantêm os animais o equilíbrio interno na água e perante alterações de temperatura?
F G H
INTRODUÇÃO
Os seres vivos são parte integrante da biosfera, estão integrados no meio e interagem
contínuamente com este. De facto, é ao meio que os indivíduos vão buscar os nutrientes e
o oxigénio que utilizam na respiração, e é para o meio que libertam os seus produtos de
excreção. Os seres vivos são, portanto, sistemas abertos, isto é, efectuam constantemente
trocas de matéria e energia com o exterior. É importante ainda relembrar que em termodi-
nâmica se considera também a existência de sistemas fechados, os quais não estabelecem
trocas de matéria com o meio, o que não se aplica a nenhum dos sistemas biológicos.
Estando integrados no meio, e interagindo com este, seria de esperar que as alterações
no ambiente se repercutissem na constituição interna dos seres vivos, o que, regra geral,
não acontece.
Fig. 1 Plantas e animais respondem a variações externas, permitindo manter favoráveis as condições essenciais
à sua manutenção.
A B
Fig. 2 O urso usa o seu sistema nervoso quando capta o seu alimento (A). A tartaruga segrega uma solução salina, libertando, assim,
o excesso de sal, que serve de alimento às borboletas (B).
Sistema nervoso
Dado que os animais são indivíduos heterotróficos por inges-
tão, a sua vida depende da capacidade de memorizar presas e pre-
dadores e de investir sobre as primeiras e escapar dos segundos,
fugindo ou escondendo-se. Tal modo de vida só é possível graças à
existência de um sistema nervoso. Este recebe estímulos (altera-
ções do meio ambiente) captados pelos órgãos sensoriais, elabora
respostas e ordena que estas sejam executadas pelos órgãos efecto-
res (por exemplo, os músculos).
Dendrites
Núcleo
Bainha de mielina
Terminação
do axónio
Corpo celular
A RETER
NEURÓNIO
A B
Núcleo da célula
de Schwann
Mielina produzida
pela célula de
Schwann
Bainha de mielina
Axónio
Fig. 4 Esquema de axónio envolvido por uma bainha de mielina; as células de Schwann
envolvem-no e fazem crescer a sua membrana plasmática em torno deste,
conferindo-lhe isolamento eléctrico (A). Corte transversal de um axónio mielinizado,
visto ao microscópio electrónico (B).
Nódulo
Célula
de Ranvier
de Schwann
Fibra amielinizada
Fig. 5 Esquema de um nervo.
ACTIVIDADE
1. Os textos seguintes relatam resultados experimentais. Leia-os com atenção e responda às questões.
Documento A
Em 1780, Luigi Galvani descobriu acidentalmente que, quando sujeitava os nervos crurais (nervos que
comunicam com os membros inferiores) de rã a uma descarga eléctrica, esta movia os membros inferiores.
1.1 O que pode inferir da natureza do impulso nervoso?
Documento B1
Experiências actuais permitem determinar a velocidade de propagação do impulso nervoso, que pode
variar entre 0,5 m/s a 120 m/s. A velocidade da corrente eléctrica estima-se em 200 000 km/s.
Documento B2
Entre um neurónio e o neurónio seguinte existe, regra geral, um espaço, fenda sináptica, que mede cerca
de 20 a 50 nm.
1.2 Poderá a hipótese apresentada em 1.1 explicar, por si só, a transmissão do impulso nervoso?
Justifique a sua resposta.
Documento C
Otto Loewi executou, em 1920, a seguinte experiência:
Isolou o coração de duas rãs. Num dos corações (A) manteve os nervos, enquanto no outro (B)
estes foram retirados. Encheu as cavidades de ambos os corações com líquido de Ringer.
Estimulou durante alguns minutos o nervo acelerador do coração A, conseguindo que os seus batimentos
acelerassem. Retirou o líquido de Ringer do coração A e colocou-o no coração B, obtendo neste
as mesmas reacções verificadas anteriormente no coração A.
1.3 O que conteria o líquido de Ringer, transferido do coração A, que o tornava capaz de estimular
o coração B?
neurónio
axónio
- - - - - 0
interior do - - - - - -
axónio - - - - amplificador
-60
exterior do + + + +
axónio + + + + +
tempo
Como se gera
o potencial de membrana?
exterior da célula
Na+
proteínas com
Na+
cargas negativas K+
K+
Na+ K+
Na+ K+
A bomba sódio-potássio está constantemente a funcionar, Os iões K+ tendem a difundir para o exterior da célula
transportando contra os gradientes de concentração (local onde estão em menor concentração),deixando
sódio para o exterior e potássio para o interior. o interior da célula com excesso de cargas negativas.
interior da célula
Fig. 7 Mecanismo gerador do potencial de membrana.
A B
-40
-50
-60
-70
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Na+
Exterior
Interior
K+
Bomba de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de Canais de
sódio-potássio sódio potássio sódio potássio sódio potássio sódio potássio sódio potássio
activa fechados abertos abertos abertos abertos abertos fechados abertos fechados abertos
tempo 0
tempo 1
o processo repete-se
até ao final do axónio
tempo 2
Axónio mielinizado
Nódulo de Ranvier
60
Velocidade de propagação
A
do impulso nervoso
40
Axónios amielinizados
20
0 A RETER
0 200 400 600 800
Na condução saltatória,
Diâmetro dos axónios amielinizados (μm)
os potenciais de acção
80
Velocidade de propagação
B propagam-se de nódulo de
do impulso nervoso
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Como se dá a transmissão
do impulso nervoso?
A B
Membrana plasmática
Neurotransmissor
Fenda sináptica
Libertação
de neurotransmissor
por exocitose Receptores dos neurotransmissores
Mecanismos de regulação
A homeostasia, propriedade que permite que os animais
mantenham a constituição do seu corpo dentro de parâmetros
constantes, depende da capacidade de regular a actividade das
células, órgãos e sistemas. A função de regulação cabe essencial-
mente ao sistema nervoso e ao sistema hormonal.
A regulação nos animais faz-se essencialmente através de meca-
nismos que se denominam retroalimentação (retroacção, retro-
controlo ou feed-back), ou seja, através de mecanismos cujo resulta-
do da própria acção actua de forma a controlar a acção em si
(Fig. 14). A maior parte dos sistemas biológicos é controlada por
mecanismos de retroalimentação negativa. Nestes, o produto
final actua contrariando a ordem da sua produção (por exemplo,
quando a temperatura corporal sobe, esses valores de alta tempera-
tura são usados para desencadearem mecanismos que promovem a
perda de calor, acontecendo o inverso quando a temperatura
desce). Este tipo de regulação tende a estabilizar os sistemas.
Nos sistemas biológicos, apesar de menos frequentes, também
ocorrem mecanismos de retroalimentação positiva. Nestas situa-
ções especiais (por exemplo, a desporilação da membrana durante
um potencial de acção), o aumento do produto final actua estimu-
lando a produção do mesmo, o que resulta numa amplificação da
A RETER
resposta. Por gerarem instabilidade, são menos frequentes e rigoro-
A utilização da retroalimentação
samente controlados. como medida de controlo
permite que os seres vivos
regulem a produção de certas
CAUSA substâncias, pois são elas
que (dependendo da sua
concentração) vão activar
ou inibir os seus processos
Estimula
alimentação alimentação
positiva negativa
EFEITO
B
Actividade metabólica
Zona de Zona de
regulação dissipação
metabólica activa de calor
Temperatura ambiental
endotérmicos endothermic
ectotérmicos ectothermic
Temperatura corporal
Homeotérmicos
A RETER
Poiquilotérmicos ANIMAIS
Homeotérmicos
Possuem temperatura
corporal constante.
Endotérmicos
Temperatura ambiental
Possuem mecanismos
Fig. 16 Variação da temperatura em diferentes tipos de animais. fisiológicos para controlo
da temperatura.
Os animais homeotérmicos pertencem à classe das aves ou dos
mamíferos e são capazes de desenvolver mecanismos fisiológicos Poiquilotérmicos
que regulam a temperatura interna (produção de calor), designando- Possuem temperatura
-se, por isso, por endotérmicos. corporal variável.
ACTIVIDADE
QUAIS SÃO OS MECANISMOS USADOS PELOS ANIMAIS PARA REGULAREM A SUA TEMPERATURA?
A B C
Os pinguins vivem associados A iguana expõe-se ao sol. Quando o Homem tem muito frio,
em colónias. os seus pêlos ficam em «pé».
D E F
Nas horas de maior calor, os insectos Quando o Homem tem calor, transpira Quando têm frio, muitos animais
escondem-se debaixo das pedras. com abundância. enrolam-se.
ACTIVIDADE
1. Na tentativa de descobrir onde se situa o «termóstato» nos mamíferos, isto é, a região capaz de perceber
as variações da temperatura externa e desencadear respostas adequadas, foram efectuadas algumas
experiências. Analise as imagens seguintes e responda às questões.
A Procedimento: introdução de sondas que aquecem B Variação da temperatura a que se sujeitou o hipotálamo.
e arrefecem o hipotálamo, medem a temperatura do
hipotálamo e a taxa metabólica.
Quente
Quente
Frio
Frio
Cérebro
hipotálamo (°C)
Temperatura do
40
Hipotálamo 35
Tempo
do corpo (°C)
Temperatura
40
Base
da taxa metabólica 35
0.5 1.0
Tempo Tempo (horas)
Impulsos nervosos
provenientes dos
receptores térmicos
da pele.
HIPOTÁLAMO
Temperatura do
sangue que circula
nos capilares
hipotalâmicos. Efectores
Vasoconstrição/
Arteríolas da pele.
vasodilatação.
Músculos erectores
Piloerecção.
Retroalimentação do pêlo.
negativa
Musculatura. Tremores.
Glândulas
Sudorese.
sudoríparas.
Respiração com
Gordura castanha.
produção de calor.
30 4,8
20 2,4
Músculo Arteríolas
erector contraídas
contraído
Epiderme
Derme
Pele
Tecido adiposo
B Músculo
erector Arteríolas Produção de suor
relaxado dilatadas
A RETER
Glândulas
sudoríparas
HIPOTÁLAMO
Responde
a alterações
da temperatura Fig. 21 Mecanismos desenvolvidos em situação de baixa temperatura — piloerecção
corporal e vasoconstrição — (A) e mecanismos desenvolvidos em situação de elevada
temperatura — relaxamento dos pêlos e vasodilatação — (B).
Aumento Diminuição
PESQUISAR E DIVULGAR
Desencadeia Desencadeia
as respostas: as respostas:
vasodilatação; vasoconstrição; Escolha um animal e tente identificar a(s) adaptação(ões) que permite(m)
sudorese. piloerecção; minorar o efeito das alterações da temperatura.
tremores.
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Procedimento
1 — Prepare as três tinas, de iguais dimensões, com água:
a) quente (40 ºC);
b) morna;
c) fria (adicionando gelo).
2 — Coloque em simultâneo, e durante 10 minutos, a mão direita na tina com água quente e a mão
esquerda na tina com água fria.
3 — Retire as mãos, observe e registe:
a) a cor das mãos;
b) sinais de transpiração.
4 — Volte a colocar as mãos nos recipientes, como no ponto 2, mas agora durante 5 minutos.
5 — Retire ambas as mãos e coloque-as em simultâneo na tina de água morna.
6 — Registe a sensação obtida em cada mão.
Discussão:
1 — Tente encontrar uma justificação para os resultados obtidos no ponto 3.
2 — Como explica as sensações obtidas no ponto 6?
osmorreguladores osmorregulator
Osmoconformante
células
tubulares
célula
canal flamejante
excretor
Fig. 31 Os peixes de água doce possuem mecanismos próprios para manterem os sais
no seu organismo e eliminarem a água.
Excreção activa
Os rins excretam pequenas
de sal pelas brânquias.
quantidades de sal.
Fig. 32 Os peixes de água salgada têm mecanismos próprios para excretarem os sais
do seu organismo e manterem a água.
A B C
Os iões de sódio e cloro saem do sangue
para os túbulos excretores por transporte activo.
As glândulas de sal localizam-se
o canal central transporta a solução salina
em depressões do crâneo
até a cavidade nasal.
por cima dos olhos.
veia
artéria
capilares
túbulo
secretor
olho
cavidade nasal
canal
central
Fig. 33 As glândulas de sal excretam o sal ingerido em excesso pelas aves marinhas
(A). Localização das glândulas de sal (B). Pormenor da glândula de sal (C).
A RETER
túbulos de ácido
Malpighi úrico
ácido
úrico
H2O
K+ Na+
Na+ K+
H2O
intestino
Os iões de sódio e potássio
são transportados activamente,
seguindo-se a água.
ACTIVIDADE
A C
Cápsula de Bowman
Arteríola
3
aferente
Glomérulo
4 de Malpighi
Nefrónio
7
Ansa de Hente
Tubo
colector
2 6 Capilares
Fig. 36 Sistema excretor humano (A); rim (B); pormenor do rim com nefrónio (C).
3
A cápsula de Bowman recebe
a água e as moléculas pequenas Urina
5
filtradas a partir dos capilares. As células do túbulo renal
alteram a composição da urina.
Cápsula de Bowman
8
O filtrado processado (urina)
2 de cada nefrónio entra num
O glomérulo, novelo tubo colector e é depois lançado
de capilares, é o local num canal comum, ureter.
da filtração.
7
Os capilares peritubulares
Capilares juntam-se na veia renal.
peritubulares
4 6
1 A arteríola eferente Os capilares trazem substâncias
A arteríola aferente transporta sangue que serão segregadas para a urina
transporta sangue do glomérulo. e levam substâncias reabsorvidas.
para o glomérulo.
Drogas
Glucose
Na⫹
Aminoácidos
C‘⫺ Ureia
H2O
H2O
Iões
Na⫹ Fig. 39 Reabsorção selectiva e secreção
C‘⫺ no nefrónio.
CURIOSIDADE
A urina pode ter várias tonalida- Uma outra função do nefrónio consiste em eliminar substân-
des, desde a incolor até à amarelo- cias prejudiciais que possam ter sido ingeridas, inaladas ou que
-escura. A tonalidade tem como
causa a substâncias corantes, de-
possam ter sido produzidas no metabolismo através da etapa desig-
nominadas «cromogénios», como nada por secreção. Realiza-se nas células do tubo contornado
a urobilina. No entanto, a elimi- distal (distante da cápsula), a partir dos capilares que o envolvem.
nação de certos corantes alimenta- As substâncias que são eliminadas por secreção são, por exemplo,
res (como o da beterraba) tam-
a amónia que não foi convertida em ureia, iões H⫹ e K⫹, alguns
bém lhe pode conferir uma cor
vermelha. medicamentos (por exemplo, penicilina) ou drogas, como a morfi-
na, cocaína, heroína, e outras após destoxificação no fígado.
A RETER
NEFRÓNIO
suas hormonas.
Apesar de existirem outras hormonas que regulam o funciona-
mento dos rins, a hormona antidiurética (ADH) é uma das mais
importantes, pois regula a quantidade de água que é perdida ou
retida pelo organismo (Fig. 41).
A quantidade de água que existe no sangue pode ser detectada
por receptores que existem em células do hipotálamo.
Quando a quantidade de água que existe no sangue está abaixo
do normal, as células neurossecretoras do hipotálamo produzem
ADH, que enviam através dos seus neurónios até à hipófise poste-
rior, onde é libertada na corrente sanguínea, indo actuar nos tubos
colectores, que se tornam mais
permeáveis à água, e esta é reab- Os receptores do hipotálamo 5
Os receptores do hipotálamo
monitorizam a pressão osmótica 5 monitorizam a pressão osmótica
sorvida em maior quantidade. do sangue que recebem. do sangue que recebem.
A urina é produzida em menor
quantidade e de uma forma mais
As células neurossecretoras As células neurossecretoras não
concentrada. sintetizam ADH. sintetizam ADH.
A hormona ADH controla
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA
Paciente em hemodiálise.
Hipotálamo
Hipófise
ACTUAÇÃO E FUNCIONAMENTO
Sistema nervoso Sistema hormonal
Tipo de estímulo Externos e internos. Essencialmente internos.
Electroquímica:
• Eléctrica (potencial
de acção) ao longo
Natureza da mensagem da fibra nervosa. Química (hormonas).
• Química
(neurotransmissores)
nas sinapses.
Velocidade
de transmissão Rápida. Lenta.
da mensagem
Ampla, podendo actuar
Amplitude de acção Localizada. sobre diversas
células-alvo.
Tempo de resposta Curta duração. Mais duradoura.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• A homeostasia permite que os seres vivos mantenham a composição do meio interno constante.
• O sistema nervoso é formado pelo tecido nervoso, constituído pelas células da glia e pelos neurónios,
que apresentam as seguintes propriedades: excitabilidade e condutividade.
• A propagação do impulso nervoso ao longo do axónio é de natureza electroquímica.
• A termorregulação permite manter a temperatura corporal dentro de parâmetros compatíveis com a vida.
• Os animais que mantêm a temperatura corporal constante designam-se homeotérmicos, enquanto
os que sofrem variações de temperatura interna se designam poiquilotérmicos.
• Quando o calor interno de um animal se deve à actividade metabólica, este designa-se por endotérmico,
quando o calor corporal provém do meio, este designa-se por ectotérmico.
• Nos animais endotérmicos, o controlo da temperatura é feito pelo hipotálamo.
• Em situações de aumento de temperatura, o hipotálamo estimula a vasodilatação e a sudorese,
enquanto que com diminuição de temperatura estimula a vasoconstrição, a piloerecção e os tremores.
• Os mecanismos de osmorregulação permitem manter o equilíbrio da água e de solutos no organismo.
• Os animais osmoconformantes possuem fluidos corporais com concentrações de solutos iguais à
da água onde habitam.
• Os animais osmorreguladores possuem fluidos corporais com concentrações de sais diferentes
da existente no meio.
• A concentração de solutos do meio actua como factor limitante.
• Os resíduos azotados têm de ser eliminados: na forma de amónia; de ureia; ou de ácido úrico.
• Dependente do grupo de animais, a osmorregulação e a excreção são realizadas através de:
células-flamejantes; brânquias e rins; glândulas de sal; túbulos de Malpighi; rins.
• No nefrónio realiza-se a filtração, a reabsorção e a secreção.
• A permeabilidade do rim para a água é controlada pela hormona ADH (hormona antidiurética).
ACTIVIDADES
2. Observe a figura, que representa uma sinapse entre dois neurónios, e responda às questões.
2.1 Seleccione o número da imagem que está
associado a cada um dos constituintes
apresentados.
A — Terminação do axónio.
B — Canal de cálcio.
C — Neurotransmissor. 1
Ca2+
D — Vesícula sináptica. 2
7
E — Fenda sináptica. 3
8
F — Membrana pós-sináptica. Na+ 4
9
G — Membrana pré-sináptica.
5
H — Receptor do neurotransmissor.
2.2 Qual é a natureza da transmissão do 6
impulso nervoso verificado nesta região?
2.3 Nas terminações dos axónios existem muitas
mitocôndrias. Tente encontrar uma
justificação para tal facto.
2.4 Após actuarem, os neurotransmissores são destruídos e os seus constituintes
reencaminhados para a célula de origem.
Refira duas vantagens deste processo para o indivíduo.
2.5 Qual é o papel do Ca2⫹ durante a transmissão do impulso nervoso?
+40
Potencial de Membrana (mV)
Grau de permeabilidade
da membrana
0
A B K+
Na+
–60
0 0,5 1,0 1,5
C TEMPO (ms)
TEMPO (ms)
ACTIVIDADES
CHAVE AFIRMAÇÕES
A — Homeotérmico 1. Animal cuja fonte de calor interno é o seu próprio metabolismo.
B — Ectotérmico 2. Animal com temperatura interna variável de acordo com as alterações
C — Poiquilotérmico da temperatura do meio.
D — Endotérmico 3. Animal cuja fonte de calor interno é o calor do meio.
4. Animal cujo corpo se mantém a uma temperatura constante
independentemente das variações do meio.
5. Animal cujos processos de manutenção da temperatura são essencialmente
fisiológicos.
7. As iguanas são animais que passam os dias entre a água e as rochas, conseguindo, deste modo,
aumentar e diminuir a temperatura interna. O gráfico seguinte reflecte as variações da
temperatura do corpo da iguana ao longo do dia, bem como a variação da sua taxa cardíaca.
NA ÁGUA NA PRAIA
40
Coração (batidas por minuto)
Temperatura corporal
Temperatura do corpo (°C)
30
100
90
20 80
70
60
50
10 40
30
Taxa cardíaca
20
10
0 0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)
Concentração de sais
entre o meio interno e externo
Concentração de sal
nos fluidos internos
A
8.1 Qual das espécies, A ou B, pode ser considerada osmoconformante? Justifique a sua resposta.
8.2 Classifique a espécie B quanto à concentração de sal apresentada relativamente à concentração
de sal existente na água. Justifique a sua resposta.
COLUNA I COLUNA II
A — Peixe A I. O peixe excreta sais através das brânquias.
B — Peixe B II. O peixe bebe água.
C — Ambos os peixes III. O peixe excreta ureia.
D — Nenhum dos peixes IV. O rim do peixe é bastante desenvolvido, com glomérulos e cápsulas
grandes.
V. Verifica-se a existência de osmose.
VI. Há transporte activo de sais a partir da água do meio.
C
150
A B
50
10.1 Em que situação, A, B ou C, é produzida maior quantidade de ADH? Justifique a sua resposta.
10.2 Qual é o local de produção e o local de actuação da hormona ADH?
10.3 Refira as consequências que o organismo apresenta perante a descida de temperatura
verificada na situação A.
Fig. 43 Quando os primeiros órgãos de uma nova planta de soja irrompem do solo,
após a germinação da semente, inicia-se a sua inclinação em direcção à luz.
Auxinas
ACTIVIDADE
1. No século XIX, Charles Darwin iniciou o estudo das fitohormonas, ao perceber que existia uma substância
que provocava a inclinação do caule das plantas, em resposta à incidência lateral da luz. Desde então,
muitos outros investigadores se têm debruçado sobre este assunto. No quadro seguinte estão
esquematizados quatro dos muitos trabalhos efectuados no fim do século XIX e início do século XX.
Analise-os e responda às questões.
LUZ
1 1 1 1
Coleóptilo intacto — há crescimento Remoção do ápice Remoção do ápice Os ápices dos coleóptilos
e inclinação em direcção à luz. do coleóptilo. do coleóptilo. são colocados em agar.
2 2 2 2
LUZ
3
LUZ
LUZ
3 3 3
Os blocos de agar
são colocados sobre
Mesmo às escuras um dos lados dos
veriifica-se crescimento coleóptilos às escuras.
e curvatura dos caules.
Continua a ocorrer
Capa à prova de luz no
ápice do coleóptilo — não
curvatura devido à luz. 4
há crescimento.
Fig. 44 Esquemas de quatro trabalhos experimentais que permitiram descobrir a função da auxina, hormona vegetal,
nas plantas.
ular
cel
to
en
am na
uxi
ea
g
od
on
çã
Al
ra
nt
e
nc
Co
Fig. 45 Quando a planta recebe luz orientada para um dos seus lados, a auxina migra
para as células do lado oposto e estimula o seu crescimento.
Caule
ESTIMULAÇÃO
LUZ
Alongamento
Raiz
Concentração
de
IAA
A B
INIBIÇÃO
Fig. 46 Influência da concentração de auxina no crescimento Fig. 47 Quando a planta recebe luz apenas de um dos seus
da raiz e do caule. lados, o caule sofre uma inclinação em direcção à fonte
de luz e a raiz inclina-se em oposição a esta.
A B
A B
A B C
ACTIVIDADE LABORATORIAL
Conceitos Resultados
Procedimento
1 — Seleccione duas bananas pouco maduras (deve escolher frutos com a casca amarela, mas sem
manchas castanhas de amadurecimento).
2 — Coloque um dos frutos num recipiente
de vidro (de modo a poder acompanhar
a evolução do trabalho), tapado,
juntamente com uma maçã, previamente
cortada, que apresente algumas regiões
bem maduras.
3 — Coloque outro dos frutos num outro
recipiente de vidro, fechado.
4 — Coloque os dois frascos, fechados, num
local sem luz.
5 — Aguarde 48 horas, observe e registe
os resultados.
Nota: Nesta actividade, podemos considerar desprezível o efeito da diferença de volume de ar entre os dois frascos.
CURIOSIDADE Giberelinas
Em algumas plantas monóicas, Destas hormonas sabe-se que são capazes de induzir a divisão
o «sexo» é determinado pelo etile- celular e o crescimento das células do caule e das folhas.
no e pelas giberelinas. Se os re-
bentos do pepino forem tratados Actualmente, as giberelinas são muito utilizadas pelos agricul-
com etileno, originar-se-á uma tores para tratar as suas vinhas e pomares. É possível obter cachos
planta com flor feminina; se o tra- de uvas com aspecto mais atractivo, devido às maiores dimensões
tamento for feito com giberelinas,
dos bagos (Fig. 53), e frutos sem semente (Fig. 54), que são economi-
a flor será masculina. Por sua vez,
as plantas com flor feminina pro- camente mais rendíveis.
duzirão mais etileno.
A
B
Pólen Giberelinas
A B
Fig. 54 As giberelinas são usadas para produzir frutos sem semente (A). Formação de
um fruto no qual não ocorreu polinização nem fecundação (B). A parede do ovário
desenvolveu-se por acção das hormonas.
Citocininas
As citocininas são hormonas vegetais que devem o seu nome
ao facto de desempenharem um papel importante na citocinese
(divisão do citoplasma). A biotecnologia é um ramo da biologia
que se encontra em grande desenvolvimento e onde se aplicam
novas técnicas para conseguir, por exemplo, a propagação das
plantas artificialmente, em laboratório. Nestes trabalhos são utiliza-
dos meios nutritivos com IAA, citocininas, açúcares, vitaminas,
aminoácidos e outros nutrientes. No entanto, verifica-se que a por-
ção do limbo da folha pode originar diferentes partes da planta, de
acordo com a concentração de citocininas aplicadas (Fig. 55).
Fragmento de
células diferenciadas
retiradas da planta.
e 1m
Ld
g / na cit g / L
m n i oc de
0,2itoci ini
na
c
0,02 mg / L de C
citocinina
CALO RAMOS
A
RAÍZES
Ácido abcísico
Ao contrário daquilo que há algum tempo se defendia, esta
hormona não é responsável pela abcisão foliar, embora a sua desig-
nação se tenha mantido.
Uma das suas funções é a indução da dormência nas sementes,
ou seja, estas não germinam logo após a sua formação e permane-
cem num estado de vida latente durante algum tempo.
Este estado de dormência durante períodos, que podem chegar
a ser de meses, apresenta a vantagem de possibilitar a sobrevivência
da semente até que estejam reunidas as condições para a germina-
ção. Por exemplo, no caso das plantas que vivem em regiões áridas,
só ocorre germinação após as primeiras chuvas, que libertam a
semente do ácido abcísico. No entanto, sabe-se que uma das fases
iniciais da germinação de qualquer semente é a embebição, para
a qual a água é, obviamente, imprescindível.
ACTIVIDADE
HORMONAS VEGETAIS
HORMONA LOCAL FUNÇÕES UTILIZAÇÃO
O efeito das diferentes VEGETAL DE SÍNTESE NA PLANTA NA AGRICULTURA
hormonas depende da
Ácido Caule, folhas • Regula a abertura • Provoca
concentração, do estado abcísico velhas. estomática a dormência
fisiológico da planta, do tipo promovendo o fecho de algumas
de órgão, da interacção com dos estomas. sementes que
factores ambientais e da • Provoca a dormência estariam em
de gemas condições
interacção com as restantes e de sementes. de germinar.
hormonas. Não se atribui uma
grande especificidade às
hormonas vegetais, uma vez
que uma mesma hormona MOVIMENTOS DAS PLANTAS
pode produzir efeitos Além dos movimentos das plantas que correspondem a um crescimento
diferentes e, por outro lado, direccionado, as plantas podem apresentar outros tipos de movimentos,
diferentes hormonas podem como resposta a estímulos externos. Estes movimentos, designados nastias,
produzir o mesmo efeito. não se relacionam com a direcção do estímulo, como no caso dos
tropismos, e podem ser respostas a estímulos mecânicos, ao «movimento»
do Sol ou uma resposta à falta de luz quando anoitece.
As inúmeras respostas das plantas aos estímulos externos não só são
influenciadas por factores diversos, como são, por vezes, o resultado
da conjugação de acções variadas como sejam: hormonas vegetais,
concentrações e acções combinadas dessas hormonas, factores
não hormonais (iões Ca2⫹ e K⫹), fitocromos (proteínas fotorreceptoras)
e sensibilidade dos tecidos aos factores abióticos. A variação brusca
da turgescência das células devido a alterações na concentração de alguns
iões causa, em algumas plantas, estes movimentos.
A B
Algumas plantas modificam a posição das suas folhas e pétalas à noite (deixam uma
posição horizontal e adoptam uma posição vertical) como resposta à falta de luz.
Conceitos/Palavras-chave
Síntese de conhecimentos
• Os tropismos são movimentos orientados das plantas em resposta a um estímulo, podendo ser
positivos, se ocorrer um crescimento em direcção ao estímulo, ou negativos, se a resposta for
na direcção contrária. Factores ambientais capazes de desencadear tropismos são a luz, a
gravidade, a água e estímulos mecânicos (fototropismo, gravitropismo, hidrotropismo e
tigmotropismo, respectivamente).
• As nastias são movimentos das plantas como resposta a vários estímulos externos, mas em
que não há relação com a direcção do estímulo.
ACTIVIDADES
Hormonas vegetais
1. Elabore um mapa de conceitos relativos aos conteúdos desta subunidade.
Não há Forma-se conjunto de
crescimento células indiferenciadas Raízes Caule
2. Observe com atenção a figura, que mostra
o resultado de um trabalho laboratorial
com o objectivo de estudar o efeito
das hormonas vegetais no crescimento
das plantas, e responda às questões.
Tecido
2.1 Seleccione a opção correcta. Com vegetal
inicial
base nos resultados deste trabalho,
poder-se-á concluir que… Meio nutritivo
com agar
A — … a alta concentração de auxina
leva ao desenvolvimento da raiz.
B — … a baixa concentração Auxina 0 2 2 0.02
(mg por litro) (alta concentração) (baixa concentração)
de citocinina leva ao Citocinina 0.2 0.2 0.02 1
(mg por litro) (baixa concentração) (alta concentração)
desenvolvimento da raiz.
C — … a baixa proporção auxina/citocinina leva ao desenvolvimento da raiz.
D — … a baixa proporção auxina/citocinina leva ao desenvolvimento do caule.
2.2 Se, num laboratório, se pretender desenvolver métodos de rápido e eficaz enraizamento
de estacas (porções de caule retiradas de uma planta adulta), quais serão
as concentrações de auxina e citocinina mais aconselháveis?
A B C
CiênciaTecnologiaSociedadeAmbiente
ACTIVIDADES
1. Por que razão se pode considerar a miastenia gravis uma doença do foro neuromuscular?
2. Como é que a abertura dos canais de Na⫹ pode promover a despolarização da célula muscular?
3. Como explica os sintomas da miastenia gravis (fraqueza e fadiga) nos indivíduos que dela padecem?
4. Recorrendo à Internet, revistas ou livros, faça uma pesquisa sobre:
a) outras doenças neuromusculares;
b) outras doenças auto-imunes.
CIÊNCIA NO DIA-A-DIA
Comportamento do peixe espinhoso
O espinhoso é um peixe muito fácil de ter num aquário.
• Durante a época de acasalamento, a coloração
prateada do ventre do macho espinhoso torna-
se vermelha.
• O macho espinhoso atacará qualquer macho
rival que entre no seu território e tentará
afugentá-lo.
• Se uma fêmea de cor prateada se aproximar,
o macho conduzi-la-á até ao seu ninho para
que ponha ali os seus ovos.
Um estudante quer realizar uma experiência
para averiguar o que provoca o comportamento
agressivo do macho espinhoso.
No aquário do estudante só há um macho
espinhoso. O estudante fabricou três modelos
de cera suspensos por um arame.
À vez, vai colocando os modelos dentro do aquário, durante o mesmo intervalo de tempo.
Em cada situação, conta o número de vezes que o peixe reage de forma agressiva, embatendo
contra o modelo de cera. Em baixo figuram os resultados da experiência.
Número de vezes que o macho
adopta uma conduta agressiva
30
15
1.
Qual é a pergunta a que esta experiência pretende dar resposta?
2.
Se o macho espinhoso vê uma fêmea durante a época de reprodução, procura atraí-la adoptando
uma conduta de cortejo que se assemelha a uma pequena dança. Numa segunda experiência
investiga-se esta conduta de cortejo.
De novo se utilizam os três modelos de cera. Há um de cor vermelha e dois prateados. Destes
últimos, um tem o ventre arredondado e o outro plano. O estudante conta o número de vezes
que (num determinado período de tempo) o macho espinhoso reage perante o modelo adoptando
uma conduta de cortejo. Em baixo figuram os resultados da experiência.
30
15
Três estudantes retiram três conclusões diferentes baseados nos resultados desta segunda
experiência.
São correctas as suas conclusões atendendo à informação que se dá no gráfico?
Responda com «sim» ou «não» para cada uma das conclusões.
A cor vermelha faz com que o macho espinhoso adopte uma conduta
de cortejo.
Uma fêmea espinhosa de ventre plano é a causa que provoca um
maior número de vezes a adopção de uma conduta de cortejo por parte
do macho espinhoso.
O macho espinhoso adopta com maior frequência uma conduta de
cortejo perante uma fêmea de ventre arredondado do que perante uma
fêmea de ventre liso.
3.
As experiências demonstraram que o macho espinhoso reage de maneira agressiva perante os
modelos de ventre vermelho, enquanto adopta condutas de cortejo perante modelos de ventre
prateado. Numa terceira experiência utilizaram-se os seguintes modelos sucessivamente.
Os três diagramas seguintes mostram as possíveis reacções do macho espinhoso perante cada um
dos modelos.
Qual das reacções poderia prever para cada um dos quatro modelos?
reacções do macho
reacções do macho
reacções do macho
Número de
Número de
Número de
A B C
Número de condutas agressivas.
Número de condutas de cortejo.
CIÊNCIA NO DIA-A-DIA
Brilho de lábios
A tabela que se segue contém duas receitas diferentes para a elaboração caseira de produtos
de cosmética.
O bâton é mais duro que o lip gloss, o qual é brando e cremoso.
Instruções: Instruções:
Aquecer o azeite e as ceras em Aquecer o azeite e as ceras em
banho-maria até obter uma mistura banho-maria até obter uma mistura
homogénea. Adicionar o corante homogénea. Adicionar o corante
e o aroma, misturando bem. e o aroma, misturando bem.
1.
Para fabricar os bâtons e os lip gloss, misturam-se azeites e ceras e adiciona-se corante e aroma.
O bâton que se obtém com esta receita é duro e de difícil uso. Que modificações introduziria
nas proporções dos ingredientes, de modo a obter um bâton mais macio?
2.
Os óleos e as ceras são substâncias que se misturam bem entre si. Contudo, os óleos não se
misturam com a água e as ceras não são solúveis na água.
O que é provável que aconteça ao verter-se uma grande quantidade de água na mistura do lip
gloss, quando esta está a ser aquecida?
A — Obtém-se uma mistura mais macia e cremosa.
B — A mistura adquirirá maior consistência.
C — A mistura apenas sofrerá modificações.
D — Grumos grossos da mistura flutuarão na água.
3.
Adicionando substâncias denominadas emulsionantes consegue-se que os óleos e as ceras
se misturem bem com a água.
Porque se pode retirar o bâton com água e sabão?
A — A água contém uma substância emulsionante que permite que o sabão e o bâton se misturem.
B — O sabão funciona como emulsionante, permitindo que a água e o bâton se misturem.
C — Os emulsionantes contidos no bâton permitem que a água e o sabão se misturem.
D — O sabão e o bâton combinam-se para formar uma substância emulsionante que se mistura
com a água.
Cárie dentária
As bactérias que habitam na nossa boca são as causadoras das cáries dentárias. As cáries
começaram a ser um problema desde que a expansão do cultivo da cana-de-açúcar, no século XVIII,
fomentou o consumo de açúcar.
Dentes
Hoje em dia, sabemos muito sobre as
cáries. Por exemplo:
• As bactérias causadoras das cáries
alimentam-se de açúcar. 2
1. esmalte protector
do dente
Que papel desempenham as bactérias no aparecimento das cáries dentárias?
A — As bactérias produzem esmalte. C — As bactérias produzem minerais.
B — As bactérias produzem açúcar. D — As bactérias produzem ácidos.
2.
O gráfico da figura mostra o consumo de açúcar e a quantidade de cáries em diversos países.
Cada país aparece representado no gráfico por um ponto.
Qual das seguintes afirmações está de acordo com os dados do gráfico?
A — Nalguns países, as pessoas
escovam os dentes com 10
mais frequência do que
9
Percentagem média de número de cáries
noutros.
8
B — Quanto mais açúcar for
por pessoa nos distintos países
em muitos países. 3
D — Nos últimos anos,
2
o consumo de açúcar
1
aumentou em muitos
países.
20 40 60 80 100 120 140
Percentagem média de consumo de açúcar
(gramas por pessoa/dia)
3.
Um determinado país tem uma elevada percentagem de pessoas com cáries.
Pode-se responder às seguintes perguntas sobre as cáries nesse país recorrendo a experiências.
Responda com um «sim» ou «não» a cada uma das perguntas.
GLOSSÁRIO
Conservação
UAbsorção UCadeia respiratória Preservação da biodiversidade do Pla-
Processo de passagem de substâncias Última etapa da respiração aeróbia em neta.
do exterior para o interior de uma célu- que existe fluxo de electrões ao longo Coração
la ou organismo. de moléculas transportadoras dando Órgão vital do sistema de transporte
Ácido abcísico origem à libertação de energia, que dos animais e que garante o bombea-
Hormona vegetal que entre outras fun- permite a síntese de ATP. mento de fluido circulante.
ções é responsável pela regulação da Capilares
abertura estomática. Vasos sanguíneos de menor calibre, UDescarboxilação
Ácido úrico constituídos por uma única camada Reacção química em que há perda de
Produto de excreção azotado insolúvel interna de células. dióxido de carbono.
na água, excretado por animais que Catabolismo Despolarização
vivem em ambientes com limitações de Conjunto de reacções celulares onde há Fase integrante do potencial de acção
água. degradação de matéria e consequente e que se caracteriza pela inversão do
Ácidos nucleicos libertação de energia. estado de polarização da membrana.
Biomoléculas constituídas por nucleóti- Cavidade gastrovascular Difusão
dos, responsáveis pela informação gené- Cavidade corporal de alguns animais Transporte de pequenas substâncias
tica. que, além da função digestiva, tem tam- através de membranas a favor do gra-
Adesão bém a função de transporte. diente de concentração.
Força de união que se verifica entre as Célula Difusão directa
moléculas de água e outras moléculas Unidade de constituição e funciona- Troca gasosa que ocorre entre a super-
polares. mento dos seres vivos. fície respiratória e as células.
ADP Células-flamejantes Difusão indirecta
Adenosina difosfato, molécula que pode Células específicas dos platelmintes, Troca gasosa que ocorre entre a super-
armazenar energia, convertendo-se em possuem um conjunto de cílios no seu fície respiratória e o fluido circulante de
ATP. interior e fazem parte integrante de um organismo.
Água protenefrídeos que têm a seu cargo a
Digestão extracelular
Molécula constituída por dois átomos responsabilidade da excreção nestes
Digestão que ocorre em cavidades pró-
de hidrogénio e um átomo de oxigénio, animais.
prias do organismo, fora das células.
sendo a mais abundante nos seres Ciclo de Krebs
Digestão intracelular
vivos e indispensável à realização de Etapa da respiração aeróbia, em que as
Digestão que ocorre no interior das célu-
variadas funções. reacções são cíclicas, sendo a fonte de
las do organismo.
Amónia electrões da cadeia respiratória.
Produto de excreção azotado muito
tóxico e solúvel em água, excretado por
Circulação completa
Movimentação de sangue nos mamífe-
UEcossistema
Conjunto de seres vivos de várias comu-
animais que vivem em ambientes sem ros e nas aves, que possuem coração nidades que estabelecem relações entre
limitações de água. com quatro cavidades e em que nunca si e com o meio.
Anabolismo ocorre mistura entre sangue arterial
e venoso.
Ectotermia
Conjunto de reacções celulares onde Característica dos animais poiquilotér-
há síntese de compostos e consequen- Circulação incompleta micos cujo controlo do calor interno
te gasto de energia. Movimentação de sangue que ocorre provém principalmente de mecanismos
Artérias em alguns vertebrados e em que, devi- comportamentais.
Vasos sanguíneos de maior calibre que do à existência de um único ventrículo
no coração, pode haver mistura entre
Endocitose
asseguram a saída do sangue do cora- Processo através do qual substâncias
ção. sangue arterial e venoso.
entram nas células envolvidas por por-
ATP Citocininas ções de membrana plasmática.
Adenosina trifosfato, molécula armaze- Hormona vegetal que entre outras fun-
ções é responsável pela divisão celular.
Endocitose mediada
nadora de energia que se convertem por receptores
em ADP, libertando energia. Citoplasma Processo específico de transporte atra-
Auxinas Meio interno da célula, de composição vés do qual macromoléculas entram
Hormona vegetal que entre outras fun- aquosa, onde se encontram os organi- nas células envolvidas por porções de
ções é responsável pelo crescimento tos celulares. membrana plasmática dependentes de
apical das plantas e pelos tropismos. Cloroplasto receptores proteicos da mesma.
Organito celular existente nas células
UBiodiversidade
Endotermia
vegetais, onde se realiza a fotossíntese. Capacidade de os seres vivos mante-
Nível global ou local de diversidade de Coesão rem a sua temperatura interna cons-
seres vivos existentes no planeta Terra. Capacidade das moléculas de água se tante recorrendo a mecanismos fisioló-
Biosfera manterem unidas entre si devido à sua gicos.
Ecossistema global. Conjunto de todos polaridade. Enzima
os locais do planeta Terra onde existe Comunidade Molécula de natureza proteica que actua
vida, de todos os seres vivos e de todas Conjunto de várias populações, que nas reacções químicas acelerando-as.
as suas inter-relações. vivem no mesmo local e que se inter- É também utilizado no género masculi-
Brânquia relacionam. no, «o enzima», por desempenhar fun-
Superfície respiratória de animais aquá- ções de catalisador, embora seja um
ticos. substantivo do género feminino.
GLOSSÁRIO 251
glossário P250-256 28/2/07 11:34 Page 252
GLOSSÁRIO
UReacções endergónicas
vem crescimento direccionado. endotérmicos para evitarem a perda de
Nervo calor e que consiste na erecção dos
pêlos. Reacções químicas que se realizam com
Conjunto de fibras nervosas reunidas
consumo de energia.
e envoltas por tecido conjuntivo. Pinocitose
Neurónio Processo pelo qual substâncias fluidas Reacções exergónicas
ou dissolvidas entram nas células envol- Reacções químicas que se realizam com
Célula diferenciada do sistema nervoso.
vidas por porções de membrana plas- libertação de energia.
Neurotransmissor mática.
Molécula produzida e libertada por um
Repolarização
Plasmólise Fase integrante do potencial de acção
neurónio pré-sináptico, capaz de trans-
Perda de água por parte de uma célu- e que se caracteriza por restabelecer o
mitir o impulso nervoso ao neurónio
la, quando colocada num meio hipertó- potencial de repouso da membrana.
seguinte.
nico. Respiração aeróbia
Núcleo
Poiquilotermia (ou exotermia) Processo realizado pelos seres aeró-
Organito limitado pela membrana nu-
Característica dos seres vivos que apre- bios, onde a degradação da matéria
clear, existente nas células eucarióti-
sentam temperaturas corporais variá- orgânica utiliza oxigénio.
cas, local onde se encontra o material
genético que controla o funcionamento veis em consonância com as tempera- Retroalimentação (retroacção,
da célula. turas do meio. retrocontrolo ou feed-back)
Polímero Mecanismo de regulação. Quando o
UOrganismo Molécula de grandes dimensões forma- aumento da concentração de um pro-
duto do metabolismo actua inibindo a
Ser vivo constituído por célula viva ou da por unidades, designadas por monó-
grupo de células diferenciadas em par- meros. produção do mesmo ou vice-versa, diz-
tes funcionalmente distintas e inter- -se negativa. Quando o aumento da
População
dependentes. concentração de um produto do meta-
Conjunto de seres vivos da mesma
bolismo actua estimulando a produção
Órgão espécie, que vivem no mesmo local.
do mesmo, designa-se por positiva.
Constituinte do organismo, formado por Potencial de acção
vários tecidos e com uma ou mais fun-
ções específicas.
Inversão transitória da polarização da
membrana de uma célula electrica-
USacos aéreos
Sacos membranosos, interligados com
Osmoconformante mente excitável.
o pulmão das aves, onde existe uma
Animal cujos solutos dos fluidos corpo- Potencial de membrana reserva de ar.
rais se mantêm em concentrações Diferença de potencial eléctrico entre o
variáveis e de acordo com as concen-
Sais minerais
interior e o exterior de uma membrana,
Substâncias químicas (solutos) que
trações do meio onde se inserem. a qual se deve a uma diferente distri-
se encontram na forma de iões simples
Osmorregulação buição de cargas eléctricas.
ou ligados entre si, que o organismo
Capacidade dos seres vivos manterem Pressão radicular necessita para o seu bom funciona-
os solutos dos seus fluidos corporais Fenómeno que ocorre em algumas mento.
em concentrações constantes, indepen- plantas e se traduz na subida da seiva
dentemente das variações do meio.
Sangue
xilémica devido à pressão exercida, ao
Fluido circulante constituído por plas-
Osmorregulador nível das células da raiz, pela contínua
ma, glóbulos vermelhos, glóbulos bran-
Animal que possui os solutos dos seus entrada de água para equilibrar a alta
cos e plaquetas sanguíneas e que
fluidos corporais com concentrações concentração de sais minerais.
garante as trocas entre as células e o
constantes e diferentes do meio onde meio externo.
se inserem.
GLOSSÁRIO 253
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254 B I O L O G I A A v i d a e o s s e r e s v i v o s
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p. 176 Axolote mexicano. PAULO DE OLIVEIRA
Grãos de pólen.
Células em divisão. p. 200 Corte transversal de um axónio. p. 8 Parque Natural de Montesinho.
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p. 30 Escherichia coli a dividir-se. electrónico. p. 26 Observação microscópica da epiderme
p. 31 Parede celular. p. 209 Escaravelho. da cebola.
Membrana plasmática. p. 223 Pedra do rim. p. 27 Observação microscópica do epitélio
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Núcleo celular. p. 56 Libertação de oxigénio numa planta.
Corbis/VMI Serpente a comer um ovo.
p. 32 Complexo de Golgi.
Lisossoma. p. 34/74 Retículo endoplasmático. p. 59 Rato-do-campo.
p. 38 Glicogénio. p. 142 Capilares sanguíneos. p. 66 Células de elódea.
p. 56 Parede celular. p. 176 Anelídeo marinho. p. 106 Sequóia.
p. 57 Bactérias sulfurosas. p. 198 Tartaruga e borboletas. p. 112 Observação microscópica
p. 77 Hidra. p. 217 Cardume de bacalhau. de dicotiledónea.
Planária. p. 232 Plantas a germinar. p. 113 Observação microscópica
p. 119 Estoma aberto. de dicotiledónea.
Estoma fechado. Gettyimages/Imageone p. 114 Pêlos radiculares.
p. 141 Sangue centrifugado. p. 16 Floresta de eucaliptos. p. 118 Observação microscópica
p. 147 Stent numa artéria. p. 54 Rato-do-campo. de estomas.
p. 148 Leveduras em gemulação. p. 55 Ramo com folhas verdes. p. 123 Afídeo excretando seiva.
Árvore brônquica. p. 107 Constituintes do sangue. p. 130 Hidra.
p. 150 Leveduras em gemulação. p. 129 Parede transversal de célula. p. 153 Insecto em voo.
p. 156 Leveduras observadas p. 161 Garrafas com vinagre. p. 180 Molde de estomas fechados.
ao microscópio. p. 177 Constituição de um estoma. p. 217 Rato-canguru.
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EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Teresa Coelho
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustrações: Diana Marques, Hüller e Leonor Antunes
Paginação: Patrícia Boleto e Tiago Boleto
Documentalista: Luísa Rocha
Revisão: Catarina Pereira, Constança Bobone e Elisabete Rodrigues
EDITORA
Ana Duarte
CONSULTORES CIENTÍFICOS
Orlando Luís –– Doutorado em Biologia (Biologia Tecnológica)
pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 1989.
Docente e investigador do Departamento de Biologia Animal
da mesma instituição, tem sido professor da cadeira de Fisiologia
Animal e desenvolvido actividade científica no âmbito da Biologia
Marinha, nomeadamente a fisiologia da nutrição e reprodução
de invertebrados marinhos.
Vera Pinto –– Doutorada em Biologia (Morfologia e Fisiologia Vegetal)
pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 1988.
Docente do Departamento de Biologia Vegetal da FCUL e investigadora
do Centro de Engenharia Biológica da UL, tem desenvolvido actividade
científica nas áreas da Bioenergética e da respiração mitocondrial
e leccionado módulos correspondentes a estas áreas nas disciplinas
do grupo de Fisiologia.
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