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SUMÁRIO
ESTADOS NACIONAIS EUROPEUS DA IDADE MODERNA ................................................................................... 2
MONARQUIAS ABSOLUTISTAS....................................................................................................................... 2
ALGUMAS MONARQUIAS NACIONAIS EUROPEIAS ....................................................................................... 3

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ESTADOS NACIONAIS EUROPEUS DA IDADE MODERNA


Na Idade Média, o modo de organização social e político era o feudalismo, pautado na
posse de terras e na relação de suserania e vassalagem. Os vassalos se submetiam à autoridade
do seu suserano em troca de terras, a “moeda” da época. Com o crescimento da população
feudal, grandes unidades territoriais reivindicavam sua autonomia política, ou seja, cada povo
queria um território próprio. Definiam esses territórios, justamente, elementos culturais
comuns – um povo com determinada cultura se identificava com um povo de cultura
semelhante.
Aliado a isso, o surgimento do comércio e das cidades exigia a construção de estradas,
portos, pontes e a unificação da moeda. Essas necessidades seriam satisfeitas de maneira muito
mais rápida se cada povo tivesse um governante que os representasse: daí a figura do rei. Logo,
quando falamos em Estado Nacional dizemos sobre a formação de uma unidade territorial, com
características culturais comuns e um povo reunido sob mesmo poder político, ou seja, os
países.
Os primeiros Estados a se formarem foram Portugal e Espanha, ambos no processo de
reconquista (expulsão dos mouros que ocuparam a Europa) A unificação francesa e inglesa se
deu mais politicamente, para fortalecer reinos que, separados, tinham pequena importância
político-econômica. No âmbito da literatura, é muito importante se ter em vista o processo de
unificação italiana e alemã quando dizemos sobre um sentimento nacionalista.
O surgimento do sentimento nacionalista estava em consonância com a formação do
Romantismo. Da mesma forma que o sentimento do povo era retratado na literatura, esta
atuava como elemento de coesão social. Os autores consagrados do Romantismo eram tidos
como modelos de sua nação e, não raro, contrastados com outros de outros países. A literatura
funcionava como um instrumento de identificação nacional.

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS
Nos diversos países da Europa onde o Absolutismo imperou, o monarca buscou ampliar
seu poder por meio da constituição de alianças com representantes dos setores sociais mais
importantes. Com a Igreja Católica, por exemplo, diversos acordos foram feitos, buscando-se
com isso transformar fiéis em súditos obedientes. Ao mesmo tempo, nobres falidos eram
sustentados pelo Estado e passavam a integrar a base política do rei absolutista.
Em um momento de incremento das relações comerciais pela Europa e dessa com outras
regiões do mundo, o monarca absolutista preocupa-se igualmente em obter o apoio da
burguesia comercial. Esta, por sua vez, entende a aliança com o rei como um fator fundamental
à unificação dos mercados e à abertura de suas rotas comerciais pelo mundo, aspectos
essenciais ao crescimento de seus lucros.
Além do apoio de tais setores sociais, o Estado absolutista foi empoderado por meio das
teorias elaboradas por importantes pensadores do período. O inglês Thomas Hobbes, por
exemplo, buscou legitimar o Absolutismo real em seu livro Leviatã. Nesta obra, Hobbes afirma
ser necessária a realização de um pacto social entre o rei e seus súditos, a partir do qual estes
últimos cederiam toda sua liberdade ao primeiro, que em troca lhes garantiria uma sociedade
pacífica e ordeira.
Salientando as fortes relações existentes entre a Igreja e o Estado absolutista, o membro
do clero francês, Jacques Bossuet, legitimava a ditadura monárquica como sendo este fruto da
vontade divina. Deste modo, o poder do rei seria um direito concedido por Deus e, portanto,
não poderia ser contestado.
De um modo geral, as monarquias absolutistas imperaram na Europa durante toda a
Idade Moderna. Suas estruturas começaram a ruir à medida que diversos grupos sociais
passaram a reivindicar o estabelecimento de organizações políticas mais liberais. Nesse

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processo de depreciação do Absolutismo, as Revoluções Inglesas do século XVII e a difusão dos


ideais iluministas se apresentaram como acontecimentos fundamentais. E como símbolo maior
dessa crise, a Revolução Francesa, a partir da qual o Absolutismo passa a ser identificado como
o Antigo Regime.

ALGUMAS MONARQUIAS NACIONAIS EUROPEIAS


• Portugal: Foi a primeira monarquia a estabelecer-se devido à vitória na Guerra
de Reconquista (expulsão dos mouros – muçulmanos – da Península Ibérica) em
1094. Seu primeiro monarca, Afonso Henrique, promoveu fortemente o
povoamento do território, sufocando ainda as tentativas de reação da fidalguia.
Após a revolução de Avis, uma segunda dinastia portuguesa estabeleceu-se,
apoiada fortemente pela burguesia e aplicando recursos nas atividades
marítimas e comerciais, incentivando a pesquisa náutica e possibilitando assim o
pioneirismo português nas grandes navegações.
• Espanha: Segunda monarquia moderna a ser formada, nasceu séculos após a
Portuguesa, também por vitória na Guerra de Reconquista. Tão logo fora criada,
a Espanha passou a promover uma corrida colonialista com a vizinha Portugal,
sendo a responsável pela descoberta do continente americano em 1492.
Diferentemente de Portugal, que buscou novos caminhos pelo Atlântico para a
conquista das Índias por meio do contorno da África, a Espanha dedicou-se a
buscar caminhos pelo ciclo oriental das navegações.
• Inglaterra: No século XIII, a Inglaterra era governada por uma família normanda.
O fato de o poder ter sido tomado por uma guerra fez que com que este tenha sido
reconhecido como forte desde o início, amparado pelo poderio militar
incontestável, e como o governante era estrangeiro e sem ligações com as classes
dominantes locais, a centralização resta evidente. O rei Guilherme buscou
fortalecer ainda mais o seu poder ao aliançar-se aos plebeus livres, porém seus
sucessores (2ª Dinastia - Plantageneta) optaram pelo enrijecimento do poder real
frente à população. Cria-se o “commom law” ou lei comum a todo território inglês
e a fiscalização de seu cumprimento pelos juízes nomeados pelo soberano. Tais
governos caracterizaram-se por altos gastos e aumento de impostos, o que
culminou na imposição pelos nobres, em 1215, de um conjunto de normas que
definiam os direitos do povo sobre o soberano: a Magna Carta. Após a derrota na
Guerra dos Cem Anos, inicia-se uma guerra interna de sucessão entre duas
dinastias – York e Lancaster – finalizando com a ascensão dos Tudor (união das
duas famílias).
• França: A monarquia francesa nasceu sob a imagem salvadora frente ao caos
experimentado pela desordem do sistema feudal. Amparada fortemente pela
Igreja Católica, possibilitou nos séculos seguintes a crença na Teoria do Direito
Divino, utilizada para justificar o Absolutismo francês. A dinastia responsável
pela centralização do poder foi a Capetíngia, cabendo a Felipe Augusto a criação
de uma primeira burocracia francesa, a quem cabia a fiscalização e cobrança de
tributos. Apesar de uma crítica ao Feudalismo, a monarquia utilizava-se de
princípios daquele sistema quando lhe era favorável, por exemplo na
obrigatoriedade de juramento de fidelidade e lealdade nas cerimônias de
homenagem ao “suserano do suserano”. A Igreja também foi submetida ao poder
francês. Com a vitória na Guerra dos Cem Anos, a França consolida a centralização
do poder.

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