O documento discute um "jogo" entre homens e mulheres no relacionamento amoroso, onde a mulher se abstém de contato com o homem para despertar o interesse dele. Ele explica que o homem quer conquista e se sente repelido por mulheres disponíveis, enquanto a mulher codependente naturalmente implora por afeto. Para vencer o jogo, a mulher deve parar de implorar e fazer o homem acreditar que ela não se importa mais, fazendo com que ele procure recuperá-la.
Descrição original:
Ponderações sobre um tipo interessante de interação que ocorre entre mulheres e homens.
O documento discute um "jogo" entre homens e mulheres no relacionamento amoroso, onde a mulher se abstém de contato com o homem para despertar o interesse dele. Ele explica que o homem quer conquista e se sente repelido por mulheres disponíveis, enquanto a mulher codependente naturalmente implora por afeto. Para vencer o jogo, a mulher deve parar de implorar e fazer o homem acreditar que ela não se importa mais, fazendo com que ele procure recuperá-la.
O documento discute um "jogo" entre homens e mulheres no relacionamento amoroso, onde a mulher se abstém de contato com o homem para despertar o interesse dele. Ele explica que o homem quer conquista e se sente repelido por mulheres disponíveis, enquanto a mulher codependente naturalmente implora por afeto. Para vencer o jogo, a mulher deve parar de implorar e fazer o homem acreditar que ela não se importa mais, fazendo com que ele procure recuperá-la.
codependentes, ou entre mulheres em geral. Nã o sei. O que sei é que a maioria das mulheres que conheço já o jogou, e diria que cerca de 90% delas obteve resultado. Eu nunca joguei o jogo sem vencer. O que se requer sã o dois jogadores, de sexos opostos. Um homem e uma mulher. Violeta Parra dizia que a mulher é a galinha e o homem é o gaviã o, este perseguindo aquela, a quem, por sua vez, hipnotiza e assassina. Entre seres humanos nã o vejo diferença. A mulher codependente quer obter o que deseja, mesmo que custe a si pró pria, e, portanto, talvez esteja habituada a implorar por isso. Talvez ela implore com naturalidade, porque a maioria das coisas que obteve foram batalhadas, especialmente o afeto. Assim, ela implora pelo amor do homem. Porque ele faz seus hormô nios funcionarem, ele fornece a ela a sensaçã o de adrenalina e amor de que precisa. E ela nã o está disposta a abrir mã o disso simplesmente porque ele nã o deseja mais dar. Mas o homem quer conquistar. Quer ser o primeiro a pisar naquele territó rio, daquela maneira. O mais especial dentre os especiais. E nisso consiste o jogo. Se o que quer é livremente fornecido, nã o existe conquista, e, portanto, graça. Conheço vá rias amigas e familiares que se entusiasmaram por um homem, que parecia corresponder, e, depois de alguns encontros, perceberam que ele havia esfriado. Elas nã o compreendiam como isso poderia ser possível – por que é que no começo ele parecia orbitar ao seu redor, mas, de repente, estava entediado? Talvez seja o nosso sentimentalismo. A intensidade com que queremos ser compreendidas e lidas, à qual eles pareciam corresponder, no começo das coisas. Do que vi afastar o homem, creio que seja a carência o mais comum, porque isso significa que a mulher está ganha. O homem quer conquistar. Nã o significa que ele nã o possa estar com sua parceira há trinta anos e nã o se interessar por ela. Coisas assim acontecem, porque ela ainda guarda um mistério. Talvez nã o tenha a menor noçã o disso, mas ele sabe que há algo que nã o foi mostrado, e quer descobrir do que se trata. Por isso, continuam. Mas a mulher codependente talvez queira que ele saiba. Talvez queira que ele vença as barreiras que ela mesma desconhece, e mostre a ela o que precisa ser mostrado para que seja feliz. Isso nunca vai acontecer. O tipo de homem que procura jamais saberia como. Mas ela ainda pode vencer o jogo. Se o homem procura algo que nã o está disponível para ele em uma bandeja, e se a mulher é, naturalmente, o gênero mais sá bio, basta que nã o mostre nunca para que vença. Se você é codependente e ele te rejeita, você sente que a culpa é inteiramente sua, e que haveria algo que pudesse fazer para que as coisas nã o fossem assim. Você se vê privada do prazer, a substâ ncia pela qual vive, algo que te fez sentir-se desejada e importante como nunca antes, e é incapaz de suportar, entã o implora a ele que lhe dê. Esse é o primeiro passo do jogo. O homem sente repulsa se imploram-lhe. Ele quer se sentir especial por ter aquele prêmio, aquela mulher. Se ela se oferece, fica fá cil demais e insosso. Mesmo assim, talvez você implore, porque sente que, sem isso, tudo estará perdido. Certamente, é isso que faz com que tudo se perca. Cedo ou tarde, você acabará percebendo, e estará cansada de implorar. O segundo passo do jogo começa entã o. Se você nã o implora, se mostra que pode muito bem viver sem ele, o homem novamente haverá de encará -la como um desafio, um prêmio. Fica fá cil se abster de entrar em contato com ele se você perceber que essa é a ú nica coisa que pode fazer para tê-lo. Mas silêncios magoados e stories ostensivos nas redes sociais nã o passam esse efeito. É necessá rio que ele acredite que ela está fora de alcance, que nã o vai mais perturbá -lo, é isso que o fará voltar. Porque, depois de um tempo, seu ego frá gil nã o será capaz de processar a informaçã o de que ela desistiu dele, e, se no começo via-a como fonte de opressã o e chateaçã o, passará , agora, a vê-la novamente como um desafio. Se cada passo dado pela mulher é no sentido de tê-lo de volta, ele perceberá , e ela perderá o jogo. Isto posto, é necessá rio que a mulher se faça acreditar, por pura força de vontade, que está distante. Que nã o se importa. Talvez, se tiver sorte, ela descubra que é o que é, o ser mais importante e poderoso da terra. Se nã o falar com ele, se nunca mais implorar, ele saberá que está em desvantagem. Ela pode chorar sozinha ou com qualquer pessoa que nã o seja dele, nã o há problema. Ela faz o que for necessá rio para convencê-lo de que já nã o se lembra se ele existe. Talvez se convença disso e permita-se ser encontrada por outro homem que valha a pena, mas, seja como for, tem a ganhar a pró pria dignidade. Assim, ela permanece distante. Com o tempo – uma quantidade indeterminada de tempo, mas, geralmente, algumas semanas - ele sente sua falta, percebe que ela desapareceu, e se pergunta como ela pode estar. Talvez ele nã o fale nada entã o, mas o sentimento continuará na pontinha de sua cabeça, como um piolho. Um piolho que se reproduz. Qualquer hora, ele nã o resistirá , e perguntará por ela com intensidade. Seu instinto ancestral de homem das cavernas fará com que a procure. Esta é a ú ltima etapa. Repito: se tiver sorte, ela terá encontrado um homem que a mereça, ou, ainda melhor, ao amor pró prio. Se nã o, poderá rejeitá -lo quando ele vier, ou ceder a ele, sabendo que venceu. É o fim da quarta etapa, e foi nela que ganhei meu marido. Se você ganha o jogo, sabe que está no crédito, que é poderosa e pode fazer qualquer coisa. Em muitos dos está gios da codependência, é o má ximo de mérito e de prazer que se pode obter. A partir daí, talvez seja possível adquirir uma centelha de amor pró prio, ou, no mínimo, experiência para nunca mais implorar.