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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Masculinidades e atuação policial: como os policiais se veem na questão de gênero

Recife
2022
Masculinidades e atuação policial: como os policiais se veem na questão de gênero

Recife
2022
LINHA DE PESQUISA 2: CIDADANIA, MOVIMENTOS SOCIAIS E DIVERSIDADES
TÍTULO DO PROJETO: MASCULINIDADES E ATUAÇÃO POLICIAL: COMO OS POLICIAIS
SE VEEM NA QUESTÃO DE GÊNERO.

RESUMO
O objeto desta pesquisa é estudar como as questões de gênero e masculinidades perpassam o dia a dia
da atuação policial e é compreendida pelos próprios policiais na relação com a realidade social de que
partilham na instituição em que atuam. Os profissionais policiais passam por uma formação e
treinamento que ajudam a criar uma “cultura policial” que resguardam uma série de características do
que é ser policial. A questão de gênero normalmente passa invisibilizada nesse contexto ou marcada
por preconceitos e formas de atuar que reforçam desigualdades e não contribuem para possibilitar a
atuação policial dentro de um ideal de polícia e segurança cidadã que vise garantir e proteger os
direitos humanos e paz pública. A partir da categoria de masculinidades hegemônicas e
masculinidades subalternas é possível repensar os discursos e construções de performatividade de
gênero no recorte organizacional das instituições policiais que são predominantemente masculinas e
que dessa forma muitas vezes reproduzem esses processos de forma naturalizada.

Palavras-chave: Masculinidades; Gênero; Polícia; Segurança Pública; Atuação policial.


SUMÁRIO

1. Apresentação do problema central de pesquisa 1

2. Objetivos 3

3 Justificativa 4

4 Fundamentação teórica 7

5 Metodologia 10

6 Contribuições esperadas da pesquisa 11

7 Cronograma 12

Referências 13
1.0 Apresentação do problema central de pesquisa

O profissional policial em sentido geral trabalha no intuito do estabelecimento da


“ordem” e da paz pública, visando à garantia de direitos e liberdades dos cidadãos, que
estejam sendo violados ou na iminência de sê-lo, de forma pacífica ou com a possibilidade do
uso da força, associando técnicas de diálogo e mediação de conflito, dentro dos limites da
legalidade. Resguardando-se as especificidades de cada polícia, esse é o sentido geral do
trabalho policial. (MUNIZ e PROENÇA JÚNIOR, 2014; SOARES, 2019).

O desempenho da função policial é extremamente exigente para com o profissional,


passando este a sofrer sérias consequências decorrentes do distresse profissional, a tensão do
serviço realizado e as diversas pressões e vitimizações por que este pode acabar passando.
Problemas como alcoolismo, doenças crônicas, suicídio e mesmo as mortes decorrentes do
fato desse profissional ser policial, no retorno para casa ou em dias de folga (MINAYO,
2014).

As instituições policiais são predominantemente masculinas e a cultura policial


fortalece atitudes machistas e de “endurecimento do caráter como mecanismos de
sobrevivência frente ao risco físico, psicológico e mental”, inclusive nos treinamentos
recebidos (MINAYO, 2014).

Para Barbarini e Martins (2018) “a masculinidade é, em maior ou menor grau, a


depender do pensamento adotado, uma construção social, um discurso que deriva da diferença
anatômica genital, ou mesmo constitui suas condições de inteligibilidade”.

Dessa forma, compreender masculinidade a partir de uma visão de construção social


nos permite buscar nos meandros das interações sociais os comportamentos, ações e omissões
que estão eivados pela invisibilidade dessa categoria que de outra maneira passaria
despercebida.

No campo de estudo de masculinidades é bastante usual a divisão entre


“masculinidade hegemônica e periféricas”, essas categorias apontam que “para além do
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modelo social explicitamente proposto como forma desejável de ser homem, há outras formas
de expressão da masculinidade, inclusive disruptivas desta, que disputam as significações do
que seria ser masculino, tentam fugir a esta significação ou representam ‘ilegibilidades’
dentro desse discurso” (BARBARINI e MARTINS, 2018).

Ao instrumentalizarmo-nos por esses conceitos podemos observar a atividade prática


policial em instituições marcadas por processos de reforço de preconceitos, distanciamento da
realidade social em mudança, reprodução e difusão de desigualdades como é o caso das
instituições policiais (SOARES, 2019).

Como afirma Balestreri (1998), o policial deve ser um pedagogo e defensor primeiro
dos Direitos Humanos. O campo dos Direitos Humanos pode ser enriquecido pela prática de
policiais comprometidos com a defesa e promoção especializada de cidadania. Enquanto
policiais não se verem como cidadãos e sujeitos de direitos humanos, parte essencial dessa
defesa, as violações de tais direitos e práticas policiais distanciadas das necessidades reais da
sociedade continuarão a ser difundidas e protegidas por um corporativismo onde todos saem
perdendo, policiais e sociedade civil.

Os policiais não são seres fora da sociedade, mas parte dela e importante elo nos
processos sociais de defesa e garantia de direitos. Dessa forma a necessidade de que,
compreendendo os preconceitos e crenças que esse policial reproduz da sociedade que ele faz
parte, possa-se oferecer meios e qualificação suficientes para que possa lidar com as
demandas sociais das populações não contempladas pela representação hegemônica da
sociedade (BALESTRERI, 1998).

Como parte integrante da Polícia Civil de Pernambuco, na função de Comissário de


Polícia há dez anos, tendo participado da implementação da Delegacia da Mulher do Paulista,
tive a oportunidade de observar, quando nesta função, nas interações cotidianas como nós
policiais civis por vezes “selecionamos” uma maior ou menor atenção dada a determinados
casos, a partir dos pré-julgamentos, crenças e identificações que cada um possua.
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De forma impensada reproduzimos e balizamos nossas ações discricionárias a partir


dessas lentes. Dentro da legalidade, muitas vezes após o atendimento ou a resolução de algum
caso são comuns comentários in off que revelam muitos desses vieses por que somos
mobilizados.

Então nos cabe perguntar, a partir dessas categorias propostas, como a questão de
gênero e masculinidades perpassa o dia a dia da atuação policial e é compreendida pelos
próprios policiais na relação com a realidade social de que partilham na instituição?

2.0 Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Investigar como a questão de gênero e masculinidades perpassa o dia a dia da


atuação policial e é compreendida pelos próprios policiais na relação com a realidade social
de que partilham na instituição.

2.2 Objetivos Específicos

● Analisar como os policiais compreendem esses discursos de gênero e de que forma se


vêem ao reproduzirem ou não tais práticas discursivas.
● Verificar como os policiais interagem com a própria masculinidade naturalizada na
relação com as exigências institucionais por parte da Polícia e da sociedade como um
todo.
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3 Justificativa

A Constituição Federal de 1988 estabelece em seu artigo 144 que as polícias são os
meios pelos quais o Estado cumpre o dever de segurança pública que é direito e
responsabilidade de todos. No Estado Democrático o ideal de polícia está ligado à defesa da
sociedade e por consequência da defesa e garantia dos direitos humanos, o papel social e a
forma real como as polícias tem atuado no Brasil hoje é questionável em relação a esse
sentido ideal (SOARES, 2019).

Os estudos de gênero e polícia ainda estão pouco explorados no campo dos estudos
de Segurança Pública, bem como no campo dos estudos de gênero (SOARES, L. E., 2019;
CONNELL e MESSERSCHMIDT, 2013).

Verificar o padrão de práticas de masculinidades em uma determinada instituição


pode contribuir para o debate acerca da forma como esses padrões influem na manutenção de
privilégios e possíveis naturalizações de gênero e legitimam ideologicamente posturas,
comportamentos e crenças que de alguma forma podem reforçar esse distanciamento da
atividade policial das demandas sociais por igualdade, equidade a garantia e proteção dos
direitos humanos (CONNELL e MESSERSHIMIDT, 2013).

A forma como a polícia atua na sociedade tem a ver não apenas com as
características objetivas do fazer policial, mas também com a forma como a polícia e a
sociedade compreendem como é o “ser policial”, qual o significado subjacente, e isso tem
“efeitos concretos nas definições que organizam a experiência cotidiana” (PONCIONI, 2014).

Diante da complexa crise por que passa a sociedade brasileira envolvendo as


dimensões política, econômica, cultural e social, tendo como “ponto nevrálgico que obstrui
soluções” o “colapso da representação, a corrosão da legitimidade política”, a Segurança
Pública é um dos pontos onde a transição democrática pós Constituição Cidadã parece não ter
avançado suficientemente. As práticas e modelos policiais ainda são voltadas com o foco
apenas no combate ao crime e apelos de “produtividade”, sem a adoção de ações de
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aproximação da polícia da comunidade. Essa crise se localiza num contexto de


descrebilização das instituições por parte da sociedade e do ataque aos direitos sociais dando
espaço para o levantar de vozes de apelo populista por um Estado policial e instauração até
mesmo de sistemas anti-democráticos (SOARES, 2019).

De acordo com Barbarini e Martins (2018) vários estudos “apontam para as


constantes injunções entre fenômenos de violência, sofrimento psíquico e construção de
masculinidades”. No contexto de questionamento de práticas violentas e excessos da polícia e
mesmo do próprio modelo institucional adotado, cabe-nos ao investigar os processos de
micropolítica e relações discursivas adotadas entre os profissionais possibilitar a compreensão
dessas dimensões e como elas se relacionam no seio das instituições policiais com a própria
cultura policial.

Kimmel (1998) aborda que “a masculinidade como uma construção imersa em


relações de poder é frequentemente algo invisível aos homens cuja ordem de gênero é mais
privilegiada com relação àqueles que são menos privilegiados por ela e aos quais isto é mais
visível”. Dessa forma compreender as questões de masculinidade e gênero em instituições
marcadas pela hierarquização e o uso do poder de coerção internamente e externamente
torna-se importante para a própria compreensão da dominação masculina, ou não, e das
interações marcadas por essa possível dominação nas polícias (KIMMEL, 1998).

Por fim, Poncioni (2014) elenca o culto à masculinidade como uma importante
marca identitária da “cultura policial”, dentro das marcações de diferenças de sexo, entre
outras questões identitárias. Portanto dar atenção para essa dimensão de gênero e
masculinidades hegemônica e periféricas quanto à atividade profissional e as marcações que
ocorrem nas interações sociais decorrentes dela justifica-se como parte do processo de
compreensão de polícia, segurança pública e defesa e Direitos Humanos. Pois compreender a
consciência dos próprios atores imersos na ação social e interações do meio dá pistas e sinais
de que direção as estruturas e “culturas” podem estar rumando, bem como possibilita a
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instrumentalização para o pensar em políticas públicas e ações estatais que englobem essas
questões.

4. Fundamentação teórica

Costa e Lima (2014), ao pensar o campo de Segurança Pública afirmam que um dos
principais desafios é “se legitimar para viabilizar a mudança de determinadas práticas, vistas
como violentas, ilegais e arbitrárias”. Outro desafio apontado por esses autores é na “mudança
nas práticas de gestão e de prestação de contas para a população, aumentando a transparência
das estatísticas, melhorando o desempenho da atividade policial e aproximando as polícias da
comunidade e de setores da universidade e da mídia”. Esses dois autores apresentam o
conceito de isomorfismo que é a tendência que as organizações tem em assemelharem-se a
outras organizações no campo (COSTA e LIMA, 2014).

Muniz e Proença Júnior (2014) apresentam o conceito de polícia e do mantado


policial, revisando a literatura a respeito e observando as consequências da adoção de um
dado conceito. Para eles, o conceito empregado por Bittner de “polícia como sendo quem
responda pelo mandato do uso da força com consentimento social, sob o Império da Lei em
uma polity” permite estabelecer uma categoria analítica de quando há e quando não há
polícia, a despeito das condições sociais vigentes. E a partir daí pensar a questão da confiança
e credibilidade das populações no mandato policial (MUNIZ e PROENÇA JÚNIOR, 2014).

Ribeiro (2014) analisa o percurso histórico dos modelos de polícia, passando pelo
modelo profissional, nascido no século XIX até chegar ao modelo de polícia comunitária
desenvolvido pelas polícias norte-americanas em experimentos ao longo de 40 anos. A autora
elenca os fatores imprescindíveis à institucionalização do modelo de policiamento
comunitário, quais sejam descentralização, envolvimento com a comunidade e foco na
solução de problemas.
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Poncioni (2014) faz um apanhado da literatura especializada no Brasil que trata da


questão da identidade profissional policial e procura enfocar a questão da “cultura policial”,
especialmente no que concerne à formação e treinamento profissional de policiais. Para essa
autora é no período de treinamento profissional dentro das academias de polícias que “o
futuro policial desenvolve sua identidade profissional pelo compartilhamento de
comportamentos, atitudes, valores, conhecimentos, crenças e habilidades com outros em seu
grupo de pares, e relaciona isso ao seu papel profissional” (PONCIONI, P., 2014).

Poncioni (2014) analisa também a questão de identidade nos diferentes ângulos e


dimensões da literatura de ciências sociais, da Psicologia Social e da Psicanálise. Observando
a formação da identidade na interação entre o eu e a sociedade em relação dialógica com as
culturas “exteriores”, informando que o jogo dialético entre semelhança e diferença é
importante para o sentimento de identidade, delimitando fronteiras e fazendo distinções entre
incluídos e excluídos do processo, “nós” e “eles”. Isso estabelece sistemas de classificação
demarcando posições, “fronteiras simbólicas” e expressando relações assimétricas de poder.

Tratando da questão da vitimização profissional, Minayo (2014) apresenta uma visão


dos policiais como vítimas e agressores em decorrência das atitudes e condições específicas
relativas a função desempenhada, ao treinamento recebido, ao local de convivência entre
outros. Essa autora nos informa que algumas atitudes estariam ligadas à vitimização por parte
dos agentes policiais. Dentre elas a “negação do perigo e consideração de que medo,
ansiedade e choro são manifestações de franqueza e devem ser reprimidas”. Além disso os
policiais tem dificuldades para lidar com o problema e costumam “não buscar ajuda e não
gostar de recebê-la”. Outra característica elencada é a de sentimento de urgência da vida,
sobretudo os policiais mais operacionais e em áreas de maior risco potencial, existe presente
um sentimento de estar “em guerra”. “Muitos desenvolvem doenças psicossomáticas, fadiga
crônica, insônia, pesadelos, hipersensibilidade, sentimentos de culpa, problemas geralmente
precipitados pelo enfrentamento de novos fatos traumáticos”, dentre outros como
conseqüência do distresse (MINAYO, 2014).
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O conceito de masculinidade hegemônica é repensado por Connell e Messerschmidt


(2013), que fazem um apanhado dos diversos usos e evoluções que o conceito passou desde
que foi criado na década de 1980. O conceito surgiu a partir do termo gramsciano de
hegemonia, transplantado das tentativas de compreensão da estabilização das relações de
classe. Segundo esses autores “masculinidade hegemônica foi entendida como um padrão de
práticas (i. e., coisas feitas, não apenas uma série de expectativas de papéis ou uma
identidade) que possibilitou que a dominação dos homens sobre as mulheres continuasse”.
(CONNELL e MESSERSCHMIDT, 2013).

A masculinidade hegemônica tem um caráter normativo, incorporando a forma “mais


honrada de ser um homem”, exigindo que “todos os outros homens se posicionem em relação
a ela e legitima ideologicamente a subordinação global das mulheres aos homens”.
(CONNELL e MESSERSCHMIDT, 2013).

Kimmel (1998) aponta que o ideal hegemônico quando estava sendo criado se
opunha a “outros” que a masculinidade estava sendo questionada e desvalorizada. “ O
hegemônico e o subalterno surgiram em uma interação mútua desigual em uma ordem social e
econômica dividida em gêneros”. Este autor compreende que “as masculinidades são
construídas simultaneamente em dois campos inter-relacionados de relações de poder”.
Desigualdades de homens em relação às mulheres e de homens em relação a outros homens,
baseadas em raça, etnicidade, sexualidade, idade, etc. O autor então aponta dois elementos
constitutivos da construção social de masculinidades como sendo o sexismo e a homofobia
(KIMMEL, 1998).

Barbarini e Martins (2018) chamam atenção para o caráter discursivo de gênero,


como forma de “articulação e fundação da realidade a partir dos corpos”. Dessa forma “o
lugar do corpo, assim começa a emergir enquanto topografia sobre a qual se inscreverão
discursos de legibilidade aos sujeitos, constituindo-o”. A performatividade de gênero seria
uma base culturalmente estruturada, possuindo historicidade, não havendo um ser homem ou
mulher anterior ao discurso (BARBARINI e MARTINS, 2018).
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5. Metodologia

Para a fase de pesquisa qualitativa, utilizarei a técnica de observação participante que


conforme Haguette apud. Queiroz, Vall, Souza e Vieira (2007) “representa um processo de
interação da teoria com métodos dirigidos pelo pesquisador na busca de conhecimento não só
na perspectiva humana, como na própria sociedade”. Buscarei junto à Diretoria de Recursos
Humanos da Polícia Civil de Pernambuco e a Diretoria de Direitos Humanos da PMPE
autorização para a realização dessa etapa junto a essas instituições.

Além da observação participante poderá se usar da técnica de grupos focais, a


depender da parceria com as instituições citadas. Concomitantemente a essa etapa pretendo
realizar na pesquisa qualitativa uso de entrevistas semi-estruturadas junto aos atores das
polícias.

Após a coleta dos dados qualitativos será necessário o processamento desses dados
em comparação com os dados teóricos recolhidos. A análise dos discursos apreendidos
durante as fases de pesquisa para realização do relatório final de pesquisa e apresentação
acadêmica para nutrir junto às observações acadêmicas e revisar o que for necessário.

6. Contribuições Esperadas da Pesquisa

Com a conclusão desse trabalho espera-se:

- Compreender e explicar como a questão de gênero e masculinidades perpassa o dia


a dia da atuação policial e é compreendida pelos próprios policiais na relação com a realidade
social de que partilham na instituição.

- Explicar como os policiais compreendem esses discursos de gênero e de que forma


se vêem ao reproduzirem ou não tais práticas discursivas.
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- Analisar como os policiais interagem com a própria masculinidade naturalizada na


relação com as exigências institucionais por parte da Polícia e da sociedade como um todo.

- Contribuir para os estudos na área de gênero e masculinidades e nas áreas de


Segurança Pública e Polícia ao trazer essas discussões invizibilizadas para o campo de debate
acadêmico e científico.

7. Cronograma

ATIVIDADES/PERÍODO 2022 2023 2024


(em bimestres)
4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3

1 Revisão de literatura X X X X X X X X X X X X

2 Montagem do Pré-projeto X X

3 Revisão do Pré-projeto X X X X

4 Seminário de Pesquisa X

5 Elaboração dos X X X X X
Instrumentos de Coleta

6 Coleta de dados X X X X X X

7 Análise e Interpretação X X X X X X X

8 Qualificação X

9 Elaboração do relatório final X X X X

10 Revisão do texto X X X X

11 Entrega do trabalho X
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Referências

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. Nordestino: uma invenção do falo. Maceió:


Edições Catavento, 2003.

BALESTRERI, Ricardo Brisola. Direitos Humanos: coisa de polícia. Passo fundo-RS,


CAPEC, Paster Editora, 1998.

BARBARINI, Neuzi e MARTINS, Daniel Fauth Washington. Masculinidades como


instituição: uma análise conceitual do “ser homem” no Brasil. PsicolArgum. 36 (92), pp.
216-236, abril-junho/2018.

BEAVOIR, Simone de. O segundo sexo. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970.
BOTTON, Fernando Bagiotto. As masculinidades em questão: uma perspectica de
construção teórica. Revista Vernáculo, n. 19 e 20, 2007.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand, 1997.

CONNELL, Robert W. e MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica:


repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(1): 424, janeiro-abril/2013.

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Crime, Polícia e Justiça no Brasil. Editora Contexto, São Paulo, 2014.

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Brasil. Editora Contexto, São Paulo, 2014.
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Justiça no Brasil. Editora Contexto, São Paulo, 2014.

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Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2004.

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