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1.

IDENTIFICAR
OS FATORES QUE
ESTIVERAM NA
ORIGEM DA
“CRISE DE 1929” E
DESCREVER AS
CONSEQUÊNCIAS
ECONÓMICAS E SOCIAIS DO
CRASH.
Na década de 20, a economia
norte-americana era pujante, pois tinha sofrido alterações nos seus métodos de trabalho,
estava ainda a produzir para a Europa, destruída pela 1.ª Grande Guerra e beneficiava dos
progressos científicos e técnicos ocorridos.

FATORES NA ORIGEM DA “CRISE DE 1929”:


- CRISE DE SUPERPRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico e o crescimento da produção industrial e agrícola
fizeram com que houvesse mais oferta do que procura. Isto levou à acumulação de stocks, à
deflação (baixa de preços) e à quebra dos lucros das empresas.
- CRISE FINANCEIRA (BOLSISTA)
A ilusão do enriquecimento rápido provocou o aumento da procura de ações a subida
acentuada do seu valor, pois a procura era superior à oferta. No entanto, e para fazer lucro, o
preço a que eram vendidas era muito superior ao valor real das empresas – especulação
bolsista.
A deflação levou à queda da cotação das ações, o que gerou o pânico pois todos
queriam vender, mas ninguém queria comprar. No dia 25 de outubro de 1929, conhecido
como 5ª Feira Negra, deu-se o crash da Bolsa: 13 milhões de ações foram postas à venda e
não encontram compradores.
- CRISE BANCÁRIA
Empresas e particulares deixaram de pagar as suas dívidas aos Bancos; estes ainda
reduziram os empréstimos, mas não conseguiram evitar a bancarrota.

CONSEQUÊNCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS DO CRASH


Os Americanos estavam arruinados e passavam fome – GRANDE DEPRESSÃO.
A quebra dos lucros levou muitas empresas à falência o que, por sua vez, conduziu ao
desemprego (sem subsídios ou indemnizações) e à quebra do poder de compra.
Os camponeses abandonaram as terras e dirigiram-se às cidades em busca de
trabalho; os produtores agrícolas destruíram toneladas de produtos para aumentar os preços
(menos oferta = preços mais elevados); pequenos e médios industriais perderam os seus bens
e ficam desempregados; classes médias e reformados perderam poupanças nos bancos.
Com a miséria surgiram os problemas sociais como o banditismo e a criminalidade.
Apareceram os bairros de lata, as instituições de assistência e os refeitórios populares.
Surgiram também grupos políticos extremistas que defendiam Ditaduras para controlar a
situação.

2. EXPLICAR O PROCESSO DE MUNDIALIZAÇÃO DA CRISE, SALIENTANDO A EXCEÇÃO DA


URSS.
Os bancos americanos, com investimentos na Europa e na Ásia, retiraram os seus
capitais, originando a falência dos bancos europeus e asiáticos e das empresas que dependiam
dos seus créditos.
Muitos países implementaram medidas protecionistas para fazer face à crise. Grande
parte dos países reduziu as suas compras ao estrangeiro e outros não conseguiam escoar a sua
produção (é o caso da redução drástica da compra de matérias – primas à América do Sul e à
África). A economia mundial contraiu-se.
Um país que não sofreu os efeitos da crise foi a URSS, por se encontrar política e
economicamente fechada ao exterior e centrada na sua recuperação económica, mantendo-se
fiel ao sistema socialista e avesso às ideias liberais.

3. CARACTERIZAR OS PRINCÍPIOS IDEOLÓGICOS COMUNS AO(S) FASCISMO(S) E O


MODO DE ATUAÇÃO DE CADA UM.

Os princípios base do fascismo eram:

- o partido único – não era admitida qualquer oposição ao Estado;


- o totalitarismo – o Estado controlava todos os domínios da sociedade (cultura, religião e
economia) e os interesses da Nação sobrepunham-se aos direitos e liberdades individuais;
- o militarismo – desfiles militares imponentes, que contavam com a presença do chefe do
governo e que reforçava, junto do povo, a força da Nação;
- o imperialismo – alargamento do território a regiões menos desenvolvidas através da
violência e da guerra, vistas como formas de garantir a independência e de reforçar o poder
do Estado;
- o ultranacionalismo – reforço dos valores nacionais e raciais e de alguns episódios da História
do país, como os Descobrimentos, com o objetivo de promover a união nacional;
- o corporativismo – mediação entre trabalhadores e patrões para garantir a harmonia social
que convinha ao Estado;
- o culto do chefe – os chefes de estados eram considerados os salvadores das nações;

4. DESCREVER SUCINTAMENTE A SUBIDA AO PODER DO PARTIDO NACIONAL FASCISTA,


EM ITÁLIA, E DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES (PARTIDO
NAZI).
Os fascismos afirmaram-se no contexto da GRANDE DEPRESSÃO, quando a democracia
parlamentar era culpabilizada pela crise, pela instabilidade política e pela resposta pouco
eficiente aos problemas sociais. Os regimes fascistas prometiam a criação de emprego, a
melhoria das condições de vida, um Estado forte que repusesse a ordem e impedisse o avanço
das ideias comunistas.
ITÁLIA - Mussolini aproveitou a agitação social que abalava a democracia parlamentar
para angariar apoiantes para o seu partido. Chegou ao governo a convite do rei Vítor Manuel
III (que receava que Mussolini cumprisse o ultimato feito ao rei e marchasse sobre Roma com
os seus “camisas negras”) e, em poucos anos, conseguiu, através de uma fraude eleitoral,
assegurar uma maioria parlamentar e transformar-se no Duce (chefe), passando a governar a
Itália com base em princípios ideológicos fascistas.
ALEMANHA – Hitler contava com o apoio da população descontente e o rápido
crescimento do seu partido deveu-se ao apoio dos grandes industriais, à ação persistente da
propaganda e à influência exercida sobre os jovens. Em 1933, foi convidado pelo Presidente da
República para o cargo de Chanceler. Um ano depois, com a morte do chefe de Estado, passou
a acumular os dois cargos, transformando-se no Führer (chefe) e controlando todos os
assuntos do Estado.

5. CARACTERIZAR AS ESPECIFICIDADES DO NAZISMO, DESTACANDO O SEU CARÁCTER


RACISTA E GENOCIDÁRIO, A SUPERIORIDADE DA “RAÇA ARIANA” E A CRIAÇÃO DO “ESPAÇO
VITAL”.
O Partido Nazi comprometeu-se a solucionar alguns dos problemas sociais do país.
Para além disso, recusava-se a aceitar as imposições do Tratado de Versalhes e pretendia
construir uma Alemanha nova e poderosa, com a expansão da raça ariana e a expulsão dos
comunistas e dos judeus.
O Nazismo levou ao extremo alguns dos princípios fascistas como o antissemitismo e o
racismo. Os nazis defendiam que existiam raças inferiores (judeus, ciganos e negros) e uma
raça superior, a raça ariana. Os judeus eram culpados por tudo de mal que se passava na
Alemanha e o objetivo de Hitler era exterminar este povo, o que foi feito em campos de
concentração até ao fim da 2ª Guerra Mundial – holocausto.
O alargamento do Espaço Vital foi a tentativa alemã de se expandir e conquistar os
povos considerados inferiores e que viria a gerar um novo conflito – a 2ª Grande Guerra.

6. DESCREVER O PROCESSO DE ASCENÇÃO DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR NO SEIO


DA DITADURA MILITAR (1928-1933).
No fim da 1ª Guerra Mundial e, à semelhança de outros países europeus, Portugal
atravessava uma grave crise socioeconómica. A instabilidade política da 1ª República criou as
condições para um movimento revolucionário de direita. Assim, instala-se uma Ditadura
Militar, presidida pelo General Óscar Carmona que, em 1928, convida Salazar para ministro das
Finanças. Em poucos anos, e através de grande contenção nas despesas públicas, Salazar
resolve a situação do défice financeiro e, em 1932, assume a presidência do Conselho de
Ministros. Em 1933, é aprovada uma nova Constituição e com ela nasce oficialmente o Estado
Novo. Este documento reforçava os poderes do chefe do Estado e diminuía os poderes do
Parlamento. Apesar do poder executivo pertencer ao Presidente da República, Salazar
sobrepunha-se ao poder do chefe de Estado, ao exercer os seus poderes de chefe do Governo,
de forma autoritária.

7. CARACTERIZAR AS ORGANIZAÇÕES REPRESSIVAS E OS MECANISMOS DE CONTROLO


DA POPULAÇÃO CRIADOS PELO ESTADO NOVO.
- Proibição dos partidos políticos e reforço da União Nacional, que funcionava como um
partido único.
- Difusão de valores como “Deus, Pátria e Família” para criar uma sociedade obediente que
considerava o chefe de governo como o “Salvador da Pátria”.
- Controlava-se rigorosamente os programas lecionados que refletiam os valores defendidos
pelo Estado Novo.

- A principal função destas organizações paramilitares (Mocidade Portuguesa e Legião


Portuguesa) era a divulgação dos princípios políticos e ideológicos do regime.
- Foram criadas diversas corporações para encontrar um equilíbrio entre os interesses dos
trabalhadores e dos patrões – corporativismo.

- As colónias portuguesas representavam uma fonte de rendimento para a economia nacional.


Salazar queria controlar o Império Colonial estabelecendo regras de convivência (Ato Colonial)
entre esses territórios e a metrópole – colonialismo.

8. CARACTERIZAR O “REGIME DE TERROR” INSTITUÍDO POR ESTALINE NA URSS E A


POLÍTICA ECONÓMICA SEGUIDA POR ESTALINE.

Esta soberania foi levada ao extremo com a criação da polícia política (KGB), da criação
dos gulags (campos de trabalho e de reabilitação) e do desterro e morte de milhões de
camponeses. Fala-se de “regime de terror” pois estas medidas repressivas eram executadas de
forma sistemática e desumana.

COLETIVIZAÇÃO E PLANIFICAÇÃO DA ECONOMIA


Coletivização – sistema que era visto como a solução para os problemas sociais do país, que
determinava a passagem dos bens privados para a posse de grupos ou coletividades.

Economia planificada – a economia passa a ser controlada pelo Estado que planeia os
objetivos esperados ao fim de um determinado período de tempo.

9. REFERIR AS PRINCIPAIS MEDIDAS TOMADAS DURANTE O NEW DEAL.


Para solucionar a crise socioeconómica vivida nos EUA, o presidente Franklin
Roosevelt pôs em prática o New Deal, cujos objetivos eram:
- combater o desemprego
- aumentar o poder de compra
- relançar a produção e o consumo.

Para tal foram tomadas as seguintes medidas:

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