Você está na página 1de 6

1.

CARACTERIZAR OS PRINCÍPIOS IDEOLÓGICOS COMUNS AO(S) FASCISMO(S) E O MODO DE


ATUAÇÃO DE CADA UM.

Os princípios base do fascismo eram:

- o partido único – não era admitida qualquer oposição ao Estado;


- o totalitarismo – o Estado controlava todos os domínios da sociedade (cultura, religião e economia) e os
interesses da Nação sobrepunham-se aos direitos e liberdades individuais;
- o militarismo – desfiles militares imponentes, que contavam com a presença do chefe do governo e que
reforçava, junto do povo, a força da Nação;
- o imperialismo – alargamento do território a regiões menos desenvolvidas através da violência e da
guerra, vistas como formas de garantir a independência e de reforçar o poder do Estado;
- o ultranacionalismo – reforço dos valores nacionais e raciais e de alguns episódios da História do país,
como os Descobrimentos, com o objetivo de promover a união nacional;
- o corporativismo – mediação entre trabalhadores e patrões para garantir a harmonia social que convinha
ao Estado;
- o culto do chefe – os chefes de estados eram considerados os salvadores das nações;

2. DESCREVER SUCINTAMENTE A SUBIDA AO PODER DO PARTIDO NACIONAL FASCISTA, EM ITÁLIA, E


DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES (PARTIDO NAZI).
Os fascismos afirmaram-se no contexto da GRANDE DEPRESSÃO, quando a democracia parlamentar
era culpabilizada pela crise, pela instabilidade política e pela resposta pouco eficiente aos problemas sociais.
Os regimes fascistas prometiam a criação de emprego, a melhoria das condições de vida, um Estado forte
que repusesse a ordem e impedisse o avanço das ideias comunistas.
ITÁLIA - Mussolini aproveitou a agitação social que abalava a democracia parlamentar para angariar
apoiantes para o seu partido. Chegou ao governo a convite do rei Vítor Manuel III (que receava que
Mussolini cumprisse o ultimato feito ao rei e marchasse sobre Roma com os seus “camisas negras”) e, em
poucos anos, conseguiu, através de uma fraude eleitoral, assegurar uma maioria parlamentar e
transformar-se no Duce (chefe), passando a governar a Itália com base em princípios ideológicos fascistas.
ALEMANHA – Hitler contava com o apoio da população descontente e o rápido crescimento do seu
partido deveu-se ao apoio dos grandes industriais, à ação persistente da propaganda e à influência exercida
sobre os jovens. Em 1933, foi convidado pelo Presidente da República para o cargo de Chanceler. Um ano
depois, com a morte do chefe de Estado, passou a acumular os dois cargos, transformando-se no Führer
(chefe) e controlando todos os assuntos do Estado.
3. CARACTERIZAR AS ESPECIFICIDADES DO NAZISMO, DESTACANDO O SEU CARÁCTER RACISTA E
GENOCIDÁRIO, A SUPERIORIDADE DA “RAÇA ARIANA” E A CRIAÇÃO DO “ESPAÇO VITAL”.
O Partido Nazi comprometeu-se a solucionar alguns dos problemas sociais do país. Para além disso,
recusava-se a aceitar as imposições do Tratado de Versalhes e pretendia construir uma Alemanha nova e
poderosa, com a expansão da raça ariana e a expulsão dos comunistas e dos judeus.
O Nazismo levou ao extremo alguns dos princípios fascistas como o antissemitismo e o racismo. Os
nazis defendiam que existiam raças inferiores (judeus, ciganos e negros) e uma raça superior, a raça ariana.
Os judeus eram culpados por tudo de mal que se passava na Alemanha e o objetivo de Hitler era exterminar
este povo, o que foi feito em campos de concentração até ao fim da 2ª Guerra Mundial – holocausto.
O alargamento do Espaço Vital foi a tentativa alemã de se expandir e conquistar os povos
considerados inferiores e que viria a gerar um novo conflito – a 2ª Grande Guerra.

4. DESCREVER O PROCESSO DE ASCENÇÃO DE ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR NO SEIO DA


DITADURA MILITAR (1928-1933).
No fim da 1ª Guerra Mundial e, à semelhança de outros países europeus, Portugal atravessava uma
grave crise socioeconómica. A instabilidade política da 1ª República criou as condições para um movimento
revolucionário de direita. Assim, instala-se uma Ditadura Militar, presidida pelo General Óscar Carmona que,
em 1928, convida Salazar para ministro das Finanças. Em poucos anos, e através de grande contenção nas
despesas públicas, Salazar resolve a situação do défice financeiro e, em 1932, assume a presidência do
Conselho de Ministros. Em 1933, é aprovada uma nova Constituição e com ela nasce oficialmente o Estado
Novo. Este documento reforçava os poderes do chefe do Estado e diminuía os poderes do Parlamento.
Apesar do poder executivo pertencer ao Presidente da República, Salazar sobrepunha-se ao poder do chefe
de Estado, ao exercer os seus poderes de chefe do Governo, de forma autoritária.

5. CARACTERIZAR AS ORGANIZAÇÕES REPRESSIVAS E OS MECANISMOS DE CONTROLO DA


POPULAÇÃO CRIADOS PELO ESTADO NOVO.

- Proibição dos partidos políticos e reforço da União Nacional, que funcionava como um partido único.
- Difusão de valores como “Deus, Pátria e Família” para criar uma sociedade obediente que considerava o
chefe de governo como o “Salvador da Pátria”.
- Controlava-se rigorosamente os programas lecionados que refletiam os valores defendidos pelo Estado
Novo.
- A principal função destas organizações paramilitares (Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa) era a
divulgação dos princípios políticos e ideológicos do regime.

- Foram criadas diversas corporações para encontrar um equilíbrio entre os interesses dos trabalhadores e
dos patrões – corporativismo.
- As colónias portuguesas representavam uma fonte de rendimento para a economia nacional. Salazar
queria controlar o Império Colonial estabelecendo regras de convivência (Ato Colonial) entre esses
territórios e a metrópole – colonialismo.

6. CARACTERIZAR O “REGIME DE TERROR” INSTITUÍDO POR ESTALINE NA URSS E A POLÍTICA


ECONÓMICA SEGUIDA POR ESTALINE.

Esta soberania foi levada ao extremo com a criação da polícia política (KGB), da criação dos gulags
(campos de trabalho e de reabilitação) e do desterro e morte de milhões de camponeses. Fala-se de
“regime de terror” pois estas medidas repressivas eram executadas de forma sistemática e desumana.
COLETIVIZAÇÃO E PLANIFICAÇÃO DA ECONOMIA

Coletivização – sistema que era visto como a solução para os problemas sociais do país, que determinava a
passagem dos bens privados para a posse de grupos ou coletividades.

Economia planificada – a economia passa a ser controlada pelo Estado que planeia os objetivos esperados
ao fim de um determinado período de tempo.

7. REFERIR AS PRINCIPAIS MEDIDAS TOMADAS DURANTE O NEW DEAL.


Para solucionar a crise socioeconómica vivida nos EUA, o presidente Franklin Roosevelt pôs em
prática o New Deal, cujos objetivos eram:
- combater o desemprego
- aumentar o poder de compra
- relançar a produção e o consumo.

Para tal foram tomadas as seguintes medidas:


RELACIONAR OS EFEITOS DA GRANDE DEPRESSÃO E DO CRESCIMENTO DO FASCISMO COM A FORMAÇÃO
DE GOVERNOS E UNIDADE NACIONAL E FRENTES POPULARES E AS MEDIDAS TOMADAS.

Para fazer frente à Grande Depressão e ao avanço do Fascismo, alguns países europeus constituíram
governos de unidade nacional ou frentes populares. Apesar de terem adotado soluções políticas diferentes,
todos implementaram políticas económicas protecionistas e de caráter intervencionista.

Suécia e Grã-Bretanha – unidade nacional


França e Espanha – frente popular

MEDIDAS:
INGLATERRA
– apoiou as indústrias nacionais
– apelou ao consumo dos produtos nacionais
– reforçou o vínculo com as colónias
FRANÇA
– adotou medidas semelhantes em relação aos territórios ultramarinos
– fomentou medidas de caráter social
ITÁLIA E ALEMANHA
– promoveram grandes obras públicas
– desenvolveram a indústria de armamento

GUERRA CIVIL ESPANHOLA

Espanha formou a Frente Popular para fazer frente à Grande Depressão e ao avanço do fascismo,
contudo, as forças democráticas no poder confrontaram-se com uma oposição liderada pelo general
Francisco Franco e apoiada pelo clero e uma parte do exército.
Estas divergências entre estas duas fações políticas (os nacionalistas chefiados por Franco e os
republicanos) levaram o país para uma guerra civil que durou 3 anos. Esta guerra serviu de ensaio para
material e tropas utilizados na 2º Guerra Mundial.
As duas forças em confronto receberam auxílio internacional:
– os nacionalistas, da Itália e da Alemanha
– os republicanos, da URSS e voluntários europeus e americanos
Na guerra civil de Espanha morreram mais de meio milhão de pessoas. Em 1939, as forças de Franco
saíram vitoriosas, instaurando o Franquismo em Espanha até 1975.

Você também pode gostar