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ADMINISTRAÇÃO E
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
EM CENTRO CIRURGICO
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Centro de Material e
Esterilização (CME)
ESTRUTURA FÍSICA, RECURSOS HUMANOS, CONCEITOS DE
MICROBIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS, ETAPAS DO
PROCESSAMENTO, PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS E
PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO.
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“Dispõe sobre
requisitos de boas
práticas para o
processamento
de produtos para
saúde e dá outras
providências”.

Pág. 23 da apostila
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Características da Construção

• Piso: Cor clara, resistente ao calor, umidade e a soluções


corrosivas.
• Paredes: Devem ser lisas e planas, sem saliências cantos ou
quinas, côncavos e abaulados. Revestimento lavável, durável
e de cor suave. Resistente a abrasão e impactos.
• Teto/Forro: acústico (redução de ruído), removíveis ou não, ser
de fácil higienização.
• Iluminação: Adequada (500 lux); além de especificas em
algumas bancadas que requerem maior acuidade visual
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Características da Construção
• Janelas: amplas, altas e com telas.
• Portas: laváveis, durável, amplas.
• Sistema exaustão/ventilação/calor: níveis de conforto. Na área
suja ( pode utilizar iluminação natural ou sistema de ventilação).
Nas áreas limpa e estéril ( ar condicionando).
• Água e energia: instalações e sistemas eficientes, assim como
tecnologias com menor consumo possível garantindo
sustentabilidade para o serviço.
• Bancada: superfície lisa, resistente, sem porosidade e de fácil
limpeza.
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O que é organograma?

► Organograma é um gráfico que representa


visualmente a estrutura organizacional de uma
instituição ou empresa.
► O principal propósito deste modelo estrutural é
apresentar a hierarquização e as relações entre os
diferentes setores da organização.
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O que é fluxograma?
► O fluxograma é uma representação gráfica da sequência das etapas de
um processo, que permite uma análise de limites e fronteiras, fornecendo
uma visão global por onde se passa o produto.

► Ele é estruturado por símbolos geométricos que simbolizam quais são os


materiais, serviços ou recursos envolvidos nos processos e quais são as
direções a serem seguidas para que o resultado (produto ou serviço) seja
atingido.

► Essa ferramenta é extremamente importante, pois para melhorar um


processo, é necessário medir, e para medir, é preciso mapear, sendo essa
a principal função do fluxograma.  
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O OBJETIVO DO CME

É o setor responsável por fornecer


produtos para a saúde
adequadamente processados não
apenas para as cirurgias, mas também
para as demais unidades da instituição.
Centro de Material e Esterilização 12

(CME)
O que
éo
CME?
É o conjunto de áreas destinadas a:

Recepção Preparo

Limpeza Desinfecção Guarda e

Secagem Ou Esterilização Distribuição


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Centro de Material e Esterilização
(CME)
Ao oferecer infraestrutura de produtos para a saúde
devidamente processados, a unidade contribui para o
desempenho satisfatório da equipe de saúde e ajuda a diminuir
a possibilidade de infecção, principalmente do sítio operatório.

Diminuindo o risco de infecção o setor colabora para que a


instituição de saúde ofereça uma assistência de qualidade.
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Centro de Material e Esterilização (CME)

Qual é a
localização
ideal do CME
no hospital?

É aquela que coloca próximo aos chamados:


Centros fornecedores e consumidores
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Centro de Material e
Esterilização (CME)
Centros fornecedores
Almoxarifado ou Farmácia Lavanderia
É chamado centro fornecedor pois
abastece o CME com materiais novos É um centro fornecedor
como: pois, entrega a roupa
► Seringas, pronta para se preparar
► Agulhas, em pacotes e esterilizada.
► Gazes,
► Algodão,
► Luvas dentre outros.
Centro de Material e Esterilização 16

(CME)
Centros consumidores
São representados pelas unidades que utilizam o material preparado
pelo CME;
Quem é o maior
Quais consumidor do
são eles? CME?
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Estrutura Física (CME)
A infraestrutura física desses ambientes, assim como os equipamentos e
materiais que fazem parte deles devem estar em acordo com os
regulamentos técnicos dispostos pela ANVISA.
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Estrutura Física (CME)
Independente de seu tamanho o CME deve estar separado em 3 partes:

Esta separação facilita o fluxo progressivo e contínuo do material em linha reta,

desde a área de recepção até a distribuição, evitando o cruzamento do material


sujo com o limpo e esterilizado.
Fluxograma da rota de 19

materiais (CME)
Expurgo Sala de Sala de
preparo de
CC instrumentos
preparo de
materiais

Unidades

Estocagem e
Esterilização
distribuição
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RECURSOS HUMANOS (CME)

É o único setor do hospital onde rotineiramente


trabalham apenas os integrantes da equipe de
enfermagem.

Técnico em Auxiliar de Equipe de


Enfermeiro
enfermagem enfermagem enfermagem
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Trabalho da
enfermagem na CME

• Classificação de artigos
• Etapas do processamento
• Preparo e empacotamento
• Processo de esterilização.
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Conceitos de Microbiologia
Microrganismos
► São bactérias, fungos, vírus e protozoários.

Carga microbiana
► Quantidade e tipo de microrganismo presentes no artigo antes da
esterilização.

Matéria orgânica
► Sangue, pus, fezes, secreções, lubrificantes...
Classificação dos Artigos Segundo o 23

Risco Potencial e Contaminação


Artigo Crítico
► São os utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e
em mucosas adjacentes, tecidos subpteliais e sistema vascular. Ex: agulhas,
instrumentais cirúrgicos, implantes, cateteres urinários. DEVEM PASSAR POR
ESTERILIZAÇAO TOTAL.
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Classificação dos Artigos Segundo o
Risco Potencial e Contaminação
Artigo semicrítico
► Entram em contato com a pele não integra, porem restrito a camadas da
pele ou com mucosas integras. Ex: endoscópios gastrointestinais e
aparelhos de terapias respiratórias. DEVEM SER SUBMETIDOS À
DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL.
Classificação dos artigos 25
segundo o risco potencial e
contaminação.
Artigo não crítico
► Entram em contato com a pele integra ou não entram em contato com o
paciente e apresentam baixo risco e índice de contaminação.
HIGIENIZAÇÃO COM ÁGUA E SABÃO E DESINFECÇÃO COM ÁLCOOL A 70%.
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Conceitos de Microbiologia

Limpeza de artigos

► Consiste na remoção das sujidades orgânicas e inorgânicas presentes


em um artigo e a retirada de boa parte da carga microbiana.
► É realizada com auxilio de detergentes.

Representa uma etapa essencial no processo de todos os artigos,


sejam eles críticos, semicríticos e não críticos, porque facilita a
ação dos agentes desinfetantes e esterilizantes.
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Conceitos de Microbiologia

Tipos de Limpeza
Manual
Automatizada
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Conceitos de Microbiologia

Antissepsia
► São os meios através dos quais se impede a reprodução dos
microrganismos por determinados período de tempo. Na antissepsia
são empregadas substâncias denominadas antissépticos.
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Conceitos de Microbiologia e
Classificação dos Artigos.
Assepsia
► Conjunto de práticas e técnicas para evitar a penetração de
microrganismos em locais e objetos que não contenham, ou seja,
esterilizados. EX: as técnicas assépticas.
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Conceitos de Microbiologia

Esterilização
► Conjunto de meios empregados para exterminar todos os micro-
organismos, inclusive os que tiverem na forma de esporos que é a sua
forma de resistência.
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Conceitos de Microbiologia

Desinfecção
► Meios utilizados para destruir os microrganismos na sua forma vegetativa
(quando não são tão resistentes), presentes nos objetos inanimados,
mediante a aplicação de agentes chamados de desinfetantes ou
germicidas, num período de 30 min.

► A desinfecção pode eventualmente, destruir também microrganismos


esporulares (esporos é uma camada que protege a bactéria, é resistente
aos agentes físicos, químicos e desinfecção utilizados no processo de
esterilização).
Processo de Empacotamento de 32

Artigos a serem Esterilizados


A área de preparo e formada por várias salas de acordo com o tipo de
artigos a serem processados. Ex: sala de preparo de roupa, sala de material
variado.
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Processo de Empacotamento de
Artigos a serem Esterilizados
As atividades realizadas na área de preparo tem por objetivos:

Inspecionar

selecionar

preparar

acondicionar e identificar

Para posterior esterilização.


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Alguns Tipos de Embalagens
Grau cirúrgico Manta SMS
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Indicadores de Qualidade
INDICADOR CLASSE 1 – FITAS ZEBRADAS: Tiras impregnadas com tinta
termoquímica que muda de coloração quando exposta a temperatura,
porém, não comprova a esterilidade.
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INDICADORES DE
QUALIDADE
INDICADORES BIOLÓGICOS - são testes que vêm em tubos plásticos com
tampa permeável ao vapor, esporos (Geobacillus stearotermophilus)
altamente resistentes ao calor úmido e não são patogênicos.
INDICADORES DE 37

QUALIDADE
INTEGRADOR QUÍMICO (classe 5) - de uso interno, indicado para
utilização em pacotes que serão esterilizados a vapor em
parâmetros determinados mundialmente.
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TESTE BOWIE & DICK

▪ É um método eficiente para monitorar


diariamente o sistema de pré-vácuo em
autoclaves a vapor com bomba de vácuo.
▪ Identifica a presença de ar no interior dos
pacotes, causados por falhas durante o
processo de remoção de ar ou na
penetração eficaz do vapor.
▪ O ciclo de Bowie & Dick deve ser feito em
temperaturas de 132 a 134° C por 3,5 a 4
minutos ou em ciclos de 121°C por 15
minutos.
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Armazenamento e Distribuição de
Artigos e Esterilizados e Desinfetados
Terminando o processo de esterilização ou desinfecção, os artigos são
encaminhados para o armazenamento e posterior distribuição nas
unidades consumidoras:
Preparo e
empacotamento de
Produtos para Saúde
Definição: Consiste na fase de preparação e no
acondicionamento dos produtos de acordo com
processamento, material e invólucro escolhido.

Objetivo: Manter a esterilização do produto até a


sua utilização sem risco de contaminação
Recomendações para
Preparo e Empacotamento
• Lavar as mãos
• Inspecionar o produto
• Selecionar a embalagem
• Avaliar a necessidade de embalagem dupla
• Antes de esterilizar: identificar a embalagem ( nome do material; método de
esterilização; lote; data da esterilização; data de validade; e nome do
preparador)
• Observar se a embalagem está integra
• Remover o ar do interior das embalagens
• Adotar técnicas de empacotamento de acordo com as especificações da ABNT
e do Ministério da Saúde
Tipo de Embalagem
Tecido de Algodão
Tipo de Embalagem
Tecido de Algodão

São Fibras disposta no sentido longitudinal e transversal, essa


aumentam após lavagens e encolhem com a secagem e
esterilização, os que as tornas frágeis e facilita seu
desprendimento, portanto ao ser utilizada necessita de
monitoramento.

Desgaste do tecido após a lavagem


Vida útil baixa
Baixo grau de eficiência como barreira microbiana
Sobrecarga de trabalho para o setor de costura da lavanderia
Tipo de Embalagem
SMS
Tipo de Embalagem

SMS – Spunbonded/Meltblown/
Spunbonded

Não é tecido – é uma estrutura plana, flexível, e poroso. Possui


barreira microbiana de em torno de 99% a 100%.

Embalagem segura de uso único e que permite a estocagem


por um período de tempo longo, alta permeabilidade aos
agente esterilizante, alta resistência mecânica à tração e
compatível com vários processos de esterilização.
Tipo de Embalagem
Papel Crepado
Tipo de Embalagem
Papel Crepado

É composto de 100% de celulose trato sendo compatível com o


processo de esterilização a vapor saturado sob pressão, óxido
de etileno, formaldeído, e radiação ionizante.

Possui barreira microbiana de 98 a 99 %


Flexível
Fácil de amolar ao produto
Indicado para confecção de campos e aventais cirúrgicos
Tipo de Embalagem

Papel Grau Cirúrgico


Tipo de Embalagem

Papel Grau Cirúrgico

É amplamente utilizado e conhecido, compatível com a


maioria dos processos de esterilização .

Facilidade de visualização do material e manuseio


Fechamento hermético
Resistente e alta barreira microbiana
Baixo efeito memória
Abertura asséptica
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PRECAUÇÕES PADRÃO

Pág. 44 da apostila
CONCEITO

As precauções padrão são medidas adotadas com a NR-32, para


evitar a exposição dos profissionais da saúde na assistência dos
clientes quando forem previstos contatos com agentes biológicos
em fluidos corpóreos, tais como: sangue, exsudatos, urina, fezes,
ferimentos corpóreos de qualquer cliente.
O QUE É NR 32?

É a Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes básicas


para a implementação de medidas de proteção à segurança e à
saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde em geral.
APLICAÇÃO

Esta norma deve ser aplicada por qualquer edificação que se


destine à prestação de assistência à saúde da população, e todas
as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e
ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.
IMPLEMENTAÇÃO

Todos os setores são corresponsáveis pela sua implementação.


✔ Decreto Estadual
5.757/2003

✔ Portaria 3.214/1978
✔ Norma Regulamentadora
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DECRETO 5.757

► I - prevenir acidentes de trabalho e/ou doenças ocupacionais no


serviço público estadual;
► II - reduzir o quantitativo de licenças médicas concedidas por motivos
de acidentes de trabalho e/ou doenças ocupacionais;
► III - promover a saúde do trabalhador e a melhoria do meio ambiente
de trabalho, com vistas a garantir melhor qualidade de vida ao
servidor.
PORTARIA 3.214: I – Estabelece as NR’s – Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE, sendo estas De 01 a 34.
DOS RISCOS...

► Biológico: É a exposição ocupacional a agentes biológicos (ex:


os microrganismos geneticamente modificados ou não; as
culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons).
⚫ Químico: Exposição a produtos químicos (medicamentos,
material de limpeza, gases inflamáveis, etc).
Radiação ionizante
⚫ Resíduos: Materiais perfurocortantes e outros materiais
descartáveis (luvas, compressas, seringas, agulhas, etc).
Exija seus EPIs!!!
AS PRECAUÇÕES
PADRÃO
COMPREENDEM:
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Devem ser lavadas com agua e sabão, mesmo quando forem


usadas luvas, antes e depois de qualquer procedimento
(alimentação, uso do sanitário, etc.).
USO DE LUVAS DE PROCEDIMENTOS

Usar luvas (limpas e não esterilizadas) está indicado quando há


possibilidades de contato com fluídos corpóreos, agentes
biológicos, bem como na realização de alguns procedimentos.
OBSERVAÇÃO!!!

Para lavagem de materiais, recomenda-se o uso de luvas de


borracha (material mais resistente).
AVENTAIS DE MANGA LONGA:

▪ Devem ser usados quando há


possibilidade de projeção de
fluídos orgânicos.
▪ O uso de avental limpo e não
esterilizado é necessário para
proteger a pele e seu vestuário,
durante procedimentos que
possam apresentar fluídos
corpóreos.
ATENÇÃO!!!

Escolher um avental impermeável e de manga longa.


MÁSCARAS DESCARTÁVEIS E
ÓCULOS DE PROTEÇÃO.
Uso indicado na realização de procedimentos de risco de
proteção, em que haja sangue e fluídos orgânicos, em certos
procedimentos cirúrgicos. Ex: Introdução de intracath,
broncoscopias, aspiração de vias aéreas superiores e pulmonares,
extrações dentárias etc.
É PROÍBIDO

• Utilização de pias de trabalho


para fins diversos dos previstos

• Manuseio de lentes de contato no


ambiente de trabalho
• Uso de adornos

• Consumo e armazenamento
de alimentos e bebidas nos
postos de trabalho
• Uso de calçados abertos

• Fumar

Reencapar
agulhas
• Preencher sacos plásticos de resíduos mais do
que 2/3 de sua capacidade.

• Não respeitar o limite de enchimento


de recipientes destinados a coleta de
material perfurocortante (encher até
no máximo 5 cm abaixo do bocal).
• Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos,
lavar a pele com água e sabão, mucosas com soro fisiológico e
procurar, IMEDIATAMENTE, o serviço de emergência do hospital.
Em caso de acidente com
material biológico...
1º - INTERROMPER PROCEDIMENTO OU CHAMAR SUBSTITUTO;

2 º- LAVAR O LOCAL DA EXPOSIÇÃO COM ÁGUA CORRENTE E SABÃO OU SORO FISIOLÓGICO;

3º - COMUNICAR A CHEFIA IMEDIATA;

4º - DIRIGIR-SE IMEDIATAMENTE À EMERGÊNCIA PARA ATENDIMENTO MÉDICO;

5º - SOLICITAR AO MÉDICO PLANTONISTA DA EMERGÊNCIA O PREENCHIMENTO DA CAT


(COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO);

6º - REGISTRAR NO SESMT O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL E AGENDAR RETORNO COM A


INFECTOLOGISTA DA SCIH (AGENDAMENTO NO SESMT);

SCIH: Serviço e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.


SESMT: Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho.
Conheça!!!
Visite o site:

http://cerestgoiania.
comunidades.net/
index.php

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CRREST.


ATENÇÃO!!!
Conforme a NR-32 (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o
material ou resíduo infectante deve ser acondicionado em
recipiente apropriado e identificado. É necessário ter coleta
seletiva.
CONTROLE DO MEIO AMBIENTE

Manter superfícies limpas e desinfetadas, bem como camas, moveis


e outros materiais tocados com frequência.

Limpeza é a eliminação de todo o material estranho (resíduos,


materiais orgânicos, poeiras), com o uso de água, detergente e
ação mecânica.
A limpeza antecede os procedimentos de desinfecção e
esterilização.
EQUIPAMENTOS

Equipamentos reutilizáveis devem estar adequadamente


higienizados, desinfetados ou esterilizados antes da utilização em
novo clientes.

Providenciar para que os equipamentos descartáveis sejam


eliminados de forma adequada, observando rotina estabelecida.

Não permitir que as caixas de perfuro cortantes estejam cheias


(observar limite identificado na caixa).
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE

Remover da mesa todo material desnecessário.

Manter as roupas e outros pertences dos clientes em locais apropriados.

Observar a estética na Unidade do cliente, mantendo camas, cadeiras e mesas de


cabeceira com boa distancia, afim de facilitar a movimentação.

Utilizar colchas adequadas que cubram totalmente o restante das roupas de cama.

Manter mesas de auxilio à alimentação em local apropriado.


SINALIZAÇÃO...

Em todo local onde exista a possibilidade de exposição a agentes


biológicos, devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções escritas,
em linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho e
medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao
trabalho.
PRECAUÇÃO PADRÃO
PRECAUÇÃO DE CONTATO
PRECAUÇÃO DE
GOTÍCULAS
PRECAUÇÃO DE AEROSSÓIS
As mesmas mãos que curam..
. Podem matar!!!

OBRIGADO!
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DOENÇA OCUPACIONAL
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O que são?

A Doença ocupacional é toda aquela doença que causa


alterações na saúde do trabalhador, em qualquer área de
execução do serviço, desde as tarefas mais simples, até as mais
complexas.
E deve estar diretamente relacionada á atividade desempenhada
pelo trabalhador ou ás condições de trabalho ás quais ele está
submetido.
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Acidente do trabalho

É um evento danoso esporádico, que tende a provocar lesão


corporal ou perturbação funcional, perda ou redução da
capacidade para trabalho ou morte da vitima, sendo em algumas
vezes previsível e evitável, podendo acorrer devido ao descuido
por parte do indivíduo por deixar de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho, e também pela empresa que
não estiver com uma estrutura de prevenção.
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INSS

Se o trabalhador estiver com uma doença ocupacional grave,


tem direito a pedir afastamento do INSS pelo auxílio-doença. Para
isso, deve passar por uma perícia médica, que fará a avaliação
do quadro da doença. Ele também precisa comprovar que a
doença está relacionada ao seu emprego atual e, além disso,
deve ter um mínimo de 12 meses de contribuição ao INSS.
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Fatores de risco para a saúde e
segurança dos trabalhadores

► Ruído contínuo
► Ruído de impacto
► Calor
► Radiações Ionizantes
► Trabalho sob condições hiperbáricas
► Radiações não ionizantes (micro-ondas, laser e ultra violetas)
► Vibrações
► Frio
► Umidade
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ALGUMAS DOENÇAS
OCUPACIONAIS
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DORT/LER

A sigla LER significa lesões por esforços repetitivos sendo também


denominada como distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho.
DORT são doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do
sistema musculoesquelético que atingem várias categorias
profissionais. Geralmente são causadas por movimentos
reincidentes e contínuos com consequente sobrecarga dos nervos,
músculos e tendões.
Algumas doenças que podem ser 90

consideradas DORT/LER

Tenossinovite e tendinite: inflamação de tendões.

Epicondilite: inflamação de músculos e tendões do cotovelo.

Bursite: inflamação das bursas (pequenas bolsas de líquido localizadas em pontos


em que os músculos ou tendões encostam em um osso).

Síndrome do túnel do carpo: compressão de nervo no punho.

Síndrome cervicobraquial: dor nos braços e na cervical.

Doença de Quervain: inflamação nos tendões do polegar.


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PAIR

Acontece quando há exposição frequente a ruídos fortes ou


moderadamente alto por um longo período de tempo que,
consequentemente, danifica a sua audição. Células e nervos do
ouvido interno são desgastados por exposição contínua a sons altos,
danificando a sua audição permanentemente.
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Principais sinais e sintomas

- perda auditiva
- zumbidos
- dificuldade de compreensão da fala
- dificuldade de localização da fonte sonora
- dificuldade de atenção e concentração durante
realização de tarefas
- intolerância a sons intensos
- alterações do sono
- dor de cabeça
- tontura
- irritação e ansiedade
- isolamento
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ANTRACOSE

Lesão pulmonar ocasionada por diferentes agentes que são


adquiridos nas áreas de carvoarias. A doença pode ser o ponto de
partida para outros problemas ainda mais graves e afeta,
principalmente, os trabalhadores que têm contato direto com a
fumaça do carvão.
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Geralmente as pessoas com


antracose pulmonar não
apresentam sinais ou sintomas,
passando despercebida na
maioria das vezes.
No entanto, quando a
exposição passa a ser
excessiva, pode haver fibrose
pulmonar, o que pode resultar
em insuficiência respiratória.
95
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Infecções
Relacionada à Saúde.
IRAS
Pág. 26 da apostila
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Infecções relacionadas à assistência
a saúde (IRAS)

► São infecções cuja aquisição está relacionada a um procedimento assistencial


ou a internamento.
► Exemplos são as infecções do sítio cirúrgico (ISC), as pneumonias hospitalares,
como as pneumonias associadas a ventilação mecânica (PAV), infecções do
trato urinário associadas a cateter (ITU), infecções da corrente sanguínea
associadas a cateter venoso (IPCS).
► Outras infecções adquiridas no ambiente de assistência como diarreia por
Clostridium difficile, surtos de infecções virais adquiridas em hospitais, também
são IRAS, exceto aquelas em que o período de incubação é mais extenso do
que o período de admissão. 
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O QUE É INFECÇÃO HOSPITALAR?

► Considera-se INFECÇÃO HOSPITALAR (IH) a infecção adquirida


durante a hospitalização e que não estava presente ou em período
de incubação por ocasião da admissão do paciente. São
diagnosticadas, em geral, A PARTIR DE 48 HORAS após a internação.
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QUAIS AS CAUSAS DA INFECÇÃO
HOSPITALAR?

► A IH pode ser atribuída às condições próprias do paciente com dificuldade em


conviver com as bactérias que lhe COLONIZAM A PELE E AS MUCOSAS, pois sua
microbiota endógena é importante na aquisição desta infecção.
► Por isso, nem sempre é possível afirmar que o hospital ou sua equipe tenha
cometido um erro na assistência prestada ao paciente. Isso só ficará
demonstrado se as NORMAS APROPRIADAS de tratamento não tiverem sido
seguidas ou se a infecção resultou de desempenho incompatível com os
PADRÕES VIGENTES DA INSTITUIÇÃO.
100
PROGRAMA DE CONTROLE DE
INFECÇÃO HOSPITALAR (PCIH)

► É UM CONJUNTO DE AÇÕES DESENVOLVIDAS, DELIBERADAS E SISTEMATIZADAS, COM


VISTAS À REDUÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL DA INCIDÊNCIA E DA GRAVIDADE DAS INFECÇÕES
HOSPITALARES.
► Cabe à CCIH a elaboração do PCIH, que deve incluir, no mínimo, as seguintes
ATIVIDADES:
Vigilância epidemiológica (VE)
Normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médicos hospitalares.
Processos para prevenção de transmissão de microorganismos.
Padronizações das medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar.
Treinamento dos profissionais da saúde em relação à prevenção e ao controle da IH.
101
O que é e para que serve um
Checklist?

O Checklist é uma lista de itens que foi previamente estabelecida


para certificar as condições de um serviço, produto, processo ou
qualquer outra tarefa.
Seu intuito é atestar que todas as etapas ou itens da lista foram
cumpridas de acordo com o programado. O Checklist, também
conhecido como Folha de Verificação, está no hall das famosas e
consagradas ferramentas da qualidade. Sua utilização é tão
difundida que podemos encontrar em diferentes setores
empresariais e círculos sociais.
102
NOÇÕES DE
ANESTESIOLOGIA

Pág. 99 da apostila
ANESTESIA

A anestesia é um estado de relaxamento, perda da


sensibilidade e dos reflexos, de forma parcial ou total,
provocada pela ação de drogas anestésicas.

O anestesista é o médico responsável em avaliar o cliente no


pré-operatório, prescrever a medicação pré-anestésica,
administrar a anestesia, controlar as condições do cliente
durante a cirurgia e assistir o cliente na sala de recuperação
pós-anestésica.
OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE ESCOLHA
EM ANESTESIA

► Objetivos primordiais:

• Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante todo o


procedimento cirúrgico, mantendo ou não a sua consciência;
• Promover relaxamento muscular;
• Proporcionar condições ideias de atuação para os médicos-
cirurgiões.
QUAIS OS TIPOS DE ANESTESIA?

▪ INALATÓRIA
GERAL ▪ INTRAVENOSA
▪ BALANCEADA

• PERIDURAL
REGIONAL • RAQUIDIANA
ANESTESIA • BLOQUEIO DE PLEXOS
NERVOSOS

• GERAL
COMBINADA • REGIONAL
LOCAL
QUAIS OS TIPOS DE ANESTESIA?
► GERAL: todo o corpo é anestesiado e o paciente fica inconsciente durante todo o
procedimento.
► Anestesia geral: administra-se o anestésico por via inalatória, endovenosa ou
combinado (inalatória e endovenosa), com o objetivo de promover um estado
reversível de ausência de sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos
e inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso.
Indutores
• EV: Agentes indutores utilizados (Ex.): midazolam (Dormonid), quetamina (Ketalar),
propofol (Diprivan) e tiopental sódico (Thionembutal).
• Derivados sintéticos dos opioides (obter analgesia cirúrgica): fentanil, morfina e
outros.
• INALATÓRIA: Oxido nitroso, halotano, isofluorano e outros.

• ANTAGONIZAÇÃO:
• Flumazenil (Lanexat): reversor do efeito dos benzodiazepinicos (diazepam,
midazolam).
• Naloxona (Narcan): reversor do efeito dos opioides.
• Neostigmine (Prostigmine): reversor do efeito dos relaxantes.
Raquianestesia
► Raquianestesia é indicada para as cirurgias na região abdominal e de
membros inferiores, porque o anestésico é depositado no espaço
subaracnóide da região lombar, produzindo insensibilidade aos estímulos
dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
► Local da punção (agulha específica): entre L3 e L4;
Peridural
Anestesia peridural o anestésico é depositado no
espaço peridural, ou seja, o anestesista não perfura a
duramater. O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-
se no tecido nervoso e bloqueia as raízes nervosas.
O agente anestésico é injetado no espaço que circunda
a dura-máter. Não há perfuração da dura-máter e nem
perda liquórica.
Vantagens : Ausência de complicações neurológicas,
Menos distúrbios na pressão sanguínea. Complicações
Parada respiratória Hipotensão.
111
Durante a anestesia peridural ou raquianestesia o circulante auxilia na
colocação e manutenção do cliente em posição especial, com o
objetivo de facilitar a punção com a abertura máxima dos espaços
intervertebrais. Uma dessas posições é o decúbito lateral fetal, com os
joelhos próximos do abdome e o queixo encostado no tórax.
O circulante da sala mantém o cliente nessa posição, colocando uma
das mãos na região cervical e a outra na dobra posterior do joelho.
Durante a punção, outra posição é o cliente sentado com as pernas
pendendo lateralmente para fora da mesa cirúrgica e o queixo
apoiado no tórax. Para mantê-lo assim imobilizado, o circulante de sala
deve colocar-se à frente, com as mãos em sua nuca.
113
ANESTESIA REGIONAL

Bloqueio Intercostal
Usada para cirurgia de nódulo de
mama

BLOQUEIO DE PLEXOS
NERVOSOS Bloqueio de Membro Superior Axilar
Anestesia local
Anestesia local: Infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local da incisão cirúrgica.
Utilizam-se anestésicos associados com a adrenalina, com o objetivo de aumentar a
ação do bloqueio por vasoconstrição e prevenir sua rápida absorção para a corrente
circulatória.
Perda da sensibilidade temporária - pela inibição da condução nervosa em
determinada região do corpo. Não envolve perda da consciência e depressão das
funções vitais. É empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é
infiltrado com um anestésico local como lidocaína.
116
Anestesia tópica

Anestesia tópica está indicada para alívio da dor da pele lesada


por feridas, úlceras e traumatismos, ou de mucosas das vias aéreas
e sistema geniturinário.
SEDAÇÃO
É um técnica anestésica que que consiste na administração de medicações por
via venosa, como as ansiolíticas, amnésicas ou analgésicas. É considerada uma
anestesia mais superficial que a anestesia geral, sendo que o paciente continua
sendo capaz de respirar sozinho, mesmo quando o oxigênio é utilizado.

OBJETIVO: reduzir a ansiedade do paciente, “desconectando-o” do ambiente


em que ele se encontra; permite que cirurgias ou exames sejam realizados
confortavelmente pelo paciente.
MEDICAMENTOS ANESTÉSICOS
MAIS UTILIZADOS

► ENDOVENOSOS:
• Thiopental
• Midazolam
• Etomidato
• Propofol

► ANALGÉSICO:
• Fentanil

► RELAXANTE MUSCULAR:

Pág. 101 da apostila Succinilcolina (Quelicin)
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA

O período de recuperação anestésica é considerado


crítico, pois os pacientes encontram-se muitas vezes
inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos
protetores.

A enfermagem deve estar voltada para a individualidade


de cada paciente, desde a admissão, até a alta da
unidade. (prestando também informações aos familiares
que aguarda notícias).
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK

A utilização de pontos de uma tabela para avaliar o


estado físico do paciente teve sua origem em 1953.
Em 1970, Aldrete e Kroulik propuseram um sistema
numérico de avaliação pós-anestésica permitindo uma
coleta de dados com critério definido realizada pela
enfermeira da SRPA. A partir de então, muitas Salas de
Recuperação Pós Anestésicas incorporaram esse sistema
de avaliação numérica no exame inicial de admissão do
paciente na RA e em intervalos regulares até o momento
da alta, sendo o mais utilizado atualmente.
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK

O sistema de Aldrete–Kroulik permite avaliação dos


seguintes parâmetros: atividade do paciente, respiração,
circulação, consciência e saturação de oxigênio. Atribui-se
uma pontuação que varia de 0 a 2 para cada parâmetro,
na qual o 0 indica condições de maior gravidade, o 1
corresponde a um nível intermediário e o 2 representa a
melhor função.
123
TEMPOS CIRURGICOS
Pág. 108 da apostila
Tempos cirúrgicos ou
operatórios
São os procedimentos ou manobras consecutivas realizadas
pelo cirurgião desde o início até o término da cirurgia.

❑ DIÉRESE (incisão, corte);


❑ HEMOSTASIA (conter sangramento);
❑ PREENSÃO (segurar);
❑ EXPOSIÇÃO (mostrar o campo OPERATÓRIO);
❑ ESPECIAIS (fins específicos);
❑ SÍNTESE (sutura).
DIÉRESE
Toda manobra que visa criar descontinuidade de tecidos, ou seja, uma via de acesso.
Consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a
abordagem de um órgão ou região.
► CABO DE BISTURI Nº 3 (utiliza-se lâminas nº 10, 11, 12, 15) e
► CABO DE BISTURI Nº 4 (utiliza-se lâminas nº 20, 21, 22, 23, 24, 25)
INSTRUMENTAIS DE DIÉRESE

Cabo de Bisturi e Lâminas


Tesouras

Tesouras de Metzenbaum (A) e Mayo (B)


► Punção – com uso de ► Divulsão: Separação de
instrumentos perfurantes, tecidos com pinça, tesoura,
129
como o trocarte, agulha etc.
de Veres.
► Secção: Corte utilizando ► Dilatação: Aumentar diâmetro
tesoura, serra, bisturi, etc. de canais, orifícios - vela de 130
hegar

Vela de Hegar
Tesoura Mayo
Na escolha da via de acesso considerar:

► Via que confere boa visibilidade do campo, sem a realização de incisões extensas;

► Deve ter bordas nítidas;

► Atravessar tecidos respeitando anatomia regional, um plano de cada vez;

► Acompanhar, de preferência, as linhas de força da pele.


HEMOSTASIA
Toda manobra destinada a evitar ou estancar hemorragias.
Benefícios também pós-operatório: favorece evolução normal da ferida, evita
infecções e deiscência.

Classificada em :
► Temporária, corretiva ou preventiva
Que engloba ações como pinçamento, garroteamento, ação
farmacológica, etc.
► Definitiva, corretiva ou preventiva
Que engloba: ligadura, cauterização, sutura, tamponamento, etc.
Exemplos de instrumentos:

Pinça Kelly Rochester


PINÇA DE HALSTED
PINÇAS DE HALSTED E KELLY
135
INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO

PINÇA ANATÔMICA PINÇA DENTE DE RATO PINÇA ADSON SEM DENTE PINÇA ADSON COM DENTE
136

Instrumentos vazados que além de prender, facilita a tração de vísceras , tem a


função de levar gazes montadas para enxugar sangramento da cavidade.
137
Instrumentos para Exposição

Instrumentos utilizados para a retração de tecidos ou órgãos do local onde o


cirurgião está trabalhando, facilita o acesso e a visualização do campo operatório.
138
Instrumentos para Especiais

Usados nas especialidades e em tempos muitos específicos.


SÍNTESE
Aproximação correta das bordas dos tecidos para facilitar
cicatrização
Nó cirúrgico: Entrelaçamento ordenado e lógico feito com as
extremidades livres do fio cirúrgico com o objetivo de uní-las e
fixá-las.
Ponto cirúrgico: Segmento compreendido entre dois locais
consecutivos de apoio do fio cirúrgico no tecido.
Sutura cirúrgica: É o ponto ou conjunto de pontos aplicados no
tecido, com o objetivo de união, fixação e sustentação deste,
durante o processo de cicatrização.
Porta agulhas
Oferece melhor condução da agulha curva

► Porta-agulha de Hegar ► Porta-agulha de Mathieu


Instrumentos utilizados
► Curvas ou retas Agulhas ► Traumáticas ou atraumáticas
► Cilíndricas ou triangulares

► Seleção depende da acessibilidade e do tipo


de tecido

► O objetivo é produzir mínima lesão tecidual.


FIOS
Podem ser:

► Monofilamentares ou trançados

► Absorvíveis: serão absorvidos pelo organismo

** Categute simples e cromado – biológico – absorção por fagocitose -


usado em suturas gastrointestinais, vasos, tecido subcutâneo, cirurgias
ginecológicas, etc.
** Poligalactina (Vicryl*) - sintético – absorção por hidrólise –
cirurgias gastrointestinais, ofltalmológicas, etc

** Polidioxanona - sintético – absorção por hidrólise – ciurgia


cardiopediátrica, gastrointestinal, fascia aponeurótica, capsulas
articulares, etc.
►Inabsorvíveis –serão encapsulados pelo organismo.
Classificados em:

► Biodegradáveis :

** Mononáilon - sintético – degradado enzimaticamente ao longo de dois a


cinco anos. Usado na vascular, plástica, neurocirurgia, etc.

** Seda – biológico – absorção por fagocitose em torno de dois anos. Pode


ser usado na oftalmologia, gastroenterologia, plástica, etc..
** Linho – biológico – absorção por fagocitose em menos de um ano.

► Não biodegradáveis :

** Polipropileno – sintético – fica encapsulado- cardiovascular, plástica, oftalmologia, etc.

** Poliéster – sintético – cirurgia cardiovascular, gastrointestinal, etc

** Aço inox – origem mineral – fica encapsulado – indicado em bucomaxilofacial e


fechamento de esterno.
Fatores a considerar na escolha do fio:

► Baixo custo;

► Adequada resistência tênsil;

► Maleabilidade;

► Mínima reação tecidual;

► Tipo de tecido a ser suturado.


Exemplos de escolha:

► PELE: fios inabsorvíveis, tipo nylon ou poliéster;

► TELA SUBCUTÂNEA: absorvíveis, categute;

► APONEUROSE: inabsorvíveis, como nylon ou


poliester;

► TECIDO MUSCULAR: Absorvíveis

► VASOS E NERVOS: Inabsorvíveis, como nylon ou poliéster.


Montagem da Mesa Cirúrgica
• O instrumentador e o auxiliar já paramentados iniciam esse ritual com a ajuda dos
circulantes, selecionando um espaço da sala de menor circulação.

• Sobre a mesa, deverá ser colocado um campo impermeável (oleado), estéril, pois
amortece o choque dos instrumentos e impermeabiliza a cobertura da mesa.

• Campo cirúrgico de algodão.

• O instrumental deverá ser montada da seguinte forma: Próximo da mesa operatória


deverão estar os instrumentos usados com mais freqüência na cirurgia;
Montagem da Mesa
Dividi-se a mesa em 12 áreas:

• Área 1: coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo e o corte para a


esquerda;

• Área 2: tesouras curvas, delicadas (Metzembaum) e forte (Mayo) com as


pontas viradas para o instrumentador e a curvatura para baixo;

• Área 3: pinças hemostáticas (Kelly curvas e retas).


Montagem da Mesa
• Área 4: Instrumentais versáteis do tipo Mixter e outros hemostáticos;
• Área 5: Kocher reta;
• Área 6: Pinças dissecção com e sem dente;
• Área 7: Porta-agulhas com anéis voltados para baixo;
• Área 8: Pinças de preensão Babcock, Allis e Duval e outros instrumentos
complementares;
• Área 9: Backaus;
• Área 10: Pinças, tesouras e porta-agulhas longos;
• Área 11: Compressa dobrada, fios pré-cortados, e fios de sutura;
• Área 12: Uso versátil (cuba rim, cuba redonda, afastadores, seringa, gazes).
Divisão da Mesa
Colocação dos Campos
⚫ Após antissepsia iniciar a colocação dos campos operatórios: O
instrumentador entrega ao cirurgião um dos campo maiores, este campo é
desdobrado nas duas extremidades sendo uma segurada pelo cirurgião e
outra pelo auxiliar, e é colocado sobre as pernas do paciente.

⚫ O segundo campo será colocado na parte superior do abdome da mesma


forma do primeiro, sendo que suas extremidades deverão ser entregues ao
anestesista ou ao circulante que constituirá uma forma de barraca isolando
a equipe cirúrgica do anestesista.
Colocação dos Campos
• A seguir serão colocados dois campos menores cobrindo as laterais do paciente.

• Após a colocação dos campos estes serão fixados com as pinças Backaus.

• O passo seguinte será fixar a caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador nos
campos do paciente, feitas com pinças Backaus.

• Para pequenas operações, usa-se campos menores de tamanhos variáveis com um


orifício no centro através do qual se realiza o procedimento; são chamados campos
fenestrados.
Colocação dos Campos
Colocação dos Campos

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