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febre tifóide, infecções no trato urinário e meningite meningocócica.

• Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Escherichia coli (ETEC),


• toxina diftérica, toxina colérica, LT, Toxina de Shiga, toxina botulínica, toxina
tetânica, toxina pertussis (coqueluche), adenilato ciclase invasiva (coqueluche) e
exotoxina A (infecções pulmonares em pacientes com fibrose cística).

Existe também um grupo importante de proteínas que são injetadas diretamente do


citosol das células do hospedeiro, causando os mais diversos efeitos.

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semestre/enfermagem-na-doencas-transmissiveis/Aula%203.pdf.
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CÓLERA
1. IDENTIFICAÇÃO: Doença infecciosa intestinal bacteriana aguda, causada pela
enterotoxina do Vibrio cholerae, caracterizada em sua forma grave por início súbito. Pode
se apresentar de forma grave, com diarréia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor
abdominal e cãibras. Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir para
desidratação, acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência
renal.
Entretanto, freqüentemente a infecção é assintomática ou oligossintomática, com diarréia
leve. A infecção produz aumento de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado
(em torno de seis meses).
2. AGENTE INFECCIOSO: O Vibrio cholerae O1, biotipo clássico, ou El Tor (sorotipos
Inaba, Ogawa ou Hikogima) e o O139, também conhecido como Bengal. Acreditava-se
que entre todos os sorogrupos conhecidos apenas o O1 era patogênico. Em março de
1993, contudo, o Vibrio cholerae O139 foi identificado como responsável por uma
epidemia no sul da Ásia. Sorogrupos não O1 do Vibrio cholerae já foram identificados em
todo o mundo, sabendo-se que podem ocasionar patologias extra-intestinais ou diarréias
com desidratação severa semelhante à cólera. No entanto, só estavam associados a
casos isolados ou surtos muito limitados. O Vibrio cholerae O139 foi o primeiro Vibrio
cholerae não O1 identificado como responsável por grande epidemia, com considerável
mortalidade. As enterotoxinas elaboradas são similares para o grupo e ocasionam
quadros clínicos muito semelhantes. A resistência do biotipo El Tor é maior, o que lhe dá
condições de sobreviver por mais tempo no meio ambiente. Multiplica-se melhor e mais
rápido em meios de cultura, além de apresentar menor suscetibilidade aos agentes
químicos e maior tendência a endemização.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: manifesta-se de forma variada, desde infecções
inaparentes até diarréia profusa e grave. Além da diarréia, podem ocorrer vômitos, dor
abdominal e, nas formas graves, cãibras, desidratação e choque. A febre não é
manifestação comum. Nos casos graves mais típicos (menos de 10% do total) o início é
súbito, com diarréia aquosa, abundante e incoercível, com inúmeras dejeções diárias. A
diarréia e os vômitos, nesses casos, determinam uma extraordinária perda de líquidos,
que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por hora. Esse quadro, quando não prontamente
evitado, pode evoluir para desidratação, colapso circulatório, com choque hipovolêmico e
insuficiência renal. Mais freqüentemente, a infecção é assintomática ou oligossintomática,
com diarréia leve. A acloridria gástrica agrava o quadro clínico da doença.
4. RESERVATÓRIO: Os seres humanos. Nos Estados Unidos, Itália e Austrália alguns
surtos isolados foram relacionados ao consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos,
sugerindo a existência de reservatórios ambientais.
5. MODO DE TRANSMISSÃO: Ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos
contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios
podem ser contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas. A variedade El Tor
Universidade Luterana do Brasil – Gravataí
Curso de Enfermagem
Disciplina de Enfermagem nas Doenças Transmissíveis
Professor(a): Enf. Taís B. Moura
Aula 31/03/2008
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persiste na água por muito tempo, o que aumenta sua probabilidade de manter a
transmissão e circulação.
6. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de poucas horas a 5 dias. Na maioria dos casos, de 2 a 3
dias.
7. PERÍODO DE CONTAGIO: Ocorre enquanto houver a eliminação do Vibrio cholerae
nas fezes, o que geralmente acontece até poucos dias após a cura. Para fins de
vigilância, o padrão aceito é de 20 dias. Alguns doentes tornam-se portadores crônicos,
eliminando o Vibrio cholerae de forma intermitente por meses e até anos.
8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade é variável e aumenta com
fatores que diminuem a acidez gástrica (acloridria, uso de alcalinizantes e outros). A
infecção produz aumento de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado – em
torno de seis meses. Em áreas endêmicas, as repetidas infecções tendem a incrementar
a produção da IgA secretora e produzir constantes estímulos à resposta imunológica,
capaz de manter a imunidade local de longa duração. Esse mecanismo pode explicar a
resistência demonstrada pelos adultos nessas áreas.
9. COMPLICAÇÕES: choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico,
hipocalemia (levando a arritmias), hipoglicemia (com convulsão e coma em crianças). O
aborto é comum no 3º trimestre de gestação, em casos de choque hipovolêmico. As
complicações podem ser evitadas com adequada hidratação precoces.
10. Tratamento: O tratamento fundamenta-se na reposição rápida e completa da água e
eletrólitos perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser administrados por via
oral ou parenteral, conforme o estado do paciente.
Formas leves e moderadas – hidratação oral com soro de reidratação oral (SRO).
Formas graves – hidratação venosa e oral + antibioticoterapia:
10.1 MANEJO DO PACIENTE COM DIARRÉIA:
a) Avaliaçã do estado de hidratação:
OBSERVE
A
B
C
Estado Geral
Bem alerta
Irritado, intranqüilo.
Comatoso,
hipotônico.
Olho
Normal
Fundos
Muito fundo e seco
Lágrimas
Presentes
Ausentes
Ausentes
Sede
Bebe normal
Sedento, bebe-rápido Bebe mal ou não é
capaz de beber
EXPLORE
A
B
C
Sinal de prega
Desaparece
rapidamente
Desaparece lentamente Desaparece muito
lentamente (mais de
2 seg.)
Pulso
Cheio
Rápido, débil
Muito débil
ou
ausente
Enchimento capilar Normal
Prejudicado (3 a 5 seg.) Muito prejudicado
(mais de 5 seg.)
Decida
Não tem sinal de
desidratação
Se apresentar 2 ou
mais
sinais
tem
desidratação
Se apresenta 2 ou
um
sinal
tem
desidratação grave.
Trate
Use o plano A
Use o plano B
Use o plano C
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b) Plano de tratamento:
Plano A:
1. Dar mais líquido do que habitualmente, para prevenir a desidratação:
• Os pacientes devem tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chás, sucos e
sopas) ou sais de reidratação Oral (SRO), após cada evacuação diarréica.
2. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição:
• Continuar o aleitamento materno;
• Se a criança não mamar, continuar com leite habitual.
• Manter a dieta normal para as crianças maiores de 4 meses, que comem alimentos
sólidos, e também para os adultos.
Plano B:
1. Administrar SRO nas primeiras 4 horas:
• A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente;
• O SRO deverá ser dado continuamente, até que desapareçam os sinais de esidratação;
• Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber 50 a 100ml/kg no período de
4 a 6 horas.
2. Observar o paciente continuamente durante a reidratação e ajudar a família a dar soro
oral.
3. Durante a reidratação, reavaliar o paciente. Usar o “quadro para avaliação do estado de
hidratação do paciente”:
• Se não apresentar sinais de desidratação, use o Plano A;
• Se continuar desidratado, repetir o Plano B por mais 2 horas e reavaliar o paciente.
Plano C para desidratação grave:
Para menores de 5 anos
a) Fase rápida: 1:1ume
SOLUÇÃO (1:1)
VOLUME TOTAL
TEMPO ADMINISTRAÇÃO
Metade de SG 5% e
metade de SF.
100ml/Kg
2 horas
Avaliar o paciente continuamente, asiim que puder beber, iniciar o SRO, mantendo a
hidratação por solução venosa.
de
b) Fase de manutenção e reposição:
VOLUME PARA MANUTENÇÃO
SG A 5% (4:1) SF 100ml/kg em 24horas
Mais volume para reposição
SG A 5% (1:1) SF 50ml/kg em 24horas
Kcl a 10%
2ml/100ml
Para maiores de 5 anos
SOLUÇÃO
VOLUME TOTAL
TEMPO ADMINISTRAÇÃO
SF
30ml/mg
30minutos
Ringer lactato
70ml/kg
2h e 30min.
Fase de manutenção:
Quando o paciente puder beber (geralmente em2 há 3 horas), iniciar o SRO mantendo-se
a hidrataçãopor via endovenosa com 20ml/kg/dia.
• Observar o paciente durante, pelo menos, 6horas;
• Retirar a via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir o SRO suficiente
para manter-se hidratado;
• A quantidade de SRO necessária varia de um paciente para outro, dependendo do
volume das evacuações;
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• Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida é maior nas primeiras 24 horas do
tratamento, especialmente nos pacientes com desidratação grave.
11. MEDIDAS DE CONTROLE:

Isolamento dos pacientes gravemente doentes. Sendo que os casos menos graves
podem ser tratados ambulatoriamente.

Desinfecçõa concominante: das feze, vômitos e de lençóis e artigos usados pelos
pacientes. Em lugares com sistema adequado de esgoto, as fezes podem ser
descarregadas diretamente no vaso sem desinfecção perliminar.

Manejo dos contatos orientação em relação aos sintomas da doença.

Investigação fonte de infecção: investigar as possibilidades de infecção pela
ingesta de água poluída e alimentos contaminados.
DETERMINAÇÃO DAS FONTES DE INFECÇÃO:
• Procedência da água de consumo e cuidados com o tratamento.
• Procedência de alimentos que são ingeridos crus (frutas, legumes e verduras).
• Procedência e situação de higiene do acondicionamento e distribuição de pescados.
• Investigar indivíduos que manipulam alimentos, principalmente quando o surto for
resultante de provável fonte alimentar comum (restaurantes ou refeitórios).
• Investigar prováveis portadores sadios.
12. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Objetivos: Reduzir a incidência e a letalidade; Impedir ou dificultar a propagação da
doença; Controlar surtos.
Notificação: A ocorrência de casos suspeitos de cólera requer imediata notifi cação e
investigação por ser potencialmente grave e poder se manifestar sob a forma de surto, o
que impõe a adoção de medidas imediatas de controle. Por se tratar de doença de notifi
cação internacional, os primeiros casos de uma área devem ser prontamente
comunicados por telefone, fax ou e-mail às autoridades sanitárias superiores.
13. MEDIDAS PREVENTIVAS:
• Destino e tratamento adequado dos dejetos;
• Destino adequado do lixo;
• Educação em saúde;
• Controle de portos, aeroportos e rodoviárias;
• Higiene dos alimentos;
• Disposição e manejo adequado dos cadáveres.
LEPTOSPIROSE
1. IDENTIFICAÇÃO: É uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode
variar desde um processo inaparente até formas graves. Trata-se de zoonose de grande
importância social e econômica por apresentar elevada incidência em determinadas
áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, bem como por sua letalidade,
que pode chegar a até 40% dos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às
precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.
As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente,
facilitando a eclosão de surtos.
2. AGENTE INFECCIOSO: Bactéria helicoidal do gênero Leptospira, do qual se
conhecem atualmente sete espécies patogênicas, sendo a mais importante a L.
interrogans.
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A unidade taxonômica básica é o sorovar (sorotipo). Mais de 200 sorovares já foram
identificados e cada um tem o(s) seu(s) hospedeiro(s) preferencial(ais), ainda que uma
espécie animal possa albergar um ou mais sorovares. Qualquer sorovar pode determinar
as diversas formas de apresentação clínica no homem; em nosso meio, os sorovares
Icterohaemorrhagiae e Copenhagen freqüentemente estão relacionados aos casos mais
graves. Dentre os fatores ligados ao agente etiológico, favorecendo a persistência dos
focos de leptospirose, especial destaque deve ser dado ao elevado grau de variação an
tigênica, à capacidade de sobrevivência no meio ambiente (até 180 dias) e à ampla
variedade de animais susceptíveis que podem hospedar o microrganismo.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A leptospirose humana apresenta manifestações
clínicas muito variáveis, com diferentes graus de severidade. A infecção pode ser
assintomática, subclínica ou ocasionar quadros clínicos leves, moderados ou graves com
alta letalidade. Clinicamente a leptospirose pode apresentar-se em duas formas:
3.1 FORMA ANICTÉRIA que se divide em:
a) LEVE que apresenta os seguintes sintomas: febre, cefaléia, dores musculares. É
freqüentemente rotulada como “síndrome gripal”, “virose”.
b) MAIS GRAVE apresenta os seguintes sintomas: febre alta, calafrios, cefaléia intensa,
dores musculares e prostração. As mialgias envolvem caracteristicamente os músculos
das panturrilhas, mas podem afetar também coxas, e abdome, anorexia, náuseas,
vômitos, obstipação ou diarréia, artralgias e, mais raramente, hemorragia digestiva,
esplenomegalia e pancreatite. Podem ser também observados: epistaxe, dor torácica,
tosse seca ou com expectoração, dispnéia e cianose. A insufi ciência renal aguda (IRA) e
a desidratação acometem na maioria dos pacientes.
3.2 FORMA ICTÉRICA (MODERADA OU GRAVE) Uma doença ictérica grave com
disfunção renal, fenômenos hemorrágicos, alterações hemodinâmicas, cardíacas,
pulmonares com taxas de letalidade entre 10% e 40%. O curso bifásico é raro e os
sintomas e sinais que precedem a icterícia são mais intensos, destacando-se as mialgias,
sobretudo nas panturrilhas. A icterícia, de tonalidade alaranjada (icterícia rubínica),
bastante intensa e característica, tem início entre o 3º e 7º dia da doença. A disfunção
hepática é associada a maior incidência de complicações e a maior mortalidade, embora
a insuficiência hepática não constitua importante causa de morte.
4. RESERVATÓRIO: O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos
(domésticos) das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus
(rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Ao se infectarem,
não desenvolvem a doença e tornam-se portadores, albergando a leptospira nos rins e
eliminando-a viva no meio ambiente, contaminando, desta forma, água, solo e alimentos.
O Rattus norvegicus é o principal portador da Leptospira icterohaemorraghiae, uma das
mais patogênicas para o homem. Outros reservatórios de importância são caninos,
suínos, bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos.
5. MODO DE TRANSMISSÃO: A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta
à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo dá-se através da pele
lesada ou das mucosas da boca, narinas e olhos. Pode também ocorrer através da pele
íntegra quando imersa em água por longo tempo. Outras modalidades de transmissão
relatadas, porém com pouca freqüência: contato com sangue, tecidos e órgãos de
animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou
alimentos contaminados.
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6. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia de 1 a 30 dias (média entre 7 e 14 dias).
7. PERÍODO DE CONTAGIO: Os animais infectados podem eliminar a leptospira através
da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar
envolvido. A transmissão inter-humana é muito rara, podendo ocorrer pelo contato com
urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.
8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade no homem é geral. A
imunidade adquirida pós-infecção é sorovarespecífica, podendo um mesmo indivíduo
apresentar a doença mais de uma vez, sendo qu o agente causal de cada episódio
pertencerá a um sorovar diferente do(s) anterior (es).
9. SEQÜELAS: Atrofia muscular e anemia.
10. MEDIDAS DE CONTROLE:
a)
Medidas preventivas:

Educar a comunidade sobre os modos de transmissão da doença, evitar a natação
e caminhadas em águas potencialmente contaminadas e usar proteção corrigem quando
o trabalho requer essa exposição;

Proteger os trabalhadores em ocupação perigosas, fornecendo botas, luvas e
aventais;

Reconhecer as águas e solos potencialmente contaminados, drenando águas
quando possível;

Controlar os roedores em habitações humanas, especialmente rurais e
recreacionais.

Imunizar os animais de fazenda e domésticos;
b) Controle do paciente, contatos e ambientes imediatos:

Hospitalização imediata dos casos graves, visando evitar complicações e diminuir a
letalidade. Nos casos leves, o atendimento é ambulatorial.

Desinfecção concominante: artigos contaminados com urina;

Investigação dos contatos e fonte de infecção: Investigar a exposição a animais
infectados e águas pontencialmente contaminadas.
11. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Objetivos

Monitorar a ocorrência de casos e surtos e determinar a sua distribuição espacial e
temporal;

Reduzir a letalidade da doença, mediante a garantia de diagnóstico e tratamento
precoce e adequado;

Identificar os sorovares circulantes em cada área;

Direcionar as medidas preventivas e de controle destinadas à população, ao meio
ambiente e aos reservatórios animais.
Notificação: A leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil. Tanto a
ocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos devem ser notifi cadas, o mais
rapidamente possível, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e
controle.
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HEPATITES VIRAIS
1. IDENTIFICAÇÃO: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características
epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.
2. AGENTE INFECCIOSO: Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais
relevantes do ponto de vista clínico e epidemiológico são: vírus da hepatite A (HAV), vírus
da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da
hepatite E (HEV).
3. HEPATITE A
3.1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: febre, mal-estar, anorexia, náuseas e desconforto
abdominal, seguido dentro de poucos dias por icterícia.
3.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés e alguns outros
primatas não humanos.
3.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa por via fecal-oral transmissão ligada a
condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.
3.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 15-45 dias (média de 30 dias).
3.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Desde duas semanas antes do início dos sintomas até o
final da segunda semana da doença.
4. HEPATITE B
4.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A infecção pelo vírus da hepatite B é raramente
reconhecida clinicamente; menos de 10% das crianças e 30 a 50% dos adultos. As
manifestações clínicas são: anorexia, pequeno desconforto abdominal, náuseas e
vômitos, algumas vezes artralgias e exantema, freqüentemente progredindo para icterícia.
4.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés.
4.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Sexual, parenteral, percutânea, vertical.
4.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 30 a 180 dias em média de 60 a 90 dias.
4.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas,
se mantendo durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir o
HBV durante anos.
5. HEPATITE C
5.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: anorexia, pequeno desconforto abdominal, náuseas e
vômitos, algumas vezes artralgias e exantema, a progresão para icterícia é menos
freqüente que na hep.B. Embora a infecção inicial possa ser assintomática (mais de 90%
dos casos) ou leve, uma alta percentagem (entre 50 e 80%) desenvolvera uma infecção
crônica. Das pessoas crônicamente infectadas, cerca da mentade eventualmente
desenvolverá cirrose ou câncer de fígado.
5.2. RESERVATÓRIO: Os seres humanos, raramente os chipanzés.
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5.3. MODO DE TRANSMISSÃO: Sexual, parenteral, percutânea, vertical.
5.4. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 15 a 150 dias.
5.5. PERÍODO DE CONTAGIO: Uma semana antes do início dos sintomas e mantém-se
enquanto o paciente apresentar HCV-RNA detectáve.
6. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: A susceptibilidade é universal. A infecção
confere imunidade permanente e específica para cada tipo de vírus. A imunidade
conferida pela vacina contra a hepatite A é hepatite B é duradoura e específicas. Os filhos
de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os primeiros
nove meses de vida.
7. PREVENÇÃO: Vacinação.
8. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Objetivo Geral: Controlar as hepatites virais no Brasil.
Específico:
• Conhecer o comportamento epidemiológico das hepatites virais quanto ao agente
etiológico, pessoa, tempo e lugar.
• Identifi car os principais fatores de risco para as hepatites virais.
• Ampliar estratégias de imunização contra as hepatites virais.
• Detectar, prevenir e controlar os surtos de hepatites virais oportunamente.
• Reduzir a prevalência de infecção das hepatites virais.
• Avaliar o impacto das medidas de controle.
Notificação: é uma doença de notificação compulsória.
9. MEDIDAS CONTROLE:
Comunicantes – em hepatites com transmissão fecal-oral (A e E) pode ser necessário
o isolamento/afastamento do paciente de suas atividades normais (principalmente se
forem crianças que freqüentam creches, pré-escolas ou escola) durante as primeiras duas
semanas da doença.
Os parceiros sexuais e comunicantes domiciliares susceptíveis devem ser investigados,
através de marcadores sorológicos para o vírus da hepatite B, C ou D de acordo com o
caso índice, e vacinados contra a hepatite B, se indicado. Iniciar imediatamente o
esquema de vacinação contra a hepatite B nos não vacinados ou completar esquema dos
que não completaram (não aguardar o resultado dos marcadores sorológicos). Indica-se
utilizar preservativo (camisinha) nas relações sexuais.
Usuário de drogas injetáveis e inaláveis – pelo risco de transmissão de hepatites e
outras doenças, é recomendável não compartilhar agulhas, seringas, canudos e
cachimbos para uso de drogas, além de realizar vacinação contra a hepatite B e usar
preservativos nas relações sexuais.
Filhos de mães HBsAg positivas – é recomendável a administração em locais
diferentes de imunoglobulina contra o HBV e vacina contra a hepatite (nas primeiras 12
horas de vida). A segunda e terceira doses da vacina devem seguir o calendário vacinal
normal, isto é, aos trinta dias e aos seis meses de idade, respectivamente.
Manicures/pedicures e podólogos – devem utilizar alicates esterilizados (o ideal é que
cada cliente tenha seu próprio material). Outros instrumentos, como palitos, devem ser
descartáveis.
Profissionais da área da saúde – ao manipular pacientes infectados, durante exame
clínico, procedimentos invasivos, exames diversos de líquidos e secreções corporais,
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obedecer às normas universais de biossegurança: lavar as mãos após exame de cada
paciente; estar vacinado contra o vírus da hepatite B; usar luvas de látex, óculos de
proteção e avental descartável durante procedimentos em que haja contato com
secreções e líquidos corporais de pacientes infectados; no caso de cirurgiões (médicos e
odontólogos), desinfectar/esterilizar, após uso em pacientes, todo instrumental e
máquinas utilizadas.
10. MEDIDAS PREVENTIVAS:

Educar a comunidade sobre o saneamento adequado e a higiene pessoal com
ênfase na lavagem cuidadosa das mãos e na eliminação adequada dos degetos fecais;

Orientação em relação a água de consumo: uso de água potável. Nos lugares onde
não existe sistema público de abastecimento de água potável, deve-se procurar,
inicialmente, soluções alternativas junto à comunidade para o uso e acondicionamento da
água em depósitos limpos e tampados. Deve-se orientar a população quanto à utilização
de produtos à base de cloro, fervura da água e higiene domiciliar, tais como a limpeza e
desinfecção da caixa dágua, em intervalos de 6 meses ou de acordo com a necessidade.

Alimentos – o cuidado no preparo dos alimentos com boas práticas de higiene é
essencial, adotando-se medidas como lavagem rigorosa das mãos antes do preparo de
alimentos e antes de comer, além da desinfecção de objetos, bancada e chã. Para a
ingestão de alimentos crus, como hortaliças e frutas, deve-se fazer a sanitização prévia.
Pode-se utilizar a imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (200ppm) por 15
minutos. Alimentos como frutos do mar, carne, aves e peixes devem ser submetidos ao
cozimento adequado.

Educar e estimular a comunidade principalmente os jovens em relação ao uso de
preservativos nas relações sexuais.

Orientar e fornecer aos usuários de drogas injetáveis, seringas descartáveis.
11. Imunoglobulina humana anti-hepatite B
A imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB) é indicada para pessoas não
vacinadas após exposição ao vírus da hepatite B.
Conduta na exposição ao HBV
GRUPOS
IMUNUBIOLÓGICOS OBSERVAÇÕSE
Vítimas de abuso sexual
IGHAHB
Aplicar o mais precocemente
possível, no máximo 14 dias após
exposição.
Comunicantes sexuais de
caso agudo de hepatite B
IGHAHB
Aplicar o mais precocemente
possível, no máximo 14 dias após
exposição.
Recém-nascido de mãe
sabidamente HBsAg+
IGHAHB + vacina
Aplicar nas primeiras doze horas
após o nascimento.
Recém-nascido (com peso
< 2000g ou < 34 semanas
de gestação) de mãe
sabidamente
HBsAg
positivo recémnascido
de mãe simultaneamente
HIV
e HBsAg positivo
IGHAHB + vacina
Nas primeiras doze horas após o
nascimento.
Esquema de quatro doses da
vacina (0, 1, 2
e 6 meses)
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12. Recomendações para profilaxia da hepatite B após exposição ocupacional o material
biológico.
HANSENÍASE
1. IDENTIFICAÇÃO: Doença bacteriana crônica da pele, dos nervos periféricos, causada
pelo Mycobacterium leprae. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número de
indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). A
hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As
referências mais remotas datam de 600 a.C. e procede da Ásia, que, juntamente com a
África, podem ser consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o
avanço do conhecimento científico modificaram significativamente esse quadro e, hoje, a
hanseníase tem tratamento e cura.
2. AGENTE INFECCIOSO: Mycobacterium leprae. É um parasita intracelular obrigatório
que apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Manchas na pele (uma ou várias) com perda de sensibilidade ao calor, ao toque ou a dor
no local.
Manchas que:
Não coçam e não doem, não pegam pó e não incomodam;
Podem ser avermelhadas, esbranquiçada ou cor de cobre;
Podem ser lisas ou elevadas;
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Podem aparecer em qualquer parte do corpo.
4. CARACTERÍSTICAS DAS MANCHAS:
Anidrótica;
Alopética;
Anestésica.
5. CLASSIFICAÇÃO:
1-5 Manchas e até 1 nervo acometido: é hanseníase paucibacilar (PB);
Mais de 5 manchas mais de 1 nervo acometido: hanseníase multibacilar (MB).
6. RESERVATÓRIO: O homem é reconhecido como a única fonte de infecção, embora
tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e
o chimpanzé.
7. MODO DE TRANSMISSÃO: A principal via de eliminação dos bacilos é a aérea
superior, sendo que o trato respiratório é a mais provável via de entrada do
Mycobacterium leprae no corpo. O trato respiratório superior dos pacientes multibacilares
(virchowianos e dimorfos) é a principal via de eliminação do Mycobacterium leprae
encontrada no meio ambiente. Nos casos de crianças com menos de 1 ano de idade,
presume-se que a transmissão seja transplacentária.
8. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Em media de 2 a 7 anos. Sendo que a referências que
podem variar de 9 meses à 20 anos.
9. PERÍODO DE CONTAGIO: Os doentes paucibacilares (indeterminados e
tuberculóides) não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença,
devido à baixa carga bacilar. Os pacientes multibacilares, no entanto, constituem o grupo
contagiante, assim se mantendo enquanto não se iniciar o tratamento específico. A
evidências clínica e laboratorial sugere que, na maioria dos casos, a infectividade é
perdida dentro de 3 meses do tratamento contínuo com dapsona, ou dentre de 3 dias do
tratamento com rifampicina.
10. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: Como em outras doenças infecciosas, a
conversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais do
hospedeiro, ambientais e do próprio M. leprae. Devido ao longo período de incubação, é
menos freqüente na infância. Contudo, em áreas mais endêmicas, a exposição precoce,
em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária. Embora
acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino, em uma relação
de dois para um.
11. MEDIDAS A SEREM ADOTADAS
11.1 Assistências ao paciente
Tratamento específico – o tratamento da hanseníase é eminentemente ambulatorial.
O esquema terapêutico utilizado é a PQT/OMS. Os medicamentos devem estar
disponíveis em todas as unidades de saúde de municípios endêmicos. A alta por cura é
dada após a administração do número de doses preconizadas, segundo o esquema
terapêutico administrado.
Prevenção e tratamento de incapacidades físicas – todos os casos de hanseníase,
independentemente da forma clínica, deverão ser avaliados quanto ao grau de
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incapacidade no momento do diagnóstico e, no mínimo, uma vez por ano, inclusive na
alta por cura.
Toda atenção deve ser dada ao diagnóstico precoce do comprometimento neural. Para
tanto, os profissionais de saúde e pacientes devem ser orientados para uma atitude de
vigilância do potencial incapacitante da hanseníase. Tal procedimento deve ter em vista o
tratamento adequado para cada caso e a prevenção de futuras deformidades. Essas
atividades não devem ser dissociadas do tratamento quimioterápico, estando integradas
na rotina dos serviços de acordo com o grau de complexidade dos mesmos.
11.2 Em relação aos contatos
Contrato intradomiciliar: toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o
doente nos últimos 5 anos;
Examinar todos os contatos e orientar quanto ao período de incubação, transmissão,
sinais e sintomas da hanseníase e retorno ao serviço se necessário;
Utilização do BCG: aplicação de duas doses de vacina BCG em todos os contatos (o
intervalo mínimo para a 2ª dose é de 6 meses), considerar a cicatriz por BCG,
independente do tempo de aplicação.
12. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Objetivo: Detectar e tratar precocemente os casos novos, para interromper a cadeia de
transmissão e prevenir as incapacidades físicas.
• Realizar exames dermatoneurológicos de todos os contatos de casos de hanseníase
com o objetivo de detectar novos casos e iniciar o tratamento o mais precocemente
possível, evitando a ocorrência de novos casos.
• Reduzir a morbidade da doença para menos de 1 doente por 10 mil habitantes – meta
de eliminação proposta pela OMS.
Os objetivos do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase são:
• eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2005, descentralizando os
serviços de diagnóstico e tratamento para a rede básica de saúde, ampliando o acesso e
promovendo a universalização da cura.
• ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento nos municípios de maior endemicidade,
para acelerar o processo de eliminação da hanseníase.
• promover e apoiar o processo de educação permanente, habilitando os profissionais de
saúde para as ações de diagnóstico, tratamento e acompanhamento da hanseníase.
• mobilizar a sociedade civil para a promoção do conhecimento sobre os sinais iniciais da
hanseníase e dos locais de acesso ao diagnóstico e tratamento.
• assegurar, nas unidades de saúde, tratamento completo para as formas paucibacilares e
multibacilares.
• ampliar a oferta de procedimentos de reabilitação física aos pacientes portadores de
incapacidades/deformidades decorrentes da doença.
Notificação: através de uma ficha de notificação/investigação do Sistema de Informações
de Agravos de Notificação (Sinan).
13. Como fazer o teste de sensibilidade das manchas
Usar um objeto com ponta, como uma caneta:
Informar a pessoa o que será feito;
Pedir a pessoa para fechar os olhos para que não saiba onde será feito o toque;
Tocar levemente a maior mancha que houver e perguntar onde sentiu a caneta;
Tocar uma parte da pele onde não haja mancha alguma e tocar novamente a mancha;
Se a pessoa não sente nada na mancha é hanseníase;
Iniciar o tratamento imediatamente.
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INFLUENZA
1. IDENTIFICAÇÃO: A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema
respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. A influenza deriva
sua importância da rapidez com que as epidemias evoluem, causando morbidade e
mortalidade e, por isto, merecem destaque em saúde pública.
2. AGENTE INFECCIOSO: vírus Influenza da família dos Ortomixovirus, se subdividido
em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica.
Os dois primeiros, principalmente os vírus influenza A, são altamente transmissíveis e
mutáveis.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação
abrupta de febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de mialgia, dor de garganta,
prostração, calafrios, dor de cabeça e tosse seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma mais
importante e perdura em torno de três dias.
4. RESERVATÓRIO: Os vírus influenza do tipo B infectam exclusivamente os seres
humanos e os do tipo C infectam humanos e suínos. Os vírus influenza do tipo A são
encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, tais como suínos,
cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante
papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre.
5. MODO DE TRANSMISSÃO: é uma doença respiratória transmitida por meio de
gotículas expelidas pelo indivíduo doente ao falar, espirrar e tossir. Os ambientes
fechados são grandes fontes de transmissão. A transmissão também pode ocorrer por
contato direto ou indireto com secreções nasofaringeanas, destacando-se aqui a
importância da lavagem adequada das mãos no controle desta doença. Apesar de a
transmissão inter-humana ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta do
vírus para o homem, a partir de aves e suínos.
6. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: em geral, de 1 a 4 dias.
7. PERÍODO DE CONTAGIO: é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.
8. SUSCEPTIBILIDADE E IMUNIDADE: Acomete pessoas de todas as faixas etárias.
Nos adultos sadios a recuperação geralmente é rápida. Entretanto, complicações graves
podem ocorrer nos idosos e nos muito jovens, determinando elevados níveis de
morbimortalidade. A imunidade aos vírus da influenza resulta de infecção natural ou
vacinação.
9. PREVENÇÃO: Vacinação
10. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Objetivos:
Monitorar as cepas dos vírus da influenza que circulam nas cinco regiões brasileiras;
Avaliar o impacto da vacinação contra a doença;
Acompanhar a tendência da morbidade e da mortalidade associada à doença;
Produzir e disseminar informações epidemiológicas.
Notificação: não é doença de notificação compulsória.

CÓLERA:

O QUE É?

Esta bactéria provoca fortes reações de fermentação dentro do


aparelho digestório e libera uma potente toxina “desencadeadora” de
intensa diarréia.

Seu contágio se dá principalmente através da água e de alimentos


contaminados pelo vibrião colérico, este, depois de ingerido,
multiplica-se rapidamente no intestino delgado

SINTOMAS:
Os principais sintomas desta doença são diarréia, vômitos, dores
abdominais e calafrios. Ela provoca uma enorme perda de água, que,
conseqüentemente, gera desidratação intensa e risco de morte,
principalmente em crianças.

TRATAMENTO:

O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a


água e os sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e
meio litro de água tratada. No hospital, é administrado de emergência
por via intravenosa solução salina. A causa é adicionalmente
eliminada com doses de antibiótico.

COQUELUCHE:

O QUE É?

A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse


comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é uma doença
bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações -
convulsões, pneumonias e encefalopatias - podem levar o
indivíduo a óbito.

SINTOMAS:

Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em


tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estágio catarral.
O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas
após o anterior e tem como característica acessos de tosses
sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar
acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível.

Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o


indivíduo respire até que se sejam encerrados. No término o fôlego é
retomado, geralmente por um “guincho respiratório”. As crises tendem
a ser mais frequentes no período noturno.

TRATAMENTO:

O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste


basicamente no uso de antibióticos. Quanto à prevenção, o uso
precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída
gratuitamente em postos de saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e
6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos),
mantendo a imunização por aproximadamente dez anos.
DENGUE:

O QUE É?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus


da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes
aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é
considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o
mundo.

SINTOMAS:

Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas


articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas,
falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e
vermelhidão na pele.

TRATAMENTO:

A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos


naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco
artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido
acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

DIFTERIA:

O QUE É?

A difteria, também denominada crupe, é uma doença infecto-


contagiosa caracterizada pela presença de uma pseudomembrana
cinza-esbranquiçada no local da infecção. Provocada pelo bacilo
Corynebacterium diphtheriae, alguns de seus sintomas surgem em
razão da liberação das toxinas que este produz.

SINTOMAS:

Febre baixa, taquicardia e, em alguns casos, chiados e tosses ao


respirar são os sintomas desta doença. Esses, geralmente, se
acentuam no período noturno. Paralisias dos nervos e rins, lesões
e/ou insuficiência cardíacas e neuropatia periférica devido à ação das
toxinas, além de sufocamento devido à obstrução dos canais
respiratórios, causada pela membrana, são manifestações que podem
ocorrer em situações mais graves, com condições de levar o indivíduo
a óbito (cerca de 20% dos casos). Feridas cutâneas podem surgir.

TRATAMENTO:
Um paciente com difteria requer de hospitalização e isolamento. Além
da medicação, o repouso é indispensável durante a fase aguda da
doença. Essa doença pode ser evitada respeitando o calendário oficial
de vacinação, que estabelece 3 doses da vacina tríplice aos 2, 4 e 6
meses de idade. A vacina tríplice imuniza contra o tétano, coqueluche
e difteria.

DOÊNÇA DE CHAGAS:

O QUE É?

É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita


chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o
cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista,
também, brasileiro, Oswaldo Cruz.

SINTOMAS:

 Os primeiros sintomas da doença são cansaço, febre, aumento do fígado


ou do baço e inchaço nos linfonodos. Depois de 2 a 4 meses esse sintomas
somem. Somente 10 a 20 anos após a infecção é que começam a aparecer os
sintomas mais graves. Os protozoários instalam-se preferencialmente no
músculo cardíaco e causam lesões que prejudicam o funcionamento do
coração, levando à insuficiência cardíaca.

Já existem drogas terapêuticas capazes de matar o tripanossomo,


mas as lesões no coração e em outros órgãos, são irreversíveis.

TRATAMENTO:

A medicação utilizada, no nosso meio, é o benzonidazole, que é muito


tóxico, sobretudo pelo tempo de tratamento, que pode durar de três a
quatro meses. Seu uso é de comprovado benefício na fase aguda. Na
fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações. A diminuição
da capacidade de trabalho do coração é tratada como na insuficência
deste órgão por outras causas, podendo, em alguns casos, impor até
a necessidade de transplante.

DOÊNÇA DE CREUTZFELDT-JAKOB:

O QUE É?

A doença de Creutzfeldt-Jacob existe em todo o mundo. Pouco se


sabe de como se transmite. Algumas pessoas foram contagiadas por
receberem transplantes de córnea ou porventura de outros tecidos
provenientes de dadores infectados ou devido ao uso de instrumentos
contaminados durante uma cirurgia do cérebro. Uma hormona do
crescimento obtida a partir da glândula hipofisária de um cadáver
também pode ser uma fonte de infecção. (Actualmente existe uma
hormona de crescimento sintética.) O risco de sofrer esta doença
aumenta ligeiramente para quem tenha sido submetido a uma
operação intracraniana. Alguns anatomopatologistas contraíram a
doença de Creutzfeldt-Jacob presumivelmente a partir do seu contacto
com cadáveres.

SINTOMAS:

Durante meses ou anos após a exposição, não se verificam sintomas.


Lentamente vai-se desenvolvendo a lesão cerebral e a perda da
capacidade intelectual (demência) torna-se cada vez mais evidente.
De início os sintomas parecem-se com os de outras demências (Ver
secção 6, capítulo 76): desleixo da higiene pessoal, apatia,
irritabilidade, lapsos de memória e confusão. Algumas pessoas
cansam-se com facilidade, apresentam sonolência, são incapazes de
conciliar o sono ou sofrem perturbações do sono. Posteriormente, a
sintomatologia agrava-se, geralmente com muito maior rapidez do que
na doença de Alzheimer, até que se chega a um estado de demência
profunda.

Geralmente ocorrem espasmos musculares nos primeiros seis meses


posteriores ao início dos sintomas. Também há ocasionalmente
tremores, entorpecimento e movimentos corporais peculiares. A visão
pode tornar-se nublada ou pouco clara. A maioria dos doentes morre,
em geral de pneumonia, ao fim de 3 a 12 meses de doença. Cerca de
5 % a 10 % das pessoas sobrevivem 2 anos ou mais.

TRATAMENTO:

A doença de Creutzfeldt-Jacob não se consegue curar nem tão-pouco é


possível atrasar a sua progressão. O médico tenta medidas paliativas tratando
os sintomas. Como a doença é contagiosa, deve evitar-se o transplante ou a
ingestão de tecidos humanos ou animais infectados.

DOÊNÇA DE MENINGOCOCICA E OUTRAS MENINGITES:

O QUE É?

Meningite Meningocócica é uma doença provocada pela


bactéria “Neisseria meningitidis” que, quando entra no sangue
ou fluido espinhal, dá origem a uma infecção sistémica.
È frequentemente uma doença séria que pode ter início em
sintomas como febre, dor de cabeça e evoluir drasticamente em
poucas horas para uma morte por coma cerebral. Existem
vários subgrupos desta bactéria, alguns dos quais são mais
frequentemente encontrados em epidemias e podem ser
prevenidos através de vacinação.

SINTOMAS:
Febre alta, cefaléia (forte dor de cabeça), vômitos, rigidez de
nuca
(dificuldade de movimentar a cabeça), dor no corpo, cansaço
(desânimo), fotofobia
(desconforto na presença de luz), e em alguns casos pode
ocorrer petéquias ou
sufusões hemorrágicas (manchas avermelhadas na pele),
convulsões e prostração.
Nos lactentes e recém-nascidos os sinais e sintomas são
atípicos, estando ausente,
geralmente, a rigidez de nuca. Suspeitar se a criança apresentar
hipo ou
hipertermia, sonolência ou irritabilidade, choro intenso, recusa
alimentar, vômitos,
palidez, abaulamento da fontanela (moleira).

TRATAMENTO:
O tratamento da meningite meningocócica é feito pelo uso da
penicilina. Até agora, não foram registradas espécies que
apresentam resistência a esse antibiótico.

ESQUISTOSSOMOSE:
O QUE É?
A esquistossomose ou bilharzíase é a doença crónica
causada pelos parasitas multicelulares platelmintos do género
Schistosoma. É a mais grave forma de parasitose por
organismo multicelular, matando centenas de milhares de
pessoas por ano.

SINTOMAS:
Os sintomas mais comuns da esquistossomose são: diarréia,
febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência,
emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do
fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos.
Ao surgir estes sintomas, o indivíduo precisa procurar
imediatamente um atendimento médico para que todos os
procedimentos necessários sejam tomados. Assim como em
qualquer outro problema de saúde, a auto-medicação não deve
ser adotada pelo doente.

As crianças são as mais atingidas por este parasita, pois elas


são mais vulneráveis por brincarem em locais úmidos sem
saber que lá podem estar estes parasitas a espera de um
hospedeiro. Já os adultos comunmente se protegem com o uso
de botas de borracha.

TRATAMENTO:
O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias
químicas que são tóxicas ao parasita. Atualmente existem três
grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a
medicação de escolha é o Praziquantel, que se toma sob a
forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia.
Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também
a disseminação dos ovos no meio ambiente. Naqueles casos de
doença crônica as complicações requerem tratamento
específico.

EVENTOS ADVERSOS PÓS VACINAÇÃO:


O QUE É?

Vacina BCG

O BCG (bacilo de Calmette e Guérin) tem por finalidade evitar que a


primo-infecção natural, causada por Mycobacterium tuberculosis,
evolua para doença. O BCG-ID provoca primo-infecção artificial e
inofensiva, ocasionada por bacilos não-virulentos, com o objetivo de
que essa infecção artificial contribua para Ý resistência do indivíduo
contra bacilos virulentos.

 O tempo dessa evolução é de 6-12 semanas. Eventualmente pode haver


recorrência da lesão, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrização.
Quando aplicado em indivíduos anteriormente infectados, quer por infecção
natural, quer pela vacinação, o BCG determina lesões um pouco maiores e de
evolução mais acelerada (fenômeno de Koch), com cicatrização precoce.

Durante a evolução normal da lesão vacinal, pode ocorrer


enfartamento ganglionar axilar, supra ou infraclavicular, único ou
múltiplo, não-supurado. Aparece 3-6 semanas após a vacinação, é
firme, móvel, bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3cm de
diâmetro, e não acompanhado de sintomatologia. Pode evoluir por
tempo variável, geralmente em torno de 4 semanas e permanece
estacionário por 1-3 meses, desaparece espontaneamente, sem
necessidade de tratamento. O aparecimento desses gânglios
ocorre em até 10% dos vacinados.

Pode ocorrer linfadenopatia regional não-supurada com mais de 3cm


de diâmetro, sem evidências de supuração (flutuação e/ou
fistulização); como conduta, deve-se observar até que ocorra
regressão expressiva da adenomegalia. Não puncionar e não
administrar isoniazida. Notificar.

FEBRE AMARELA:

O QUE É?

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um


flavivírus (o vírus da febre amarela), para a qual está disponível
uma vacina altamente eficaz. A doença é transmitida por
mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, na
América do Sul e na África. No Brasil, a febre amarela é
geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada entra em
áreas de transmissão silvestre (regiões de cerrado, florestas).
Uma pessoa não transmite febre amarela diretamente para outra.
Para que isto ocorra, é necessário que o mosquito pique uma
pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado, pique um
indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.

SINTOMAS:

Os primeiros sinais e/ou sintomas da forma leve da doença são:


doença febril de

início abrupto, freqüentemente acompanhada de mal-estar,


anorexia, náusea, vômito, dor

nos olhos, dor de cabeça, mialgia, exantema máculo-papular e


linfoadenopatia.

TRATAMENTO:

O tratamento é de suporte, freqüentemente envolvendo


hospitalização, fl uido intravenoso,

suporte respiratório e prevenção de infecção secundária para os


pacientes com a

doença em sua forma severa.


FEBRE TIFOIDE:

O QUE É?

A febre tifóide é uma doença infecciosa potencialmente grave,


causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por
febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de
vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, confusão
mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão
ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos
contaminados. A doença tem distribuição mundial, sendo mais
freqüente nos países em desenvolvimento, onde as condições de
saneamento básico são inexistentes ou inadequadas.

SINTOMAS:

Seus sintomas mais comuns são mal estar geral, febre alta, falta
de apetite, tosse seca, diarréia ou prisão de ventre, dores de
cabeça, retardamento do ritmo do coração, aumento do volume
do baço e manchas rosadas sobre a pele na região do tronco.

TRATAMENTO:

Uma vez que a bactéria entra em contato com o


organismo humano, a pessoa infectada deverá
receber tratamento médico. Em casos mais
específicos, ocorre a necessidade de internação
para hidratação e administração venenosa de
antibióticos. Em ambos os casos, é importante que
a pessoa procure atendimento médico, pois, sem o
tratamento adequado, esta enfermidade pode levar a
óbito.

HANSENIASE:

O que é?

Doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen


(mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos
e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-
Lázaro, mal-da-pele ou mal -do-sangue.

SINTOMAS:
Aparecimento de caroços ou inchados no rosto, orelhas,
cotovelos e mãos.

Entupimento constante no nariz, com um pouco de sangue e


feridas.

Redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao


tato.

Manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas,


esbranquiçadas ou avermelhadas.

Partes do corpo dormentes ou amortecidas. Em especial as


regiões cobertas.

TRATAMENTO:

• e for do tipo paucibacilar (com poucos bacilos), o


tratamento é mais rápido. É dada uma dose mensal de
remédios durante seis meses. Além da ingestã

o de um comprimido diário;

• Se for do tipo multibacilar (com muitos bacilos), o tempo


para tratamento é mais longo. São 12 doses do
medicamento, uma por mês. Além de dois outros remédios
diários durante os dois anos. O tratamento será 100%
eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os
medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de
saúde.

Diagnoticos diferenciais

Diagnóstico Diferencial para médicosTalvez um dos aspectos mais relevantes no


raciocínio médico seja a capacidade de diante de um conjunto de sintomas, sinas,
dados de exames físicos e laboratoriais, aspectos ligados ao sexo, região entre tantas
variáveis estabelecer não propriamente o diagnóstico, mas raciocinar seus
diferenciais. Assim antes do diagnóstico os diferenciais devem ser minuciosamente
analisados e sua exclusão fortalece o raciocínio clínico do médico projetando para um
diagnóstico preciso. O leigo e o paciente também gostam nos tempos de hoje onde a
informação é globalizada na TV, Internet entre tantos meios de comunicação de
verificar quais seriam os diferencias de seus sintomas, ou mesmo tentar clarear e até
ajudar seu médico com um palpite, visto que só ele poderá analisar e dar o resultado
final e o tratamento necessário. Assim eu imaginei um software de diferenciais
médicos, ou seja, através dos sintomas, exames lançados o software me trouxesse os
diferencias e o sumo principal em porcentagem de busca e o texto sintetizado dos
mesmos. Esse sistema logo no seu início publicado em uma revista alertou um usuário
para uma rara doença em seu filho, indicando a procura de um neurocirurgião, que
analisando a sugestão de diferencial encontrada frente aos sintomas de seu filho
concretizou o diagnóstico, confirmado em uma tomografia e visto o diagnóstico
precoce não só curou o menino como não deixou seqüelas em uma doença que se
não tratada precocemente levaria ao óbito ou deixaria seqüelas irreversíveis. Assim
uma manhã eu fui surpreendido com o telefonema deste pai em meu consultório me
agradecendo e parabenizando e o software que era mais uma brincadeira para mim se
tornou um orgulho e mais que isso, uma missão a ser cumprida. Das 60 doenças que
tinha, que geraram um diferencial, creio eu, de pura sorte eu resolvi que o mesmo
mereceria um conteúdo forte e robusto cada vez maior, não só em número de
doenças, mas nos seus textos e explicações. Em 2 anos de trabalho levei o conteúdo
a 600 patologias e hoje o Diagnóstico Diferencial é uma ferramenta de consulta
poderosa que vem sendo constantemente ampliada oferecendo e tirando dúvidas de
médicos estudantes de medicina e de pacientes que melhor informados podem discutir
com seu médico ajudando no seu raciocínio clínico. Num mundo onde a especialidade
se materializa muitas vezes um oftalmologista não vai lembrar na hora de muitas
doenças que cursam com a plaquetopenia que veio no hemograma do seu paciente e
para uma consulta rápida de possíveis causas este software é de altíssima utilidade.
Uma poderosa ferramenta. Se você deseja conhecer um pouco mais deste trabalho
visite o site www.websamba.com/medbyte e procure por Diagnóstico Diferencial. Com
certeza ele pode ser seu parceiro se você é um médico, ou ajudará o paciente a levar
ao seu médico, visto que só um médico dá um diagnóstico, alguns possíveis
diferenciais. Mas lembre-se que Diagnóstico difere de Diferencial. Diferencial são
possibilidades a serem analisadas frente a um grande número de variáveis e um
exame minucioso do paciente. Consulte um médico e nunca se automedique, ou seja,
medicado por balconistas ou pelo vizinho ou faça diagnósticos. Todavia seja um
paciente informado. Saber rapidamente que rouquidão pode ser câncer de laringe ou
laringite ou epiglotite pode salvar sua vida. Dr.Ricardo Massucatto
DOENÇAS PREVENIVEIS

Tuberculose

Doença infecciosa sistêmica causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, que


acomete principalmente o trato respiratório em adultos, sendo geralmente
transmitida por uma pessoa com lesão ativa pulmonar, através de gotículas
respiratórias. A vacinação precoce dos recém-nascidos com o BGC visa prevenir a
ocorrência de formas graves em crianças em países onde a doença é endêmica,
como o Brasil. A piora das condições de vida, alimentação e moradia favorecem o
aumento de casos da doença em nosso meio. Pode também estar associada a
condições de diminuição de resistência imunológica, como AIDS, diabetes e
alcoolismo. VOLTA

Hepatite B

Surgem cerca de 50 milhões de casos novos por ano, no mundo. Destes pacientes,
Dois milhões irão a óbito por Cirrose ou Câncer no Fígado. A doença, que se
transmite através de fluidos corpóreos como sangue, saliva e sêmen, tem evolução
arrastada e pode se tornar cônica em 8% dos casos. Não existe tratamento
específico e sua prevenção é extremamente simples, através de 3 doses de
vacina.VOLTA

Difteria

A Difteria é uma infecção bacteriana, causada pela Corinebacterium diphtheriae, de


evolução grave. Acomete as vias aéreas superiores, formando placas purulentas e
úlceras em região das amígdalas, podendo se disseminar. É altamente contagiosa e
transmite-se por via respiratória. Sua incidência diminuiu consideravelmente após a
instituição da vacina. VOLTA

Tétano

As contraturas musculares involuntárias causadas pela toxina do Clostridium Tetani


ocorrem após a contaminação de ferimentos por essa bactéria anaeróbia. Pode
acometer crianças e adultos, e sua evolução geralmente é grave, demandando um
longo período de internação em Unidades de Terapia Intensiva. Existe também o
Tétano Neonatal, cujo foco de origem é o Côto Umbilical contaminado, justificando
o uso da vacina antitetânica na gestação. VOLTA

Coqueluche

A Coqueluche, ou pertussis, é vulgarmente conhecida como ”Tosse Comprida”. É


causada pela bactéria Bordetella pertussis, cujas toxinas atingem as terminações
nervosas das vias respiratórias e causam acessos de tosse por um período
prolongado. Pode evoluir com complicações diversas, principalmente em lactentes
jovens. VOLTA

Doenças causadas por Hemófilo B

As infecções pelo Haemophilus Influenzae do Tipo B acometem principalmente


crianças menores de 5 anos, podendo causar infecções localizadas ou doença
invasiva, tais como otites, pneumonia, epiglotite, celulite e até meningite. Sua
incidência sofreu grande redução com o advento da vacina. Pode acometer adultos
em situações especiais como imunodepressão (transplantes) ou asplenia (ausência
do baço). VOLTA

Poliomielite

A infecção pelo poliovírus pode causar doença paralítica de vários graus. Apesar de
erradicada em vários países, inclusive nas Américas e no continente Europeu, a
doença ainda é endêmica em muitos países da África e Ásia, podendo ocorrer
reintrodução do vírus a qualquer momento no Brasil, necessitando alerta
permanente. VOLTA

Rotavirose

A infecção pelo Rotavírus causa febre, vômitos, diarréia intensa e desidratação. A


cada ano mais de dois milhões de crianças são internadas em todo o mundo. São
440.000 mortes anuais.

Cerca de 90% das crianças abaixo de dois anos já tiveram ao menos uma vez
infecção pelo Rotavírus e em torno de 40% dos casos de diarréia no Estado de São
Paulo têm essa etiologia.

O Rotavírus é extremamente contagioso, sendo transmitido pela via fecal-oral.


Pode permanecer no ambiente que cerca as crianças por muito tempo. VOLTA

Doença Pneumocócica

O Pneumococo (Streptococcus pneumoniae) é uma bactéria presente em todo


mundo e freqüentemente causa em crianças e adultos doenças como pneumonia,
otite, sinusite, faringite e a mais temida: a meningite

Ocorre principalmente sob a forma de infecção secundária a viroses do trato


respiratório superior (gripes e resfriados)

A resistência do Pneumococo aos antibióticos mais comuns (como os derivados da


Penicilina) chega a 25%,o que dificulta e onera em muito o tratamento de tais
infecções. No mundo todo, cerca de DOIS MILHÕES de pessoas falecem
anualmente em decorrência desta bactéria.

O grupo de maior risco é constituído de crianças menores de cinco anos,


principalmente aquelas que freqüentam berçários e pré-escolas; adultos tabagistas
ou com mais de sessenta anos e, independente da idade, portadores de infecções
respiratórias de repetição e de doenças crônicas (diabetes, distúrbios renais,
hematológicos e hepáticos). VOLTA

Doença Meningocócica

Há anos a Cidade de São Paulo vive uma epidemia de Doença Meningocócica. A


incidência da Doença aumenta nos meses frios, quando ocorre maior aglomeração
de pessoas. O agente causador, a Neisseria Meningitidis (Meningococo), possui
vários sub grupos (sorotipos): A, B, C entre outros.

Em nosso meio predominam os sorotipos C - cerca de 70% dos casos e B – 30%, a


doença atinge principalmente crianças abaixo de dois anos de vida.
A doença é extremamente grave, podendo evoluir para o óbito em questão de
horas. VOLTA

Sarampo

Doença infecciosa viral aguda, altamente contagiosa, que acomete crianças e


adultos, causando febre alta, manchas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Pode
evoluir com complicações diversas, como pneumonia, otite e encefalite. Graças à
vacinação de rotina, está em fase de eliminação em nosso país, porém têm ocorrido
alguns casos importados de outros países (Japão e Europa), ou na forma de surtos,
principalmente em grupos de pessoas não vacinadas. Deve ser imediatamente
comunicada às autoridades sanitárias para que sejam desencadeadas as medidas
de controle. É mais grave em crianças menores de 1 ano, desnutridos e
imunodeprimidos. VOLTA

Caxumba

Doença causada por um vírus, que acomete as glândulas parótidas, sendo também
chamada de parotidite. Causa um edema doloroso do pescoço, logo abaixo das
orelhas, de um ou ambos os lados, acompanhada de febre, cefaléia e mal estar.
Pode evoluir com complicações como orquite (inflamação dos testículos), ooforite
(dos ovários), meningite viral asséptica e artrite, entre outras. Acomete
principalmente crianças e adolescentes. VOLTA

Rubéola

Doença exantemática, geralmente benigna, mais comum em crianças e adultos


jovens. Os sintomas mais comuns são a febre, manchas róseas na pele, aumento
dos gânglios na região do pescoço e dores articulares. Quando acomete gestantes
pode ocasionar a morte fetal ou anomalias congênitas graves, com retardo mental,
cegueira, surdez e malformações cardíacas. Pode ocorrer de forma isolada ou em
surtos, principalmente entre escolares. VOLTA

Varicela

Também conhecida como Catapora, é uma doença infecciosa viral, altamente


contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. A transmissão se dá por gotículas
de secreções respiratórias através da tosse ou espirros, ou também pelo contato
direto com as lesões úmidas de pele. A época de maior incidência é no final do
inverno e início da primavera, podendo ocorrer sob a forma de surtos ou
isoladamente.

As manifestações clínicas são: inicialmente um quadro gripal, com febre e mal


estar, que evolui com a erupção cutânea de até 500 lesões vesiculosas (tipo bolhas
de água), circundadas por um halo avermelhado, que surgem primeiramente no
tronco e rapidamente se espalham pelo corpo, até se transformarem em crostas.
Em geral a duração da doença é de cerca de 10 dias, período em que o doente deve
permanecer afastado do convívio social, evitando a disseminação da doença. É
importante causa de absenteísmo, tanto no trabalho como escolar.

A gravidade é variável, podendo evoluir com complicações como: pneumonia,


infecções secundárias na pele, encefalite, hemorragias e até mesmo ser fatal.
Quando há muitas lesões na pele, associadas a um prurido intenso, a doença pode
cursar com marcas cicatriciais profundas e definitivas. As complicações são mais
comuns em crianças debilitadas, adolescentes e adultos, mas podem acometer
também crianças sadias. VOLTA
Hepatite A

Infecção viral hepática transmitida por via fecal-oral, através de água e alimentos
contaminados ou de pessoa a pessoa. Pode ocorrer de forma isolada ou em surtos,
principalmente onde há precárias condições de higiene. Pode ser assintomática ou
provocar dor abdominal, febre, icterícia e fraqueza, por aproximadamente 3
semanas. Geralmente evolui para a cura, sem seqüelas. Raramente pode
manifestar-se de forma mais grave. VOLTA

Febre Amarela

É uma arbovirose, transmitida ao homem pela picada de mosquito, podendo


apresentar-se nas formas silvestre e urbana. No Brasil, são consideradas áreas de
alto risco as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Algumas regiões de divisa nos
Estados de São Paulo e Paraná têm risco intermediário. Existem surtos notificados
em países da África e América do Sul, como Bolívia e Peru. Os principais mosquitos
transmissores são os do gênero Haemagogus e Sabethes (na região silvestre) e o
Aedes aegypti (nas áreas urbanas).

A doença pode ter gravidade variável, com febre alta, hemorragias, icterícia e
comprometimento de vários órgãos e sistemas. O período de incubação é de 3 a 6
dias, e a transmissão pode ocorrer por cerca de 1 semana. Não há tratamento
específico.

Há rigoroso controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, sendo exigido o


Certificado Internacional de Vacinação a viajantes provenientes de áreas
endêmicas. VOLTA

Influenza (Gripe)

Causada por um vírus com alta capacidade de mutação, a gripe afeta anualmente
milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ocorrer de forma endêmica ou em
pandemias, geralmente a cada 20 ou 30 anos. Sua gravidade consiste
principalmente nas complicações infecciosas secundárias ocasionadas por bactérias,
principalmente em pessoas de maior risco como idosos, crianças e
imunodeprimidos. Sua transmissão é feita através da via respiratória.
Recentemente notificaram-se surtos de Gripe de evolução grave em seres humanos
contaminados por Aves (Gripe Aviária) no Extremo Oriente. A transmissão inter
humana desta forma ainda não foi comprovada. VOLTA

Raiva Humana

É uma encefalite viral grave transmitida por mamíferos. Em nosso meio, o cão é o
principal transmissor, seguido pelo gato, morcego, macaco, raposa e, mais
raramente, outros mamíferos domésticos e silvestres. O vírus é excretado pelas
glândulas salivares do animal infectado e transmitido principalmente através de
ferimentos na pele causados por mordeduras, arranhaduras ou lambeduras de
mucosas. De acordo com o local e a gravidade do ferimento, o risco pode ser
avaliado e as medidas de controle imediatamente tomadas, como soro-vacinação
imediatas ou observação do animal por período de 10 dias, quando este for sadio e
domiciliado. Grupos de risco profissional devem receber a profilaxia pré-exposição.

Os sintomas da doença desenvolvem-se em poucos dias, com dificuldade à


deglutição, contraturas musculares e espasmos, evoluindo a óbito em 100% dos
casos. Sempre que possível deve ser feita necropsia do animal com suspeita da
doença para confirmação diagnóstica. VOLTA
HPV

As infecções pelo Papilomavírus humano (HPV) geralmente causam verrugas no


aparelho genital de mulheres e homens, além de lesões no colo do útero que
podem evoluir, a em longo prazo, para o Câncer. É considerada uma doença
sexualmente transmissível, podendo acometer pessoas em qualquer idade. A cada
ano, cerca de 230.000 mulheres falecem por causa do Câncer de colo de útero. A
prevenção pode ser feita através da vacinação específica e do exame de
Papanicolaou anual. VOLTA

Cólera e Diarréia dos Viajantes

Doenças de transmissão fecal-oral habitualmente contraidas por viajantes que se


dirigem aos lugares endêmicos. O Brasil, apesar de ter controlado a epidemia de
Cólera, apresenta alta incidência de ETEC (Escherichia Coli Enterotoxigênica), assim
como México, América Central, Africa, Oriente Médio e Asia. VOLTA

Febre Tifóide

Também é doença de transmissão fecal-oral causada pela Salmonella Typhi que


ocorre em locais de higiene precária, no Brasil principalmente nas Regiões Norte e
Nordeste. Caracteriza-se por febre, dor abdominal, cefaléia, mal estar e manchas
pelo corpo. 15% dos Casos não tratados podem ser letais.

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