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FAFIMA

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé

Tecnologia em Segurança no Trabalho

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR).

Douglas Cristian
Karine Teixeira
Ludmila Maia
Sheina Regina

Macaé
01/2011
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)

Metodologia:

Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos. Análise Preliminar de Risco


é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a identificação dos riscos
envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia condição para evitá-los ou
conviver com eles em segurança. Por se tratar de uma técnica aplicável a todas as
atividades, a técnica de Análise Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o
trabalho em equipe e a responsabilidade solidária.

Objetivo:

 Identificar riscos/perigos potenciais;


 Diagnosticar causas;
 Avaliar as conseqüências, impactos;
 Propor medidas mitigadoras e/ou preventivas;

Campo de aplicação:

A APR pode ser usada para sistemas em início de desenvolvimento do projeto,


quando apenas os elementos básicos e os materiais estão definidos e também pode ser
usada como revisão geral de segurança de sistemas/instalações já em operação. O uso da
APR ajuda a selecionar as áreas da instalação nas quais outras técnicas mais detalhadas
de análise de riscos ou de confiabilidade devam ser usadas posteriormente. Em outras
palavras, a APR é precursora de outras análises.

Natureza dos resultados:

Na APR são levantadas as causas que provocam a ocorrência de cada um dos eventos e
as suas respectivas conseqüências, sendo então feita uma avaliação qualitativa da
freqüência de ocorrência do cenário de acidente, da severidade das conseqüências e do
risco associado. Portanto, os resultados obtidos são qualitativos, não fornecendo
estimativas numéricas. Normalmente uma APR fornece também uma ordenação
qualitativa dos cenários de acidentes identificados, a qual pode ser utilizada como um
primeiro elemento de priorização das medidas propostas para redução dos riscos da
instalação analisada.
Composição recomendável da equipe:

A APR deve ser realizada por uma equipe que contenha entre cinco e oito
pessoas. Dentre os membros da equipe deve-se dispor de um com experiência em
segurança de instalações industriais e outro que seja conhecedor do processo de APR. É
recomendável a equipe ter a composição indicada na Tabela1, que apresenta a função e
as atividades desempenhadas por cada um.

Tabela 1 – Composição recomendável de uma equipe APR

Função Atribuição
Coordenador Pessoa responsável pelo evento que deverá:
- Definir a equipe;
- Reunir informações atualizadas, tais como: fluxogramas de
engenharia, especificações técnicas do projeto, etc.
- Distribuir material para a equipe;
- Programar as reuniões;
- Encaminhar aos responsáveis as sugestões e modificações oriundas
da APR.

Líder Pessoa conhecedora da técnica, sendo responsável por:


- Explicar a técnica a ser empregada aos demais participantes;
- Conduzir as reuniões e definir o ritmo de andamento das mesmas;
- Cobrar dos participantes pendências das reuniões anteriores.
Especialistas Pessoas que estarão ou não ligadas ao evento, mas detêm
informações sobre a unidade ou o sistema a ser analisado ou
experiência adquirida em sistemas/unidades similares. Ex:
Projetistas, engenheiros de processo, operadores, instrumentistas,
engenheiros de segurança, técnicos de segurança, técnicos de
manutenção, etc.
Relator Pessoa que tenha poder de síntese para fazer anotações, preenchendo
as colunas da planilha de APR de forma clara e objetiva.
Realização de uma APR/APP:

De acordo com a metodologia de APR, os cenários de acidente são classificados


em:

A. Categorias de Freqüência:

Que fornecem uma indicação qualitativa da freqüência esperada para cada um dos
cenários identificados, conforme Tabela.

B. Categoria de Severidade das Conseqüências do Cenário:

Fornecem uma indicação qualitativa da severidade da conseqüência possível de ocorrer


para cada um dos cenários identificados:

Categoria de Características em termos de danos


Severidade
I - Desprezível Não ocorre danos/morte de empregados ou terceiros. O máximo que
pode ocorrer são casos de primeiros socorros ou tratamento médico
menor.
II- Marginal Lesões leves em empregados e terceiros danos leves aos
equipamentos ou instalações, impactos ambientais restritos ao local
de instalação, controlável
III - Crítica Danos severos aos equipamentos, as instalações e ao meio ambiente.
Lesões de gravidade moderada em empregados ou terceiros.
(probabilidade remota de morte)
IV - Catastrófica Danos irreparáveis aos equipamentos, á propriedade e/ou ao meio
ambiente. Provoca mortes ou lesões graves em várias pessoas.
C. Matriz de Classificação de Riscos:

A combinação das categorias de freqüências com as de severidade resulta no grau de


risco e serve como referência para a análise dos resultados, identificação do cenário do
acidente, bem como para subsidiar a proposição de recomendações e de medidas
mitigadoras. A matriz de risco (Tabela 5) apresentada a seguir, classifica os cenários de
risco crítico (C), risco moderado (M) e risco não-crítico (NC).

D. Elaboração das Estatísticas dos Cenários:

Após o preenchimento das planilhas de APP, a tarefa seguinte corresponde ao


levantamento do número de acidentes identificados por categoria de freqüência, de
severidade e de risco. Como resultado da elaboração das estatísticas dos cenários, tem-
se uma matriz de riscos indicando a quantidade de cenários por categoria

E. Análise dos Resultados:

Finalmente, procedem-se à análise dos resultados obtidos, listando-se as recomendações


de medidas preventivas e/ou mitigadoras propostas pela equipe da APP. A classificação
dos cenários descrita no item anterior serve como insumo básico na priorização das
medidas a serem implementadas.

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