Boletim Informativo Mensal
Ano I / No 05 / Junho 2017
PANORAMA MACROECONÔMICO
O mês de maio de 2017 registrou um
dos maiores movimentos de volatilida-
de dos últimos anos provocados por
eventos não econômicos.
Diante do cenário de incertezas, a ren-
tabilidade dos ativos financeiros foi
afetada em todo país. Entretanto, a
percepção de instabilidade durou pou-
cos dias o que fez que grande parte do
movimento ocorrido fosse devolvida
nos dias subsequentes. Em cenários
passados, semelhantes ao atual, a vari-
ação de preços foi mais volátil nos pri-
meiros dias, voltando à estabilidade
conforme a situação foi tomando um
direcionamento mais nítido.
O Risco Brasil medido pelo indicador
CDS (Credit Default Swap) - um tipo de
seguro contra calote - operou em forte
alta neste período chegando a registrar,
em um único dia, 28,7%. No entanto, a
média mensal de maio foi de apenas
0,3% superior à média mensal de abril.
Por ora, no entanto, não há definições
de como os eventos não econômicos
refletirão nos eventos econômicos em
PALAVRA DO GESTOR
No mês de maio/2017 o Ibovespa apre-
sentou retorno de negativo de 4,12%,
acumulando alta de 4,12% no ano ver-
sus o CDI de 4,80%. Até o fechamento
abril a bolsa apresentava retorno acu-
mulado no ano de +8,59%. A redução
observada em maio ocorreu após os
acontecimentos políticos do dia 17.
Desta data em diante observou-se au-
mento da volatilidade do Ibovespa, che-
gando a cair 8,80% no dia 18, mas re-
cuperando parte da queda nos dias
subsequentes.
Quanto às demais estratégia de renda
variável, o índice dividendos (IDIV) apre-
sentou queda de 5,71% no mês e resul-
tado acumulado de 7,00% no ano. A
estratégia Small Caps (SMLL) é que
apresenta o melhor resultado até o
momento, com queda de 1,08% no
curso.
De acordo com o Banco Central do Bra-
sil, o aumento de incerteza sobre a ve-
locidade do processo de reformas e
ajustes na economia é um fator de ris-
co, todavia, o comportamento favorável
da inflação e a sinalização de estabiliza-
ção da economia no curto prazo permi-
tiu a redução da taxa básica de juros,
pela sexta reunião consecutiva. Assim,
a taxa Selic passou para 10,25% ante
11,25% a.a., alcançando o menor pata-
mar desde 2013.
Destaca-se que o PIB do primeiro tri-
mestre de 2017 registrou crescimento
de 1% comparado ao quarto trimestre
de 2016. A alta deve-se a produção
recorde da Agropecuária (13,4%) e da
recuperação da Indústria (0,9%). O Con-
sumo das Famílias registrou retração
de 0,1% na margem, queda inferior
comparada ao trimestre anterior (-
0,5%).
No que tange à inflação, os indicadores
seguiram em trajetória descendente.
Até abril, o IPCA acumula alta de 4,08%
mês, mas continua com alta de 17,81%
no ano.
Após o dia 17, continuamos o movimen-
to iniciado em abril, de redução de alo-
cação em renda variável. Se por um
lado o ambiente externo está menos
incerto após as eleições na França e a
redução das tensões geopolíticas envol-
vendo o governo Trump, por outro lado
aumentaram as dúvidas no âmbito in-
terno, com as incertezas em relação à
aprovação das reformas e da recupera-
ção da atividade econômica. As varia-
ções positivas na bolsa após o dia 18
foram provocadas principalmente pela
entrada dos investidores estrangeiros,
que aumentaram as posições compra-
das no mercado futuro e no mercado à
vista, com ingresso de aproximadamen-
te R$ 2,1 bilhões no mês.
em 12 meses contra 9,3% para o mes-
mo período de 2016.
Segundo a pesquisa Focus da última
semana de maio, a expectativa é de
que a taxa Selic e o IPCA continuem em
trajetória de queda, alcançando 8,5% e
3,95% respectivamente.
Cabe informar que, o cenário internaci-
onal não apresentou grandes modifica-
ções nas últimas semanas. Mesmo com
a redução dos níveis de incerteza exter-
na, ainda há indefinições no ambiento
econômico mundial. Nos EUA, O PIB do
primeiro trimestre apresentou expansão
anual de 1,2% e a taxa de desemprego
de maio caiu para 4,3%, o menor pata-
mar em 10 anos. Na Europa, a vitória
nas eleições de candidatos favoráveis a
manutenção da União Europeia contri-
bui com a continuação das políticas de
estabilização econômica.
No Composto 49D, que conta apenas
com exposição à estratégia dividendos
na parcela de renda variável, seguimos
a lógica empregada nos demais fundos
e reduzimos esta exposição.
Na parcela de renda fixa, mantivemos
as posições prefixadas e indexadas à
inflação, mesmo com a elevação das
taxas após os fatos políticos.
No acumulado do ano os produtos Com-
posto 20, Composto 49 e Composto
49D apresentam retorno bruto de
5,17%; 4,06% e 6,26% respectivamen-
te.
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31/05/2017