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Satélites vão ter papel central no ecossistema do 5G

Pesquisas do Instituto Nacional de Telecomunicações indicam que mesmo


num cenário de latências muito baixas, haverá espaço para soluções via
satélite no ecossistema do 5G. Ao participar do Workshop 5G no Brasil, o
professor do Inatel e coordenador do projeto 5G Brasil, Luciano Mendes,
ressaltou que o uso de soluções satelitais até como backhaul está no
horizonte próximo. 

“Satélite é sempre uma opção interessante onde a infraestrutura terrestre


não está disponível ou é limitada. A questão da latência é sempre uma
barreira porque o sinal tem que subir até o satélite e descer. E como o
percurso é longo, produz uma latência de aproximadamente meio
segundo. Mas isso pode ser contornado ao trazer parte do núcleo da rede
5G para rodar dentro da EPC, dentro da ‘NodeB’, lá onde o usuário está
localizado. Aí não precisa mandar a informação pelo satélite”, explicou
Mendes. 

“Imagine ter um conjunto de radiobases e se locomovendo por elas. Se


para mudar de uma sessão para outra tem que mandar essa informação
toda vez, vai esbarrar novamente na questão da latência. Então tem que
consumir essa informação rapidamente, próximo ao usuário. A melhor
forma de fazer isso é que essa aplicação migre de estação radiobase a
estação radiobase à medida que o usuário se desloca. Esse é o grande
desafio na alocação de serviços da rede em ERBs com mobilidade.”

Apesar do desafio, a definição de modelos e padrões já acontece e será


possível contar com esse tipo de tecnologia logo. “Hoje o 3GPP está
trabalhando forte nessa questão. O próximo release, 16, vai endereçar
questões que vão levar ao IoT massivo e a redução da latência. Então é
possível que em um cenário de três a quatro anos já tenhamos esse
serviço disponível à população.”

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